terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sobre o ódio

Primeiras notas sobre agressão de Israel à Faixa  de Gaza.
De imediato penso: "Que uma bomba destrua Israel." Logo depois reverto o pensar.
Caminhando por Santos, olhando a cidade, sua paz no sol da tarde, penso como é possível a construção do ódio, e imagino que se inicia com algo semelhante a "Uma bomba sobre Israel", um pensamento que se fortalece dentro de um ciclo de autoalimentação. Desagua na união de pessoas com iguais pensamentos. Disto, para um plano de ação, é um pequeno salto.
_ Morte a Israel! - dizem uns.
_ Morte ao Hamas! - os outros.
E a morte eclode ceifando inocentes vidas, e junto ceifa utopias de paz.
Até quando?
Ontem, 29/12/2008 consegui reagir.
O inicio da agressão americana ao Iraque me projetou ao solo por uma semana. Sete dias na cama. Fome pouca. Achava inconcebível. Difícil a reação.
Desta feita fui mais ágil na recuperação. Mas a imbecilidade humana jamais deixará de me agredir, jamais deixará de interferir em minha saúde. Se fossem animais a morrer já seria uma barbaridade. Mas não. Seres humanos. Com sonhos, amores, desventuras e aventuras por lograr.
Vinte (20) crianças mortas entre os 50 civis. Um total de 300 até o momento em que escrevo. Bombas numa Universidade. E promessas de mais destruição.
Outros países tiram notas, moções. Blá Blá Blá apenas. A inação incentiva a continuidade das agressões de parte a parte.
Hoje. Triste. Fico sem palavras de alegria e esperança. A doce esperança que sempre deve habitar nossos corações.
Fernandes, Paulo Cesar (Keine Grenze
30/12/2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário