terça-feira, 31 de julho de 2012

Rua Viva - Livro

Betinho Duarte
Rua Viva

Retrato dos que a burguesia brasileira assassinou.



Saber e guardar para que nunca mais ocorra uma barbárie como esta. São miles e miles de desaparecidos.
A midia só conta sobre a morte dos "filhos de algo", fidalgos, com nomes conhecidos por seus pais serem personalidades, mas muitos não são filhos de personalidades. Gente como eu e tu. Gente simples e idealista, lutadora sem medo de nada. Por uma idéia, uma causa deu sua vida.

São milhares no Brasil, desde os companheiros de Julião nas lutas camponesas do nordeste brasileiro, até os menores da luta urbana.

Muitas vezes pessoas que nem participação politica tinha, mas denunciados por desafetos eram brutalmente assassinados. Ou na melhor das hipóteses passavam pela turtura, para confessar o desconhecido.

Em tempo de Ditadura todos tem medo de tudo.
Somos todos réus em potencial.
Inimigos do regime cuja vida deve ser extirpada.

Betinho Duarte - Rua viva

Clique acima para baixar o livro.
Demora um tanto pois é grande o livro.
Tenha paciência!!!





Blues eterno

Um livro sobre Blues em imagens e HQ.
Eterno Blues.
Diga voce: essa capa não tem a cara do Blues.
Do Beat.
"Na Estrada" filmado por Walter Salles é para não perder. Baseado no obra "On the road" cujo nome não sei escrever direito Kroack se não erro. Clássico da literatura Beat norte-americana. Em trens e convivendo com a marginália seu protagonista narra suas aventuras bem antes do Movimento Hippie aparecer no mundo. Perto dos beats os hippies todos eram alunos de colégio marista.
Voltando a Walter Salles Jr.
Cinema brasileiro de um dos nomes mais bem quistos no cenário cinematográfico internacional. Infelizmente o Brasil tem raiva de brasileiro que faz sucesso.
Mas... BLUES!


Paulo Cesar Fernandes

31/07/2012

Tempos Sólidos

Antes da Globalização, do liberalismo, e da "Sociedade dos consumidores" já fomos assim:



O sindicalismo tinha voz, vez e força!




As manisfestações de rua eram respeitadas e mobilizavam todo um povo. De Gaulle e seus asseclas estiveram verdadeiramente por um fio com a aliança operários-intelectuais-estudantes.
Por um mundo consciente e de luta pela justiça!!!
Não proponho o mesmo, não sou inocente. Sei que novos tempos requisitam novas práticas. Proponho apenas a práxis revolucionária que nos pedia Marx, dentro do contexto presente!


Paulo Cesar Fernandes

31/07/2012

Eduardo Galeano - A Faixa de Gaza


Eduardo Galeano (*)

Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou.

Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.

Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.

São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina.
Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa. Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa.

Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita. Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros.

Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente ao País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?

O exército israelense, o mais moderno e sofisticado mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica.
E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.

A chamada “comunidade internacional”, existe?
É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro?

Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas
ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade. Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos. A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama alguma que outra lágrima, enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinas, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antisemitas.

Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Poetas sempre sonham - Marcio Borges


Boas noticias!!!!
Tem livro bom do Marcio Borges!!!
Que? Quem é Marcio Borges ? ? ? ? ? ? ? ?
Eu não te conto. Voce perceberá "Voce pega o Trem Azul, o sol na cabeça o sol na cabeça...."
Quem não sentou no chão pra tocar violão e cantar...
... Quem não teve turminha da rua como na Rua Pasteur em Santos, na Paraguai, Manuel Vitorino e na Rua Bahia... Quem não teve a sã rivalidade das Guerras d'água perto do Carnaval...Os jogo contra descalço, sempre sobrando um pé machucado.
Se filme houvesse marcando aquele tempo. As duplas de Taco..

_ Cala a boca! Quero saber quem é esse Marcio Borges. PÔ!!!
_ rs
«««

Clube da Esquina foi um movimento musical nascido na década de 1960 em Minas Gerais.

O Clube da esquina surgiu da grande amizade entre Milton Nascimento e os irmãos Borges (Marilton, Márcio e Lô), na Belo Horizonte dos anos 1960, depois que Milton chegou à capital para estudar e trabalhar. Milton acabara de chegar de Três Pontas, cidade onde morava a família e onde tocava na banda W's Boys com o pianista Wagner Tiso; com Marilton foi tocar na noite, no grupo Evolussamba. Compondo e tocando com os amigos, despontava o talento, pondo o pé na estrada e na fama ao vencer o Festival de Música Popular Brasileira e ao ter uma de suas composições, "Canção do sal", gravada pela então novata Elis Regina[1].

Aos fãs dos Beatles e The Platters novos integrantes vieram juntar-se: Flávio Venturini, Vermelho, Tavinho Moura, Toninho Horta, Beto Guedes e o letrista Fernando Brant[carece de fontes?]. O nome do grupo foi idéia de Márcio que ao ouvir a mãe perguntar dos filhos, ouvia a mesma resposta: "Estão lá na esquina, cantando e tocando violão." Em 1972 a EMI gravou o primeiro LP, Clube da Esquina, apresentando um grupo de jovens que chamou a atenção pelas composições engajadas, a miscelânea de sons e riqueza poética [carece de fontes?]. O cantor e compositor Tavito faz referência às saudades do Clube da Esquina na música Rua Ramalhete.

Todos os seus integrantes engajaram numa carreira solo de sucesso[carece de fontes?], além da formação do grupo 14 Bis, que também fez muito sucesso desde a criação de O Terço[carece de fontes?].

Considera-se que seus principais participantes tenham sido Tavinho Moura, Wagner Tiso, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Márcio Borges, Ronaldo Bastos, Fernando Brant e os integrantes do 14 Bis, entre outros

terça-feira, 24 de julho de 2012


Cultura é um moto contínuo, onde idéias e gerações se encadeiam ad eternum

Paulo Cesar Fernandes

24/07/2012

Primeiro disco ninguém esquece

Tal qual primeira relação sexual, prazeres diferentes mas inesquecíveis.
E o compacto duplo tinha essa música.
Quatro jóias musicais dos Stones.




As Tears Go By
Written By
Jagger/Oldham/Richards


It is the evening of the day
I sit and watch the children play
Smiling faces I can see, but not for me
I sit and watch as tears go by
My riches can't buy everything
I want to hear the children sing
All I ever hear is the sound of rain falling on the ground
I sit and watch as tears go by
It is the evening of the day
I sit and watch the children play
Doin' things I used to do, they think they are new
I sit and watch as tears go by
Mm mm mm...


Essa música..... Além de: "I can get no satisfaction", "Get out of my cloud"; and "Ruby Tuesday".
Get out... tocou até eu cansar, e não cansava... hoje ainda gosto.


Tocava num pick up adaptado num radio mono, esse arranjo do pick up plugado no rádio quem fez foi um amigo do meu cunhado, a pedido dele, pois o Milton sabia o quanto eu sou maluco por música.
Em toda minha vida ganhei  muitas coisas, nenhuma delas me tocou como esta. Eu estava apto a ouvir música na minha casa e a música que eu  quisesse.
Quando vi aquilo na mesma hora fui ao Tremendão e comprei os Rolling Stones.
A musica usada nas rádios era "I can get no satisfaction", mas para mim até hoje, como Rock "Get out of my cloud" é superior.
E no mesmo disco ganhei de presente essa jóia que é "As tears go by", uma grande brincadeira que os Stones sempre fizeram com os nomes das músicas.
Como tinha "As time goes by" do filme Casablanca, tenho certeza ser idéia do Keith Richards colocar esse nome na musica linda tal qual é "As tears go by".
Quando os Beatles lançaram "Let it be" (Deixa estar), os Stones fizeram uma musica chamada "Let it bleed" (Deixa sangrar), sempre tinham uma grande sacada. Sempre foram os "outsiders". Enquanto os Beatles eram os bons meninos e tal.


Richards é o crânio do grupo.
Enquanto Jagger faz a mis-en-scene (?), com suas palhaçadas, e suas frescuras, o Richards só fica no fundo fazendo vocal, tocando uma bela guitarra e pronto.
Mas fez uma apresentação primorosa num documentário sobre o Chuck  Berry. E eu não consegui esse documentário. Vi na TV e ficou por aí. A forma carinhosa que ele lidava com Berry era de travar a garganta. Mas voltando...


O Tremendão era uma loja de discos de uns amigos que a gente ficava importunando querendo ver o que tinha chegado de novidades e eles pacientemente aturavam o "cardume" de adolescentes. (Adolescente só anda em grupos, que eu chamo de cardume.) Ficava numa galeria que existe, passei nela hoje, em frente ao Colégio São José, na Avenida Ana Costa em Santos.

Falo de Santos sim, pois amo minha cidade. Minha cidade, mas cidade do Pelé, do Robinho, de Thaná Correa um baita cara de teatro, falando em teatro nada mais nada menos que Plinio Marcos é de Santos. Eu o acho melhor que o Nelson Rodrigues.
Há uma sutil diferença entre os dois:
Nelson só escrevia suas peças pesadas; Plinio Marcos nasceu e viveu na Região do Mercado Municipal de Santos onde na sua época a barra era pesadona. E alem disso era um baita ator. Atuava inclusive na vida. Sempre fazendo piadas e vendendo seus livros como mascate na saída dos cinemas de Santos. Na Avenida Ana Costa, a cinelândia santista.


Sempre dizia:
"Eu sou imortal! Não tenho onde cair morto!"
Valoroso e saudoso Plinio, que estejas em harmonia mantendo o humor em alta.


Paulo Cesar Fernandes


24/07/2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Corporeidade e Vida

Como pode caber o Bem, onde habitam soberanos: o orgulho e a vaidade?
Como pode o altruismo ter espaço numa sociedade que tem no egoismo, na soberania do individualismo seu ponto basilar?
Como pode florescer a Espiritualidade numa mente totalmente voltada para a corporeidade?
Como pode por os pés no chão um ser humano capaz de buscar os valores do espirito, a ponto de esquecer de bem cuidar do corpo que o acolhe, permitindo sua práxis neste mundo?


Em tudo o equilibrio é necessário.
As mais belas edificações não o seriam se o arquiteto não tivesse em si a preocupação do equilíbrio estético.


Estamos todos vivendo num mundo multifacetado, onde os conflitos de toda espécie são tidos como naturais na existência das pessoas e das nações. Onde a felicidade é objeto de desejo de todas as pessoas, mas essa felicidade sempre é vista pelas pessoas como algo fora de si mesmo, e nunca como um elemento a ser conquistado partindo de valores internos, a serem calmamente cultivados como a temporança, a simplicidade, o altruismo e tantos outros capazes de, se unidos, construir a paz interior, necessária à Felicidade, bem como a Liberdade, condição inicial de tudo.

Viver é muito mais que sobreviver!
Poucos vivem!
Poucos colocam seu  coração a cada pequeno ato seu. Ao conversar com alguém, ao lidar com os animais e com as plantas; na hora do banho, o prestar atenção ao próprio corpo.
Poucos desejam "Bom dia" na profundidade de seus coração.
Impera o reino das aparências!
Não é de estranhar que impere a dor, filha dileta da falsidade! Da incompreensão.


Tudo que é verdadeiro e sincero nos eleva e nos alivia. Não agrega peso a nossa existência; sendo ao contrário é situação de tormenta certeira.
Que nosso corpo e nosso tempo nos sirvam de valiosos instrumentos.
E nossos pensamentos estejam impregnados dos valores imorredouros do coração.


Se um outro mundo é possível na Terra. E é sem duvidas!
Uma outra forma de conduzir nossa existência também o é.


Valores reais são os perenes no tempo: amor; sinceridade; fidelidade; racionalidade, e tantos outros que nos garantem o sono mais sereno e restaurador.

Assim teremos vida, e vida em abundância.

Paulo Cesar Fernandes
23/07/2012

domingo, 22 de julho de 2012

Direito ao Delírio

O Direito ao Delírio

Eduardo Galeano

Que tal começarmos a exercer O direito de sonhar?
Que tal se delirarmos um pouquinho?


No próximo milênio, o ar estará limpo de todo veneno O televisor deixará de ser o
membro mais importante da família As pessoas trabalharão para viver, em vez de viver
para trabalhar.

Os economistas não chamarão nível de vida o nível de consumo, nem chamarão
qualidade de vida a quantidade de coisas.

Ninguém será considerado herói ou tolo só porque faz aquilo que acredita ser justo, em
vez de fazer aquilo que mais lhe convém.

A comida não será uma mercadoria, nem a comunicação um negócio, porque comida e
comunicação são direitos humanos.

A educação não será um privilégio apenas de quem possa pagá-la.
A polícia não será a maldição daqueles que não podem comprá-la.

A justiça e a liberdade, irmãs siamesas condenadas a viverem separadas, voltarão a
juntar-se, bem unidas ombro com ombro.

E os desertos do mundo e os desertos da alma serão reflorestados.
Un relato de una guerrillera argentina.
Es un nombre conocido?
Que decir  de eso?

Nosotros nada sabemos de nuestros hermanos, vecinos de nuestras fronteras.
Nuestra tarea es estudiar la historia de nuestros pueblos.
Pienso asi. Pero puedo estar equivocado...
No hay Verdad ni verdad en este mundo.
Asi, pensemos por nuestra cabeza solamente.
Lo que te digo yo importa hacia certo punto, el momento en que reflexionas partindo de mis ideas para formar las tuyas proprias ideas.
De ahi adelande seras libre, pues pensas y haces contrapunto de mis palabras.
Busco personas libres y pensantes para tener mas amplio numero de amigos.
No necesito de lideres, e...
No busco liderar a nadie, no busco ser cura o pastor.
Libertad de pensamiento para todas las personas de nuestra HispanoAmerica.

Paulo Cesar Fernandes

22/07/2012

sábado, 21 de julho de 2012

CARTA ABIERTA A VÍCTOR JARA

CARTA ABIERTA A VÍCTOR JARA

(Escrita por Ángel Parra en diciembre de 1987 en París, Francia)

"Querido Víctor:
Me despierto con ganas tremendas de escribirte para contarte lo que me sucedió anoche 24 de diciembre. Serían como las 12:10 cuando sonó el teléfono, nosotros dormíamos profundo, lo de siempre cuando te despiertas antes de haber terminado su noche, ¿quién será? ¿Porqué tan tarde? etc. La llamada era de Chile, para decirme que formaba parte de los perdonados, que era parte del paquete de regalo de pascua que la dictadura ofrecía este año.
La voz querida de mi hermana sonaba radiante, ¿te acuerdas Víctor de su voz? ¡Se te acabó el exilio hermano, se te acabó el exilio! Por un segundo compartí de corazón su alegría, la alegría de tantos otros que pelean todos los días a brazo partido por el fin del exilio y que en mi caso consiguieron mi perdón. Perdón, ¿pero de qué, Dios mío me pregunto? ¿Me están perdonando tus 40 balas por la espalda? ¿Mi padre a quien no volveré a ver?
Ellos me están perdonando nuestros 30 mil muertos y ¿el río Mapocho ensangrentado? Me perdonarán acaso los cadáveres que traía el Renaico en Mulchén? ¿Los fusilados de Calama (al quinteo, es decir 1-2-3-4-5-tú), el director de la Sinfónica Infantil de La Serena? ¿El padre Jarlan símbolo de los pobladores torturados violados relegados expulsados encarcelados desaparecidos? ¿Carmen Gloria, Rodrigo?
Parece que debo hacer una reverencia y agradecer el perdón. aquí no ha pasado nada y tan amigos como antes.
¿Qué te parece Víctor? A veces pienso que es mucha la generosidad, y que soy un mal agradecido. Me perdonan Marta Ugarte, Tucapel, el Chino Díaz, Weibell, los degollados, Pepe Carrasco, Corpu Cristi y yo no sé agradecer. ¿Me siguen perdonando los cinco jóvenes desaparecidos en septiembre del'87, mi pueblo hambriento, la cesantía, la Prostitución infantil y este nudo en la garganta permanente desde hace 14 años también me lo perdonan? Me pregunto si en este gesto están incluidos mis amigos muertos en el exilio, Lira Massi, Ramírez Necochea, Guillermo Atias, Vega Queratt.
Estás en la lista, cuál lista, la de los que pueden reír pensar, circular, amar, morir, vivir?
En fin Víctor amigo, mucho tiempo que quería escribirte pero ya me conoces soy un poco flojo. Te contaré que estoy componiendo mucho, entre merengues, tonadas, cumbias y cuecas, oratorios y pasiones, el tiempo pasa y se queda inscrito en el alma.
Quiero hablarte un poco de mi mujer a quien no conociste, pero conocerás algún día o no, mejor lo verás en ella cuando llegue el momento. Ella me ha dado algo que yo no sé como se llama, pero que se traduce en una cierta seguridad equilibrio y alegría de vivir, la misma que tú tenías junto a tu mujer. Me acuerdo perfectamente de tu claridad y seguridad en tus pasos, aventuras y destinos. Y eso se reflejaba en tu trabajo, el teatro, la peña, el partido, los sindicatos y los amigos. Siempre tenías tiempo para todo (yo me cansaba de mirarte). Me acuerdo que la Viola me decía, aprende, aprende. Espero haber aprendido algo.
Por ejemplo:
La humildad, el heroísmo no se venden ni se compran que la amistad es el amor en desarrollo que los hombres son libres solamente cuando cantan, flojean o trabajan chutean el domingo la pelota o se toman sus vinitos en las tardes le cambien los pañales a su guaguas distinguen las ortigas del cilantro cuando rezan en silencio porque creen y son fieles a su pueblo eternamente como tú y como miles de anónimos maestros somnolientos de domésticas, mineros, profesores, bailarinas, guitarreras de la Patria. También quiero decirte al despedirme que París está bello en este invierno que no acepto los perdones ofrecidos que mi patria la contengo en una lágrima que vendré a visitarte en primavera que saludes a mis padres cuando puedas que tengo la memoria de la historia y que todo crimen que se haya cometido deberá ser juzgado sin demora que la dignidad es esencial al ser humano que el año que comienza será ancho de emociones esperanzas y trabajos sobre todo para Uds. Víctor Jara que siembran trigo y paz en nuestros campos".

ÁNGEL PARRA - Canto y Literatura


ÁNGEL PARRA

Canto y Literatura

 

Publicada en Punto Final N° 557 (noviembre 21/ 2003)

Nacido en Valparaíso y fundador de la mítica "Peña de los Parra", centro de la actividad musical de la Nueva Canción Chilena en los años sesenta, Ángel Parra es uno de los cantautores más importantes de nuestro país. Junto a Patricio Manns, Víctor Jara, Rolando Alarcón, Isabel Parra, Héctor Pavez y su madre Violeta, transformaron radicalmente la música chilena, dándole un contenido donde las vivencias reales del ser humano son el protagonista principal, o en sus propias palabras "el canto puesto al servicio de un ideal, de una utopía". En su larga carrera ha incursionado en los más variados ritmos y compartido escenario con los cantores más importantes de Latinoamérica: Atahualpa Yupaqui, Pablo Milanés y Daniel Viglietti, entre otros. En sus discos alternan canciones infantiles, eróticas, militantes y de raíz folclórica, brindis y cuecas, y entre su extensa producción destacan: "Oratorio para el pueblo"; "Canciones de amor y muerte"; "Canciones funcionales"; "Corazón de bandido"; "Canciones de Patria Nueva"; "Oratorio de Navidad"; "Chacabuco-Nuestra palabra"; "Pisagua"; "La libertad"; "El insolente"; "Eróticas"; "El corazón de Los Andes". Recientemente ha editado el disco "Venceremos" en homenaje a Salvador Allende al cumplirse treinta años de su muerte. En 1973 fue detenido y trasladado al Estadio Nacional, convertido en campo de concentración por los golpistas, luego pasó por las prisiones de Chacabuco y Pisagua para posteriormente, en 1974, salir al exilio en México. Actualmente se encuentra radicado en Francia –donde desarrolla su labor artística- y visita Chile cada cierto tiempo. Aprovechando su última visita Punto Final conversó con él.

