sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Considerações sobre a TV do Chico Buarque

 



Tenho reiteradas vezes dito que poetas e filosofos, mas artistas em geral, tem a capacidade de sair de seu tempo, e ver algo do futuro. "Farejar" o que nos virá acontecer.
Neste disco, lançado no inicio da carreira de Chico Buarque, ele já se dava conta do que hoje é corrente nas residencias brasileiras.
Percebia ele, de antemão, o impacto da TV no seio da familia mesmo. E mais tarde, com a chegada das novas tecnologias tudo isso recrudesceu de forma, que não temos noção onde isso possa findar.

A Televisão  -  Chico Buarque

 O homem da rua
 Fica só por teimosia
 Não encontra companhia
 Mas prá casa não vai não
 Em casa a roda já mudou
 Que a moda muda
 A roda é triste
 A roda é muda
 Em volta lá da televisão...

 

- nada mais real que o silêncio sepulcral da sala diante da telinha
_ Mãe!
_ Psst! Quieto. Não tá vendo que estamos assistindo TV?
_ ...



- o gado é sempre servil...



 No céu a lua
 Surge grande e muito prosa
 Dá uma volta graciosa
 Pra chamar as atenções
 O homem da rua
 Que da lua está distante
 Por ser nego bem falante
 Fala só com seus botões...

 


- quem se nega, e sempre tem quem se negue a seguir nas trilhas da manada, acaba pagando o preço da solidão, mas a manada segue firme em seus propósitos, a cada período se renovam
os propósitos da manada.

- Mas a manada é manada e como tal deve ser mandada, dominada, domada e servil.

-Assim é a "Sociedade de Consumidores" propagada por Zygmunt Bauman. Vida de gado mesmo. A TV define e o gado executa.

- o gado é sempre servil...



 O homem da rua
 Com seu tamborim calado
 Já pode esperar sentado
 Sua escola não vem não
 A sua gente
 Está aprendendo humildemente
 Um batuque diferente
 Que vem lá da televisão...

 


- as novelas definem novos hábitos, novos padrões, novas normas de conduta... e o gado novo ou velho segue...
- foram tirando, tirando, e por fim tiraram o Brasil da TV.

- As Organizações Time-Life Globo impuseram seu padrão.
- e ponto final.. coisa tipica de yanque: mata os inimigos
- o Brasil de verdade é inimigo, vale para eles esses vendepátrias asquerosos como Jô Soares, Amaury Jr e o escambau que por aí andam
- esses incompetentes pegam formuletas prontas dos EEUU e enfiam guela abaixo do gado imbecil formado desde 1964.

- Quando a TV Paulista Canal 5 de São Paulo foi dada pela Ditadura MIlitar ao Grupo Time-Life. Mas São Paulo era pouco, havia centros de resistência em outros lugares como RJ; MG; BA era necessária a Rede Nacional.

- O Ministério das Telecomunicações resolveria esse problema com Quant de Oliveira e a Time-Life cobre o território mais amplo possível para a tecnologia da época...
- e o gado vai ficando cada vez mais manso...
- o gado é sempre servil...



 No céu a lua
 Que não estava no programa
 Cheia e nua, chega e chama
 Prá mostrar evoluções
 O homem da rua
 Não percebe o seu chamego
 E por falta doutro nego
 Samba só com seus botões...



- a lua não estava no programa, não estava na grade de programação pois a lua é a sensibilidade, é ela o elemento perigoso pois desidiotiza o gado e ajuda a pensar, e a TV é para não pensar, tá tudo pensado e pronto, o pastiche total vem e é só consumir tal e qual manda a TV. A TV trabalha no imperativo. Já percebeu isto?

- "É só até sábado. Não Vá perder..." Isto é Tempo Imperativo. Autoritário pacas...
- o gado é sempre servil... 

 

 Os namorados
 Já dispensam seu namoro
 Quem quer riso
 Quem quer choro
 Não faz mais esforço não
 E a própria vida
 Ainda vai sentar sentida
 Vendo a vida mais vivida
 Que vem lá da televisão...

 

- não tem lugar para viver a própria emoção, a emoção é a da novela, a tua vale nada...
- e toda mulher sonha com o galã... com principe encantado e vive outra vida que não a sua...
- Ciro Marcondes da USP já na década de 80 trabalhava a questão da fantasia nos MCM

- o gado é sempre servil...



 O homem da rua
 Por ser nego conformado
 Deixa a lua ali de lado
 E vai ligar os seus botões
 No céu a lua
 Encabulada e já minguando
 Numa nuvem se ocultando
 Vai de volta pros sertões...



- no fim até o homem da rua acaba ligando os botões da TV...
- e a lua mingua, se esconde, e vai de volta pros sertões de João Guimarães Rosa. O Brasil que a Time-Life nunca mostra e teima em esconder...

- a Time-Life tem estrutura em inglês, fala mais inglês que português se formos tomar como base o total da programação, com a enxurrada de filmes que esses filhos... enfiam no     brasileiro...

- e a manada firme....

- o gado é sempre servil...


Paulo Cesar Fernandes

30  11  2012

Brincando com Vanzolini

Na Boca da Noite  -  Paulo Vanzolini

Cheguei na boca da noite, parti de madrugada
Eu não disse que ficava nem você perguntou nada
Na hora que eu ia indo, dormia tão descansada,
Respiração tão macia, morena nem parecia
Que a fronha estava molhada



Na vida boêmia as relações são casuais, fugazes, mas muitas vezes deixam marcas, pois ninguém pode comandar o coração.
E quando menos se espera está a paixão a nos chamar.
Negamos, racionalizamos, pensamos na esposa e tal, mas ela está lá, corroendo a alma.
E na vida boêmia os reencontros são uma constante, pois são os mesmos lugares a frequentar.
E a paixão ardendo.
A mesma mesa de um mesmo bar.
Os amantes se evitam no inicio da noite, mas as mãos acabam se chamando e se encontram nalgum momento. Das mãos aos lábios, e à respiração ofegante, até que vence o prazer, e nada mais a fazer, é deixar o rio fluir pro mar.


Vi um rosto na janela, parei na beira da estrada
Cheguei na boca da noite, saí de madrugada
Gente da nossa estampa não pede juras nem faz,
Ama e passa, e não demonstra sua guerra, sua paz
Quando o galo me chamou, eu parti sem olhar pra trás
Porque, morena, eu sabia, se olhasse, não conseguia
Sair dali nunca mais



Quando a paixão é forte, parte a parte tem certeza, de paixão em amor transformar.
Certeza forte tira o juizo.
E tudo fica prá trás.
Esposa, casa e filhos, pois a certeza é demais.
Aplaca a consciência no amor, e o sexo, essa seiva de vida, a todo amante transporta.
Vida nova é calmaria, garantia de alegria e paz.
Até nova ordem...


O vento vai pra onde quer, a água corre pro mar
Nuvem alta em mão de vento é o jeito da água voltar
Morena, se acaso um dia tempestade te apanhar
Não foge da ventania, da chuva que rodopia,
Sou eu mesmo a te abraçar



Traiçoeira é a vida boêmia.
Ela chama, leva e traz.
E na segunda companhia o prazer já não tem mais.
Qual animal no cio, o boêmio sai à luta na noite fria.
Muda o bar, o recanto, e nas letras dos novos cantos, sai de novo a se juntar.
Nova gente, novo rumo, e com certeza nova paixão virá.
Pois das paixões da vida, se alimentam a boêmia e a poesia.


Paulo Cesar Fernandes

30  11  2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sem matar é possível : Para uma nova ciência política global

Glenn D. Paige

Sem matar é possível : Para uma nova ciência política global
Instituto Galego de Estudos de Segurança Internacional e da Paz

PRÓLOGO À EDIÇÃO GALEGO-PORTUGUESAA
por Joám Evans Pim

A estas alturas, ninguém deveria ser alheio à atual conjuntura global deódio, destruição, desmoralização e morte, na que a capacidade, já não só das 
grandes e médias potências, mas inclusive de grupos pequenos ou marginais, de aniquilar amplos segmentos da humanidade cresce de forma paralela ao desconhecimento por parte da maioria das pessoas que vivem no pla-neta do que é realmente a guerra, apenas experimentada através
de simulações virtuais criadas para o lazer ou das peças informativas noticiadas nomeios de comunicação de massas, e não como condição aberrante situada noexterior das margens da experiência normativa humana. Não é novidade dizer que o entorno no que se situam, por um lado a guerra, e por outro as sociedades civis pacíficas, são não só radicalmente distintos senão psicologicamente opostos. A guerra, na sua dimensão coletiva, e o matar, na sua dimensão individual, leva o indivíduo que toma parte destes fenômenos a uma alteração estrutural básica, pois da
premissa societária básica de proteção da vida, passa-se à sua aniquilação e ameaça constante (da própria e da dos outros). Estas mudanças profundas no ego afetam tanto aqueles soldados que se associam em unidades orgnizadas e legitimadas para a destruição de vidas humanas, nas que matar o inimigo se converte em objetivo teológico básico (o que alguns autores denominam “death principle”), como, em geral, a todos os que participam de um ato tão absurdo como o de negar a vida humana.


Por mais intenso que seja o adestramento prévio, o indivíduo dificilmente pode estar preparado para uma experiência transformadora (fora dos limites da vivência normal dos humanos), como o matar, sendo a imaginação apenas um reflexo pobre da cruel realidade. Não existe preparação cognitiva alguma, ainda que acompanhada por sofisticados métodos de simulação, que possa transbordar o sistema (através de uma combinação de mecanismos neurofisiológicos e psicossociais), da mesma forma que o matar, e a guerra, como sua plasmação, elevada aos extremos.


Na atual Risikogesellschaft, ou “sociedade do risco”, proposta por Ulrich Beck, vivemos um delirante processo de insenbilização frente ao significado da morte e ao respeito à vida. Este processo se inivia com as primeiras captações vivenciais na infância, canalizadas em medida pelos discursos fílmicos televisivos e se desenvolve durante o resto da vida, incluindo a formação primária, secundária, profissional ou universitária.


Durante todo este tempo, a transmissão de noções e conhecimentos que incidam na consagração da vida e na condena da letalidade reluz pela sua ausência, frente à implantação de novas disciplinas transversais de ‘educação sexual’ ou ‘educação de valores’ que, no fundo, continuam na linha de uniformização e modelamento do aperfeiçoado indivíduo-máquina. Em boa medida, isto se deve, como apontamos anteriormente, a que só aqueles que (re)entraram no mundo ‘normal’ através do que Laufer chama “portal of the most desolate circle of hell” [portal do círculo máis desolador do
inferno], isto é, o matar e a guerra, podem perceber a sua realidade e natureza fenomenológica. A maioria dos educadores, políticos, cientistas ou docentes universitários dificilmente poderiam, já não transmitirem, mas compreenderem, a importância de formar e educar pessoas nos valores da paz, pois as suas experiências emanam duma existência alheia a estes fenômenos. O volume que tem entre as mãos reveste especial relevância, uma vez que o seu autor, Glenn D. Paige, antes decentrar-se nas áreas da investigação e docência, presenciou os horrores da guerra destinado nos
campos de batalha da Coréia.


Nesta monografia, Paige apresenta um extenso leque de experiências nas que a transformação social foi possível proporcionando, além disso, alternativas científicas, institucionais, educativas, políticas, artísticas, mediáticas, comerciais e espirituais, entre outras, para que cada um de nós, individualmente, e todos, en conjunto, atuemos seguindo estes princípios na afirmação deste transcendental processo evolutivo que transforme positivamente o paradigma de aceptação da letalidade.


É um orgulho e uma honra imensa para o Instituto Galego de Estudos de Segurança Internacional e da Paz poder apresentar ao leitor da Galiza e dos países lusófonos a primeira edição galego-portuguesa desta reveladora obra, publicada já en nove línguas, havendo outras dezessete traduções em curso. Isto porque desde o Instituto entendemos a paz não apenas como a ausência de conflitos, pois reque também un processo positivo, participativo e dinâmico no que seja factível promover o diálogo ntercivilizacional buscando soluções às controvèrsias com espírito de
entendimento, cooperação e compreensão mútuos. Tal e como a definem as Nações Unidas, a cultura da paz é un conjunto de valores, atitudes, jeitos de comportamento e de vida que recusam a violencia e prevêm os conflitos atuando sobre as suas raízes. Esperamos que este ensaio seja mais um contributo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Reflexão 28 11 2012 - Viver o Bem


Reflexão 28 11 2012 - Viver o Bem

"Quem anda com Deus
Não tem medo de assombração
Eu ando com Jesus
Cristo
No meu coração."

Luis
Vieira


Na minha infância esse verso era algo presente em meu viver.
Na TV, o programa de Luis Vieira trazia o Brasil pra frente do video. Cantores diversos se apresentavam, e a bondade de Luis Vieira preenchia o palco de emoções diversas.

Hoje sem crença.
 
Em deuses e muito menos na maioria das pessoas, aprendi ser deus as pessoas, e a felicidade vivenciada vem do amor dedicado a cada uma delas.
 
Indistintamente. Todas as pessoas.

Claro que é mais fácil amar a Turma da Sensibilidade como nos disse José Saramago em entrevista. (Cantores, escritores, filósofos, etc.)

Mas aí não está o mérito. Ele reside exatamente no amor aos desafetos, aos de vida reprovável, de ética ausente, etc.

Afinal não sou juiz de nada e de ninguém, e longe ainda está a perfeição das minhas possibilidades de alcançe.

Tentar eu tento. Vigilância constante. Mas...
Vez em quando me dou conta duma asneira.

Mas é legal. A vida é sempre um recomeço.

Um reaprender a amar. Um aprender a perdoar a ponto de esquecer.

Não há como fugir disso, é o caminho único para manter a felicidade junto de nós.

E não quero ela se mandando pelas estradas da vida, como o personagem de "On the road". Essa eu a quero sempre do meu lado. Junto. Garantindo o mais sincero sorriso, no roteiro seguro de minha vida.

Pois a vida é uma canção.
E não temos razão para medos e vacilações. Pois...
O Bem é soberano e o Amor nos ajuda a vencer.

Paulo Cesar Fernandes

28 11 2012




P.S.: São 37 anos da ausência de Cesar Fernandes Ramalheiro, meu pai. E toda ausência dói. Por mais passe o tempo. Mas como ele está bem, e está feliz, não há motivo de tristeza.

Mas de gratidão. Pelos valores ensinados por ele.

O maior deles: o trabalho. Nunca o ouvi dizer:

_ Estou com preguiça!

O quero feliz no atual trabalho. Sei que tanto ele, como minha mãe estão em atividade regular.

Obrigado por tudo pai, por tudo mesmo.

Beijão! E até breve!

Blues flashing home

Blues back to me
're have u been boy?
Wanna say why?
Have u been away so long?



Buddy Guy is home once
Twice n maybe more
Know nothing else
're have u been boy?



Left home for nothing.
Left city und leute.
Just for your
Sweet Home Chicago?



Back again?
For leaving morrow?
Trust u no more.
Bitter u; better go; better leave


 
Better keep on the road
And away, away from me


We both, no more
U on your own
Me on my way
Clear way now
Bye bye boy
So long!



Paulo Cesar Fernandes

27  11  2012


P.S.:
During Stones "Shine a light" from Martin Scorcese while Buddy Guy s on the stage.

OK OK That s it!

domingo, 25 de novembro de 2012

Serei eu racista?

Um escritor se questiona se um intelectual peruano teria sido racista.

Alguns trabalhos apontam Kardec como racista.

Cesar Lombroso, com sua frenologia era de certa forma racista.
Pois é sabido que determinadas etnias tem características cranianas distintas.


Mas afinal. Que é ser racista?

É acreditar ter determinado país ou povo uma cultura superior a outro em função de sua formação étnica.

Hitler foi racista.

O povo norteamericano é racista, basta ver a forma como tratam os hispanicos, e qualquer povo que não seja de matriz histórica
norteamericana.

Acreditam ter uma civilização superior. Sequer civilização tem.


Sua forma de invadir paises soberanos assim o demonstra. São a
escória do mundo enquanto povo.


Na verdade nem cultura mínima tem. Os grandes pensadores foram apropriados de outros povos: dos fugitivos do nazismo principalmente. E hoje os hindus são os seus grandes cérebros no setor de informática.


Serei eu Anti-Semita hoje?


Na infância e juventude não era. Convivia em plena harmonia com quem quer que fosse.


A partir de 1967, quando os tanques deslocaram mais e mais as fronteiras de Israel, roubando territórios árabes, um embrulho no estômago passou a fazer parte de mim ao pensar em israelitas.

Não os do Brasil, talvez, mas aquele povo...

Cuido para que o ódio não domine meus sentimentos, mas vendo a dor estampada nas faces palestinas e a desproporção de mortes, e o amparo incondicional do Governo dos EEUU ao Genocídio Palestino. Bahhhh...

Assim como, no inicio do século XX, os turcos fizeram o Genocídio dos Armênios.

Assim como Hitler fez o Genocídio dos judeus.

Estamos hoje assistindo ao Genocidio do Povo Palestino. Roubam seus territórios e matam seu povo.


Como ficaremos nós?


Calados ? ? ? ?


Até quando ? ? ? ?


Não será racismo ter o Povo Palestino como um povo de menor importância no contexto mundial?


Não será racismo calar quando um Genocídio se efetiva sob nossas barbas?

Serei eu racista?

Voce é racista?


O que fazemos juntos contra este Genocídio?


Somos fracos ou somos acomodados?


Acomodados ou covardes e patifes?


Que somos nós afinal?


Perdemos o que havia de humano dentro de nós como o Povo de Israel o perdeu?


Como o Povo norteamericano o perdeu?

Quantos são os israelenses que protestam?

Quantos são os norteamericanos que protestam?


Os Meios de Comunicação de Massa tratam os Palestinos de terroristas.


Terroristas são as mães dos donos dos MCM que criaram monstros sem sentimento, Judas a vender suas idéias por alguns tostões.


Quem defende sua mulher e seus filhos não pode ser terrorista.


Quem teve e segue tendo seus territórios roubados não pode ser terrorista.


Quem defende sua Pátria é Patrióta. Tem fibra. Tem sangue nas veias. É Herói.


O Heróico Povo Palestino. Heróico Povo Palestino.


As atrocidades recebidas desde 1967, lhes dão o DIREITO. Repito. Lhes dão o DIREITO de devolver estas atrocidades com juros e muita correção monetária.


Que o Heróico Povo Palestino faça justiça da forma que melhor lhe aprouver.


São 45 anos de privações e humilhações.


De mortes de crianças, mulheres e idosos. São 45 anos de crueldades recebidas.

De mulheres ultrajadas.

De familias dizimadas.


Não lutar pela causa Palestina é ser racista ! ! !


Paulo Cesar Fernandes

25  11  2012

Mais de Sarmiento


Mais de Domingo Faustino Sarmiento


Fonte: http://escritaesociedade.wordpress.com/aula-12-sarmiento/

Sarmiento: letrado-mor?
 
Domingo Faustino Sarmiento (1811-1888) foi um personagem central da história política e intelectual argentina. Ferrenho opositor do caudilhismo e fervoroso defensor da educação como instrumento de europeização da América Latina, foi um dos principais expoentes da chamada Geração de 1837 – grupo intelectual de grande influência na Argentina do século XIX. A influência não foi meramente teórica: Sarmiento, cuja imensa careca habita até hoje as notas de 50 pesos, foi também o nono presidente da Argentina.
 

Rosas e Facundo
Facundo: mau, mau, mau
 
Quem foi Facundo Quiroga? Conhecido como “tigre”, foi um soldado brilhante e samguinário que lutou pela independência e participou dos numerosos conflitos internos que atormentaram os primeiros anos da Argentina. Influente nas províncias de San Juan, Tucumán e La Rioja (no Noroeste argentino), era conhecido pelos feitos militares, pelo fisiologismo e pela truculência. (Em 1919, por exemplo, foi preso por brigar com outro soldado. Em cana, encontrou vários oficiais leais à Coroa espanhola que planejavam uma rebelião. E, sozinho, usou as correntes que o atavam para chaciná-los. O episódio veio a ser conhecido como La matanza de San Luis).
Rosas: caudilho ditador
 
Mas Quiroga estava morto há dez anos quando Sarmiento decidiu evocar seu espírito no Facundo. Então, por que Sarmiento fala do caudilho? Porque percebe nele um antecessor do ditador Rosas – a quem Quiroga era aliado quando foi assassinado, em 1835. (Para quem precisa de um contexto visual para digerir essa discussão toda, dá para ver uma representação bacana da Era Rosas no filme Camila (1984), uma tragédia de amor dirigida por María Luisa Bemberg.)
Mas quais as divergências entre Sarmiento e Rosas? Basicamente, duas. A primeira é que Sarmiento era um unitarista: defendia um governo central mais forte. Já Rosas (como Quiroga) defendia um sistema federado de províncias relativamente autônomas. A segunda é que, como unitarista, Sarmiento estava alinhado ao projeto urbano dos letrados de Buenos Aires. Já Rosas (como Quiroga) tinha como base negros, camponeses e gaúchos de um interior pecuário que – empobrecido com a liberação do comércio pela Coroa, em 1778 – começara a recuperar seu vigor econômico nos primeiros anos da independência.
De fato, o livro inteiro desenvolve a oposição entre a capital, vista como força civilizadora, e os llanos e bosques gaúchos, retratados como bastiões do atraso e da barbárie. Mesmo assim, outras oposições operam no texto – que retrata a Argentina como um campo de batalha entre a escrita urbana e a fala rural, o comerciante letrado e o gaúcho ignorante, a cultura européia e a cultura nativa.
Recepção
Por pelo menos cem anos, Sarmiento foi percebido como uma força modernizadora e liberalizante na Argentina. Não é por menos. Iniciados em outubro de 1868, os seis anos de seu governo foram marcada por investimentos maciços em educação: construiu escolas e bibliotecas. Apostando na europeização étnica e cultural de seu país, também incentivou a imigração de europeus.
Há 30 anos, entretanto, essa avaliação positiva vem sendo revista. De uma parte, leituras recentes enfatizam a existência – sob o verniz liberal de Sarmiento – de valores patrimoniais e patriarcais consolidados ao longo de uma trajetória política, profissional e pessoal sempre ligada ao Estado e aos privilégios que ele oferece. Como todo bom letrado, Sarmiento atuou em muitas áreas. Foi soldado, educador, diplomata, chefe de repartição, deputado e presidente. Mas foi um liberal cuja carreira sempre esteve vinculada a Estado – seja o chileno ou o argentino.
Outro fator que tem levado à revisão do papel histórico de Sarmiento é a percepção do que pode ser descrito de forma ingênua como seu “elitismo eurocêntrico”. Não gosto da pecha. Pois nem “eurocentrismo” nem “elitismo” indicam valores que sejam perigosos ou problemáticos em si. Por isso, a pecha acaba ignorando o principal fantasma que assombra o pensamento de Sarmiento: que ele guarda em seu cerne preceitos de supremacia cultural que, além de autoritários, propõem a substituição de um código cultural adequado ao meio que descreve por um código importado e artificial.
Ou seja, o problema não é a defesa do europeu em si, mas o fato de que tal defesa se esforça mais em substituir uma cultura (e um vocabulário) própria por outra alheia do que em construir espaços de encontro e síntese cultural. Torna-se assim o principal baluarte de um projeto que visa a manter a hegemonia de uma classe letrada estatal. Entre outros sintomas desse problema, podemos citar:
O fato de que o projeto educacional de Sarmiento – sempre normativo – acaba traindo os próprios preceitos românticos europeus sob os quais se apóia. Isso porque substitui o pressuposto de que cada idioma expressa o espírito de um povo que, por sua vez, constitui uma nação por uma estranha mecânica na qual o Estado legisla a fala e o idioma na esperança de engendrar assim um povo capaz de constituir uma nação.
O fato de que tal projeto educacional, mais do que a democracia liberal, acaba defendendo a supremacia do urbano (e governamental) sobre uma cultura rural que – por sua própria posição periférica – é mais autóctone e independente.
Autoridade
Há nesse projeto uma contradição evidente. Apesar de reivindicar autoridade associando-se – ora de forma implícita, ora de forma explícita – ao romantismo europeu, Sarmiento defende valores opostos a esse romantismo, valores nos quais o espírito do povo argentino surge não do seu folclore, de suas crenças e de sua tradição oral, mas de valores importados pela escrita.
Esse ponto merece ênfase. Pois, se existe uma obsessão européia na primeira metade do século XIX, trata-se da obsessão de recuperar a fala do povo. Sob a influência de Herder, por exemplo, o romantismo alemão sai em busca da alma de seu povo nos campos e na oralidade. Enquanto isso, Sarmiento recorre à palavra “europeu” para legitimar um projeto urbano e escrito. Sob a influência dos Lyrical Ballads de Wordsworth e Coleridge, uma geração de escritores britânicos tenta descobrir “até que ponto a linguagem de conversação das classes baixas e médias de uma sociedade se adapta ao prazer poético”. Enquanto isso, Sarmiento associa o valor “Europa” à substituição da oralidade pela escrita.
Ou seja, o problema da pecha eurocêntrico” é que ela ignora o processo de apropriação, instrumentação e desvirtuamento pelo qual o letrado reivindica – por meio do artifício retórico “Europa” – a autoridade para defender valores que nada têm a ver com o pensamento europeu de sua época.
Por isso, vale prestar atenção a como Sarmiento constrói sua autoridade no texto. Curiosamente, a introdução do livro (incluída na seleção que vocês lerão) lamenta a falta de um Toqueville que fale sobre a Argentina. Ou seja, lamenta a falta de um europeu que explique ao país porque ele deu errado. Até aí, tudo bem. Mas não deixa de ser curioso como – na falta de um Europeu de sangue – Sarmiento acaba nomeando um europeu de alma… chamado Sarmiento.
Encontramos assim no Facundo uma versão um pouco menos inconsistente da dinâmica que vimos nas citações sem interpretação ou análise que tanto marcam o estilo de Mainardi. Perceber essa dinâmica é entender como o texto de Sarmiento constrói sua própria autoridade e legitimidade cultural. Como Mainardi, Sarmiento constrói-se como uma espécie de porte-parole de um discurso Europeu imaginário sobre a América Latina.
Três digressões
Como a escritura é a arte da digressão, segundo Severo Sarduy, eu diria que é bem antiga essa dinâmica na qual um indivíduo constrói sua autoridade apresentando-se como o único capaz de aplicar um conjunto de textos fundadores à insuficiência cultural que percebe em um determinado grupo social. No fundo, é uma dinâmica semelhante ao discurso dos pais da Igreja sobre o pecado original: seria por reconhecer como não podem escapar da universalidade desse pecado que autores como Agostinho teriam a autoridade para denunciar os mesmos.
Como a escritura é a arte da digressão dentro de uma digressão, acrescentaria que esse reconhecimento está no cerne de como Olavo de Carvalho constrói seu argumento em seu texto sobre o Mott: a sexualidade é sempre um problema, mas como eu reconheço que a minha poderia ser problemática posso descrever a do homossexual como fundamentalmente abjeta.
Como a digressão é um vício, reconheceria que também eu acabo construindo minha “autoridade” nos debates da disciplina por um instrumento semelhante de afirmação-pela-negação. Tem saída?
 

