quarta-feira, 30 de setembro de 2015

20150930 Beto Guedes Amor de Índio 1978

Beto Guedes
Amor de Índio
1978



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Amor de Índio é o segundo álbum de estúdio do cantor e compositor mineiro Beto Guedes.
*
Lançamento: 1978
Artista: Beto Guedes
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*** Músicas
*
01 Amor de índio (03.48
02 Novena (03.55
03 Só primavera (02.23
04 Findo amor (02.05
05 Gabriel (02.34
06 Feira moderna (03.44
07 Luz e mistério (04.21
08 O medo de amar é o medo de ser livre (04.02
09 Era menino (02.34
10 Cantar (02.34

*
*** Letras
*
01 Amor de índio (03.48

Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo o cuidado
Meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com o arco da promessa
Do azul pintado
Pra durar

Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor
E ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for
E ser tudo

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado
Meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver

No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo


02 Novena (03.55

Se digo um ai
É por ninguém
É pela certeza
De saber que tudo tem 

Tem sua vez de lá retornar
Ao lugar mais fundo
Fundo fundo mais que o mar 

Se digo sol
Não tem talvez
Não espero mais a chuva
Só preparo meu começo
A explosão de toda luz
A chama chama chama chama 

Se digo amor
Só é por alguém
É pelos malditos
Deserdados desse chão


03 Só primavera (02.23

Só devia ser primavera
Nas esquinas pelos quintais
Replantando em velhos canteiros
Novas flores que ninguém viu
Só porque um vento chamado paixão
Nos prometeu ainda ser furacão
Derrubar construir e decifrar
Segredos da terra
Sem descanço sem despertar
Como a ave que faz um ninho
Vem na mão de seu caçador
Só porque existem mais coisas no ar
Que o coração jamais sonharia ter
Sem parar de correr
Criar um homem tão diferente
Que ninguém reconhecerá
Só porque qualquer primavera
Pode ser promessa demais

Bem além do fogo que vai nos queimar
Irão brilhar as luas de Júpiter no céu
E o sol tropical

Poder dançar nos olhos da terra
No seu corpo sonhar


04 Findo amor (02.05

Chorando mais por querer
Eu sei que este amor
Singelo e feliz
E está chegando ao fim, eu sei
Eu vi seu jeito de princesa
E reclamei
Eu suporto tudo
O que vale a pena
Mas não me acostumo
Com a nobreza 

Na espera da dor fiquei
Não posso esconder
Fiquei sem saber
Perdi seu coração
E quis levar
Lembranças mais perenes
Que o nosso amor
Pois perdi o medo
De amar sozinho
Apenas para livrá-la
Dos lacaios


05 Gabriel (02.34

É só de ninar
E de desejar que a luz do nosso amor
Matéria-prima dessa canção
Fique a brilhar

E é pra você
E pra todo mundo que quer trazer assim
A paz no coração
Meu pequeno amor

E de você me lembrar
Toda vez que a vida mandar olhar pro céu
Estrela da manhã
Meu pequeno grande amor
Que é você, Gabriel
Pra poder ser livre como a gente quis
Quero te ver feliz


06 Feira moderna (03.44

Tua cor é o que eles olham, velha chaga
Teu sorriso é o que eles temem, medo, medo

Feira moderna, o convite sensual
Oh! telefonista, a palavra já morreu
Meu coração é novo
Meu coração é novo
E eu nem li o jornal
Nessa caverna, o convite é sempre igual
Oh! telefonista, se a distância já morreu
Indepedência ou morte
Descansa em berço forte
A paz na terra, amém.


07 Luz e mistério (04.21

Oh! Meu grande bem
Pudesse eu ver a estrada
Pudesse eu ter
A rota certa que levasse até
Dentro de ti

Oh! meu grande bem
Só vejo pistas falsas
É sempre assim
Cada picada aberta me tem mais
Fechado em mim 

És um luar
Ao mesmo tempo luz e mistério
Como encontrar
A chave desse teu riso sério 

Doçura de luz
Amargo e sombra escura
Procuro em vão
Banhar-me em ti
E poder decifrar teu coração 

És um luar
Ao mesmo tempo luz e mistério
Como encontrar
A chave desse teu riso sério

Oh grande mistério, meu bem, doce luz
Abrir as portas desse império teu
E ser feliz


08 O medo de amar é o medo de ser livre (04.02

O medo de amar é o medo de ser
Livre para o que der e vier
Livre para sempre estar onde o justo estiver

O medo de amar é o medo de ter
De a todo momento escolher
Com acerto e precisão a melhor direção

O sol levantou mais cedo e quis
Em nossa casa fechada entrar pra ficar

O medo de amar é não arriscar
Esperando que façam por nós
O que é nosso dever: recusar o poder

O sol levantou mais cedo e cegou
O medo nos olhos de quem foi ver
Tanta luz


09 Era menino (02.34

Te levou
A canção que eu cantarolava
Muito por querer
A canção que eu não conhecia
Te levou

Voou pelo céu azulou
A asa branca
Nem vi se foi pro mar
Na canção que eu cantarolava
Muito por querer
E não atinava em nada
Te perdi

O pôr-do-sol lá no capim
A estrada branca pra seguir

Era menino
Vida inteira na mão
Tendo a vida que eu queria
E relampejou
Coração, minha asa branca
Te perdi

Sumiu la no céu azulou
Fui pela estrada
Nem vi amor passar
Na vereda na lua branca
A te procurar e
Menino eu não sabia
Te perdi

Cantarolei na imensidão
A luz da lua no capim
Era menino
Vida inteira na mão
Tendo a vida que eu queria
E relampejou
Coração, minha asa branca
Te perdi


10 Cantar (02.34

Se numa noite eu viesse ao clarão do luar
Cantando e aos compassos de uma canção
Te acordar
Talvez com saudade cantasses também
Relembrando aventuras passadas
Ou um passado feliz com alguém 

Cantar quase sempre nos faz recordar
Sem querer
Um beijo, um sorriso, ou uma outra ventura qualquer
Cantando aos acordes do meu violão
É que mando depressa ir-se embora saudade que mora no meu coração

*****



20150930 Beto Guedes Danilo Caymmi Novelli Toninho Horta 1973

Beto Guedes  Danilo Caymmi  Novelli  Toninho Horta

Beto Guedes  Danilo Caymmi  Novelli  Toninho Horta

1973




Label: Odeon ‎– SMOFB3777 
Format: Vinyl, LP, Album 
Country: Brazil  
Released: 1973  
Genre: Rock, Latin 
Style: Prog Rock, Experimental 
*
Depois da revelação avassaladora de Milton Nascimento e seu Clube da Esquina, um dos maiores acontecimentos da música brasileira no século XX, os olhos estavam voltados para Minas Gerais. A Odeon resolveu investir neste disco, com os então novíssimos compositores mineiros Beto Guedes e Toninho Horta, que se juntaram ao baiano Danilo Caymmi e ao pernambucano Novelli. Foi aí que brotou portanto a genialidade desses hoje renomados compositores brasileiros. Disco eclético, com influências diversas, mas coeso. Belo Horror é uma das mais belas composições nacionais de rock progressivo. E Manuel, o Audaz, um verdadeiro hino mineiro!
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Autores:
*
01 Caso você queira saber (Márcio Borges, Beto Guedes)
02 Meu canário vizinho azul (Toninho Horta) 
03 Viva eu (Novelli, Wagner Tiso)
04 Belo horror (Flávio Hugo, Márcio Borges, José Geraldo, Beto Guedes)
05 Ponta Negra (José Carlos Pádua, Danilo Caymmi)
06 Meio A Meio (Novelli)
07 Manuel O Audaz (Toninho Horta, Fernando Brant)
08 Luiza (Novelli)
09 Serra Do Mar (Danilo Caymmi, Ronaldo Bastos)
*

























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Tracklist:
*
01 Caso você queira saber (03.12
02 Meu canário vizinho azul (02.14
03 Viva eu (03.24
04 Belo horror (06.06
05 Ponta Negra (03.24
06 Meio A Meio (02.07
07 Manuel, o audaz (04.45
08 Luiza (02.03
09 Serra Do Mar (03.46
*
***
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Músicos por trilha:
*
01 Caso você queira saber 
Beto Guedes : Voz
Beto Guedes : Violão
Beto Guedes : Bateria
Flávio Venturini : Acordeon
Frederiko : Guitarra
Lô Borges : Baixo Elétrico
Maurício Maestro (Carlos Maurício Mendonça Figueiredo) : 

Percussão
Novelli : Percussão
Toninho Horta : Percussão
Vermelho : Órgão

02 Meu canário vizinho azul 
Danilo Caymmi : Flauta
Everaldo Ferreira : Tumba
Fernando Leporace : Baixo Elétrico
Lena Horta : Coro
Nelson Angelo : Guitarra
Novelli : Piano
Robertinho Silva : Bateria
Tenório Júnior : Piano Elétrico
Toninho Horta : Violão
Toninho Horta : Voz
*
03 Viva eu! 
Danilo Caymmi : Coro
Everaldo Ferreira : Bateria
Fernando Leporace : Vocal
Maurício Maestro (Carlos Maurício Mendonça Figueiredo) : Guitarra
Nelson Angelo : Vocal
Nelson Angelo : Guitarra
Novelli : Voz
Tenório Júnior : Órgão
Toninho Horta : Piano
*
04 Belo horror 
Beto Guedes : Voz
Beto Guedes : Baixo Elétrico
Beto Guedes : Violão
Beto Guedes : Bateria
Danilo Caymmi : Flauta
Flávio Venturini : Órgão
Frederiko : Guitarra
Lô Borges : Coro
Lô Borges : Piano
Robertinho Silva : Bateria
Vermelho : Órgão
Vermelho : Baixo Elétrico

05 Ponta Negra 
Danilo Caymmi : Voz Solo
Danilo Caymmi : Flauta
Everaldo Ferreira : Bateria
Novelli : Baixo Elétrico
Tenório Júnior : Piano Elétrico
Toninho Horta : Guitarra
Toninho Horta : Violão
Part. Especial(ais):
Nana Caymmi : Voz

06 Meio a meio 
Everaldo Ferreira : Percussão
Fernando Leporace : Baixo Elétrico
Nelson Angelo : Violão
Novelli : Bateria
Tenório Júnior : Piano
*
07 Manuel, o audaz 
Danilo Caymmi : Flauta
Fernando Leporace : Vocal
Nelson Angelo : Guitarra
Paulo Guimarães : Flauta
Tenório Júnior : Órgão
Toninho Horta : Voz
Toninho Horta : Guitarra
*
08 Luiza 
Danilo Caymmi : Flauta
Everaldo Ferreira : Bateria
Fernando Leporace : Baixo Elétrico
Nelson Angelo : Guitarra
Tenório Júnior : Piano Elétrico
Toninho Horta : Guitarra
*
09 Serra Do Mar 
Danilo Caymmi : Violão
Danilo Caymmi : Voz Solo
Everaldo Ferreira : Bateria
Fernando Leporace : Baixo Elétrico
Nelson Angelo : Guitarra
Novelli : Piano
Paulo Jobim : Flauta
*
*** Letras 
*
01 Caso você queira saber

Não quero você mais na minha casa
Corpo e rosto em pedra
Sei o que me fere em você
Eu não quero nada
Com seu riso indecente
Já conheço o seu tempero
Seu segredo e seu suor
Mas não consigo perder mais tempo
Você tem que ir embora
Já começa a amanhecer
Parece outro dia negro

02 Meu canário vizinho azul  

Hoje morreu mais um dia
Na volta do mar
Voa ribeira
Ovo de cêra
Deixa eu barrancar
Peixe de mará
Desce a rede
Eu abarco
Espero pelo que vier
Hoje morreu meu canário
Vizinho azul

03 Viva eu

Vou viajando, estranho mundo
Vou divisando, espero se cumpra
O que eu me prometi,
Mas tudo é vago e o mundo que afago
Com esperança não da certeza
Do que vale a pena ser,
Sou meu herói, sou sonho que já vai
Se perder no fim vou continuar,
Sem perguntar dê-me o café, sirva na cama,
Pegue o jornal, veja a manchete da semana,
Sou eu, viva eu.