 

Su último trabajo se titula "Venceremos" ¿Cree que aún es posible que se cumpla esa afirmación? Se lo pregunto pensando en la realización de la utopía de un mundo mejor.

Sí, por supuesto, yo creo que si perdemos la utopía, esa capacidad de ver un mundo mejor, estamos jodidos. Hay que mantener, incluso en los peores momentos, una actitud positiva y optimista frente a los problemas e injusticias. Pienso en mis nietas, cuando digo "Venceremos" pienso en ellas, no estoy pensando en mí. Es decir, son los jóvenes los que tienen que tomar la bandera y seguir adelante. Ellos son el futuro.

 

A 30 años del golpe ¿Cuál sería su reflexión?

Primero que nada, estamos vivos. Segundo, a pesar de los muchos defectos que pueda tener esta democracia tal cual la estamos viviendo pienso que se han dado pasos adelante, que la sociedad civil tiene un espacio donde moverse. Creo que estamos sacando la cabeza fuera del agua, poco a poco, me parece que los jóvenes universitarios tienen un movimiento fuerte, por ejemplo, me parece que existe un trabajo de concientización, diría yo, paulatino, porque hay que luchar contra la televisión, contra los videos, los juegos mecánicos, contra todo este mundo globalizado que se viene encima. Hay que luchar incluso con los compañeros. A veces con los amigos que uno tiene no necesita enemigos. Entonces, 30 años después yo encuentro que el resultado es positivo, estar vivo ya es fantástico.

 

¿Qué te parece que la figura de Salvador Allende tenga una buena imagen en los sectores más jóvenes, que no vivieron el proceso de la Unidad Popular?

Es algo sumamente esperanzador, es algo muy bueno, y esto es en todo el mundo, no sólo en Chile. Vengo de hacer una gira por Berlín, Roma, París, Londres, España y en todas partes hay calles que llevan su nombre, en Francia hay más de quinientas calles que se llaman Salvador Allende, entonces es un movimiento bastante amplio. Y lo que sucede aquí es importantísimo para el desarrollo del proceso chileno, que estos niños de quince veinticinco o treinta años estén descubriendo la figura de este hombre que sacrificó su vida por la democracia y acusó definitivamente a los traidores. Él es un ejemplo de consecuencia, de coherencia, para la juventud. Estos 30 años además han servido para destapar un poco esa botella que estaba a punto de reventar porque aquí no se daba información sobre lo que había ocurrido y este año ha habido muchos avances en el conocimiento de la historia real.

 

¿Qué papel considera que juega la memoria en el futuro de nuestro país?

La memoria somos todos nosotros, en el momento que escribimos, cantamos o reflexionamos. Ella juega un rol sumamente importante, por algo existen los libros y hoy ese mundo de Internet donde quedan los testimonios e información. Hoy nadie puede decir: es que se me olvido o yo no sabía, o no me dijeron, porque estaría mintiendo. Hay mucha información y eso es gracias a la memoria.

 

Usted sufrió la prisión y luego el exilio ¿Cuáles serían, en su opinión, las condiciones ideales para una reconciliación entre los chilenos?

Quizá voy a responder algo tan obvio: la justicia. Sin justicia no habrá reconciliación y eso lo sabemos todos. Sí pienso que se han dado pasos importantes, sé que hay muchos compañeros que no están de acuerdo con mi posición pero yo insisto en que el hecho de que haya más de doscientos treinta militares, algunos de alta graduación, con procesos y una cantidad cumpliendo condena me parece que es un paso adelante tremendo. Desde lejos, desde París, donde yo vivo, tal vez la distancia permite ver mejor los avances sobre este tema. La actitud del general Cheyre a mí me parece una actitud correcta. No le exijo más, la historia le va a exigir más, pero a mí me parece una actitud sumamente correcta. Así como él dio ese paso habrá otros que más adelante tendrán que también darlo, creo que es cuestión de tiempo. Si tú piensas un poco en el proceso chileno y piensas en España después de la Guerra Civil hasta el día de hoy no hay justicia. Aquí se está avanzando y han pasado apenas catorce años de asumir la Concertación, entonces esos avances hay que valorarlos.

 

Respecto a la Nueva Canción, de la que fue uno de sus fundadores ¿Cuál piensa que ha sido su legado más importante?

El principal legado es escuchar esas canciones en las voces de los jóvenes después de tantos años. Es un legado espiritual, poético, social y musical que está más vivo que nunca. El legado de la Violeta, de Víctor, de Rolando, por ejemplo, está muy presente. Cuando la represión intenta acallar las voces de los interpretes populares lo único que logra es que salgan detrás de ellos cincuenta y más que quieren cantar, componer y asumir sus roles.

 

¿Existe alguna continuidad en las actuales generaciones de músicos y autores con respecto a la Nueva Canción?

Observo que hay algunos movimientos, sobre todo en estos rockeros que gritan y patalean, los hipjoperos, que hay una continuación en otro contexto. Lo que pasa es que las condiciones no son las mismas de los años setenta, pero creo que esto no se detiene nunca porque hay ejemplos positivos. Si tú escuchas una canción como "Por qué los pobres no tienen" de la Violeta o "Plegaria de un labrador", estás escuchando referentes que mantienen una clara actualidad, y que contienen vida.

 

¿Aún cree que es legítimo que la canción esté al servicio de un ideal, de una utopía?

Totalmente, eso aún lo creo legítimo. Y en mi caso personal –yo no quiero imponerle a nadie mi pensamiento- he dedicado mi vida a esto y creo que los artistas deben tener este compromiso porque se sustenta en algo tan legítimo como es la justicia, como es el amor.

 

De los cantautores fundadores de la Nueva Canción van quedando además de usted, su hermana Isabel, Patricio Manns, también están los grupos Inti-Illimani y Quilapayún ¿No han pensado en un gran acto conmemorativo?

Yo personalmente no, pues estoy porque las cosas sigan su ritmo y su curso. Yo voy si me invitan, si se da, pero estoy un poco aburrido de estos actos masivos en que la gente va como a "golpearse el pecho", a una especie de terapia y después qué, no queda nada más. Seguramente un productor se llenaría los bolsillos porque nos pide a todos que vengamos gratis como sucede habitualmente, entonces no estoy mucho por eso. Estoy ahora por cosas como las que acabamos de hacer con mi hermana Isabel, que le entregamos la casa de Carmen 340, donde funcionó la Peña, al Partido Comunista, para que realice actos culturales que sirven para juntar dinero para ayudar al tratamiento de Gladys Marín. En eso estamos, nos parece algo concreto, nos parece que el nombre de ella, de Violeta, de Víctor y el nuestro siempre estuvieron juntos, entonces ahora es el momento de demostrarlo.

 

¿Y la Fundación Violeta Parra, cómo va? ¿Muchos se preguntan como se da lo de Cardoen?

Bueno, él está interesado en la cultura hace mucho rato, tiene cuatro museos funcionando, se interesa por la platería araucana, por los ponchos doñiguanos, etc. Y nos propusimos con él llevar adelante este Museo Violeta Parra. Primero iba a ser en Carmen 340, pero como no se logró conseguir un lugar para estacionamiento (parece que en este país más importante que las obras son los estacionamientos) nos asociamos con la Municipalidad de Santiago y conseguimos El Castillito que está frente al Museo Bellas Artes, además mi madre se ponía con sus pinturas al frente, en las riberas del Mapocho, cuando había la Feria de Artes Plásticas. Ése es un lugar popular los fines semana y mi madre lo único que quería era que el pueblo chileno viera su obra. Isabel ha guardado ese material por años y ahora en asociación con estos personajes que nos están dando una mano y un espacio se va a mostrar la obra de la Violeta. Lamento que no haya sido el gobierno de la Concertación el que valorara esto, pero no importa, eso no nos cambia en absoluto.

 

¿Porque tampoco hay ningún tipo de imposiciones ideológicas, por decirlo de alguna manera?

No, ni la más mínima. Sólo se trata de exponer la obra de la Violeta de una manera digna. No existe ningún tipo de acuerdo de otra especie, y eso es importante que la gente lo sepa muy bien.

 

Usted también ha incursionado en la literatura ¿Cómo le ha ido con su libro de cuentos?

Cómo me ha ido no lo sé, nunca me he preocupado mucho de las ventas. Una vez pregunté y me respondieron normal, será dije yo. En todo caso es una ventana grande la que se me abrió con esto de poder escribir y contar un poco de manera de ficción, porque como tú bien sabes que los escritores, o los aprendices de escritores como es mí caso, nos basamos en la realidad para poder mentir mejor. El primer libro "Dos palomitas y una novelita corta" está hace ya ocho meses en circulación y ahora he traído "La historia breve de un niño raro" que es una novela. Se desarrolla en la zona central, en el mundo campesino.

 

Tras el exilio ¿Cómo ha sido su reinserción laboral en Chile? ¿Considera que con la llegada de la Concertación se abrieron más espacios para el artista nacional? ¿Cómo ves la institucionalidad cultural?

Bueno, las cosas siempre se demoran. Yo siempre he tenido un espacio en el corazón de los chilenos y cada vez que vengo hago por lo menos un concierto. Particularmente con mis amigos de La Pintana donde, con ellos, trabajo desde 1996 en la época en que Jaime Estévez era diputado. Empecé a trabajar con el Grupo Ventisca. Jaime Pavez nos ha dado un espacio y cada vez tenemos más contactos. Incluso el grupo ahora vino a París y cantamos en la fiesta del Partido Comunista L’ Humanite y tenemos proyectos muy buenos para febrero, pero no es la institucionalidad cultural ni la Concertación que nos ofrece cosas. No, nosotros buscamos pega por aquí y por allá, en el sur, el norte, etc.

 

Usted aún vive fuera del país ¿Piensa regresar definitivamente algún día? ¿Cuáles son las principales dificultades que ve para un regreso definitivo?

