sábado, 28 de abril de 2012

Pensamiento Crítico Nuestra America

Minha mensagem ao grupo nominado acima no Facebook.
Assim andam as ideias entre pessoas que permitem, portanto merecem le-las ou ouvi-las.
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Sin pensamiento critico no hay vida, no hay cambios, no hay posible revolucion. La Revolucion es imperativa en estos tiempos de incertidumbre. Pero diferente de los 60 y 70 no la haremos con armas de metal, pero con armas aun mas poderosas que son las armas de los neuronios, las armas de las ideas correctas a dar um rumbro etico y intransigente en nuestras vidas. No mas una vida para si solamente, poren un vivir que mire a su sumejante como suu egual, su compañero, su hermano como le gustan a los con religiones.
Nuestro combate es en contra la ajenacion. Esa misma que pone el consumo en el mas alto punto de la vida de los vivientes. Dejando a lo largo su identidad como hombre y mujeres dignos de una vida util para su familia y ademas para toda la sociedad.
Sera un honor para mi tenervos por compañeros de elaboracion intelectual e reflexionar acierca del tiempo en que vivimos. Y es una alegria para este idoso tener un numero mas amplio de amigos que del pensar hagan el patamar para su accion en la vida del dia a dia.
Saludos desde Santos - Sao Paulo - Brasil
Paulo Cesar - LatinoAmerica (o MamaPancha de Ali Primera)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Erich Fromm - Psicanalise de la Sociedad Contemporanea


En 2007 algunos alumnos me pedieran que hiciera algo en la area de sociologia, una vez que su curso solamente trataba de biologia y medio ambiente.
Pensé y escoji esta obra de Erich Fromm. Fromm pertenencia a la Escuela de Frankfurt, juntamente con Theodor Adorno; Herbert Marcuse; Walter Benjamin y outros. Pensadores que deran una nueva interpretacion al marxismo, se alejando de los chinos y de los sovieticos. En verdad negando al stalinismo.
Estaban preparadas 10 clases peroo al inicio de las probas, se fueran los alumnos. Lo que mas importava ya les habia  mostrado  y discutido. Fueran 8 clases de un buen debate.
Lo creo, que en la Internet en cuatro shared tu que te interesaste aun encuentras la version en español. Algunos libros son sacados de este site por imposicion de la editora.
Un libro escrito logo despues da la Segunda Guerra Mundial tiene aun una gran conexion con nuestro tiempo. Compañeras y compañeros esta es una sugerencia de lectura de este idoso amigo.
Paulo Cesar - Santos - LatinoAmerica

quinta-feira, 19 de abril de 2012

INIMIGOS DA HUMANIDADE - Republica Dominicana

INIMIGOS DA HUMANIDADE
Invasão da República Dominicana pelos Estados Unidos em 1965
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Operação Power Pack

A Invasão da República Dominicana pelos Estados Unidos (sob o nome de Operação Power Pack) ocorreu em 1965. Os fuzileiros desembarcaram no dia 28 de abril e foram, posteriormente, apoiados por elementos do Exército da 82a Divisão Aerotransportada. A intervenção terminou em Setembro de 1966.
Antecedentes
Após um período de instabilidade política após o assassínato do ditador dominicano de longa data Rafael Trujillo, em 1961, o candidato Juan Bosch, um fundador do Partido Revolucionário Dominicano (PRD), foi eleito presidente em dezembro de 1962 e empossado em Fevereiro de 1963. Suas políticas inclinada a esquerda, incluindo a redistribuição de terras e a nacionalização de certas explorações estrangeiras, levou a um golpe militar sete meses mais tarde por uma facção militar de direita liderada pelo General Elías Wessin. Wessin controlava o Centro de Formação das Forças Armadas ou "CEFA", um grupo de infantaria de elite com cerca de 2000 altamente treinados. Era quase uma organização independente, criada inicialmente por Ramfis Trujillo, filho do ex-ditador, para proteger o governo e vigiarem a guarda nacional, marinha e força aérea. Elías Wessin tinha afirmado: "A doutrina comunista, marxista-leninista, Castrista, ou seja lá o que é chamado, é agora proibido."
Posteriormente, o poder foi entregue a um triunvirato civil. Os novos líderes rapidamente aboliram a Constituição, declarando-a "inexistente".
Em 24 de Abril de 1965, um grupo de jovens oficiais nas forças armadas, liderado pelo coronel Francisco Caamaño, levantou-se contra o triunvirato. Esta ação foi acelerada quando o Chefe do Estado-Maior das forças armadas Dominicana, General Marcos Rivera, tentaram prender quatro exército "conspirador", mas ele foi preso em seu lugar. Os rebeldes pró-Bosch, conhecidos como "Constitucionalistas" por seu foco em restaurar o presidente constitucionalmente eleito, saíram para as ruas, apreendendo rapidamente o palácio nacional, estações de rádio e de televisão na capital, Santo Domingo e exigindo o regresso de Bosch. Francisco Caamaño e o Coronel Manuel Ramón Montes Arache foram os líderes dos Constitucionalistas. Rafael Molina Ureña foi instalado como presidente provisório. Nos dias que se seguiram, os Constitucionalistas combateram com agentes de segurança interna e os elementos militares de direita do CEFA.
O Constitucionalistas distribuiram armas à população, o que resultará na criação de esquadrões armados desregrados, conhecidos como "Comandos". Ambos os lados estavam fortemente armados e civis foram apanhados no fogo cruzado. Washington iniciou imediatamente os preparativos para a evacuação dos seus cidadãos e de outros estrangeiros que poderiam desejar deixar a República Dominicana.
A invasão dos EUA
Inicialmente, a ação militar dos EUA foi limitada à evacuação por fuzileiros dos Estados Unidos e outros civis norte-americanos da cidade de Santo Domingo. Uma zona de desembarque foi criada, no Hotel Embajador, em Santo Domingo para esse fim.
As forças pró-governamentais, chamadas lealistas, não conseguiram recuperar o controle de Santo Domingo, e a desmoralizada CEFA recuou para a sua base em San Isidro. O General Wessin e o último líder do regime deposto, Donald Reid - mais conhecido como "El Americano" ( "O americano"), ambos solicitaram intervenção dos EUA.
O Presidente Lyndon Johnson, convencido da derrota das forças Lealistas e temendo a criação de "uma segunda Cuba" na América, ordenou forças para restaurar a ordem. Citando como razão oficial para a invasão a necessidade de proteger a vida dos estrangeiros, nenhum dos quais haviam sido mortos ou feridos, uma frota de 41 navios foi enviado ao bloqueio à ilha, e uma invasão foi lançada pelos Marines e elementos das Nações Membros do Exército 82a Divisão Aerotransportada. Em última análise, 42.000 soldados e fuzileiros foram ordenados para a República Dominicana. Os Estados Unidos juntamente com a Organização dos Estados Americanos (OEA) formaram uma força militar inter-americana para ajudar na intervenção na República Dominicana. Posteriormente, a Junta Interamericana de Paz (IAPF) foi formalmente criada em 23 de Maio. Além da presença militar dos Estados Unidos, as seguintes tropas foram enviadas por cada país; 1130 do Brasil, 250 de Honduras, 184 do Paraguai, 160 da Nicarágua, 21 policiais militares da Costa Rica e 3 funcionários oficiais de El Salvador. Durante a guerra, morreram 44 soldados norte-americanos, e 200 ficaram feridos, entre a FIAP foram Seis brasileiros e cinco paraguaios que ficaram feridos em ação. Os combates continuaram até 31 de Agosto de 1965, quando foi declarada uma trégua.
Em 1 de junho eleições são realizadas para eleger um novo presidente, entre os candidatos Juan Bosch e Joaquín Balaguer, Joaquín Balaguer ganhou pelo Partido Reformista com o apoio do governo dos EUA. Em Londres Caamaño afirmou que com a ocupação militar, em Santo Domingo, o processo eleitoral foi influenciado; para ele, as eleições não podem ter sido livres, em um país ocupado por tropas estrangeiras. José Francisco Pena Gomez confirmou que houve fraudes e contestou o processo na província de Barahona. Centenas de pessoas tomaram as ruas para dizer que houve fraude.
Esta intervenção acabou em 21 de setembro de 1966, quando completou-se a retirada de tropas da chamada Força Interamericana de Paz, e com a ascensão do Dr. Joaquín Balaguer à presidência da República Dominicana em 1 junho de 1966. Relativa estabilidade política foi seguida inicialmente pelo opressivo Governo Balaguer que iria dominar a política da República Dominicana por vinte e dois anos