FACUNDO

FACUNDO - DOMINGO  FAUSTINO  SARMIENTO


Advertencia del autor


Después de terminada la publicación de esta obra, he recibido de varios amigos rectificaciones de varios hechos referidos en ella.


Algunas inexactitudes han debido necesariamente escaparse en un trabajo hecho de prisa, lejos del teatro de los acontecimientos, y sobre un asunto de que no se había escrito nada hasta el presente. Al coordinar entre sí sucesos que han tenido lugar en distintas y remotas provincias, y en épocas diversas, consultando un testigo ocular sobre un punto, registrando manuscritos formados a la ligera, o apelando a las propias reminiscencias, no es extraño que de vez en cuando el lector argentino eche de menos algo que él conoce, o disienta en cuanto a algún nombre propio, una fecha, cambiados o puestos fuera de lugar.


Pero debo declarar que en los acontecimientos notables a que me refiero, y que sirven de base a las explicaciones que doy, hay una exactitud intachable, de que responderán los documentos públicos que sobre ellos existen.


Quizá haya un momento en que, desembarazado de las preocupaciones que han precipitado la redacción de esta obrita, vuelva a refundirla en un plan nuevo, desnudándola de toda digresión accidental, y apoyándola en numerosos documentos oficiales, a que sólo hago ahora una ligera referencia.

1845.

«««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««


En 1845, Domingo Faustino Sarmiento, escritor, periodista y político sanjuanino, publica Facundo, uno de los libros fundamentales de la literatura argentina, probablemente el más importante del siglo XIX. Es ese momento Sarmiento se encontraba exiliado en Chile, pues era opositor al régimen de Rosas que, desde la provincia de Buenos Aires, extendía su influencia por todo su país natal. El texto tendrá incontables ediciones y sufrirá diversas modificaciones.


El Facundo desarrolla una descripción y caracterización geográfica, cultural e histórica del país. También narra la vida del caudillo riojano Juan Facundo Quiroga. Y ofrece un diagnóstico de la situación política del momento. En síntesis, propone una breve historia de la etapa posterior a la Revolución de Mayo en las Provincias Unidas del Río de la Plata (que incluye también los antecedentes que hicieron posible esa Revolución).


Alrededor del Facundo se sostendrán largas divergencias sobre su género: novela, ensayo, tratado histórico, panfleto político de circunstancias, biografía, o autobiografía son algunas de las formas que se le han atribuido desde muy diferentes perspectivas de lectura. Del mismo modo, por consiguiente, también asume una pertenencia flexible a distintas disciplinas: literatura, historia, incipiente ensayo de interpretación nacional, etcétera. Un libro, en última instancia, que presenta obstáculos a una fácil clasificación, a una posición reductora que clausure sus múltiples significados posibles.


Asimismo, Facundo funda la famosa dicotomía entre civilización y barbarie, que recorre la historia cultural y política tanto de Argentina como del resto de los países latinoamericanos. Mientras la civilización está ligada a la ciudad, a un gobierno republicano, a la cultura, al progreso y al ingreso en la modernidad, la barbarie se encuentra emparentada con las zonas rurales, el despotismo de las autoridades, la brutalidad, el atraso y la tradición. Por eso, se tiende a identificar al primer término como el polo positivo de la oposición, y al segundo como el polo negativo.


Sin embargo, una lectura atenta del texto, despegada de las interpretaciones ya consolidadas, permite observar una cierta ambigüedad en el desarrollo de estos conceptos. No necesariamente deben ser concebidos a partir de una contradicción absoluta, sino que, por el contrario, presentan matices diversos.


También la barbarie ejerce una fascinación sobre el autor, también personajes como Quiroga o Rosas poseen elementos positivos, como su saber sobre los rasgos particulares del país o su capacidad para ejercer influencia sobre el pueblo. Este tipo de cuestiones son ignoradas por los cultos representantes de la civilización. Además, los caudillos, que surgen de los caracteres peculiares de la tierra, concentran la expresión de lo nacional.


Pero el valor del Facundo no se limita a introducir estos conceptos en pugna. Otro factor que condiciona intensamente el texto es el contexto político.


El autor analiza el funcionamiento del régimen rosista y también las posibilidades que existían para provocar su caída. De hecho, especula con una inevitable pérdida del poder por parte de Rosas. En el último capítulo, ?Presente y porvenir?, establece un programa político futuro para la organización del estado.


El libro de Sarmiento está influido por el romanticismo europeo y por las tesis del historicismo romántico. Para describir su propio país recurre a citas, comparaciones y marcos de análisis que extrae de los modelos europeos de la ciencia social y la literatura de la época.


Por otro lado, Sarmiento no escribe un texto completamente objetivo, a pesar de ciertas pretensiones cientificistas. El Facundo está signado por la subjetividad del narrador, que incluye sus propias impresiones basadas en argumentos escasamente justificados, todo tipo de anécdotas, muchas de ellas personales, que no pueden ser verificadas y también hechos pequeños a los que adjudica un sentido relevante. Todos estos recursos de su escritura son absolutamente válidos para el autor, aunque estén muy alejadas de las pautas que hoy consideramos aceptables para un estudio de la sociedad.. Además, el aspecto formal de la escritura se caracteriza por el uso de un lenguaje irreverente, vigoroso, como surgido de los impulsos pasionales de Sarmiento, y no de una reflexión detenida.


Mucho más se podría escribir sobre el Facundo, un libro cuya significación para la cultura argentina es conocida y aceptada unánimemente, pero que permanece siempre inagotable.


«««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««


Además Sarmiento era un pedagogo. Y dueño de extensa obra.


Un gran hombre, pues se ocupaba, como todo hombre de su estatura moral, de la formacion de las nuevas generaciones.

Eso lo pone entre los hombres foco de mi admiracion.


Paulo Cesar Fernandes

25  11  2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Duplamente santista

Hoje pela manhã tive um tempo vazio. Esperava a plotagem de algumas imagens. Ali, na banca de jornais da Minha Praça da Independência, uma praça tão igual a tantas, e tão diferente para alguns, um painel de corpos me despertou a atenção na banca.


Variadas belezas expostas, frases chamativas. Sensualidade explicita. E havia beleza ali.


Mas a Praça. A Minha Praça. A Praça da Independência roubou a cena das onze da manhã. Inundada de sol, tinha mais luminosidade que todos os corpos da banca de jornais.

Os corpos semoventes na calçada, tinham graça e beleza, uma beleza cativante, um caminhar tão típico de minha terra: sereno, manso, desangustiado.


Embevecido, fiz o giro do olhar por 360 graus, e percebi ser este o meu mundo. Algumas coisas ali tem meu cheiro, tem pedaços de minha vida, carregam momentos de emoção, carregam também tristes lembranças, como não poderia deixar de ser numa vida multipla e profunda como a minha.

Hiatos de solidão. Trechos de gratificante presença.

O Café da Praça com mais de quarenta anos.

A Livraria da Praça, que além de livraria é editora.

Tive o tempo da Sorveteria Yara na infância.

Um chão sagrado para o verdadeiro santista, o caiçara de Santos; aquele emocionado a cada retorno à cidade.

Para tantos é apenas uma praça, como o Largo de Moema; Largo Santa Cecília; Largo da Matriz de mil cidades; ou mesmo a Praça Mauá em nossa Santos.

Mas essa não. Essa é a Minha Praça.

Nos olhamos e nos amamos a cada encontro. Sem ela o Gonzaga não seria o mesmo.

Ela é a Minha Praça da Independência. Linda! Radiante! Luminosa! Símbolo forte de vitórias tantas!


E, acima de tudo: Duplamente Santista.

Do Santos que amo! 

Da Santos. Cidade que eu amo, e sempre amarei!


Paulo Cesar Fernandes

23  11  2012

A piada do ceguinho

Hoje, 22/11/2012 pela manhã, estava eu no Gonzaga, e um senhor cego pedia ajuda para chegar ao ponto do ônibus. Para isso era necessário o atravessasse pela avenida, pois ia rumo ao centro. Foi o tempo suficiente pala ele:

_ Meu nome é Alfredo e o seu?
_ Paulo.

_ Pois bem seu Paulo, se incomoda se lhe contar uma piada?
_ Claro que não.

_ Um médico, um advogado e um banqueiro vão a um show de strip-tease. E foi um belo show. Num determinado momento, a menina se aproximou da mesa deles, para que lhe dessem dinheiro.
_ ...
_ O médico tirou uma nota de 50 dólares, e grudou na banda esquerda do bum-bum da mulher.
_ ...

_ O advogado não queria ficar por baixo, e na banda direita grudou uma nota de cem dólares.
_ Hummm!

_ O banqueiro, passou o cartão entre as duas bandas e pegou os 150 dólares.

Olhei o senhor e tinha uma cara de felicidade. E seu ônibus já estava no ponto como a esperar por ele.

_ Cá tem seu ônibus e obrigado pela piada.

Importante perceber como algumas pessoas com dificuldades muito fortes, superam tais dificuldades. Dando a todos nós, verdadeiras lições de vida e de estabilidade emocional.

Que Seu Alfredo esteja em paz neste momento!


Paulo Cesar Fernandes

22  11  2012

Mundialización de la Solidaridad y de la esperanza - El Salvador

Mundialización de la Solidaridad y de la esperanza - El Salvador

 por Pedro Casaldàliga


Con ocasión de los 20 años del martirio de "San Romero de América" se celebraron en El Salvador diferentes actos de memoria y compromiso, en medio de un verdadero estallido popular de jubileo romeriano, dentro del gran jubileo de Jesús. Como SICSAL -Secretariado Internacional Cristiano de Solidaridad con y desde América Latina- organizamos, en San Salvador, el duodécimo encuentro mundial de solidaridad. Fue allí donde di esta charla que reproduzco ahora, sin la cálida espontaneidad con que vibrábamos en aquel auditorio de la UCA, dedicado al mártir Ellacuría.


Conocemos y sentimos muy bien la globalización neoliberal que está ahí, dominando el mundo, como sistema supuestamente triunfante: de pensamiento único, de interés único, de poder único. Cumpliendo el irónico consejo de Keynes: "Por lo menos, durante unos cien años debemos fingir entre nosotros y delante de todos los demás que lo justo es malo y que lo malo es justo... La avaricia, la usura y la previsión han de ser nuestros dioses por un poco más de tiempo..."

Nunca el mundo fue tan desigual y pobre. Nunca hubo tanta humanidad privada de ser humana. Hemos pasado de los pobres a los empobrecidos, a los excluidos, a los sobrantes. Cuando en el mundo cabríamos muy bien todos, como recordaba Gandhi, siempre que algunos no se dedicaran prepotentemente a la usura y al despilfarro. Que haya un billón y tanto de personas con menos de un dólar por día es más que una iniquidad, siendo que bastaría cerca del 1% de la renta mundial para erradicar la mundial pobreza.

Para el tema que nos interesa es bueno recordar también cómo la vivencia de ese sistema de egoísmo total -que coincide además con la posmodernidad narcisista- significa una crisis estructural de la solidaridad. Dom Demetrio Valentini, gran animador de la Pastoral Social en Brasil, apuntaba: "Tal vez la crisis de la solidaridad tenga que ver hoy con la privatización de nuestros valores y sentimientos". (¡No se privatizan sólo las empresas y los servicios sociales!). "Hay, en esta posmodernidad, una tendencia a la vuelta al propio ombligo. Las personas están desencantadas frente a la política y los políticos". La TV Record -una de las mayores cadenas de Brasil- hizo recientemente una encuesta entre sus teleespectadores preguntando por las tres cosas que más avergüenzan al país: los políticos salieron en primer lugar, antes que el desempleo y la violencia. "Movidas, las personas, por la publicidad, prefieren ser consumidoras a ser ciudadanas. Así se resquebrajan los mecanismos de la solidaridad, se desarticula la sociedad civil, se refuerzan las desigualdades sociales y la dominación de las élites". Recordemos que en América Latina (en todo el tercer mundo) las élites u oligarquías han sido siempre -y son- el brazo derecho de los sucesivos imperios, hoy del macroimperio neoliberal...

Por otra parte, la globalización, o la mundialización, mejor dicho, es inevitable y es, además, bienvenida. En el mismo libro -Solidariedade, caminho da Paz, editado por Cáritas brasileña preparando el Jubileo-, Dom Demetrio, en el prólogo, reflexiona así: "Hoy todos constatamos la inexorabilidad de la globalización. Ella acontece y se implanta, queramos o no. Señal de que trae consigo una dinámica que se inscribe en la propia naturaleza. El mundo es en realidad un globo, unido por un complejo de articulaciones que imprime su marca a todo lo que en él va sucediendo. A nosotros nos cabe darle a la globalización la fisonomía humana que por vocación somos llamados a imprimir en el mundo para que en él la vida humana pueda desarrollarse y ser la principal razón de ser de todo el universo, como la Biblia nos dice desde el principio... Si es conducida por criterios de lucro y de dominación, la globalización atropella las condiciones de vida de grandes mayorías, para proporcionar ventajas a minorías privilegiadas. Por eso, es urgente impregnar de solidaridad el proceso de globalización, para que se realice al servicio de la vida humana".

En la Agenda Latinoamericana que acabamos de preparar para el año 2001 -y que a partir de ese año será Latinoamericana-Mundial- soñamos precisamente con la mundialización otra, con nuestra mundialización y nuestra mundialidad; que quieren ser, que deben ser, réplica alternativa y profética a la mundialización neoliberal que nos imponen. Escribo en la presentación de la Agenda: "la gran novedad de la Agenda en este primer año de un nuevo milenio es que la Agenda Latinoamericana quiere ponerse mundial. No por oportunismo, sino para responder a los signos de los tiempos. Lo cual es una orden del propio Jesús de Nazaret y es el dictamen de cualquier sociología que quiera respetar la realidad... El mundo se está haciendo uno. Para bien o para mal... En América Latina hemos repetido, sobre todo en las horas más decisivas, que o nos salvábamos continentalmente o continentalmente nos hundíamos. Ahora hay que decir, con un realismo que no puede desmentir a la esperanza, que o nos salvamos mundialmente o mundialmente nos hundimos. Nadie, ningún país, puede salvarse aisladamente. Hoy más que nunca no somos islas. El mundo es ya nuestra circunstancia. Yo soy yo y el mundo..."

Recuerdo después cómo la Agenda ha ido abrazando las Causas profundas de la Patria Grande. Hoy cualquier agenda humana -social, política, religiosa- debe asumir las grandes causas de la humanidad. "Esos sustantivos mayores de los cuales llenan su mentirosa boca incluso los políticos y las instituciones más cínicos: la tierra, el agua, el alimento, la salud, la educación, la libertad, la paz, la democracia (¡otra democracia, otra!), todos los derechos humanos y los derechos de los pueblos, la vida, en fin". Destacando siempre, cada vez más, los sujetos prioritarios multisecularmente marginados que están emergiendo con un protagonismo revolucionador: la mujer, los pueblos indígenas, los pueblos negros, los movimientos populares, las ONGs...
"De esa mundialidad así entendida -añado en la Agenda- habrá que hacer una actitud, un hábito; una virtud, amasada de conciencia, ascesis, entusiasmo, solidaridad".  
Radicándose en la propia realidad cotidiana, claro está, nutriendo las raíces en el lugar y la memoria, postura indispensable para lanzarse al horizonte mundial y a la historia mayor. Recuerdo también, en la Agenda, que "las grandes Causas de la Humanidad son para nosotros causas también divinas: creemos en el Dios de la Vida, Padre-Madre de toda la familia humana, en todas las religiones y más allá de todas ellas, macroecuménico su corazón maternal. Al fin y al cabo, Dios y la Vida son las dos referencias más universales que palpitan en la entraña de la humanidad.

Yo insistiría hoy, precisamente frente a la desequilibradora prepotencia del neoliberalismo excluidor, en una vertiente y hasta finalidad de la solidaridad verdadera, que quizá no hemos destacado bastante. Venimos de una herencia limosnera, de caridades, de campañas de emergencia, de ayudas puntuales: que seguirán siendo necesarias, porque pobres y desgracias siempre los habrá, pero que no justifican que la solidaridad se quede ahí, puntual, coyuntural. Siempre hay que incidir también en la estructura. Y me parece que en esa perspectiva deberíamos insistir cada vez más en la igualdad, como objetivo de la solidaridad. Igualdad para las personas, igualdad para los pueblos; igualdad de dignidad, de derechos y de oportunidades. En la pluralidad de las identidades, claro está. Hay una desigualdad que es sinónimo de injusticia.

La verdadera, la eficaz solidaridad ya no es sólo "el nuevo nombre de la paz", como decía Juan Pablo II. Es el nuevo nombre, el nombre definitivo, de la sobrevivencia humana. Si no se quiere propiciar "un mundo donde quepan todos", como piden los zapatistas, en el mundo no va a caber nadie. "La Solidaridad -escribo en el libro de Cáritas- es el nuevo nombre de la Sociedad humana. Ella traduciría o complementaría el derecho, la justicia, el propio amor. Siempre que se entienda la solidaridad y siempre que la Humanidad se entienda a sí misma como un solo destino, la única familia humana, la hija humana de Dios"... "Un destino común, compartido -escribe Regina Ammicht Quinn- exige solidaridad".  

Sé que estoy pidiendo una revolución de valores y posiciones, de privilegios y de necesidades, de los varios mundos hacia un solo mundo, el humano, que es divino también para nuestra fe. El monje biblista Marcelo Barros habla de la solidaridad como "el nombre nuevo de la fe". Se trata, sí, de una revolución ética y estructural, cultural, sociopolítica, económica; y sobre todo espiritual. Desde el privilegio -que siempre excluye o margina- no se puede ser solidario.

En todo caso se trata -y aquí está la raíz de esta revolución- de ser solidarios/as y no sólo de hacer solidaridad; de vivir constantemente la solidaridad en la asunción común de las grandes causas de la humanidad; de vivir una solidaridad no sólo de gestos, sino también de actitudes, una virtud -como decía antes- amasada de indignación ética, de misericordia, de donación, de renuncia, de sobriedad comulgante y de praxis liberadora... ¿Ya se ha hablado de todos los "principios" posibles, no? El principio esperanza, el principio misericordia, el principio realidad... ; valga hablar, pues, de el principio solidaridad, como de "una estructura fundamental de nuestra reacción delante de las injusticias y de la forma como la Sociedad se organiza en este mundo". Son palabras de Marcelo Barros también, aunque él las aplica al principio misericordia.

En última instancia, sería la opción por los pobres integralmente percibida y vivida, como amor político también, también como militancia liberadora: como opción por el Reino de los pobres y por los pobres del Reino, dicho en cristiano.

Es pura religión viva. Ver y oír la realidad, como nuestro Dios: "vi la aflicción, oí el clamor, de mi pueblo"... Sentir la realidad: "ser misericordiosos como el Padre". "Conmovérsele a uno las entrañas", como a Jesús. Actuar sobre la realidad: ayudar a "hacer salir el sol y caer la lluvia para todos" como lo hace el Padre. El Nuevo Testamento nos ha desvelado al hermano universal Jesús como aquel que ha cargado solidariamente con el sufrimiento y el pecado de toda la humanidad.

Hablando de revolución, hay que recordar la palabra luminosa del Che: "si sientes el dolor de los demás como tu dolor, si la injusticia en el cuerpo del oprimido fuere la injusticia que hiere tu propia piel, si la lágrima que cae del rostro desesperado fuere la lágrima que también tú derramas, si el sueño de los desheredados de esta sociedad cruel y sin piedad fuere tu sueño de una tierra prometida, entonces serás un revolucionario, habrás vivido la solidaridad esencial".
He dicho que esa actitud-solidaridad debe pretender la eficacia también. El Papa, en su discurso a la ONU, el 2 de octubre de 1979, afirmaba: "Es necesario traducir la parábola del rico Epulón y del pobre Lázaro (Lc 16, 19-31) en términos económicos y políticos, en términos de derechos humanos y de relaciones entre el primero, segundo y el tercer mundo" (y el cuarto).

Hablaremos un poco, después, de la esperanza, de globalizar o mundializar la esperanza. Es necesario recordar aquí que las tres virtudes teologales son una sola actitud y praxis teologalizadas; y, en instancia evangélica, la solidaridad es la caridad, el mandamiento nuevo, Su mandamiento, el de Jesús. ¿Es posible, hoy sobre todo, una caridad que no sea política, si quiere ser verdaderamente humana y cristiana?

Y van dos citas de Santiago Sánchez Torrado, en su folleto de la "Colección Alternativa", La izquierda: desafíos y propuestas: "Una expresiva cita de Peter Glotz me parece muy adecuada para situar el tema de la solidaridad como contribución sustantiva de la izquierda: 'la izquierda debe poner en pie una coalición que apele a la solidaridad del mayor número posible de fuertes con los débiles, en contra de sus propios intereses'... Uno de los más graves desafíos que tiene pendiente nuestro mundo es un incremento notable de un tejido solidario: como entramado integral y equilibrado de actitudes eficaces y como establecimiento de redes solidarias...". Agnes Heller ha dicho que "la solidaridad es la cualidad más importante de la izquierda social". Todo el apartado "Un mundo solidario" del citado folleto merece una compenetrada meditación. Para sacudir la modorra y el desencanto de nuestras queridas izquierdas.

