quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cesar Costa Filho

Cesar Costa Filho
"Peço perdão pelo exemplo
Mas o Estácio é uma espécie de templo
Onde se aprende a sambar
Parecendo rezar."
Sexta-feira. Olho o mar e um verso. Um único verso me toma de sopetão. Antigas lembranças de sambas. Sambas bonitos que ouvia numa velha "vitrola". De início um pick-up plugado num radinho simples. Mal sabem os que me deram o presente do valor que me chegou com isto: a música, mágica e imortal.
De todos os presentes que a vida me deu, este foi o maior. Certo que sim.
Primeiro disco: Satisfaction/As tears go by/Get out of my cloud/???? - Stones.
Mais tarde emprego. Kenwood e discos, muitos discos. Dentre eles "E os sambas viverão" de Cesar Costa Filho. Sob uma brutal ditadura, gente morrendo, sumindo, medo estampado na cara do povo... Em 1973 falar que os sambas viverão significava dizer que apesar da brutalidade da ditadura os sambas viveriam.como viveram e vivem e viverão mais e mais. Numa esquina qualquer, alguns moleques sentados no chão, um violão, uma dose de sensibilidade e aí nasce um samba.
Faz parte da vida, como o feijão, como o arroz, birita, futebol, o gooool gritado da semana gasta no trabalho. É da vida. Da lei. E tem a cara do Brasil. Este país que não entra nos Meios de Comunicação de Massa. Rola por fora. Sem patrocínio. Calado. Quase esquecido, disse quase.
Assim é Cesar Costa Filho. Quase esquecido.
Mas como a arte é sincera, renasce na lembrança, num blog onde encontrei sua obra. Quer ouvir? Aguarde... Por agora Veja
Minha singela homenagem a este sambista do Brasil: Cesar Costa Filho.
Fernandes, Paulo Cesar (Keine Grenze
13/06/2009

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