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Leibniz e a imortalidade

Meu princípio é: tudo que pode existir e é compatível com outras coisas, existe.



(Principium Meum Est, Quicquid Existere Potest, Et Aliis Compatibile Est, Id Existere)


G.W.Leibniz


12 de dezembro de 1676


Não é necessário, para explicar a multidão das coisas, aumentar a pluralidade dos mundos, porque não há quantidade [numerus] de coisas que não esteja nesse único mundo e, de fato, em qualquer de suas partes.


Introduzir um outro gênero de coisas existentes e, por assim dizer, um outro mundo também infinito, é usar mal [abuti] o nome [nomine] da existência; pois não é possível afirmar se aquelas coisas existem agora ou não. Mas a existência, como a concebemos, envolve um certo tempo determinado; ou enfim, dizemos que aquela coisa existe por, certamente, a seu propósito poder ser dito em determinado momento: “Aquela coisa agora existe.”


A multidão das coisas é maior no todo do que na parte, mesmo numa multidão infinita. Não é supérfluo discutir sobre o vácuo das formas, tal que é possível mostrar que nem todas as coisas que são possíveis per se podem existir juntas com as outras. Pois, do contrário, haverá muitas absurdidades; nada podendo ser concebido que seja tão absurdo que não exista no mundo – não apenas monstros, mas também o mal e as mentes miseráveis, e também as injustiças, e não haveria razão por que Deus deveria ser denominado de bom em vez de mau e justo em vez de injusto. Poderia haver algum mundo no qual todos os bons são punidos com penalidades eternas e todos os maus seriam recompensados e expiariam crimes com felicidade.


A imortalidade da mente é imediatamente provada pelo meu método. Pois ela é possível em si mesma e é compossível com todas as outras coisas; pois ela não reduz [imminuit] o curso das coisas. Isso porque as mentes não possuem volume. Porém, meu princípio é: tudo que pode existir e é compatível com outras coisas, existe. Porque a única razão para limitar a existência, para todos os possíveis, deve ser que nem todos são compatíveis. Assim, a única razão para a limitação é que preferencialmente deveriam existir aquelas coisas que envolvem a maior quantidade de realidade.


Se todos os possíveis existissem, não haveria necessidade de uma razão para existirem e a simples possibilidade seria o suficiente. Assim, não haveria um Deus, exceto na medida em que Ele é possível. Porém, se a opinião daqueles que crêem que todos os possíveis existem for verdadeira, um Deus tal qual o reverenciado pelos devotos não seria possível.


Nos Campos Elísios, um dialogo entre Pitágoras e Descartes relativo às almas dos brutos
 
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Se tomarmos o trabalho do Ademar Arthur na qual ele afirma que a mediunidade é um processo que se dá mente a mente. Temos aqui a afirmação de Leibniz que o método dele prova a imortalidade do espírito. Basta pensar!
 
Paulo Cesar Fernandes
 
18/04/2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Felicidade

Que negócio é esse que todo mundo procura?
A mulher sai pela casa, procurando por todos os recantos.
Nada consegue ver, e ela sabe não ser material e palpável.
Mas seu desespero a impele como se tivesse perdido algo de muito importante.
Telefona para os amigos dizendo que lhe faltava algo.
Faz cursos com o Mestre Yasmin; com o Mestre Tibetano Yuha; vai a Centro Espirita; de Umbanda; Santo Dime; etc.
Tocava sua vida levando a cabo as atividades que sempre desempenhara, mas...
Faz análise freudiana; junguiana; comportamental, individual, grupal, grito-primal, etc.
Nada.

Um dia de exaustão se joga na cama e desiste de buscar...  solta o pensamento e adormece....

Acorda com uma idéia clara e distisnta: colocar no papel cada um dos aspectos que compunham ou fustigavam sua existência.

Assim o fez.
Ao final, levantou da mesa e foi à janela ver a rua e pensar.
Nasceu uma idéia que falou em voz alta::
_ Será que todos os papéis espalhados na mesa eram todos papéis importantes que tinha que desempenhar na existência?
Teve medo do pensamento que lhe veio mas seguiu adiante: jogar fora tudo que não fosse verdadeiramente essencial para sua sobrevivência.

Passou pela mesa cheia de papéis sem olhar. Pegou um grande copo de chá gelado, se encheu de coragem. Parou em pé diante da mesa. Eram doze papéis sobre a mesa: papel de filha(Familia); profissional; consumidora do produto a; academia B; etc
Já tinha se desfeito de sete papéis jogando no  lixo. Restavam: Família; Amigos; Caminhadas; Animais; Plantas.

A tensão por que passara a havia feito suar nas mãos e no rosto. Foi ao banheiro lavar mãos e rosto.
Feito isto se poe a admirar seus imensos olhos azuis. Olha mais e com mais admiração. Se afasta e se aproxima do espelho várias vezes, curtindo sua beleza mesmo.
_ Belos olhos voce tem, menina. E olhava mais fundo ainda, olhava como se visse a própria alma.

CAI UMA BAITA FICHA!!!

_ Aí está voce? Mas é claro que eu não podia te ver. Eu nadava entre dificuldades acessórias. Só no momento em que me desfiz delas, me despojei de seu peso, que a leveza pode tomar conta de mim.
Flutuou até a sala.
Não sentia o chão sob seus pés.

Diante da mesa um sorriso de felicidade veio a seus lábios. Uma lágrima de felicidade desceu-lhe rosto abaixo. Abaixo daqueles olhos, imensamente azuis.
Diante de si estava apenas o essencial. E descobrira que a felicidade sempre habitara sua alma, mas nunca lhe dera atenção pois sempre atentara ao que os outros davam importância. Estava atada aos outros e aos ditâmes das demais pessoas.

Quando se fez livre de tudo e de todos, aí sim conseguiu ver a felicidade, e, mais que isso, vivê-la intensamente.

Paulo Cesar Fernandes

13/04/2012


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Pelo Gonzaga recolhendo memórias

Pelo Gonzaga recolhendo memórias

Há flores no jardim da memória; roupas no varal, e cheiro de amaciante por todo quintal; o maracujá diz "PRESENTE" escancarando a cara com novos frutos, pequenos e belos; abelhas e besouros seguem em sua dança sempre indefinida e veloz; as crianças gritam na rua, dizendo que a vida segue como sempre; a noite chegou com seu cheiro de churrasco, e o palavreado feliz do pessoal que "habita" o bar da esquina; o Gonzaga mais que nunca estava bonito hoje, com pessoas bonitas caminhando, umas lentas como eu, outras rápidas carregando suas preocupações, mas tudo tinha um jeito tão santista de ser que adoçava a vida.

A Praça da Independência onde deitei minhas raizes, e onde hão de jogar minhas cinzas no futuro estava lá, imóvel, e ao mesmo tempo instigante, com tantas imagens do meu  passado, sentado em seus degraus com uma dezena de amigos, que toda noite ali se reunia após a aula, para conversar sobre a vida e a Ditadura Militar.
"Só dói quando eu penso" a gente dizia, e ria, ria demais, chapado ou de cara limpa ria do mesmo jeito.

A "turminha da estátua" era olhada pelos personagens históricos ali presentes com carinho e complacência, pois lá de cima eles viam a cidade muito melhor que nós, que só sabiamos voar substanciados.
Afinal, toda ditadura, todo autoritarismo é atroz, e demanda alguma forma de anestesia para atravessar as brumas do tempo "que afinal passou, como tudo tem que passar" como nos ensina o nosso/meu guru Gilberto Gil.

Santos é e sempre será o ninho aconchegante da alma libertária.

Paulo Cesar Fernandes
12/04/2012

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Chocolate com Pimenta 1


Paixão, eu te amo...

Corpo... mente... alma...
Livres nessa entrega sem limites...

Quero saber tudo do que és capaz... do ato mais vil ao mais virtuoso... quero tua essência nua e crua, sem desculpas ou subterfúgios e contar-te de mim o mesmo tanto... onde te leva tua sanidade e até onde vai tua loucura... quero conhecer cada um dos teus pensamentos e desvendá-los todos por mais ínfimos que sejam e te confessar os meus sem medo... como funciona teu coração, me diz... mostra-me cada fibra do teu ser, corpo e alma... toca em mim e descobre-me sem respeitar barreiras ou pudores... quero que te entregues pra que te possas libertar... quero me entregar a ti pois só assim consigo ser eu mesma... quero viver-te completamente e que tu me vivas da mesma forma, sem contudo perdermo-nos um no outro...
Quero enfim amar-te sobre tudo e que me ames de igual maneira e nessa certeza


voar contigo solta com as asas que só tu me dás...

Tua... Lua...

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O texto acima infelizmente não é meu.
Talvez, se o fosse, eu o chamasse ANSEIOS, ou ainda SONHOS, ou DEVANEIOS...
É de uma amiga de longa data, que num texto meu, retomando lembranças da infância a chamei de "Menina interessante".
Voce, meu caro leitor, pode facilmente perceber ao ler o texto, que determinadas características da alma humana, seguem sempre vivas e vívidas, vida adiante.
Este é o caso aqui.
Parabéns Soninha, recebe meu carinho.
Paulo Cesar Fernandes
11/04/2012