Y hablemos un poco más explícitamente de la esperanza. Olegario González de Cardedal publicó un libro, de más de 500 páginas, dedicado a la Raíz de la esperanza, editado por Sígueme de Salamanca. El enfoque es bastante personalista, para nuestro talante latinoamericano, pero es iluminador en su conjunto. Advierte, ya en las primeras líneas del prólogo, que "tres palabras constituyen el meollo de este libro: libertad, soledad, esperanza". Y recuerda que la conciencia humana "ha estado determinada en la modernidad por las ideas de progreso (Ilustración), emancipación (Revolución), anticipación del futuro (Utopía)".

La utopía de nuestra esperanza es que una auténtica revolución de valores, relaciones y estructuras haga posible el verdadero progreso para todos y todas y para todos los pueblos, en una cierta armoniosa igualdad. Nuestra esperanza se llama solidaridad, en acto, en proceso, en espera. Evidentemente entendemos, hasta por experiencia muy dolorosa, que la esperanza es procesual, sucesivamente transformadora, histórica y escatológica. ¡Nada de "final de la historia" ya! Alguien ha dicho con mucha razón que "la esperanza sólo se justifica en los que caminan".

Esperamos porque desesperamos, porque esperamos contra ese mundo que se nos impone, asesino, y con los y las desesperados de la tierra: los desheredados del sistema. Sólo espera el que desespera; quien tenga hambre y sed de justicia, de cambio, de solidaridad en la común soledad e impaciencia. "La esperanza nos ha sido dada -escribe Marcuse- para servir a los desesperados". Y Marcel explicita: "La esperanza está siempre ligada a una comunión". El consumismo, que se va saciando con los macdonalds al uso, y el conformismo derrotista que ha arriado las banderas de la militancia no tienen por qué esperar. La esperanza es lo menos light que se pueda encontrar en la vida. Y, cristianamente, "esperamos contra toda esperanza"...

Globalizar la esperanza, mundializarla, será ir haciendo que todos/as, sobre todo los excluidos, los "ninguneados" que diría Galeano, aquellos que más tienen por esperar, puedan esperar "razonablemente", sin sarcasmos por delante. Y solamente la solidaridad globalizada irá haciendo este milagro de "esperanza esperanzadora", al decir del mártir Ellacuría. La solidaridad irá haciendo de la u-topía, "no"-lugar, una humana eu-topía, un buen lugar dignamente habitable.  

Decimos de la Agenda Latinoamericana que es memoria, utopía, acción. Así es la esperanza, con más méritos que la Agenda, claro. Acción, digo, también. Porque se trata de una esperanza creíble, testificada por la vida coherente, por la praxis eficaz, por la procesual transformación.

"Quem sabe, faz a hora, não espera acontecer", canta hace tiempo la militancia brasileña.
Ellacuría, que hemos recordado estos días también con san Romero y tantos y tantas mártires, nos pide que nos hagamos cargo de la realidad, cargándola (descargándola también), a base de solidaridad comprometida. Ayudando a poder esperar dignamente.
Citando a los mártires, testigos extremos de la esperanza, es bueno recordar que vivieron "la esperanza contra la muerte para la vida". En la última Romería de los mártires de la Caminada latinoamericana, en nuestro Santuario de Reibeirão Cascalheira, el lema era "Vidas por la Vida"; en la próxima romería que vamos a celebrar, los días 14 y 15 de julio de 2001, el lema será "Vidas por el Reino".

Desgraciadamente, hasta en cristiano -en mal cristiano, evidentemente-, muchas veces la esperanza ha sido una vivencia y una predicación de "esperar sentado".
El teólogo Olegario explica, holísticamente, como se dice ahora: "Espera el hombre [y la mujer, ¡caramba!] entero, como persona, es decir, como individuo religado a su prójimo y a su comunidad. Y por ser solidario de toda la naturaleza y de toda la historia, espera con ellas, y con él esperan toda la creación y toda la comunidad. La esperanza es inseparable del amor solidario".  

El SICSAL, desde el que hablo, nació en plena noche, o en plena lucha, y bautizado con sangre mártir; a raíz de la muerte pascual de Romero. La sangre hoy, más que derramada oficialmente es oficialmente prohibida; y la lucha ha replegado entusiasmo en muchos sectores, militantes, cristianos también. Muchos, muchas, parece que han perdido el "paradigma" de la Vida, el paradigma de la Historia, el paradigma de Jesús: ese Reino, proyecto del Padre para la Humanidad y el Universo, ahora en el tiempo y en la plenitud después. Este duodécimo congreso internacional, promovido por SICSAL en el Jubileo de Jesús y de Romero, debe relanzarnos a una solidaridad fortalecida y a una esperanza inclaudicable, mundializadas en y desde nuestra América, desde el tercer mundo, desde el primer mundo solidario.

Haremos todo por estar solidaria y esperanzadamente con los pobres de la tierra, hasta el fin, como El está "hasta el fin" con nosotros y nosotras.
 


* * *
 
Añado un anexo, para decir, a nuestro propósito, lo que he sentido en esos días exultantes del jubileo de Romero en su pequeño grandísimo El Salvador.  
Definitivamente, la figura de nuestro san Romero de América se nos ha aparecido como un prototipo singular, único en cierta medida, de la mundialización de la solidaridad y la esperanza. Nuevamente he repetido con insistencia que Romero es un santo universal. En mi circular fraterna de este año 2000 años de Jesús, 20 años de Romero, cito a Ludwig Kaufmann por su libro Tres pioneros del futuro. Cristianismo de mañana. Estos tres pioneros son Juan XXIII, Charles de Foucauld y Oscar Arnulfo Romero. Y en estos días del jubileo salvadoreño, entre celebraciones ecuménicas, marchas populares y encuentros de militancia comprometida, he tenido que repetir varias veces que Romero -y precisamente por su coherencia evangélica- es el santo de los católicos, de los protestantes, y hasta... de los ateos. Siempre que unos y otros, a su propio modo, militen por la Causa: la Causa de Jesús y de su Padre, en instancia definitiva.

En una antología de testimonios acerca de monseñor Romero el boletín de los Comités Romero del Estado español cita estas palabras de Díez Alegría: "El arzobispo de San Salvador Oscar Arnulfo Romero es para mí una figura central del cristianismo en el siglo XX... uno de los mayores ejemplos (quizá el número uno) de lo que fue ser testigo verdadero de Jesús de Nazaret (a quien los hombres asesinaron y Dios resucitó por el Espíritu) en el artormentado siglo XX".

Y todas las celebraciones de ese vigésimo aniversario de su martirio -jubileo de Romero en el jubileo de Jesús- tuvieron el sello explícito de la solidaridad y la esperanza, testimoniado por hermanos y hermanas congregados en El Salvador desde los más distantes ángulos de la tierra. A estas alturas va siendo cada vez más Romero, no sólo un santo de El Salvador, ni sólo un santo de América, sino un santo del mundo.
 


Pedro Casaldáliga,
en el jubileo de Romero dentro del Jubileo de Jesús.
San Salvador, El Salvador, en Nuestra América

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Inefável

Inefável


Que é a beleza?


A Estética tenta definir, catalogar, enquadrar a beleza.


Tentativa vã!


Num mundo de catalogações; alcunhas; códigos de barras não cabem constrições ao efêmero e fugaz.



Quem aprisiona o inefável?

Quem constringe o abstrato?

Quem agarra a leveza de um corpo em movimento num bailado?

Um acorde musical nada o abarca, salvo o sentir.



Podes rasgar a folha de papel, mas jamais diluirás a sensibilidade do poema ali registrado. A alegria, a dor, a ira...

 

Coisas existem fora da compreensão racional, apenas o sensorial se dá conta.


Rompem fronteiras, levando às lágrimas os mais dispersos e diversos ambientes; sua universalidade rasgante se estabelece.



Soberana! A Beleza é!


A fala do pensador, unindo racionalidade e emoção profundas, nos tira do chão, nos eleva a píncaros do pensar jamais por nós cogitados.

Os ouvintes, em suspeso e em suspense, apenas pedem desse momento a continuidade, em novos raciocínios, em novas reflexões.

Se recusam voltar ao chão, à trivialidade, ao pueril viver.


Não há possível definição, na medida em que a Beleza é enlevo, Espiritualidade e Emoção.


Paulo Cesar fernandes

21  11  2012  02:04

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Injustiça clama por Justiça, mas a violência chama violência.

Injustiça clama por Justiça, mas a violência chama violência.

Por uma Terra acima de tudo JUSTA, e a JUSTIÇA trará a paz aos corações.
Uma Paz que venha a desaguar na Espiritualidade.
Até lá temos algumas desagrádáveis etapas.
Bom vejamos o passado.


Acabo de assistir ao final de um documentário sobre o Partido das Panteras Negras nos EUA. (Veja adiante em PTBR e ENG)
Um partido de orientação marxista-leninista. De auto defesa dos negros radicados nos EUA. Contra todos os sofrimentos que lhes eram infrigidos.
E aqui render minha homenagem a Angela Davis; Huey Newton e Bobby Seale.

A todos os negros no mundo a a conquista da Justiça que são merecedores.
As dignas condições de vida que são merecedores.
Educação decente, e não diferenciada como era nos EUA.
Por toda Africa se cubra um manto de Justiça e se punha fim à politica das grandes potencias de "Limpeza de Território", dizimando milhares de negros e minorias desplazadas de seus locais.
Os verdadeiros sem terra, sem território, sem Pátria são os milohares de Refugiados. Sobrevivem em cabanas sob as mais indignas condições de existência.


BASTA ! ! !


Por uma solução, pacífica ou não ! ! !


«««««««««««««««««««««««
Partido dos Panteras Negras
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Panteras Negras)
Partido negro revolucionário estadunidense, fundado em 1966 em Oakland - Califórnia, por Huey Newton e Bobby Seale, originalmente chamado  Partido Pantera Negra para Auto-defesa (no original, "Black Panther Party for Self-Defense", depois, mais conhecido como "Black Panther Party"
(Panteras Negras)).

A finalidade original do partido era patrulhar guetos negros para proteger os residentes dos atos de brutalidade da polícia. Os Panteras tornaram-se eventualmente um grupo revolucionário marxista que defendia o armamento de todos os negros, a isenção dos negros no pagamento de impostos e  de todas as sanções da chamada "América Branca", a libertação de todos os negros da cadeia, e o pagamento de compensação aos negros por séculos de exploração branca. Sua ala mais radical defendia a luta armada. Em seu pico, nos anos de 1960, o número de membros dos Panteras Negras excedeu 2 mil e a organização coordenou sedes nas principais cidades.

Os conflitos entre os Panteras Negras e a polícia nos anos de 60 e nos anos de 70 conduziram a vários tiroteios na Califórnia, em Nova Iorque e em Chicago, um desses resultando na prisão de Huey Newton pelo assassinato de um policial.

Na medida em que alguns membros do partido eram considerados culpados de atos criminais, o grupo foi sujeitado a uma grande hostilização da  polícia que algumas vezes se deu na forma de ataques violentos, despertando investigações no Congresso sobre as atividades da polícia com relação
aos Panteras. Nos meados dos anos de 70, tendo perdido muitos de seus membros e diminuído a simpatia de muitos líderes negros estadunidenses, levaram a uma mudança dos métodos do partido, que mudaram da violência para uma concentração na política convencional e em um fornecimento de serviços sociais nas comunidades negras. O partido estava efetivamente desfeito em meados dos anos de 1980.

O Programa de Dez Pontos   (redigido em outubro de 1966

1. Nós queremos liberdade.

Queremos poder para determinar o destino de nossa comunidade negra. Acreditamos que os negros não serão livres enquanto não determinarem eles mesmos seu destino.

2.Queremos desemprego zero para nosso povo • Acreditamos que o governo federal é responsável e obrigado a dar a todos os homens e mulheres

emprego e garantir alguma forma de salário. Acreditamos que se os homens de negócio, brancos e americanos, não quiserem dar emprego a todos, então os meios de produção devem ser tomados deles e colocados a disposição da comunidade para que as pessoas possam se organizar e empregar toda a gente, garantindo um nível de vida de qualidade.

3.Queremos o fim da ladroagem dos capitalistas brancos contra a comunidade negra. •

Acreditamos que esse governo racista nos roubou, e agora exigimos um pagamento de sua dívida de 40 hectares e duas mulas. Esse pagamento foi prometido há 100 anos como restituição por todo o
trabalho escravo e os assassinatos em massa do povo negro. Nós iremos aceitar o pagamento em moeda corrente e ele será distribuído por todas as
nossas comunidades. Os alemães estão agora ajudando os judeus em Israel pelo genocídio que realizaram contra aquele povo. Os alemães mataram 6 milhões de judeus. Os americanos racistas foram parte do assassinato de mais de 50 milhões de pessoas negras; portanto, sentimos que essa é uma demanda bem modesta que estamos fazendo.

4.Queremos casas decentes para abrigar seres humanos. •

Acreditamos que se os donos de terras brancos não derem casas decentes para a comunidade negra,então as terras e casas devem se tornar cooperativas para que nossa comunidade, com a ajuda do governo, possa construir suas próprias casas.

5.Queremos educação para nosso povo!

Uma educação que exponha a verdadeira natureza da decadência da sociedade americana. Queremos que seja ensinado nossa verdadeira história e nosso papel na sociedade atual. •
Acreditamos em um sistema educacional que irá fornecer a nosso povo o conhecimento de si mesmos. Se uma pessoa não tem conhecimento sobre si mesmo e sobre sua posição na sociedade e no mundo, então essa pessoa tem pouquíssimas chances de se relacionar com qualquer coisa que seja.

6. Queremos que todos os homens negros sejam liberados dos serviços militares. •

Acreditamos que o povo negro não pode ser forçado a lutar no serviço militar para defender um governo racista que não nos protege. Nós não vamos lutar nem matar outras pessoas de cor no mundo que, como o povo negro, estão sendo vitimizados pelo governo americano branco e racista. Nós iremos nos proteger da violência e da força dessa polícia e exército racista, por qualquer maneira que seja necessária.

7.Queremos um fim imediato à BRUTALIDADE POLICIAL e aos ASSASSINATOS contra o povo negro. •

Acreditamos que podemos acabar com a brutalidade policial em nossa comunidade negra ao nos organizarmos em grupos negros de auto-defesa dedicados a defenderem as comunidades
negras da opressão e brutalidade da polícia racista. A segunda emenda da constituição dos Estados Unidos nos dá o direito de portar armas.
Portanto, nós acreditamos que todo o povo negro deve se armar para sua defesa pessoal.

8. Queremos liberdade de todos os presos, em qualquer que seja a instância, federal, estadual, municipal. •

Acreditamos que todo o povo negro deve ser solto das várias prisões e cadeias que se encontram por não terem recebido um julgamento justo e imparcial.

9. Queremos que todas as pessoas negras que forem a julgamento sejam julgadas por seus pares ou por pessoas de sua própria comunidade negra,

como definido pela Constituição dos Estados Unidos. •
Acreditamos que as cortes devem seguir a constituição dos Estados Unidos para que o povo
negro receba julgamentos justos. A emenda de número 14 da Constituição dá o direito de uma pessoa ser julgada por algum par seu. Seu par é uma pessoa de situação econômica, social, religiosa, geográfica, ambiental, histórica e racial similar. Para isso ser cumprido, a corte será forçada a ir atrás de alguém da comunidade da pessoa negra que está sendo julgada. Nós fomos, e estamos sendo, julgados por juízes brancos que não tem conhecimento nenhum de quem é uma pessoa negra de uma comunidade.

10. Nós queremos terra, pão, moradia, educação, roupas, justiça e paz. •

Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que as leis da natureza e de Deus lhes conferiu o direito, o respeito digno às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa separação.

Nós acreditamos que essas verdades são auto-evidentes: que todos os homens são criados de maneira igual; que eles foram dotados por seu Criador  com certos direitos inalienáveis; que dentre eles estão a vida, a liberdade, e a busca por felicidade. Que, para proteger esses direitos, governos são
instituídos entre os homens, derivando seu poder justo pelo consentimento dos governados; que, quando qualquer governo acaba por destruir esses  fins, é o direito do povo alterar ou abolir o governo, e instituir um novo, baseando-o em tais princípios, e organizando os poderes em tais formas,
como lhe pareça mais conveniente para sua felicidade e segurança. Prudência, de fato, vai ditar que os governos instituídos há muito tempo não  deveriam ser alterados por motivos leves e transitórios; e, consequentemente, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas aos quais estão acostumados. Mas, quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objeto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, é seu direito, é seu
dever, de abolir tais governos e instituir novos Guardiões para sua segurança futura.

Protesto nas Olimpíadas de 1968

Na Olimpíada da Cidade do México, Tommie Smith e John Carlos, dois atletas medalhistas dos EUA, fizeram a saudação "black power", braço  estendido com o punho enluvado e fechado, durante a cerimônia de premiação da modalidade. O Comitê Olímpico Internacional (COI) baniu-os dos jogos.

O punho erguido ("Raised Fist") foi usado como símbolo de propaganda do Black Panther Party.

Reinaldo, Eusébio e Sócrates (futebolista), todos ex-jogadores de futebol comemoravam seus gols com o braço erguido e punho fechado assim como
os Panteras.
«««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««
USA still are a racist country. Obama have non significance on the white way os thinking.
And Obama is a murderer anyway. Changed nothing on Black People life.
All keeps just like in the past. Painful past of Texas, Alabama, and so on.
Mainly blacks goes to war. Before reading think in US Government all along the time. How tey treat all the other countries, and how they treat his black people. I said all of them, includin OBAMA, take note of that.

Go ahead and know anything else about Black Panthers. But do not trust on this text as the real truth.
(Paulo Cesar)

«««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««««

Black Panther Party
From Wikipedia, the free encyclopedia
.      Not to be confused with the New Black Panther Party.

Black Panther Party
Leader - Huey P. Newton
Founded - 1966
Dissolved - 1982
Ideology

Black nationalism (early), anti-capitalism, anti-drug, anti-racism, anti-fascism, anti-imperialism, Marxism–Leninism, Maoism, proletarian internationalism, socialism, anti-Zionism
Political position - Far-left

International affiliation: Algeria, Cuba, France

Socialism Portal   (I rather call Justice Portal (Paulo Cesar)
Politics Portal
The Black Panther Party (originally the Black Panther Party for Self-Defense) was an African-American revolutionary socialist organization active in  the United States from 1966 until 1982. The Black Panther Party achieved national and international notoriety through its involvement in the Black  Power movement and U.S. politics of the 1960s and 1970s.

Founded in Oakland, California by Huey Newton and Bobby Seale on October 15, 1966, the organization initially set forth a doctrine calling  primarily for the protection of African-American neighborhoods from police brutality. The leaders of the organization espoused socialist and
Marxist doctrines; however, the Party's early black nationalist reputation attracted a diverse membership. The Black Panther Party's objectives and  philosophy expanded and evolved rapidly during the party's existence, making ideological consensus within the party difficult to achieve, and
causing some prominent members to openly disagree with the views of the leaders.

The organization's official newspaper, The Black Panther, was first circulated in 1967. Also that year, the Black Panther Party marched on the California State Capitol in Sacramento in protest of a selective ban on weapons. By 1968, the party had expanded into many cities throughout the
United States, among them, Baltimore, Boston, Chicago, Cleveland, Dallas, Denver, Detroit, Kansas City, Los Angeles, Newark, New Orleans, New York City, Omaha, Philadelphia, Pittsburgh, San Diego, San Francisco, Seattle and Washington, D.C.. Peak membership was near 10,000 by 1969,
and their newspaper, under the editorial leadership of Eldridge Cleaver, had a circulation of 250,000. The group created a Ten-Point Program, a document that called for "Land, Bread, Housing, Education, Clothing, Justice and Peace", as well as exemption from conscription for African-
American men, among other demands. With the Ten-Point program, “What We Want, What We Believe”, the Black Panther Party expressed its economic and political grievances.

Gaining national prominence, the Black Panther Party became an icon of the counterculture of the 1960s. Ultimately, the Panthers condemned black nationalism as "black racism" and became more focused on socialism without racial exclusivity. They instituted a variety of community social
programs designed to alleviate poverty, improve health among inner city black communities, and soften the Party's public image. The Black Panther Party's most widely known programs were its armed citizens' patrols to evaluate behavior of police officers and its Free Breakfast for Children program. However, the group's political goals were often overshadowed by their criminality and their confrontational, militant, and violent tactics against police.

Federal Bureau of Investigation Director J. Edgar Hoover called the party “the greatest threat to the internal security of the country,” and he supervised an extensive program (COINTELPRO) of surveillance, infiltration, perjury, police harassment, assassination, and many other tactics
designed to undermine Panther leadership, incriminate party members and drain the organization of resources and manpower. Through these tactics, Hoover hoped to diminish the Party's threat to the general power structure of the U.S., or even maintain its influence as a strong undercurrent. Angela Davis, Ward Churchill, and others have alleged that federal, state and local law enforcement officials went to great lengths to discredit and destroy the organization, including assassination. Black Panther Party membership reached a peak of 10,000 by early 1969, then  suffered a series of contractions due to legal troubles, incarcerations, internal splits, expulsions and defections. Popular support for the Party declined further after reports appeared detailing the group's involvement in activities such as drug dealing and extortion schemes directed against Oakland merchants. By 1972 most Panther activity centered around the national headquarters and a school in Oakland, where the party continued to influence local politics. Party contractions continued throughout the 1970s; by 1980 the Black Panther Party comprised just 27 members.

Origins

Original six members of the Black Panther Party (1966)
Elbert "Big Man" Howard, Huey P. Newton (Defense Minister), Sherwin Forte, Bobby Seale (Chairman)  Bottom: Reggie Forte and Little Bobby Hutton (Treasurer)
In 1966, Huey P. Newton was released from jail. With his friend Bobby Seale from Oakland City College, he joined a black power group called the Revolutionary Action Movement (RAM). RAM had a chapter in Oakland and followed the writings of Robert F. Williams. Williams had been the
president of the Monroe, North Carolina branch of the NAACP and later published a newsletter called The Crusader from Cuba, where he fled to escape kidnapping charges.

They worked at the North Oakland Neighborhood Anti-Poverty Center, where they also served on the advisory board. To combat police brutality, the advisory board obtained 5,000 signatures in support of the City Council's setting up a police review board to review complaints. Newton was also taking classes at the City College and at San Francisco Law School. Both institutions were active in the North Oakland Center. Thus the pair had numerous connections with whom they talked about a new organization. Inspired by the success of the Lowndes County Freedom Organization and Stokely Carmichael's calls for separate black political organizations, they wrote their initial platform statement, the Ten-Point Program. With the help of Huey's brother Melvin, they decided on a uniform of blue shirts, black pants, black leather jackets, black berets, and openly displayed loaded shotguns. (In his studies, Newton had discovered a California law that allowed carrying a loaded rifle or shotgun in public, as long as it was publicly displayed and pointed at no one.)

What became standard Black Panther discourse emerged from a long history of urban activism, social criticism and political struggle by African Americans. There is considerable debate about the impact that the Black Panther Party had on the greater society, or even their local environment. Author Jama Lazerow writes “As inheritors of the discipline, pride, and calm self-assurance preached by Malcolm X, the Panthers became national heroes in African American communities by infusing abstract nationalism with street toughness—by joining the rhythms of black working-class youth culture to the interracial élan and effervescence of Bay Area New Left politics...In 1966, the Panthers defined Oakland’s ghetto as a territory, the police as interlopers, and the Panther mission as the defense of community. The Panthers' famous “policing the police” drew attention to the spatial remove that White Americans enjoyed from the state violence that had come to characterize life in black urban communities.” In his book Shadow of the Panther: Huey Newton and the Price of Black Power in America journalist Hugh Pearson takes a more jaundiced view, linking Panther criminality and violence to worsening conditions in America's black ghettos as their influence spread nationwide. Similarly, journalist Kate Coleman writes regarding a 2003 Panther conference at Boston's Wheelock College, "If the Wheelock conference wanted to examine the real legacy of the Panthers, its participants should have pored over the cold statistics showing a spike in drive-by shooting deaths and gang warfare that took place in Oakland in the decade following the Panthers' demise. The Black Panther Party had so fetishized the gun as part of its mystique that young men in the ghetto felt incomplete without one.The Panther fetish of the gun, worshiped by impressionable young black males, maimed hundreds of black citizens in Oakland more surely than any bully cops."


