terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Por que?

Por que nascer? Por que morrer?
Ouvindo Ali Primera, poeta e cantor venezuelano me vieram novamente as questões que sempre atacaram a humanidade deixando-a perplexa.
Sabemos que a evolução é o grande projeto da vida.
O cachimbo, entre baforadas e Ali Primera não me dão respostas. Sigo com as questões.
Volto à resposta proposta por Kardec: evolução, aprendizado. Aí está a grande resposta para os problemas da vida.
Vejo os jovens, da Universidade onde trabalho. Chegam, quase infantis e, ao longo do tempo, pouco a pouco, vão tomando feições de universitários, logo após, pesquisadores, em busca de temas para seus TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e mesmo de mestrado. Garotos e garotas avançam na vida com destreza ao toque carinhoso dos mestres amigos. Ouço os mestres muitas vezes a ensinar o sentido de palavras.
Isto me toca. Era previsível que o ensino anterior tivesse dado conta de questões primeiras. Infelizmente não é assim que procede o ensino básico, pelo menos em nosso país.
Vejo a paciência, a calma e o carinho como uma característica presente no pedagogo, pois existe uma diferença entre o que dá aulas e o educador, pedagogo. O prazer do educador é saber do seu ensino. Ver seu aluno em progresso constante.
Olhando o mundo, vemos as mesmas aspirações, em todos os recantos. Com alegria relembro conversas no CEAK, centro espírita onde participo, quando um amigo que prezo dizia que não atringiamos a felicidade por não ter aprendido a viver.
Sim, é uma questão de aprendizado. Viver é aprender. É descobrir novas formas de encarar cada problema de uma forma desafiante. E facear tal desafio como algo positivo. Acrescentando conhecimento, e prazer no ato mesmo do viver.
Até quando desprezaremos a oportunidade presente de viver, e viver de uma forma melhor. Mais carinhosa com os semelhantes. Mais aberta. Calorosa. Hoje penso: Acolhedora.
Ali Primera segue a cantar. Será que na nova dimensão que hoje vive não descortina algo novo que a ideologia não mostra?
Despojado do corpo, tendo a perspectiva espiritual ao seu alcance não teria novas visões?
Nossa visão espírita traz de alguma forma novas atitudes?
A morte teria trazido a Ali algo novo?
Até quando e até onde estaremos vivendo de uma forma velha, desconsiderando a imortalidade?
Tenho uma certeza: somos seres imortais, a caminho da felicidade. E nada, nunca, modificará essa realidade.
Dores, alegrias, tristezas, emoções, sempre farão parte de nossa existência. Pois conquistamos o patamar do pensamento contínuo; do senso de justiça e ética; chegando a este ponto não há retorno.
Ao ver o nascer do sol, o cantar de um pássaro, o ProtoEspírito no cão que nos acompanha, vejo a pujança da vida e a certeza de um futuro melhor, pleno de felicidade, essa mesma felicidade que todos buscamos. Alguns, de forma desesperada, em caminhos equivocados. Mas seguimos buscando.
Até que um dia, como diz meu amigo, todos aprendamos a viver.
16/12/2008
Fernandes, Paulo Cesar (Keine Grenze

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