terça-feira, 10 de abril de 2012

Fidel Castro em reflexão

Las ilusiones de Stephen Harper

Fidel Castro
8 Abril 2012
Creo, sin ánimo de ofender a nadie, que así se llama el Primer Ministro de Canadá. Lo deduzco de una declaración publicada el “Miércoles Santo” por un vocero del Ministerio de Relaciones Exteriores de ese país. Son casi 200 los Estados, supuestamente independientes, que integran la Organización de Naciones Unidas. Constantemente cambian o los cambian. Muchos son personas honorables y amigos de Cuba, pero no es posible recordar los detalles de cada uno de ellos.
En la segunda mitad del siglo XX tuve el privilegio de vivir años de intenso aprendizaje, y apreciar que los canadienses, ubicados en el extremo norte de este hemisferio, fueron siempre respetuosos de nuestro país. Invertían en esferas de su interés y comerciaban con Cuba, pero no intervenían en los asuntos internos de nuestro Estado.
El proceso revolucionario iniciado el 1º de Enero de 1959 no implicó medidas que afectaran sus intereses, los cuales fueron tomados en cuenta por la Revolución en el mantenimiento de relaciones normales y constructivas con las autoridades de aquel país donde se llevaba a cabo un intenso esfuerzo por su propio desarrollo. No fueron, por tanto, cómplices del bloqueo económico, la guerra, y la invasión mercenaria que Estados Unidos aplicó contra Cuba.
En mayo de 1948, año en que se creó la OEA, institución de bochornosa historia que dio al traste con lo poco que ya quedaba del sueño de los libertadores de América, Canadá estaba lejos de pertenecer a la misma. Ese status se mantuvo durante más de 40 años, hasta 1990. Algunos de sus líderes nos visitaron. Uno de ellos fue Pierre Elliott Trudeau, brillante y valiente político, muerto prematuramente, a cuyo sepelio asistimos en nombre de Cuba.
Se supone que la OEA sea una organización regional integrada por los Estados soberanos de este hemisferio. Tal afirmación, como otras muchas de consumo diario, encierra un gran número de mentiras. Lo menos que podemos hacer es estar conscientes de las mismas, si se preserva el espíritu de lucha y la esperanza de un mundo más digno.
Se supone que la OEA sea una organización panamericana. Un país cualquiera de Europa, África, Asia o de Oceanía, no podría pertenecer a la OEA por poseer una colonia, como Francia en Guadalupe; o los Países Bajos, en Curazao. Pero el colonialismo británico no podía definir el status de Canadá, y explicar si era una colonia, una república, o un reino.
El Jefe de Estado en Canadá es la Reina de Inglaterra Isabel II, aunque esta deposite sus facultades en un Gobernador General designado por ella. De ese modo cabe preguntar si el Reino Unido es también parte de la OEA.
A su vez, el honorable Ministro de Relaciones Exteriores de Canadá no se atreve a decir si apoya o no a la Argentina en el espinoso tema de las Malvinas. Expresa solo beatíficos deseos de que reine la paz entre los dos países, pero allí Gran Bretaña posee la mayor base militar fuera de su territorio que viola la soberanía Argentina, no se excusó por haber hundido el Belgrano que estaba fuera de las aguas jurisdiccionales establecidas por ellos mismos y provocó el sacrificio inútil de cientos de jóvenes que cumplían su servicio militar. Hay que preguntarle a Obama y a Harper qué posición van a adoptar frente al justísimo reclamo de que se reintegre la soberanía de Argentina sobre las islas, y se deje de privarla de los recursos energéticos y pesqueros que tanto necesita para el desarrollo del país.
Me asombré realmente cuando profundicé en los datos de las actividades de las transnacionales canadienses en América Latina. Conocía el daño que los yanquis le imponían al pueblo de Canadá. Obligaban al país a buscar el petróleo extrayéndolo de grandes extensiones de arena impregnadas de ese líquido, ocasionando un daño irreparable al medio ambiente de ese hermoso y extenso país.
El daño increíble era el que las empresas canadienses especializadas en búsqueda de oro, metales preciosos y material radioactivo ocasionaban a millones de personas.
En un artículo publicado en el sitio web Alainet hace una semana, suscrito por una ingeniera en Calidad Ambiental,que nos introduce más detalladamente en la materia que incontables veces se ha mencionado como uno de los principales azotes que golpea a millones de personas.
“Las empresas mineras, el 60% de las cuales son de capital canadiense, trabajan bajo la lógica de aprovechamiento máximo, a bajo costo y corto tiempo, condiciones que son aún más ventajosas sí, en el sitio donde se instalan, se pagan mínimos ingresos tributarios y existen muy pocos compromisos ambientales y sociales…”
“Las leyes de minería de nuestros países [...] no incluyen obligaciones y metodologías para el control de impactos ambientales y sociales.”
“…los ingresos tributarios que las empresas mineras pagan a los países de la región son en promedio no más del 1.5% de los ingresos obtenidos.”
“La lucha social en contra de la minería, especialmente la metálica, ha venido creciendo a medida que generaciones enteras han visualizado los impactos ambientales y sociales…”
“Guatemala tiene una fuerza de resistencia ante los proyectos mineros que es admirable, gracias a la apropiación que tienen los pueblos indígenas del valor de sus territorios y sus recursos naturales como herencias ancestrales invaluables. Sin embargo, en los últimos 10 años, las consecuencias de esa lucha se han visualizado en el asesinato de 120 activistas y defensores de los Derechos Humanos.”
En el mismo artículo se va señalando lo que ocurre en El Salvador, Honduras, Nicaragua y Costa Rica, con cifras que obligan a pensar profundamente en gravedad y el rigor del saqueo despiadado que se va cometiendo contra los recursos naturales de nuestros países e hipotecando el futuro de los latinoamericanos.
La presencia de Dilma Rousseff, de regreso a su país, con escala en Washington, servirá para que Obama se persuada de que aunque algunos se refocilan pronunciando melosos discursos, Latinoamérica está lejos de ser un coro de países demandando limosnas.
Las guayaberas que usará Obama en Cartagena es uno de los grandes temas de las agencias noticiosas: “Edgar Gómez [...] ha diseñado una para el presidente de Estados Unidos, Barack Obama, que la exhibirá durante la Cumbre de las Américas”, nos cuenta la hija del diseñador, y añade: “Se trata de una guayabera blanca, sobria y con un trabajo manual más notorio de lo habitual…”.
De inmediato la agencia de noticia agrega: “Esta camisa caribeña tiene su origen en las orillas del río Yayabo, en Cuba, por eso inicialmente se llamaban yayaberas…”.
Lo curioso, amables lectores, es que Cuba está prohibida en esa reunión; pero las guayaberas, no. ¿Quién puede aguantar la risa? Hay que correr para avisarle a Harper.

Fidel Castro Ruz

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O mundo em que vivemos

O mundo em que vivemos
Qual o maior inimigo do espiritualismo em qualquer das formas que este se apresente?
Sem sombra de dúvidas é o materialismo.
Como se expressa na atualidade o materialismo? Através do ateísmo? Através na firme convicção que nada existe além da matéria? Que a metafísica é uma ilusão?
Não. Nada disso. Muito ao contrário, se expressa na falta de reflexão sobre a existência para a maioria da humanidade.
As velhas perguntas: quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? E principalmente: para que estou na vida? Qual o real sentido da minha vida?
Questões fora de cogitação. O foco é o consumo.
As pessoas trabalham para comprar seus objetos de desejo. Se desfazem deles em muito pouco tempo pois já estão “fora de moda”. Trabalham mais para comprar o “último grito da moda”. Compram e seguem insatisfeitas.
Mas afinal que tempo é esse?
Um fragmento de texto nos ajuda a perceber em que mundo estamos mergulhados. Vamos a ele:


A possibilidade de povoar o mundo com gente mais afetuosa e induzir as pessoas a terem mais afeto não figura nos panoramas pintados pela utopia consumista. As utopias privatizadas dos caubóis e cowgirls da era consumista mostram, em vez disso, um "espaço livre" (livre para mim, é claro) amplamente estendido; um tipo de espaço vazio do qual o consumidor líquido-moderno, inclinado a performances-solo, e apenas a elas, sempre precisa de mais e nunca tem o bastante. O espaço de que os consumidores líquido-modernos necessitam e que são aconselhados de todos os lados a obter lutando, e a defender com unhas e dentes, só pode ser conquistado expulsando outros seres humanos - em particular os tipos de indivíduos que se preocupam e/ou podem precisar da preocupação dos outros.
O mercado de consumo tomou da burocracia sólido-moderna a tarefa da adiaforização [não essencialidade], de extrair o veneno do "ser para" da carga impulsionadora do "ser com". É exatamente como Emmanuel Levinas vislumbrou ao refletir que, em vez de ser um dispositivo destinado a tornar acessível o convívio humano pacífico e amigável a egoístas natos (como sugeriu Hobbes), a "sociedade" pode ser um estratagema para tornar acessível a seres humanos endemicamente morais uma vida autocentrada,
auto-referencial e egoísta, embora cortando, neutralizando ou silenciando aquela assustadora "responsabilidade pelo Outro" que nasce cada vez que a face desse Outro aparece; uma responsabilidade de fato inseparável do convívio humano.