Estranho mundo, vou viajando,
Vou comentando, vou dividindo,
Vou sumindo mas sou eu,
Sou eu quem erra ou quem opera,
Quem degenera, mas consciente,
Sou mais gente, sou mais eu

Sou meu herói, vou continuar!
Sem perguntar, dê-me o café,
Sirva na cama, pegue o jornal,
Veja a manchete da semana,
Sou eu, viva eu!

Viva eu! viva eu!


04 Belo horror

Belo horizonte
Monte claro: meu segredo
Marcado pelo som que vem do mato.
Mato horizontes,
Fundo claros contra o medo
E nada tenho a ver.
Quero a palavra errada,
Quero a hora certa de entortar.
Meu amor, Montes Claros
Belo horror, horizonte
Céu sem dono
Mal começa a clarear...

05 Ponta Negra 

Ponta Negra meu farol
rasga a noite, rompe a escuridão
enfrenta o mar.
Trabalhar de sol a sol
não é mais do que escravidão
mas vou tentar

Mudar em claro o escuro em sangue
o que agora é sonho de ver

No brilho do meu punhal
rasgo a estrada certo de chegar
ao litoral.
Ponta negra meu farol
novamente abre o seu clarão
recomeçar

Mudar em claro o escuro em sangue
o que agora é sonho de ver


06 Meio a meio 

*
*** Instrumental
*

07 Manuel, o audaz 

Se já nem sei o meu nome
Se eu já não sei parar
Viajar é mais, eu vejo mais
A rua, luz, estrada, pó
O jipe amarelou

Manuel, o audaz
Manuel, o audaz
Manuel, o audaz
Vamos lá viajar

E no ar livre, corpo livre
Aprender ou mais tentar

Manuel, o audaz
Manuel, o audaz
Iremos tentar
Vamos aprender, vamos lá

Manuel, o audaz
Vamos lá viajar

E no ar livre, corpo livre
Aprender ou mais tentar

Manuel, o audaz
Manuel, o audaz
Iremos tentar
Vamos aprender, vamos lá


08 Luiza

*
*** Instrumental
*

09 Serra Do Mar

E por sobre os ombros a serra do mar
Uma cobra verde no clarão do dia
Uma estrada aberta na serra do mar
Uma onda verde no clarão do dia
Qualquer dia desses eu encontro você
Qualquer dia desses eu encontro você

Os cavalos soltos na serra do mar
Os cavalos soltos na serra do mar
Uma cobra verde na onda do mar
Uma serra verde no clarão do dia
Qualquer dia desses eu encontro você
Qualquer dia desses eu encontro você

Os cavalos soltos na serra do mar
Os cavalos soltos na serra do mar
Soltos na serra
Soltos na serra

Qualquer dia desses...


*****        

terça-feira, 29 de setembro de 2015

20150929 Cartola Cartola II 1976

Cartola
Cartola II
1976









Cartola II
Gravadora: Marcus Pereira/ Ano: 1976
Produção: Juarez Barroso
Direção Musical e Arranjos: Dino 7 cordas
Direção técnica e mixagem: Norival Reis
*
*** Compositor(es)
*
01 O Mundo É um Moinho (Cartola
02 Minha (Cartola 
03 Sala de Recepção (Cartola
04 Não Posso Viver Sem Ela (Cartola e Bide
05 Preciso Me Encontrar (Candeia
06 Peito Vazio (Cartola e Elton Medeiros
07 Aconteceu (Cartola
08 As Rosas não Falam (Cartola
09 Sei Chorar (Cartola
10 Ensaboa (Cartola
11 Senhora Tentação (Silas de Oliveira
12 Cordas de Aço (Cartola
*
Duração total: 34.23
*



*
*** Músicas 
*

01 O mundo é um moinho (03.50 
02 Minha (02.15
03 Sala de recepção (03.21 com Creusa 
04 Não posso viver sem ela (02.37 
05 Preciso me encontrar (02.51
06 Peito vazio (02.49
07 Aconteceu (02.44
08 As rosas não Falam (02.50
09 Sei chorar (02.25
10 Ensaboa (03.19 com Creuza
11 Senhora tentação (03.02
12 Cordas de aço (02.14


*
*** Letras
*

01 O mundo é um moinho (03.53 

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

02 Minha (02.16 

Minha
Quem disse que ela foi minha?
Se fosse seria a rainha
Que sempre vinha aos sonhos meus

Minha
Ela não foi um só instante
Como mentiam as cartomantes
Como eram falsas as bolas de cristal

Minha
Repete agora esta cigana
Lembrando fatos envelhecidos
que já não ferem mais os meus ouvidos

03 Sala de recepção (03.24 com Creusa 

Habitada por gente simples e tão pobre
Que só tem o sol que a todos cobre
Como podes, mangueira, cantar?
Pois então saiba que não desejamos mais nada
A noite, a lua prateada
Silenciosa, ouve as nossas canções
Tem lá no alto um cruzeiro
Onde fazemos nossas orações
E temos orgulho de ser os primeiros campeões

Eu digo e afirmo que a felicidade aqui mora
E as outras escolas até choram
Invejando a tua posição

Minha mangueira da sala de recepção
Aqui se abraça o inimigo
Como se fosse um irmão

04 Não posso viver sem ela (02.40 

Tive que contar a minha vida
A esta mulher fingida
Que me faz sofrer
Esta dor que tanto me crucía
Roubou toda a alegria
Do meu viver

Pode ser que ela ouvindo os meus ais
Volte ao lar pra viver em paz

Esta malvada nem sabe o mal que me fez
Mas não faz mal eu lhe perdoo outra vez
Meu coração vive reclamando noite e dia
Por isso eu peço que ela volte para a minha companhia

05 Preciso me encontrar (02.57 

Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

Quero assistir o sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer e quero viver

Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que eu me encontrar

Quero assistir o sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer e quero viver

Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

06 Peito vazio (02.50 

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto em meu peito um vazio

Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio
Procuro afogar no álcool a tua lembrança
Mas noto que é ridícula a minha vingança
Vou seguir os conselhos de amigos
E garanto que não beberei nunca mais
E com o tempo esta imensa saudade
Que sinto se esvai.