Evolving ideology, widening support Black Panther convention, Lincoln Memorial, June 19, 1970
Awareness of the Black Panther Party for Self-Defense grew rapidly after their May 2, 1967 protest at the California State Assembly.
In May 1967, the Panthers invaded the State Assembly Chamber in Sacramento, guns in hand, in what appears to have been a publicity stunt. Still, they scared a lot of important people that day. At the time, the Panthers had almost no following. Now, (a year later) however, their leaders
speak on invitation almost anywhere radicals gather, and many whites wear "Honkeys for Huey" buttons, supporting the fight to free Newton, who has been in jail since last Oct. 28 (1967) on the charge that he killed a policeman..."
In October 1967, Huey Newton was arrested for the murder of Oakland Police Officer John Frey, a murder he later admitted and pointed to with pride. At the time, Newton claimed that he had been falsely accused, leading to the "Free Huey" campaign. On February 17, 1968, at the "Free
Huey" birthday rally in the Oakland Auditorium, several Black Panther Party leaders spoke. H. Rap Brown, Black Panther Party Minister of Justice, declared:

Huey Newton is our only living revolutionary in this country today...He has paid his dues. He has paid his dues. How many white folks did you kill  today?

The mostly black crowd erupted in applause. James Forman, Black Panther Party Minister of Foreign Affairs, followed with:

We must serve notice on our oppressors that we as a people are not going to be frightened by the attempted assassination of our leaders. For my assassination—and I'm the low man on the totem pole—I want 30 police stations blown up, one southern governor, two mayors, and 500 cops,
dead. If they assassinate Brother Carmichael, Brother Brown...Brother Seale, this price is tripled. And if Huey is not set free and dies, the sky is the limit!

Referring to the 1967–68 period, black historian Curtis Austin states: "During this period of development, black nationalism became part of the party's philosophy." During the months following the "Free Huey" birthday rallies, one in Oakland and another in Los Angeles, the Party's violent,
anti-white rhetoric attracted a huge following and Black Panther Party membership exploded.

Two days after the assassination of Martin Luther King Jr., on April 6, 1968, seventeen-year-old Bobby Hutton joined Eldridge Cleaver, Black Panther Party Minister of Information, in what Cleaver later admitted was "an ambush" of the Oakland police. Two officers were wounded, and Bobby Hutton was killed when officers opened fire, wounding Cleaver as well.

After Hutton's death, Black Panther Party Chairman Bobby Seale and Kathleen Cleaver (Eldridge's wife) held a rally in New York City at the Fillmore East in support of Hutton and Cleaver. Playwright LeRoi Jones (later Amiri Baraka) joined them on stage before a mixed crowd of 2,000:

We want to become masters of our own destiny...we want to build a black nation to benefit black people...The white people who killed Bobby Hutton are the same white people sitting here.

The crowd, including many whites, gave LeRoi Jones a standing ovation.

In 1968, the group shortened its name to the Black Panther Party and sought to focus directly on political action. Members were encouraged to carry guns and to defend themselves against violence. An influx of college students joined the group, which had consisted chiefly of "brothers off the
block." This created some tension in the group. Some members were more interested in supporting the Panthers social programs, while others wanted to maintain their "street mentality". For many Panthers, the group was little more than a type of gang.

Curtis Austin states that by late 1968, Black Panther Party ideology had evolved to the point where they began to reject black nationalism and became more a "revolutionary internationalist movement":

(The Party) dropped its wholesale attacks against whites and began to emphasize more of a class analysis of society. Its emphasis on Marxist-Leninist doctrine and its repeated espousal of Maoist statements signaled the group's transition from a revolutionary nationalist to a revolutionary
internationalist movement. Every Party member had to study Mao Tse-tung's "Little Red Book" to advance his or her knowledge of peoples' struggle and the revolutionary process.

Panther slogans and iconography spread. At the 1968 Summer Olympics, Tommie Smith and John Carlos, two American medalists, gave the black power salute during the playing of the American national anthem. The International Olympic Committee banned them from the Olympic Games
for life. Hollywood celebrity Jane Fonda publicly supported Huey Newton and the Black Panthers during the early 1970s. She and other Hollywood  celebrities became involved in the Panthers' leftist programs. The Panthers attracted a wide variety of left-wing revolutionaries and political activists,
including writer Jean Genet, former Ramparts magazine editor David Horowitz (who later became a major critic of what he describes as Panther criminality) and left-wing lawyer Charles R. Garry, who acted as counsel in the Panthers' many legal battles.

Survival committees and coalitions were organized with several groups across the United States. Chief among these was the Rainbow Coalition formed by Fred Hampton and the Chicago Black Panthers. The Rainbow Coalition included the Young Lords, a Latino youth gang turned political
under the leadership of Jose Cha Cha Jimenez. It also included the Young Patriots, which was organized to support young, white migrants from the Appalachia region.

Rules

The Black Panther Party had a list of 26 rules that dictated their daily party work. They regulated their participant's use of drugs, alcohol, and their actions while they were working. Almost all of the rules had to do with only the actions of members while they were in an event or a meeting of the
Black Panthers. The rules also said that members had to follow the Ten Point Program, and had to know it by heart. The final section of rules had to do with more of the leader's responsibilities, such as providing a first aid center for members of the Black Panthers.

The Ten Point Program

The original "Ten Point Program" from October, 1966 was as follows:
 

1. We want freedom.
We want power to determine the destiny of our black Community.
We believe that black people will not be free until we are able to determine our destiny.



2. We want full employment for our people.
We believe that the federal government is responsible and obligated to give every man employment or a guaranteed income. We believe that if the white American businessmen will not give full employment, then the means of production should be taken from the businessmen and placed in the community so that the people of the community can organize and employ all of its people and give a high standard of living.


3. We want an end to the robbery by the white man of our black Community.
We believe that this racist government has robbed us and now we are demanding the overdue debt of forty acres and two mules. Forty acres and
two mules was promised 100 years ago as restitution for slave labor and mass murder of black people. We will accept the payment as currency which will be distributed to our many communities. The Germans are now aiding the Jews in Israel for the genocide of the Jewish people. The Germans murdered six million Jews. The American racist has taken part in the slaughter of over 50 million black people; therefore, we feel that this is a modest demand that we make.


4. We want decent housing, fit for shelter of human beings.
We believe that if the white landlords will not give decent housing to our black community, then the housing and the land should be made into

cooperatives so that our community, with government aid, can build and make decent housing for its people.


5. We want education for our people that exposes the true nature of this decadent American society. We want education that teaches us our true
history and our role in the present-day society.
 We believe in an educational system that will give to our people a knowledge of self. If a man does not have knowledge of himself and his position
in society and the world, then he has little chance to relate to anything else.


6. We want all black men to be exempt from military service.
We believe that black people should not be forced to fight in the military service to defend a racist government that does not protect us. We will not

fight and kill other people of color in the world who, like black people, are being victimized by the white racist government of America. We will
protect ourselves from the force and violence of the racist police and the racist military, by whatever means necessary.


7. We want an immediate end to POLICE BRUTALITY and MURDER of black people.
 We believe we can end police brutality in our black community by organizing black self-defense groups that are dedicated to defending our black

community from racist police oppression and brutality. The Second Amendment to the Constitution of the United States gives a right to bear arms.
We therefore believe that all black people should arm themselves for self defense.


8. We want freedom for all black men held in federal, state, county and city prisons and jails.
We believe that all black people should be released from the many jails and prisons because they have not received a fair and impartial trial.



9. We want all black people when brought to trial to be tried in court by a jury of their peer group or people from their black communities, as
defined by the Constitution of the United States.
We believe that the courts should follow the United States Constitution so that black people will receive fair trials. The 14th Amendment of the U.S.
Constitution gives a man a right to be tried by his peer group. A peer is a person from a similar economic, social, religious, geographical,
environmental, historical and racial background. To do this the court will be forced to select a jury from the black community from which the black
defendant came. We have been, and are being tried by all-white juries that have no understanding of the "average reasoning man" of the black community.

10. We want land, bread, housing, education, clothing, justice and peace. And as our major political objective, a United Nations-supervised
plebiscite to be held throughout the black colony in which only black colonial subjects will be allowed to participate for the purpose of determining the will of black people as to their national destiny.

 When in the course of human events, it becomes necessary for one people to dissolve the political bands which have connected them with another, and to assume, among the powers of the earth, the separate and equal station to which the laws of nature and nature's God entitle them, a decent
respect to the opinions of mankind requires that they should declare the causes which impel them to the separation. We hold these truths to be self evident, that all men are created equal; that they are endowed by their Creator with certain unalienable rights; that among these are life, liberty,
and the pursuit of happiness. That, to secure these rights, governments are instituted among men, deriving their just powers from the consent of the governed; that, whenever any form of government becomes destructive of these ends, it is the right of the people to alter or to abolish it, and to
institute a new government, laying its foundation on such principles, and organizing its powers in such form, as to them shall seem most likely to effect their safety and happiness. Prudence, indeed, will dictate that governments long established should not be changed for light and transient
causes; and accordingly, all experience hath shown, that mankind are more disposed to suffer, while evils are sufferable, than to right themselves by abolishing the forms to which they are accustomed. But, when a long train of abuses and usurpations, pursuing invariable the same object, evinces
a design to reduce them under absolute despotism, it is their right, it is their duty, to throw off such government, and to provide new guards for their future security.

Action

1970 BPP pamphlet combining an anti-drug message with revolutionary politics
"This country is a nation of thieves. It stole everything it has, beginning with black people. The U.S. cannot justify its existence as the policeman of  the world any longer. I do not want to be a part of the American pie. The American pie means raping South Africa, beating Vietnam, beating South
America, raping the Philippines, raping every country you’ve been in. I don’t want any of your blood money. I don’t want to be part of that system.

We must question whether or not we want this country to continue being the wealthiest country in the world at the price of raping everybody else."

— Stokely Carmichael, Honorary Prime Minister

Survival programs

Inspired by Mao Zedong's advice to revolutionaries in The Little Red Book, Newton called on the Panthers to "serve the people" and to make "survival programs" a priority within its branches. The most famous of their programs was the Free Breakfast for Children Program, initially run
out of an Oakland church.

Other survival programs were free services such as clothing distribution, classes on politics and economics, free medical clinics, lessons on self-defense and first aid, transportation to upstate prisons for family members of inmates, an emergency-response ambulance program, drug and alcohol rehabilitation, and testing for sickle-cell disease.

The BPP also founded the "Intercommunal Youth Institute" in January 1971, with the intent of demonstrating how black youth ought to be educated. Ericka Huggins was the director of the school and Regina Davis was an administrator. The school was unique in that it didn't have grade
levels but instead had different skill levels so an 11 year old could be in second-level English and fifth-level science. Elaine Brown taught reading and writing to a group of 10 to 11 year olds deemed "uneducable" by the system. As the school children were given free busing; breakfast, lunch, and
dinner; books and school supplies; children were taken to have medical checkups; and many children were given free clothes.

Political activities

The Party briefly merged with the Student Nonviolent Coordinating Committee, headed by Stokely Carmichael (later Kwame Ture). In 1967, the party organized a march on the California state capitol to protest the state's attempt to outlaw carrying loaded weapons in public after the Panthers
had begun exercising that right. Participants in the march carried rifles. In 1968, BPP Minister of Information Eldridge Cleaver ran for Presidential office on the Peace and Freedom Party ticket. They were a big influence on the White Panther Party, that was tied to the Detroit/Ann Arbor band
MC5 and their manager John Sinclair, author of the book Guitar Army that also promulgated a ten-point program.


Conflict with law enforcement
Black Panther Party founders Bobby Seale and Huey P. Newton standing in the street, armed with a Colt .45 and a shotgun One of the central aims of the BPP was to stop abuse by local police departments. When the party was founded in 1966, only 16 of Oakland's 661 police officers were African American. Accordingly, many members questioned the Department's objectivity and impartiality. This situation was not unique to Oakland, as most police departments in major cities did not have proportional membership by African Americans. Throughout the 1960s, race riots and civil unrest broke out in impoverished African-American communities subject to policing by disproportionately white police departments. The work and writings of Robert F. Williams, Monroe, North Carolina NAACP chapter president and author of Negroes with Guns, also influenced the BPP's tactics.

The BPP sought to oppose police brutality through neighborhood patrols (an approach since adopted by groups such as Copwatch). Police officers were often followed by armed Black Panthers who sought at times to aid African-Americans who were victims of police brutality and racial
prejudice. Both Panthers and police died as a result of violent confrontations. By 1970, 34 Panthers had died as a result of police raids, shoot-outs and internal conflict. Various police organizations claim the Black Panthers were responsible for the deaths of at least 15 law enforcement officers
and the injuries of dozens more. During those years, juries found several BPP members guilty of violent crimes.

On October 17, 1967, Oakland police officer John Frey was shot to death in an altercation with Huey P. Newton during a traffic stop. In the stop, Newton and backup officer Herbert Heanes also suffered gunshot wounds. Newton was arrested and charged with murder, which sparked a "free
Huey" campaign, organized by Eldridge Cleaver to help Newton's legal defense. Newton was convicted of voluntary manslaughter, though after three years in prison he was released when his conviction was reversed on appeal. During later years Newton would boast to friend and
sociobiologist Robert Trivers (one of the few whites who became a Party member during its waning years) that he had in fact murdered officer John Frey and never regretted it.

In April 1968, the party was involved in a gun battle, in which Panther Bobby Hutton was killed. Cleaver, who was wounded, later said that he had led the Panther group on a deliberate ambush of the police officers, thus provoking the shoot-out. In Chicago, on 4 Dec 1969, two Panthers were
killed when the Chicago Police raided the home of Panther leader Fred Hampton. The raid had been orchestrated by the police in conjunction with the FBI; during this era the FBI was complicit in many local police actions. Hampton was shot and killed, as was Panther guard Mark Clark. Cook
County State's Attorney Edward Hanrahan, his assistant and eight Chicago police officers were indicted by a federal grand jury over the raid, but the charges were later dismissed.

Prominent Black Panther member H. Rap Brown is serving life imprisonment for the 2000 murder of Ricky Leon Kinchen, a Fulton County, Georgia sheriff's deputy, and the wounding of another officer in a gunbattle. Both officers were black.

From 1966 to 1972, when the party was most active, several departments hired significantly more African-American police officers. During this time period, many African American police officers started to form organizations of their own to become more protective of the African American
citizenry and to increase black representation on police forces.

Conflict with COINTELPRO

COINTELPRO document outlining the FBI's plans to 'neutralize' Jean Seberg for her support for the Black Panther Party, by attempting to publicly "cause her embarrassment" and "tarnish her image"
In August 1967, the Federal Bureau of Investigation (FBI) instructed its program "COINTELPRO" to "neutralize" what the FBI called "black nationalist hate groups" and other dissident groups. In September 1968, FBI Director J. Edgar Hoover described the Black Panthers as "the greatest
threat to the internal security of the country." By 1969, the Black Panthers and their allies had become primary COINTELPRO targets, singled out in 233 of the 295 authorized "Black Nationalist" COINTELPRO actions. The goals of the program were to prevent the unification of militant black
nationalist groups and to weaken the power of their leaders, as well as to discredit the groups to reduce their support and growth. The initial targets included the Southern Christian Leadership Conference, the Student Nonviolent Coordinating Committee, the Revolutionary Action Movement and the Nation of Islam. Leaders who were targeted included the Rev. Martin Luther King, Jr., Stokely Carmichael, H. Rap Brown, Maxwell Stanford and Elijah Muhammad.

Part of the FBI COINTELPRO actions were directed at creating and exploiting existing rivalries between black nationalist factions. One such attempt was to "intensify the degree of animosity" between the Black Panthers and the Blackstone Rangers, a Chicago street gang. They sent an
anonymous letter to the Ranger’s gang leader claiming that the Panthers were threatening his life, a letter whose intent was to induce "reprisals" against Panther leadership. In Southern California similar actions were taken to exacerbate a "gang war" between the Black Panther Party and a
group called the US Organization. Violent conflict between these two groups, including shootings and beatings, led to the deaths of at least four Black Panther Party members. FBI agents claimed credit for instigating some of the violence between the two groups.

On January 17, 1969, Los Angeles Panther Captain Bunchy Carter and Deputy Minister John Huggins were killed in Campbell Hall on the UCLA campus, in a gun battle with members of US Organization stemming from a dispute over who would control UCLA's black studies program.
Another shootout between the two groups on March 17 led to further injuries. It was alleged that the FBI had sent a provocative letter to US Organization in an attempt to create antagonism between US and the Panthers.

Controversy

Violence

From the beginning, the Black Panther Party's focus on militancy came with a reputation for violence. The Panthers employed a California law that permitted carrying a loaded rifle or shotgun as long as it was publicly displayed and pointed at no one. Carrying weapons openly and making
threats against police officers, for example, chants like "The Revolution has come, it's time to pick up the gun. Off the pigs!", helped create the Panthers' reputation as a violent organization.

On May 2, 1967, the California State Assembly Committee on Criminal Procedure was scheduled to convene to discuss what was known as the "Mulford Act", which would ban public displays of loaded firearms. Cleaver and Newton put together a plan to send a group of about 30 Panthers
led by Seale from Oakland to Sacramento to protest the bill. The group entered the assembly carrying their weapons, an incident which was widely publicized, and which prompted police to arrest Seale and five others. The group pled guilty to misdemeanor charges of disrupting a legislative session.

On October 17, 1967, Oakland police officer John Frey was shot to death in an altercation with Huey P. Newton during a traffic stop. In the stop, Newton and backup officer Herbert Heanes also suffered gunshot wounds. Newton was convicted of voluntary manslaughter at trial. This incident
gained the party even wider recognition by the radical American left, and a "Free Huey" campaign ensued. Newton was released after three years, when his conviction was reversed on appeal. During later years Newton would boast to sociobiologist Robert Trivers (one of the few whites who
became a Party member during its waning years) that he had in fact murdered officer John Frey.

On April 7, 1968, Panther Bobby Hutton was killed, and Cleaver was wounded in a shootout with the Oakland police. Two police officers were also shot. Although at the time Cleaver claimed that the police had ambushed them, Cleaver later admitted that he had led the Panther group on a
deliberate ambush of the police officers, thus provoking the shoot-out.

From the fall of 1967 through the end of 1970, nine police officers were killed and 56 were wounded, and ten Panther deaths and an unknown number of injuries resulted from confrontations. In 1969 alone, 348 Panthers were arrested for a variety of crimes. On February 18, 1970 Albert Wayne Williams was shot by the Portland Police Bureau outside the Black Panther party headquarters in Portland, Oregon. Though his wounds put him in a critical condition, he made a full recovery.

In May 1969, Black Panther Party members tortured and murdered Alex Rackley, a 19-year-old member of the New York chapter, because they suspected him of being a police informant. Three party officers — Warren Kimbro, George Sams, Jr., and Lonnie McLucas — later admitted taking
part. Sams, who gave the order to shoot Rackley at the murder scene, turned state's evidence and testified that he had received orders personally from Bobby Seale to carry out the execution. After this betrayal, party supporters alleged that Sams was himself the informant and an agent
provocateur employed by the FBI. The case resulted in the New Haven, Connecticut Black Panther trials of 1970, memorialized in the courtroom sketches of Robert Templeton. The trial ended with a hung jury, and the prosecution chose not to seek another trial.

Murder of Betty van Patter

Black Panther bookkeeper Betty van Patter was murdered in 1974, and although this crime was never solved, the Panthers, according to the magazine Mother Jones, were “almost universally believed to be responsible”. David Horowitz became certain that Black Panther members were responsible and denounced the Panthers. When Huey Newton was shot dead 15 years later, Horowitz characterized Newton as a killer. When Art Goldberg, a former colleague at Ramparts, alleged that Horowitz himself was responsible for the death of van Patter by recommending her for the position of Black Panther accountant, Horowitz counter-alleged that "the Panthers had killed more than a dozen people in the course of conducting extortion, prostitution and drug rackets in the Oakland ghetto." He said further that the organization was committed "to doctrines that are false and to causes that are demonstrably wrongheaded and even evil." Former chairperson Elaine Brown also questioned Horowitz's motives in recommending van Patter to the Panthers; she suspected espionage. Horowitz later became known for his conservative viewpoints and opposition to leftist thought.

Decline

Significant disagreements among the Party's leaders over how to confront ideological differences led to a split within the party. Certain members felt the Black Panthers should participate in local government and social services, while others encouraged constant conflict with the police. For
some of the Party's supporters, the separations among political action, criminal activity, social services, access to power, and grass-roots identity became confusing and contradictory as the Panthers' political momentum was bogged down in the criminal justice system. These (and other)
disagreements led to a split.

Some Panther leaders, such as Huey Newton and David Hilliard, favored a focus on community service coupled with self-defense; others, such as Eldridge Cleaver, embraced a more confrontational strategy. Eldridge Cleaver deepened the schism in the party when he publicly criticized the
Party for adopting a "reformist" rather than "revolutionary" agenda and called for Hilliard's removal. Cleaver was expelled from the Central Committee but went on to lead a splinter group, the Black Liberation Army, which had previously existed as an underground paramilitary wing of
the Party.

The Party eventually fell apart due to rising legal costs and internal disputes. In 1974, Huey Newton appointed Elaine Brown as the first Chairwoman of the Party. Under Brown's leadership, the Party became involved in organizing for more radical electoral campaigns, including Brown's 1975 unsuccessful run for Oakland City Council and Lionel Wilson's successful election as the first black mayor of Oakland.

In addition to changing the Party's direction towards more involvement in the electoral arena, Brown also increased the influence of women Panthers by placing them in more visible roles within the previously male-dominated organization. In 1977, after Newton returned from Cuba and
ordered the beating of a female Panther who organized many of the Party's social programs, Brown left the Party.

Although many scholars and activists date the Party's downfall to the period before Brown became the leader, an increasingly smaller cadre of  Panthers continued to exist through the 1970s. By 1980, Panther membership had dwindled to 27, and the Panther-sponsored school closed in 1982
after it became known that Newton was embezzling funds from the school to pay for his drug addiction.


Aftermath

Black Panther 40th Reunion 2006

Some critics have written that the Panthers’ "romance with the gun" and their promotion of “gang mentality” was likely associated with the enormous increase in both black-on-black and black-on-white crime observed during later decades. This increase occurred in the Panthers’ hometown of Oakland, California, and in other cities nationwide. Interviewed after he left the Black Panther Party, former Minister of Information Eldridge Cleaver lamented that the legacy of the Panthers was at least partly one of disrespect for the law and indiscriminate violence. He acknowledged that, had his promotion of violent black militantism prevailed, it would have resulted in "a total bloodbath." Cleaver also lamented the abandonment of poor blacks by the black bourgeoisie and felt that black youth had been left without appropriate role models who could teach them to properly channel their militant spirit and their desire for justice.

In October 2006, the Black Panther Party held a 40-year reunion in Oakland.

In January 2007, a joint California state and Federal task force charged eight men with the August 29, 1971 murder of California police officer Sgt. John Young. The defendants have been identified as former members of the Black Liberation Army. Two have been linked to the Black Panthers. In
1975 a similar case was dismissed when a judge ruled that police gathered evidence through the use of torture. On June 29, 2009 Herman Bell pleaded guilty to voluntary manslaughter in the death of Sgt. Young. In July 2009, charges were dropped against four of the accused: Ray Boudreaux, Henry W. Jones, Richard Brown and Harold Taylor. Also that month Jalil Muntaquim pleaded no contest to conspiracy to commit voluntary manslaughter becoming the second person to be convicted in this case.

Since the 1990s, former Panther chief of staff David Hilliard has offered tours of sites in Oakland historically significant to the Black Panther Party.