Zygmunt Bauman
“Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria.
Rio de Janeiro : Jorge Zahar Ed., 2008
Págs.: 68-69


Dessa forma o homem deixa de se voltar ao outro sendo “homem lobo do homem” como disse Hobbes; deixando ainda de ser o homem que "segue com o outro homem" em perfeita solidariedade, como previsto na utopia socialista.
O homem da sociedade atual é voltado para si mesmo unicamente. Em alguns casos, voltado para seu núcleo familiar: esposa e filhos. Isto se conseguiu manter uma relação estável. O que cada dia se torna mais raro, uma vez que as relações do nosso tempo são como ligações de rede de computadores, isto é, de fácil desconexão. Perdem o “link” com muita facilidade.
Não faço aqui critica nenhuma, até porque este é um fato facilmente constatável. Basta olhar as pessoas ao nosso  redor e verificar quantas tem casamentos de longa duração.
Os solitários são consumidores mais vorazes que aqueles cujas responsabilidades são maiores.


Paulo Cesar Fernandes
09/04/2012

quinta-feira, 5 de abril de 2012

El Pensamiento de los Débiles

El Pensamiento de los Débiles
Gianni Vattimo

¿Puedo permitirme –por otra parte la ocasión de esta recopilación de textos es perfecta- hacer un poco de autobiografía? Pues bien, diría que el sentido (todavía) actual del pensamiento débil se encuentra en las temáticas que se delinean en mis escritos más recientes, esto es, en la temática religiosa y en la política. A mí ahora me interesan casi exclusivamente la (filosofía) política y la reflexión religiosa. No creo tener que argumentar la centralidad de estas dos temáticas para la cotidianeidad del mundo –tardo industrial, neoimperialista, a veces decididamente apocalíptico- en el que vivimos hoy. Naturalmente, el significado de la filosofía que se expresa en el pensamiento débil no es sólo aquél (por otra parte de ninguna manera de poco valor) de hablar de las cosas que nos competen. Tiene también la ambición de hablar de alguna manera resolutiva. La visión “nihilista” que el pensamiento débil extrae de la meditación sobre Nietzsche, Heidegger, también propone una -si se quiere paradójica- filosofía de la historia y de su sentido, que se puede resumir en la idea del debilitamiento del ser como única posibilidad de emancipación. Nihilista es esta propuesta porque no obtiene la noción de debilitamiento de ningún descubrimiento metafísico de la “esencia” negativa del ser, de la verdad de la nada, etc. Sino que la lee en el curso de la historia de Occidente –en cuyo nombre, denso de sugestión, tierra del crepúsculo- sobre la huella de Nietzsche repensada a la luz de la diferencia ontológica heideggeriana. En esta lectura –como por otra parte puede documentarse mediante la lectura de los escritos nietzscheanos y
heideggerianos, aunque no sólo de ellos- tiene un papel decisivo la presencia de la tradición judeo-cristiana. El pensamiento débil no sería posible sin la doctrina fundamental de la Kénosis, de la encarnación de Dios como su descenso, su verdadera y propia autodisolución por amor. Con esto, no sólo la filosofía (nuestra filosofía occidental) encuentra sus bases en la tradición religiosa dominante a la cual se ha constantemente referido, de un modo polémico en muchas ocasiones. Pero el mismo cristianismo se presenta como todavía posible sólo en la forma del “debolismo”. Con todo lo que este reconocimiento comporta en una posición polémica respecto a las actuales posiciones de las Iglesias y especialmente de la Iglesia católica.

La evocación del cristianismo y de la Kénosis nos hace pensar rápidamente que se trata aquí fundamentalmente de la salvación de las almas, de la vida eterna y de los modos de asegurársela. Mas la idea de emancipación como debilitamiento (de la perentoriedad) del ser metafísico (eterno, necesario, dado como fundamento cognoscitivo y como norma ética universal) es esencialmente un ideal histórico y, por tanto, político. La pregunta sobre “qué hacer” no se puede contestar con respuestas fundadas sobre cualquier esencia eterna, sino que sólo puede dar lugar a una relectura del “dónde estamos” para entender –de forma arriesgada y con toda la incertidumbre de la interpretación- la dirección hacia donde ir. El nihilismo y el debilitamiento son, además del (¿único?) modo de ser cristianos hoy, también el más razonable programa político que se puede proponer. No se trata de la idea de construir (por fin) una sociedad “justa”, o sea conforme al modelo verdadero que era ya el sueño de Platón; sino, si se quiere, una sociedad “abierta”, que puede ser tal sólo si, en primer lugar, liquida todos los tabúes metafísicos (los Valores, los Principios, las Verdades) que han servido a los privilegiados para mantener y reforzar sus privilegios, y se abre al diálogo entre personas y grupos. La política que el “debolismo” y la hermenéutica quieren inspirar es radicalmente realista, hasta los extremos del maquiavelismo. No existen esencias inmutables, sólo hay interpretaciones, lo que quiere decir, en política, negociaciones entre individuos y grupos que sin duda tienen intereses contrapuestos, y que pueden conciliarse solamente en nombre de valores comunes que se pueden encontrar en su propio patrimonio cultural, entendido éste como repertorio de argumentos retóricamente persuasivos que terminan por reemplazar a las “razones” de los más fuertes: aquí los análisis nietzscheanos sobre la relación entre verdad (impuesta) y fuerza, siguen siendo decisivas, al menos tanto como los marxianos. Pero: ¿queremos sustituir a las razones de la fuerza, por la fuerza (retórica) de las razones porque esto nos parece más justo? ¿Es también el ideal de una sociedad abierta, pues, un ideal metafísico, un “Valor” del cual no podemos prescindir? Aquí la respuesta es no: el pensamiento débil está en contra de las razones de la fuerza sólo porque se encuentra entre los débiles, entre los perdedores de la historia de los que habla Benjamin. El pensamiento débil ni siquiera es, es más, él menos que nunca- una filosofía universal. Es solamente como el proletariado marxiano: en cuanto expropiado tiene más títulos para presentarse como portador de la esencia humana más generalmente válida. En algún sentido es justo decir, pues, que el pensamiento débil es el pensamiento de los débiles, de los vencidos de la historia, que sin embargo no orientan la búsqueda de la propia liberación sólo hacia la vida eterna. Lo “no dicho” que la metafísica (y en definitiva el poder) ha oscurecido desde siempre, y a lo que Heidegger trata de escuchar, es la palabra inaudible de los vencidos de la historia que la filosofía tiene la misión, como única misión, hacernos capaces de escuchar.
Sólo en esa palabra, si es que algo así es posible, puede hablarnos de nuevo el ser.