07 Aconteceu (03.53 

Aconteceu 
Eu não esperava mais acontecer
Todo bem que fiz se quiser esquecer
Revelando a sua imprudência
Construir um lar um lar que ela pedia
Exigiu-me coisas que ela não queria é
Aconteceu
Hoje ela chora tudo que perdeu
E chorando veio me pedir perdão
Fica para ela a lição
(Solo)

Aconteceu 
Eu não esperava mais acontecer
Todo bem que fiz se quiser esquecer
Revelando a sua imprudência
Construi um lar um lar que ela pedia
Exigiu-me coisas que ela não queria é
Aconteceu
Hoje ela chora tudo que perdeu
E chorando veio me pedir perdão
Fica para ela a lição

08 As rosas não Falam (02.51 

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai...

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhar os meus sonhos
por fim

09 Sei chorar (02.26 

Sei chorar
Eu também já sei sentir a dor
Estou cansado de ouvir dizer
Que aprendes-te a sofrer no amor

Hoje eu choro
E a mulher que adoro talvez
Caída em braços de outro sorrindo
Repete as mesmas promessas mentindo

Fui iludido
Sim, pela primeira vez no amor
E quase sempre seu nome repito
Em cada frase um suspiro de dor.

10 Ensaboa (03.24 com Creuza

Ensaboa mulata, ensaboa
Ensaboa
Tô ensaboando
Ensaboa mulata, ensaboa
Ensaboa
Tô ensaboando
Tô lavando a minha roupa
Lá em casa estão me chamando Dondon
Ensaboa mulata, ensaboa
Ensaboa
Tô ensaboando

Os fio que é meu, que é meu
E que é dela
Rebenta a goela de tanto chorá
O rio tá seco, o sol não vem não
Vortemos pra casa
Chamando Dondon

11 Senhora tentação (03.03 

Sinto abalada minha calma,
Embriagada minha alma,
Efeitos da tua sedução,
Oh! Minha romântica senhora Tentação,
Não deixes que eu venha a sucumbir,
Neste vendaval de paixão.

Jamais pensei em minha vida,
Sentir tamanha emoção,
Será que o amor por ironia,
Move esta fantasia vestida de obsessão,
A ti confesso que me apaixonei,
Será uma maldição, não sei,

Sinto abalada minha calma,
Embriagada minha alma,
Efeitos da tua sedução,
Oh! Minha romântica senhora Tentação,
Não deixes que eu venha a sucumbir,
Neste vendaval de paixão.

Jamais...

12 Cordas de aço (02.15 

Ah ! Estas cordas de aço
Este minúsculo braço
Do violão que os dedos meus acariciam
Ah ! Este bojo perfeito
Que trago junto ao meu peito
Só você violão
Compreende porque perdi toda alegria
E no entanto meu pinho
Pode crer, eu adivinho
Aquela mulher
Até hoje está nos esperando
Solte o teu som da madeira
Eu você e a companheira

*****

20150929 Jorge Fandermole y Lucho Gonzalez Primer toque 1988

Jorge Fandermole   Lucho Gonzalez
Primer toque
1988







01 Carcará (05.12
02 Ni ocho cuartos (02.46
03 Huayno del diablo (03.24
04 Tardes de agosto (03.43
05 Coplas para la tejedora (3.56
06 Vidala de las estrellas (03.50
07 La demolidita (02.46
08 Puerto pirata (04.22
09 Un gatito pa'l Pin (02.02
10 Para Anita (5.21

Los temas pertenecen a : 1; 5 y 6, Jorge Fandermole;
2; 4 y 9, Lucho González;
3 y 8 Lucho González y Jorge Fandermole;
7 y 10 Juancho Perone.

Guitarra, flauta traversa y voz: Jorge Fandermole
Guitarra y voz: Lucho González
Percusión: Juancho Perone 
Piano y sintetizadores: Iván Tarabelli
Músicos invitados:
Mono Fontana: teclados arreglados y tocados en "Para Anita"
Litto Nebbia: teclado en "Coplas para la tejedora" 

*
*** Letras
*
01 Carcará

Ese sueño que donde
se detiene esconde un diente de animal,
y cuando cruza el paso de las piedras
lastima el ojo igual que una culebra,
es el diablo en el lecho
volando al acecho con la pluma al ras;
es un sangriento pájaro que espera
mi corazón temblando en la ribera
como un ave cazadora,
agua circular
que lleva nube y canoa;
Carcará creciente, al fin la corriente
me va a matar.

Uno pena y sangra,
el otro mata y crece.
Río y hombre pasan
y uno y otro envejecen.

Lengua de infinito, la espuma trae
olor de un amor marchito;
pico en carne viva,
corta los días, pasa y se va.

Ese sueño que corre
y se detiene esconde un diente de animal
donde aprendí a cantar lo que brilla
y a caminar comiéndome la orilla.
Y crecí en la alegría
de su cacería mirando al amor
que a veces cruza con un corto vuelo
y hay que alcanzar picando desde el cielo
como un ave cazadora,
agua circular que lleva nube y canoa.
Carcará asesino
ciego y camino de oscuridad.

Uno pena y sangra,
el otro mata y crece.
Río y hombre pasan
y uno y otro envejecen

Vuela tu reflejo y la vida queda
ahogándose en tus espejos;
cuando me haya ido
en tu luz de olvido voy a flotar.
Ave cazadora, agua circular
que lleva nube y canoa;
Carcará creciente
al fin la corriente
me va a matar.