Traducción del original italiano: Nora Hebe Sforza (FFyL – UBA) y revisado por Mariana Urquijo Reguera.

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Quem é o autor? Wikipedia responde.

Gianni Vattimo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Vattimo em Como, 1999
Gianteresio Vattimo
(Turim, 4 de janeiro de 1936) é um filósofo e político italiano, um dos expoentes do pós-modernismo europeu.

 

Biografia

Discípulo de Luigi Pareyson, graduou-se em Filosofia, na cidade de Turim, em 1959. Especializou-se em Heidelberg, Alemanha, com Karl Löwith e Hans-Georg Gadamer, cujo pensamento introduziu na Itália. Em 1964, tornou-se professor de Estética na Universidade de Turim e, a partir de 1982, de Filosofia Teorética. Ensinou, na condição de professor visitante, em vários universidades dos Estados Unidos.
Nos anos 1950, trabalhou em programas culturais da RAI. É diretor da Rivista di estetica, membro de comissões científicas de vários periódicos italianos e estrangeiros e sócio-correspondente da Academia de Ciência de Turim.
Escreve para o semanário L'Espresso, para o diário La Repubblica e sobretudo para La Stampa, onde produz editoriais com reflexões críticas sobre política e cultura.
Recebeu o título de Doutor Honoris Causa das Universidades de La Plata, Palermo e Madrid.

Trajetória intelectual

Vattimo se ocupou da ontologia hermenêutica contemporânea, acentuando sua ligação com o niilismo - entendido como enfraquecimento das categorias ontológicas. Assim, contrapõe o pensamento fraco, uma forma particular de niilismo, às diversas formas de pensamento forte, isto é, aquelas baseadas na revelação cristã, no marxismo e outros sistemas ideológicos.
Segundo Vattimo, a partir das filosofias de Nietzsche e principalmente de Heidegger, instaura-se uma crise irreversível nas bases cartesianas e racionalistas do pensamento moderno.
Propõe uma filosofia baseada no enfraquecimento do ser como chave de leitura da pós-modernidade, mas também nas formas de progressiva redução da violência, de passagem a regimes políticos democráticos, de secularização, pluralismo e tolerância, como impulso à emancipação humana e à superação das diferenças sociais.
Sua proposta filosófica é uma resposta à crise das grandes correntes filosóficas dos séculos XIX e XX: o hegelianismo com sua dialética, o marxismo, a fenomenologia, a psicanalise, o estruturalismo.
O pensamento fraco é uma atitude pós-moderna que aceita o peso do "erro", ou seja, do efêmero de tudo o que é histórico e humano. É a noção de verdade que se deve adequar à dimensão humana, e não vice-versa. Assim, a verdade é criação, jogo, retórica.
Em suas obras mais recentes, como Acreditar em acreditar, reivindica para o seu próprio pensamento a qualidade de autêntica filosofia cristã da pós-modernidade. Valendo-se da visão cristã do mestre Pareyson e do teólogo Sergio Quinzio, recusa a identificação de Deus com o ser racional, tal como concebido pela tradição filosófica ocidental.
Em 2004 abandona o partido dos Democratas de Esquerda e abraça o marxismo, reavaliando positivamente a autenticidade e validade dos princípios do projeto marxista e prognosticando um "retorno" ao pensamento do filósofo de Trier e a um comunismo depurado dos desenvolvimentos das equivocadas políticas públicas soviéticas, a serem superados dialeticamente. Vattimo fala de um "Marx enfraquecido" ou de uma base ideológica capaz de ilustrar a verdadeira natureza do comunismo e apta, na prática política, a superar qualquer pudor liberal. A chegada ao marxismo se configura portanto como uma etapa do desenvolvimento do pensamento fraco, enriquecido na práxis de uma perspectiva política concreta.

Atividade política

Exerceu atividade política em diversas linhas: primeiro, no Partido Radical; depois, na Alleanza per Torino ("Aliança por Turim") e, na sequência, nos Democratici di Sinistra ("Democratas de Esquerda"), partido ligado à tradição político-cultural do Partido Comunista Italiano e ligado à social-democracia, pelo qual Vattimo foi eleito para o Parlamento Europeu. Abandona o partido em 2004.
Atualmente integra o PdCI - Partido dei Comunisti Italiani ("Partido dos Comunistas Italianos"), cuja proposta é a de retomar o comunismo, na sua variante italiana, conforme elaborada por Antonio Gramsci, Palmiro Togliatti, Luigi Longo e Enrico Berlinguer.
Em 2005, Vattimo candidatou-se a Prefeito de uma pequena cidade calabresa, San Giovanni in Fiore, para combater a "degeneração intelectual" que afligia o país. Encabeçava o movimento "Vattimo pela cidade", contraposto aos dois grupos tradicionais, mas sobretudo em polêmica com a esquerda florentina. Recebeu 11% dos votos, sendo eleito conselheiro comunal e provocando, em consequência, a realização de segundo turno, finalmente vencido pelo candidato centro-esquerdista. Depois dessa experiência, Vattimo provocou um forte impulso político e cultural na Calábria, de onde é originário.
Vattimo foi até hoje o único parlamentar italiano a declarar-se homossexual.
Na juventude, aderiu à Ação Católica. Posteriormente abandonou o Catolicismo e aproximou-se da Igreja Evangélica Valdense[1].

Selecção de obras em italiano

  • Il concetto di fare in Aristotele, Giappichelli, Torino, 1961
  • Essere, storia e linguaggio in Heidegger, Filosofia, Torino, 1963
  • Ipotesi su Nietzsche, Giappichelli, Torino, 1967
  • Poesia e ontologia, Mursia, Milano 1968
  • Schleiermacher, filosofo dell'interpretazione, Mursia, Milano, 1968
  • Introduzione ad Heidegger, Laterza, Roma-Bari, 1971
  • Il soggetto e la maschera, Bompiani, Milano, 1974
  • Le avventure della differenza, Garzanti, Milano, 1980
  • Al di là del soggetto, Feltrinelli, Milano, 1981
  • Il pensiero debole, Feltrinelli, Milano, 1983 (a cura di G. Vattimo e P. A. Rovatti)
  • La fine della modernità, Garzanti, Milano, 1985
  • Introduzione a Nietzsche, Laterza, Roma-Bari, 1985
  • La società trasparente, Garzanti, Milano, 1989
  • Etica dell'interpretazione, Rosenberg & Sellier, Torino, 1989
  • Filosofia al presente, Garzanti, Milano, 1990
  • Oltre l'interpretazione, Laterza, Roma-Bari, 1994
  • Credere di credere, Garzanti, Milano, 1996
  • Vocazione e responsabilità del filosofo, Il Melangolo, Genova, 2000
  • Dialogo con Nietzsche. Saggi 1961-2000, Garzanti, Milano, 2001
  • Tecnica ed esistenza. Una mappa filosofica del Novecento, Bruno Mondadori, Milano, 2002
  • Dopo la cristianità. Per un cristianesimo non religioso, Garzanti, Milano, 2002
  • Nichilismo ed emancipazione. Etica, politica e diritto, a cura di S. Zabala, Garzanti, Milano, 2003
  • Il socialismo ossia l'Europa, Trauben, 2004
  • Il Futuro della Religione, con Richard Rorty. A cura di S. Zabala, Garzanti, Milano, 2005
  • Verità o fede debole? Dialogo su cristianesimo e relativismo, con René Girard. A cura di P. Antonello, Transeuropa Edizioni, Massa, 2006
  • Non essere Dio. Un'autobiografia a quattro mani, con Piergiorgio Paterlini, Aliberti editore, Reggio Emilia, 2006
  • Ecce comu. Come si ri-diventa ciò che si era, Fazi, Roma, 2007
  • Addio alla Verità, Meltemi, 2009
  • Introduzione all'estetica, Edizioni ETS, Pisa 2010.

Publicações

  • A Sociedade Transparente (1989);
  • A Tentação do Realismo
  • Depois da Cristandade
  • Introdução a Heidegger
  • O Futuro da Religião (dividindo autoria com Richard Rorty)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Ser consumidor numa sociedade de consumo

Ser consumidor numa sociedade de consumo
Zygmunt Bauman

Nossa sociedade é uma sociedade de consumo.
Quando falamos de uma sociedade de consumo, temos em mente algo mais que a observação trivial de que todos os membros dessa sociedade consomem; todos os seres humanos, ou melhor, todas as criaturas vivas “consomem” desde tempos imemoriais. O que temos em mente é que a nossa é uma “sociedade de consumo” no sentido, similarmente profundo e fundamental, de que a sociedade dos nossos predecessores, a sociedade moderna nas suas camadas fundadoras, na sua fase industrial, era uma “sociedade de produtores”. Aquela velha sociedade moderna engajava seus membros primordialmente como produtores e soldados; a maneira como moldava seus membros, a “norma” que colocava diante de seus olhos e os instava a observar, era ditada pelo dever de desempenhar esses dois papéis. A norma que aquela sociedade colocava para seus membros era a capacidade e a vontade de desempenhá-los. Mas no seu atual estágio final moderno (Giddens), segundo estágio moderno (Beck), supramoderno (Balandier) ou pós-moderno, a sociedade moderna tem pouca necessidade de mão-de-obra industrial em massa e de exércitos recrutados; em vez disso, precisa engajar seus membros pela condição de consumidores. A maneira como a sociedade atual molda seus membros é ditada primeiro e acima de tudo pelo dever de desempenhar o papel de consumidor. A norma que nossa sociedade coloca para seus membros é a da capacidade e vontade de desempenhar esse papel.

Naturalmente, a diferença entre viver na nossa sociedade ou na sociedade que imediatamente a antecedeu não é tão radical quanto abandonar um papel e assumir outro. Em nenhum dos seus dois estágios a sociedade moderna pôde passar sem que seus membros produzissem coisas para consumir — e, é claro, membros das duas sociedades consomem. A diferença entre os dois estágios da modernidade é “apenas” de ênfase e prioridades — mas essa mudança de ênfase faz uma enorme diferença em praticamente todos os aspectos da sociedade, da cultura e da vida individual.

As diferenças são tão profundas e multiformes que justificam plenamente falar da nossa sociedade como sendo de um tipo distinto e separado — uma sociedade de consumo. O consumidor em uma sociedade de consumo é uma criatura acentuadamente diferente dos consumidores de quaisquer outras sociedades até aqui. Se os nossos ancestrais filósofos, poetas e pregadores morais refletiram se o homem trabalha para viver ou vive para trabalhar, o dilema sobre o qual mais se cogita hoje em dia é se é necessário consumir para viver ou se o homem vive para poder consumir. Isto é, se ainda somos capazes e sentimos a necessidade de distinguir aquele que vive daquele que consome.

Idealmente, todos os hábitos adquiridos deveriam recair nos ombros desse novo tipo de consumidor, exatamente como se esperava que as paixões vocacionais e aquisitivas de inspiração ética recaíssem, como disse Max Weber repetindo Baxter, nos ombros do santo protestante: “como um leve manto, pronto para ser posto de lado a qualquer momento”.1 E os hábitos são, de fato, contínua, diariamente e na primeira oportunidade postos de lado, nunca tendo a chance de se tornarem as barras de ferro de uma gaiola (exceto um meta-hábito que é o “hábito de mudar de hábitos”). Idealmente, nada deveria ser abraçado com força por um consumidor, nada deveria exigir um compromisso “até que a morte nos separe”, nenhuma necessidade deveria ser vista como inteiramente satisfeita, nenhum desejo como último. Deve haver uma cláusula “até segunda ordem” em cada juramento de lealdade e em cada compromisso. O que
realmente conta é apenas a volatilidade, a temporalidade interna de todos os compromissos; isso conta mais que o próprio compromisso, que de qualquer forma não se permite ultrapassar o tempo necessário para o consumo do objeto do desejo (ou melhor, o tempo suficiente para desaparecer a conveniência desse objeto).

Que todo consumo exige tempo é na verdade a perdição da sociedade de consumo — e uma preocupação maior dos que negociam com bens de consumo. Há uma ressonância natural entre a carreira espetacular do “agora”, ocasionada pela tecnologia compressora do tempo, e a lógica da economia orientada para o consumidor. No que diz respeito a esta lógica, a satisfação do consumidor deveria ser instantânea e isso num duplo sentido. Obviamente, os bens consumidos deveriam satisfazer de imediato, sem exigir o aprendizado de quaisquer habilidades ou extensos fundamentos; mas a satisfação deveria também terminar — “num abrir e fechar de olhos”, isto é, no momento em que o tempo necessário para o consumo tivesse terminado. E esse tempo deveria ser reduzido ao mínimo. A necessária redução do tempo é melhor alcançada se os consumidores não puderem prestar atenção ou concentrar o desejo por muito tempo em qualquer objeto; isto é, se forem impacientes, impetuosos, indóceis e, acima de tudo, facilmente instigáveis e também se facilmente perderem o interesse. A cultura da sociedade de consumo envolve sobretudo o esquecimento, não o aprendizado. Com efeito, quando a espera é retirada do querer e o querer da espera, a capacidade de consumo dos consumidores pode ser esticada muito além dos limites estabelecidos por quaisquer necessidades naturais ou adquiridas; também a durabilidade física dos
objetos do desejo não é mais exigida. A relação tradicional entre necessidades e sua satisfação é revertida: a promessa e a esperança de satisfação precedem a necessidade que se promete satisfazer e serão sempre mais intensas e atraentes que as necessidades efetivas.

Aliás, a promessa é tanto mais sedutora quanto menos familiar for a promessa em questão; é um bocado divertido viver uma experiência que não se sabia que existia e um bom consumidor é um aventureiro amante da diversão. Para os bons consumidores não é a satisfação das necessidades que atormenta a pessoa, mas os tormentos dos desejos ainda não percebidos nem suspeitados que fazem a promessa ser tão tentadora.

O tipo de consumidor gerado e incubado na sociedade de consumo foi definido da maneira mais pungente por John Carroll, que se inspirou na cáustica mas profética caricatura de Nietzsche para o “último homem” (ver o livro de Carroll a ser publicado: Ego and Soul: A Sociology of the Modem West in the Search of Meanning):

A índole desta sociedade proclama: caso esteja se sentindo mal, coma! ... O reflexo consumista é melancólico, supondo que o mal-estar adquire a forma de se sentir vazio, frio, deprimido — com necessidade de se encher de coisas quentes, ricas, vitais. Claro que não precisa ser comida, como na canção dos Beatles: “sinto-me feliz por dentro” {“feel happy inside”). Suntuoso é o caminho para a salvação — consuma e
sinta-se bem! ... Há também a inquietude, a mania de mudanças constantes, de
movimento, de diversidade — ficar sentado, parado, é a morte ... O consumismo é assim o análogo social da psico-patologia da depressão, com seus sintomas gêmeos em choque: o nervosismo e a insônia.

Para os consumidores da sociedade de consumo, estar em movimento — procurar, buscar, não encontrar ou, mais precisamente, não encontrar ainda — não é sinônimo de mal-estar, mas promessa de bem-aventurança, talvez a própria bemaventurança. Seu tipo de viagem esperançosa faz da chegada uma maldição. (Maurice Blanchot notou que a resposta é o azar da pergunta; podemos dizer que a satisfação é o azar do desejo.) Não tanto a avidez de adquirir, de possuir, não o acúmulo de riqueza no seu sentido material, palpável, mas a excitação de uma sensação nova, ainda não experimentada — este é o jogo do consumidor. Os consumidores são primeiro e acima de tudo acumuladores de sensações; são colecionadores de coisas apenas num sentido secundário e derivativo.

Mark C. Taylor e Esa Saarinen resumem: “O desejo não deseja satisfação. Ao contrário, o desejo deseja o desejo.”2 Pelo menos assim é o desejo de um consumidor ideal. A perspectiva de dissipação e fim do desejo, de ficar sem nada para ressuscitá-lo ou num mundo sem nada desejável, deve ser o mais sinistro dos horrores para o consumidor ideal (e, claro, para os negociantes de pesadelos de bens de consumo).

Para aumentar sua capacidade de consumo, os consumidores não devem nunca ter descanso. Precisam ser mantidos acordados e em alerta sempre, continuamente expostos a novas tentações, num estado de excitação incessante — e também, com efeito, em estado de perpétua suspeita e pronta insatisfação. As iscas que os levam a desviar a atenção precisam confirmar a suspeita prometendo uma saída para a insatisfação: “Você acha que já viu tudo? Você ainda não viu nada!”.

É dito com freqüência que o mercado de consumo seduz os consumidores. Mas para fazê-lo ele precisa de consumidores que queiram ser seduzidos (assim como para comandar os operários o dono da fábrica precisava de uma equipe com hábitos disciplinadores, com a obediência às ordens firmemente estabelecida). Numa
sociedade de consumo que funcione de forma adequada os consumidores buscam com todo empenho ser seduzidos. Seus avós, os produtores, viviam de uma volta da correia transmissora para a seguinte, idêntica. Eles próprios, para variar, vivem de atração em
atração, de tentatação em tentação, do farejamento de um petisco para a busca de outro, da mordida numa isca à pesca de outra — sendo cada atração, tentação, petisco ou isca uma coisa nova, diferente e mais atraente que a anterior.

Agir assim é uma compulsão, um must, para os consumidores amadurecidos, formados; mas esse “must”, essa pressão
internalizada, essa impossibilidade de viver a vida de qualquer outra forma, revela-se para esses consumidores sob o disfarce de um livre exercício da vontade. O mercado pode já tê-los selecionado como consumidores e assim retirado a sua liberdade de ignorar as lisonjas mas a cada visita a um ponto de compra os consumidores encontram
todas as razões para se sentir como se estivessem — talvez até eles apenas — no comando. Eles são os juizes, os críticos e os que escolhem. Eles podem, afinal, recusar fidelidade a qualquer das infinitas opções em exposição. Exceto a opção de escolher entre uma delas, isto é, essa opção que não parece ser uma opção.
É essa combinação dos consumidores, sempre ávidos de novas atrações e logo enfastiados com atrações já obtidas, e de um mundo transformado em todas as suas dimensões — econômicas, políticas e pessoais — segundo o padrão do mercado de consumo e, como o mercado, pronto a agradar e mudar suas atrações com uma
velocidade cada vez maior; é essa combinação que varre toda sinalização fixa — de aço, de concreto ou apenas cercada de autoridade — dos mapas individuais do mundo e dos projetos e itinerários de vida. Com efeito, viajar esperançosamente é na vida do
consumidor muito mais agradável que chegar. A chegada tem esse cheiro mofado de fim de estrada, esse gosto amargo de monotonia e estagnação que poria fim a tudo aquilo pelo que e para que vive o consumidor — o consumidor ideal — e que considera o sentido da vida. Para desfrutar o melhor que este mundo tem a oferecer, você
deve fazer todo tipo de coisa, exceto uma, que é declarar como o Fausto de Goethe: “Ó, momento, você é belo, dure para sempre!”

O consumidor é uma pessoa em movimento e fadada a se mover sempre.