02 Ni ocho cuartos




03 Huayno del diablo (Chacarera

No me digan lo que he de hacer
yo tengo mis razones.
Quiero verlo al diablo porque
me debe explicaciones.
Le voy a pedir al cochino
que cambie el destino que me hizo comprar.
Qué se ha creído el muy ladino
que casi en un vino me largo a llorar.

Soy el derecho y el revés
de todas las barajas
y la razón de ser y hacer
de lo que sube y baja.
Soy el que derrama la copa
encima´e la ropa de cada mujer,
le moja los pechos oscuros
se los pone duros, los hace crecer.

Servime más,
no me dejés con la garganta renga.
Ni uno ni dos, ni dos ni tres,
sí todos los que vengan.
Yo le he vendido mi suerte
a cambio de verte cerquita de mí.
Y el diablo me hizo quererte
y después perderte pa´hacerme sufrir.

No sé por qué hombre y mujer
quieren verme en el fuego,
si todo “mal” y todo “bien” salen del mismo huevo.
No es mi boca la que besa
y después regresa queriendo olvidar.
Tu paso es el que busca el fondo,
yo sólo le pongo la profundidad.

Ay, vidita, ¡cómo se va a cara o cruz la vida!
siempre parece al comenzar
pero ya está perdida.

No me digan que nadie más
va a escuchar lo que digo.
Si del total tengo el final
el resto lo consigo.

=

04 Tardes de agosto




05 Coplas para la tejedora

Cómo se te ovilla el tiempo
en su corazón de lana
sangrando en el movimiento
por las cribas de la trama.

En el aire vi unas manos
y en las manos la tibieza
y en lo tibio del hilado
el hielo de la tristeza.

Ven y téjeme las notas
en los puntos de la urdimbre
paso a paso y gota a gota
con tus agujas de mimbre.

Ay, Edilia si te olvidas
de anudar tus propios pasos
va a venir la noche un día
a dormírsete en los brazos.

En el sueño, tejedora,
donde tus lanas te alumbran
te soñás tejiendo auroras
en medio de la penumbra.

Artes de adivinadora
te cuentan lo sucedido
y tus lanas lo atesoran
en la piel de tu tejido.

Quién te habrá dado esa prisa
prendida en colores fuertes
y en los bordes de ceniza
lentitudes de la muerte.

Cuando sientas en tu hilado
que mi tiempo se ha vencido
dibujame un sol gastado
con las hebras del olvido.

06 Vidala de las estrellas

Bajo por una huella
de muy arriba;
vengo de las estrellas,
traigo alegría;
vengo de las estrellas
traigo alegría.

De donde vengo nadie
viene viniendo;
rastro de humo en la noche,
de las estrellas vengo;
rastro de humo en la noche,
de las estrellas vengo.

Ay, de mi amor que baja
pintado en ella,
golpeando una vidala
por las estrellas:
Flor del camino largo,
no te marchites
que lo lejano no existe.

Nadie hasta las estrellas
llegará un día,
ni desde las estrellas
a quien las mira;
ni desde las estrellas
a quien las mira.

Por qué estaré tan lejos
de lo que quiero.
Ay, de esta vida, luz
que no llega a tiempo.
Dónde están esos ojos,
brillo breve
que enciende, quema y se muere.

Vuelvo a la altura llorando.



07 La demolidita




08 Puerto pirata




09 Un gatito pa'l Pin




10 Para Anita




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20150929 Carlos Lyra Bossa Nova 1959

Carlos Lyra
Bossa Nova
1959



*
*** Autores
*
01 Chora tua tristeza (Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini) 
02 Ciúme  (Carlos Lyra) 
03 Barquinho de papel   (Carlos Lyra) 
04 Rapaz de bem  (Johnny Alf)
05 Só mesmo por amor  (Carlos Lyra) 
06 Gosto de você  (Carlos Lyra e Carlos Fernando Fortes)
07 Quando chegares  (Carlos Lyra) 
08 Maria Ninguém   (Carlos Lyra) 
09 Canção do olhar amado   (Marino Pinto e Francisco Feitosa)
10 O bem do amor   (Carlos Lyra e Nelson Lins e Barros) 
11 Menina  (Carlos Lyra) 
12 Sem saudade de você (Helena Lyra / pseudônimo de Carlos Lyra) 

===



===

01 Chora tua tristeza (02.31
02 Ciúme (02.59
03 Barquinho de papel (02.33
04 Rapaz de bem (03.15
05 Só mesmo por amor (02.58
06 Gosto de você (02.05
07 Quando chegares (03.02
08 Maria Ninguém (02.52
09 Canção do olhar amado (02.28
10 O bem do amor (02.19
11 Menina (02.49
12 Sem saudade de você (02.22

===
*
*** Textos
*
01 Chora tua tristeza (02.31

Chora
Que a tristeza
Foge do teu olhar
Brincando de esquecer
Saudade vai passar
E amor já vai chegar
Então...

Canta
Que a beleza
Volta pra te encantar
Num sonho tão pequeno
Que o dia esqueceu
Guardando pra te dar

É tão bonito gostar
E querer ficar
Com alguém pra quem possa dizer

Olha
Quantas estrelas
Nascem pra te encontrar
Depois do céu azul
A noite vai chegar
E eu pra te amar.

E eu pra te amar

É tão bonito gostar
E querer ficar
Com alguém pra quem possa dizer

Olha
Quantas estrelas
Nascem pra te encontrar
Depois do céu azul
A noite vai chegar
E eu pra te amar.

E eu pra te amar

02 Ciúme (02.59

Tenho razão em proceder assim
De vez em quando reclamando
De quem anda com você

Há coisas que eu nem posso ver
Como esse telefone azucrinando
Só chamando por você

Esses seus parentes que lhe
Beijam tanto assim
E esses seus amigos que só falam mal de mim

Se eu zango, você pega a rir
Argumentando que eu já estou ficando
Com ciúme de você

Ciúme eu não tenho não
O que eu quero é respeito
Dá um jeito senão eu paro com você

03 Barquinho de papel (02.33

O vento sopra e a chuva cai de mansinho
E na aldeia, aos poucos, a rua de rios se encheu
Sem rumo vai navegando um pobre barquinho
Que com certeza foi de algum menino que dele esqueceu
Pobre barquinho
Velho amiguinho, de papel
Vai, vai barquinho
Triste e sem rumo como eu

O vento passa e a chuva já foi embora
E na aldeia, os rios de chuva o sol já secou
Vagando só pela estrada Eu vejo agora
Tudo o que resta de um pobre barquinho Que há pouco afundou
Pobre barquinho Velho amiguinho, de papel
Adeus, barquinho Triste e sem vida como eu

04 Rapaz de bem (03.15

Você bem sabe eu sou rapaz de bem
A minha onda é a do vai e vem
Pois com as pessoas que eu bem tratar
Eu qualquer dia posso me arrumar
Vê se mora!

No meu preparo intelectual
É o trabalho a pior moral
Não sendo a minha apresentação
O meu dinheiro só de arrumação

Eu tenho casa
Tenho comida
Não passo fome, graças a Deus
E no esporte eu sou de morte
Tendo isto tudo eu não preciso de mais nada, é claro!

Se a luz do sol vem me trazer calor
E a luz da lua vem trazer amor
Tudo de graça a natureza dá

Pra que que eu quero trabalhar??


05 Só mesmo por amor (02.58

Só mesmo por amor
Pode alguém proceder como eu
Duvidar de um amor que é só meu
Arriscar tudo quanto sonhei
Só mesmo por amor
Pode alguém junto a mim ser feliz
Compreender as tolices que eu fiz
Perdoar pelas vezes que errei
Pra ficar do meu lado
Tal qual nós estamos agora
Esquecer que há um mundo
Girando lá fora
Sendo assim,
Só mesmo por amor

06 Gosto de você (02.05

Não vá dizer aí que eu me esqueci de amar
A lua quando morre faz o sol raiar
E mesmo se as estrelas abandonam os céus
Estrelas são tristezas que derramam sobre o mar azul

E fica uma saudade de lembrança além
Você passou na noite como um lago em paz
Chorei muitas estrelas pelo céu sem fim
É que eu gosto de você, você perto de mim
O sol e o mar assim

07 Quando chegares (03.02

Quando chegares aqui
Podes entrar sem bater
Ligue a vitrola baixinho
Espera o anoitecer

Logo que ouvires meus passos
Corre pra me receber
Sorri, me beija e me abraça
Não me perguntes por quê

Quando estiver em teus braços
Pensa somente em nós dois
Fecha de leve os teus olhos
E abre os teus lábios depois

E quando já for bem cedinho
Não quero ouvir tua voz
Sai sem adeus, de mansinho
Esquece o que ouve entre nós

08 Maria Ninguém (02.52

Pode ser que haja uma melhor pode ser pode ser que haja uma pior muito bem
mas igual a Maria que eu tenho no mundo interinho igualzinha nao tem
Maria ninguém É Maria e é Maria meu bem
Se eu nao sou Joao de nada Maria que é minha é Maria ninguém
Maria ninguém É Maria como as outras também
Só que tem que ainda é melhor do que muita Maria que há por aí
Marias tao frias cheias de manias Marias vazias pro nome que tem
Maria Ninguém É um dom que muito homem nao tem
Haja vista quanta gente que chama Maria e Maria nao vem
Maria Ninguém E Maria e é Maria meu bem

09 Canção do olhar amado (02.28

Foi no céu
Do seu olhar
Que eu encontrei esta canção
E a poesia
Minha menina
Vem da menina dos seus olhos
Que nasceram
Para amar
Com muito amor
E mais razão
E se é verdade
Que se ama num olhar
Vendo você
Fiquei cego de paixão

10 O bem do amor (02.19

A luz que vem além do mar
Faz a noite nascer manhã
O amor partiu a paz surgiu
Canção sentiu o que era amar

Amei sonhar o bem do amor
No silêncio do seu olhar
Sofri sem fim, sorri enfim
Silêncio fez-se em mim

As noites vazias de amor
Novos caminhos vão encontrar
E o amor do amor vai voltar
Trazendo carinhos fazendo sonhar

Manhã de paz nasceu em mim
E as promessas virão também
Eu sou feliz, assim feliz
O mundo é todo meu
O mundo é todo meu

11 Menina (02.49

O que é que seu pai vai dizer
Menina eu não presto não
Pra você
Eu sou coisa ruim
Será que você quer
Que falem de você também
Do jeito que falam de mim
Com tanto rapaz direito

Você foi cismar logo com quem
Só se eu nascesse de novo
Vivesse outra vida e não fosse um ninguém
Mas qual!
Menina eu não presto não
Menina você não vê afinal
Que por eu ser assim eu tenho que dizer
Adeus, não quero mais lhe ver
Vou sentir muita falta de você

12 Sem saudade de você (02.22

Leva o seu olhar aqui do meu
Leva o seu sorriso aqui de mim
Quero me esquecer das coisas de você
Se não você vai embora e qual será o fim?

Leva com você minha ilusão
Não deixe nem o arrependimento em seu lugar
Qualquer recordação não deixe aqui ficar
Que eu quero ver nascer o sol
O novo sol que vai trazer o dia sem saudades de você

*****

20150929 As quatro Virtudes Cardeais

As quatro Virtudes Cardeais


Natalia Cruz Sulman


As virtudes cardinais, Catedral de Bamberg. Iustitia (Justiça), Fortitudo (Fortaleza), Sapientia (Prudência) e Temperantia (Temperança).


Existem no Cristianismo quatro virtudes cardeais (ou cardinais) que polarizam todas as outras virtudes humanas. 


Este conceito, originado em Platão, foi adaptado por pensadores da Igreja como Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.

A virtude platônica passa por diferentes fases, todas elas bem apresentadas por Zoraida M. L. Feitosa na tese A Questão da Unidade e do Ensino das Virtudes em Platão. 


Segundo a estudiosa, a primeira delas ainda se encontra na 
juventude de Platão, isto é, em sua fase socrática. Nesse período o filósofo entende por fundamento da virtude a razão, pois somente o conhecimento é capaz de unificar todas as virtudes. Em sua segunda fase, embora o saber ainda tenha o papel de unificar as virtudes, o conhecimento não é suficiente; para ser virtuoso o homem precisa não só conhecer, mas também agir. Por último, há a virtude a partir da perspectiva do diálogo Mênon.


O Platão socrático tem por bem mais valioso o conhecimento da alma, isto é, o “conhece-te a ti mesmo”. Somente esse saber efetiva a virtude fazendo com que o espírito seja forte o suficiente para reprimir os impulsos corpóreos através do autodomínio. O diálogo Protágoras apresenta o pensamento das virtudes platônicas a partir de cinco fundamentos, a citar: saber, justiça, coragem, temperança e piedade. Nos diálogos de transição, porém, as virtudes de excelência são quatro, pois a piedade se torna uma extensão da justiça, como é demonstrado na República. Assim se originam as virtudes cardeais platônicas, discutidas mais profundamente nos diálogos Cármides (temperança), Laques (coragem) e Eutífron (piedade). A justiça e o saber, posteriormente, estão em várias obras –  reconhecidas especialmente na República e no Mênon.


Santo Agostinho, por sua vez, adapta tais virtudes para o 
Cristianismo. O capítulo 13 do Livre Arbítrio é intitulado como expresso a seguir: Nossa boa vontade implica o exercício das quatro virtudes cardeais. O filósofo de Hipona explica que a prudência é o conhecimento daquelas coisas que precisam ser desejadas e das que devem ser evitadas; a força, a disposição da alma pela qual desprezamos todos os dissabores e a perda das coisas que não estão sob bosso poder; quanto a temperança, ela é a disposição que reprime e retém o nosso apetite longe daquelas coisas que ao serem desejadas são vergonhosas; e finalmente a justiça, virtude pela qual damos a cada um o que é seu 
(Sto Agostinho, Livre Arbítrio, 27).


Desse modo a Igreja, em seu compêndio de teóricos, entende tais virtudes como as “perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas, que regulam os nossos actos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé. Adquiridas e reforçadas por actos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas pela graça divina” 
(Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, CCIC, n. 378).


===

FONTE: 
http://filovida.org/as-quatro-virtudes-card


Independentemente de ser religioso ou não, e eu não sou; de ser ateu ou crente; a virtude é algo que transcende as classificações. Ela nos dá o Norte preciso para nossa trajetória.

Paulo Cesar Fernandes.

29/09/2015

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

20150928 Novos Baianos Ferro na boneca 1970

Novos Baianos
Ferro na boneca
1970



*
Artist: Novos Baianos
Title Of Album: E Ferro na Boneca
Year Of Release: 2006
Label: Som Livre
Genre: Psychedelic Rock, MPB, Samba Rock
Total Time: 32:19 min
Format: Mp3 / FLAC (tracks +.cue, log-file)
Quality: CBR 320 kbps / Lossless
Total Size: 134 mb / 281 mb (Covers)
*



*
TRACKLIST:
*
01 Ferro na boneca (01.52
02 Eu de adjetivos (02.55
03 Outro mambo, outro mundo (02.41
04 Colégio de aplicação (01.45
05 A casca de banana que eu pisei (02.17
06 Dona Nita e Dona Helena (02.11
07 Se eu quiser eu compro flores (03.11
08 E o samba me traiu (02.02
09 Baby Consuelo (01.54
10 Tangolete (02.18
11 Curto de véu e grinalda (02.22
12 Juventude sexta e sábado (02.49
13 De Vera (02.44

* Pepeu Gomes – guitarra
* Paulinho Boca de Cantor – vocal, percussão
* Baby Consuelo – vocal, percussão
* Moraes Moreira – violão, vocal, letras

with supporting band 
* "A Cor do Som" (Jorginho Gomes, Dadi)
* Luiz Galvão – letras

20150928 Nelson Cavaquinho Depoimento do Poeta 1970

Nelson Cavaquinho
Depoimento do Poeta
1970






*
DEPOIMENTO DO POETA
Nelson Cavaquinho (1970 
Discos Castelinho LPNE-10.002
*




*
Faixas
*
01 Luz negra (02.11
02 Palhaço (02.45
03 Notícia (03.28
04 Orgulho e agonia (02.51
05 Aceito o teu adeus (Não me olhes assim (04.32
06 Eu e as flôres (02.43
07 A flor e o espinho (02.33
08 Rugas (02.33
09 Caridade (03.12
10 Pranto do poeta (02.09
11 Juro (Que caia sobre mim (03.06
12 Degraus da vida (03.28

***



***

Característica: vocal
Gravadora: Continental/WEA
Produtor: Paulo Cesar Costa
Formatos: (LP/1974), (CD/1994)
Primeiro disco: 1974

Observação:
LP da série "Ídolos da MPB". Reedição do 1º LP gravado por Nelson, em 1970. Contracapa do LP escrita por Sérgio Cabral. Dos músicos que participam do disco, só há crédito para Altamiro Carrilho na ficha técnica. CD da série Mestres da MPB.


Note-se sim, em todas as faixas a flauta de Altamiro Carrilho, um luxo como usa dizer Victor Heredia.


01 Luz Negra
Compositor(es): Amâncio Cardoso / Nelson Cavaquinho (Nelson
Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais):
Elizeth Cardoso : Diálogo

02 Palhaço
Compositor(es):
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Oswaldo Martins
Washington Fernandes
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta

03 Notícia
Compositor(es):
Alcides Caminha
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Nourival Bahia
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais):
Eneida de Morais : Diálogo

04 Orgulho e agonia
Compositor(es):
Fernando Mauro
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais):
Oswaldo Sargentelli : Diálogo

05 Aceito o teu adeus (Não me olhes assim
Compositor(es):
Amado Régis
Luiz Rocha
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais):
Eneida de Morais : Diálogo

06 Eu e as flores
Compositor(es):
Jair do Cavaquinho (Jair de Araújo Costa)
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta

07 A flor e o espinho
Compositor(es):
Alcides Caminha
Guilherme de Brito
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta

08 Rugas
Compositor(es):
Ary Monteiro
Augusto Garcez
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais): Elizeth Cardoso : Diálogo

09 Caridade
Compositor(es):
Ermínio do Vale
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais): Oswaldo Sargentelli : Diálogo

10 Pranto do poeta
Compositor(es):
Guilherme de Brito
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais): Elizeth Cardoso : Diálogo

11 Juro (Que caia sobre mim
Compositor(es):
Amado Régis
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta

12 Degraus da vida
Compositor(es):
Antônio Braga
Cesar Brasil
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta

*****

*
Letras
*
01 Luz negra (02.11

Sempre só
Eu vivo procurando alguém
Que sofre como eu também
E não consigo achar ninguém

Sempre só
E a vida vai seguindo assim
Não tenho quem tem dó de mim
Estou chegando ao fim

A luz negra de um destino cruel
Ilumina um teatro sem cor
Onde estou desempenhando o papel
De palhaço do amor

02 Palhaço (02.45

Sei que é doloroso um palhaço
Se afastar do palco por alguém
Volta, que a platéia te reclama
Sei que choras palhaço
Por alguém que não lhe ama
Enxuga os olhos e me dá um abraço
Não te esqueças, que és um palhaço
Faça a platéia gargalhar
Um palhaço não deve chorar

03 Notícia (03.28

Já sei a notícia que vens me trazer
Os seus olhos só faltam dizer
O melhor é eu me convencer
Guardei até onde eu pude guardar
O cigarro deixado em meu quarto
É da marca que fumas
Confessa a verdade, não deves negar

Amigo como eu jamais encontrarás
Só desejo que vivas em paz
Com aquela que manchou meu nome
Vingança, meu amigo, eu não quero vingança
Os meus cabelos brancos
Me obrigam a perdoar uma criança

Vingança, meu amigo, eu não quero vingança
Os meus cabelos brancos
Me obrigam a perdoar uma criança..

04 Orgulho e agonia (02.51

O mal não avisa quando está pra chegar 
Veio de surpresa para lhe castigar 
Transformou o seu orgulho em agonia 
Eu já esperava isso um dia 
Todos nós erramos mas é bom não errar 
É um conselho que eu vou te dá 
Não quero te humilhar 
Deus não me ensinou assim 
Talvez aprenda a ser igual a mim 
Sempre eu falei a vida muda 
Aqui vai a minha ajuda 
Vamos juntos caminhar até o fim 
Não me ouviu um só minuto 
E no desespero eu escuto 
Você chamando por mim 

05 Aceito o teu adeus (Não me olhes assim (04.32

Pelo amor de deus 
Não me olhes assim 
Vejo nos seus olhos bis 
Humilhação 
Já sei que não gostas mais de mim 
Aceito teu adeus, como se aceitasse a paz 
Não será surpresa se não me quiseres mais 
Nesse mundo de deus tudo pode acontecer 
Porque que eu não posso 
Te esquecer

06 Eu e as flôres (02.43

Quando eu passo
Perto das flores 
Quase elas dizem assim:
Vai que amanhã enfeitaremos o seu fim
A nossa vida é tão curta
Estamos nesse mundo de passagem
Ó meu grande Deus, nosso criador
A minha vida pertence ao senhor

07 A flor e o espinho (02.33

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'água
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor

Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor

08 Rugas (02.33

Se eu for pensar muito na vida
Morro cedo, amor.
Meu peito é forte,
Nele tenho acumulado tanta dor.
As rugas fizeram residência no meu rosto
Não choro pra ninguém
Me ver sofrer de desgosto.

Eu que sempre soube
Esconder a minha mágoa.
Nunca ninguém me viu
Com os olhos rasos d'água.
Finjo-me alegre
Pro meu pranto ninguém ver.
Feliz aquele que sabe sofrer

09 Caridade (03.12

Não sei negar esmola
A quem implora a caridade
Me compadeço sempre de quem tem necessidade
Embora algum dia eu receba ingratidão
Não deixarei de socorrer a quem pedir o pão
Eu nunca soube evitar de praticar o bem
Porque eu posso precisar também

Sei que a maior herança que eu tenho na vida
É meu coração, amigo dos aflitos
Sei que não perco nada em pensar assim
Porque amanhã não sei o que será de mim...

10 Pranto do poeta (02.09

Em Mangueira
Quando morre um poeta
Todos choram bis
Vivo tranquilo em Mangueira porque
Sei que alguém há de chorar quando eu morrer

Mas o pranto em Mangueira é tão diferente
É um pranto sem lenço
Que alegra a gente 
Hei de Ter um alguém
Pra chorar por mim
Através de um pandeiro e de um tamborim

11 Juro (Que caia sobre mim (03.06

Juro que não sou o causador
De você estar sofrendo assim
Juro até pelo amor de Deus
Se algum mal eu lhe desejo
Que caia sobre mim
{bis}

Apenas eu lhe disse
Não use a sua grandeza
Para ofuscar
A minha pobreza
Nunca é tarde demais
Pra quem sofre encontrar a paz

12 Degraus da vida (03.28

Sei que estou
No último degrau da vida, meu amor
Já estou envelhecido, acabado
Por isso muito eu tenho chorado
Eu não posso esquecer o meu passado
Foram-se meus vinte anos de idade
Já vai muito longe a minha mocidade
Sinto uma lágrima rolar sobre meu rosto
É tão grande o meu desgosto

*****