Cuando me muera, pero estoy haciendo todos los trámites para tener Fonasa, también soy exonerado y tendré derecho a una pensión miserable de noventa lucas, espero, aunque todavía no está claro tampoco. Pero sobre todo lo que yo no quiero romper es algo que me ha costado enormemente construir con mi mujer en Francia. Tengo un mundo familiar, social, político, profesional. Cómo voy a desperdiciar todos estos años viniéndome a instalarme en Chile. Este país lo conozco al revés y al derecho y soy feliz cuando vengo a cantar, pero yo vivo en París y estoy feliz de que así sea.

 

Finalmente ¿Qué impresión le deja la actual situación política de Chile? ¿Qué opina de la transición?

Yo pienso, contrariamente a lo que dicen algunos sociólogos, que la transición no está terminada y es normal que así sea porque trece años es muy poco tiempo. Creo que falta todavía una generación. Hay muchas heridas aún. Eso sí que hay cosas que son sintomáticas de cómo va evolucionando esto. Me enteré por el periódico que un hijo de un desaparecido ingreso a la UDI, y por qué no, si son partidos que les ofrecen un espacio. Chile democrático era con el partido conservador, liberal, comunista, socialista, nacional, etc. Mientras más se exprese la gente, entre más utilice la democracia para expresarse mejor va ser. Aquí lo que no hay que tener son cuotas de poder terroristas, como lo tiene por ejemplo El Mercurio o Copesa, creo que hay que ir peleando porque la torta se vaya repartiendo. Creo que vamos por un buen camino y sería mejor si nuestro presidente al final de su mandato pudiera haber cumplido lo que prometió cuando dijo que ni la salud ni la cultura podían estar en el mercado.

 

ALEJANDRO LAVQUEN




 

Para pensar hay que tener libertad

"Como pensar a un intelectual que esta pegado a un partido? Para pensar hay que tener libertad"
         Jose Pablo Feinmann

         Filosofo Argentino - Maestro ilustre, conocedor y critico de distinctas vertientes de pensamiento.
         Produce Guion de cine. Hace roteros.
         Escritor de novelas historicas de su pais.
         Apresentador de TV.
         Marxista a combatir el marxismo PosModerno de Lyotard, Zizek, Alex Callinicos; etc
         Combate el foquismo de Ernesto Che Guevara como algo fora de senso pues suicida.
         Conoce la historia no solamente de Argentina, pero de LatinoAmerica.
         Lituratura y musica impecó en 2011 a dar clases por la radio.
         Si no puedo concordar en todo con el, y asi es, jamas poderia dejar de reconocer su gran valor, no solamente para Argentina, pero a todos este immenso continente HispanoAmericano, que dia apos dia mas me sorpreende, y mas amo.
Feinmann tiene a ver con la mirada que traigo hoydia acerca de HispanoAmerica.
         Incluso por su mano llegé a Hegel. Perdi el temor.
         El conocimiento es punto focal del amor, en todos los aspectos de la vida humana. Conocer Hispano-America es amar sus pueblos todos, con gran pureza en nuestros sentimientos.

Veer su video es mas interesante que mis palabras por mas las diga:

http://www.youtube.com/watch?v=ULzY--1_mIc

Que conociendo este hombre, sus ideales, pases a tener por nuestros pueblos el amor y respecto necesario para una nueva era en HispanoAmerica.

LIBERTAD para todos los pueblos del mundo!!!

Paulo Cesar - HispanoAmericano.

22/07/2012  at 01:30

Sá, Rodrix Guarabyra »» Sobradinho (Ao vivo

Essa música.
Exatamente essa música, me obrigou a um dia descer o Rio São Francisco, numa das mais belas experiências que tive nesta vida de tantos encantos e desencantos.

Linda música!
Lindo Rio São Francisco!
Lindo Brasil de mil paragens!
Cada parada do barco um cheiro novo, e todos eles, cheiros de Brasil, brasileirissimos os cheiros todos.
No mercado ou frutaria urgente, pois meu sobrinho mais que eu sofria com a comida do barco. Carne Seca com arroz.
Tomando uma antes até que a comida era boa. A "seco" ...

Barco nada. Seis módulos, cinco de carga e um gaiola no meio. Ao contrário de ser ruim isso, dava mais espaço para as pessoas transitarem, tomarem sol, namorarem nas noites. Tudo muito simples e muito requintado ao mesmo tempo. O requinte ficava por conta do coração das pessoas. Gente boa! Gente livre!

As frutas, sempre divinas davam à viagem um tom mais caseiro.
Inda guardo na retina um nascente, um poente, e o corpo solto de tanta gente bonita unida
Aos 17 anos meu sobrinho descobre o Brasil.

Topou vir na viagem e espero que não tenha se arrependido.
Ver o Brasil real torna as pessoas de esquerda.
Meu sobrinho,tal como eu, jamais será de direita.


Só um canalha ve tanta dor sem se sensibilizar.
Tá cheio deles em Brasilia, aliás os responsáveis por toda desigualdade e pobreza.
Mas o povo é um caso especial. É um povo bom!

E o Rio São Francisco...


Um rio que é um mar. Imensidão de beleza.
Perdems uns "quilinhos" na viagem mas muito ganhamos em vida. Visão de vida e de
Brasil. Ficamos magros para caramba! Assustadoramente magros, a tal ponto da familia comprar vitamina pra recompor o estrago. Foi hilário!


É contigo agora. Assista e cante junto!

http://www.youtube.com/watch?v=8ERBwtuaYmY

Sá, Rodrix & Guarabyra
Sobradinho (ao vivo)


O homem chega já disfaz a natureza
tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
o São Francisco la pra cima da Bahia
diz que dia menos dia vai sumir bem devagar
e passo a passo vai comprindo a professia
do beato que dizia que o sertão ia alagar


o sertão vai virar mar, dá no coração
o medo que algum o mar também vire sertão

...vai virar mar, dá no coração
o medo que algum o mar também vire sertão


adeus remanso, casa nova, Sento-Sé
adeus pilão Arcado vem o rio te engolir
debaixo d'água la se vai a vida enteira
por cima da cachoeira o gaiola vai subir
vai ter barragem no salto do Sobradinho
o povo vai-se embora com medo de se afogar


o sertão vai virar mar, dá no coração
o medo que algum o mar também vire sertão

...vai virar mar, dá no coração
o medo que algum o mar também vire sertão

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Disparando junto - Homenagem

Disparando junto

Homenagem a Geraldo Vandré e
                        João Guimarães Rosa.

O Brasil e seus peoes de trecho.
Essa gente que anda de fazenda em fazenda por temporadas.
Trabalho pouco quando aparece.
E de pago minguado que só leite de mulher magra.
Vaqueiros cujo único bem na vida é seu cavalo e seu suor correndo em trabalho duro.
Por vezes explorado, mas no clamor de seu silêncio faz tremer o dono de gado e de gentes.
Por natureza desconfiado e matreiro.
Olha firme no olho e bem sabe ler a alma.
É um equilibrista da vida, sabe tudo da vida tanto quanto da morte!
Não gosta de matar. Só de muita, mas muita precisão mesmo.
Não fala desses assuntos.
"Passado é sempre morto!
Não olho prá traz não, é prá frente que se anda!"
Nessas dizenças de fala breve, descreve a sua vida.






Geraldo Vandré - Disparada

Prepare o seu coração
Prás coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar..


Como disse Marx, “as condições materiais da existência determinam o pensar do homem...” e assim sendo, determinam seu modo de agir no mundo. “O sertanejo é acima de tudo um forte” disse alguém com muito acerto. Esse homem forte, diz das coisas de sua vida e de todas as coisas com a maior veracidade, sem temer conseqüências, e afrontando a tudo e a todos. Jamais verga sua coluna se fazendo servo de ninguém. Altaneiro segue seu rumo se o assunto não lhe diz respeito ou não lhe desperta o interesse. Segue seu roteiro tal qual vinha...

Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo
A morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar
Eu vivo prá consertar...


Em seu rumo muitas são as paragens, as paradas e as tentações da estrada. Batido pela vida mas nunca abatido se vê sempre atento, jamais se deixando levar pela tentação do lucro fácil em vendendo seu pensar. Arredio e certo de si diz NÃO com cada uma das letras e com um incontido prazer. Sarcasticamente zomba de seu pretenso opressor colocando-o em seu devido lugar fá-lo sentir o verme que é. Mas não se para, pois ama oo tempo e o vento da estrada.

Na boiada já fui boi
Mas um dia me montei
Não por um motivo meu
Ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse
Porém por necessidade
Do dono de uma boiada
Cujo vaqueiro morreu...


Na marcha firme das patas de seu cavalo vai remontando sua história. Os eventos vitoriosos. As doridas derrotas. O aprendizado os revezes enfrentados com galhardia e retidão de caráter. Orgulha-se de si, mirando o horizonte de terras sem fim. Nada o faz temer, muito menos a morte, pois muito já viu da morte, mas nenhum morto por obra de suas mãos. Sorri e agradece às nuvens do céu, como se houvesse um Deus além delas. Apeia do cavalo, o conduz a um córrego e o deixa pastar um tempo...

Boiadeiro muito tempo
Laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
E boiadeiro era um rei...


Mira o cavalo pastando e pensa nas necessidades poucas que a vida pede. Ao cavalo água, pasto ou ração. A ele ao inverso tem dado o trabalho sempre e a garantia de um bom local para o sono reparador. Sempre tem bom o sono, pois o cansaço da lida com gado, ou da distância de estrada percorrida lhe moem o corpo, dando pouco espaço a pensamentos no tempo em que se acosta.

Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E nos sonhos
Que fui sonhando
As visões se clareando
As visões se clareando
Até que um dia acordei...


E toda manhã é nova.
E todo dia é sagrado.
Abençoado pelo trabalho tudo se torna mais fácil e mais cheio de significados.
Dos quarenta anos de vida vinte se foram dando nessa vida estradeira e nas paradas pelas chamadas dos senhores de gado. Seu nome é conhecido por todos os estados desse nordeste brasileiro. Poucas vezes pisa o asfalto seu cavalo, pois conhece mil caminhos prá proteger o pobre bicho das rudezas do asfalto.
_ Civilização qual nada! Baio Branco é quem sabe dos caminhos!
E se ri de contente com a vida que tem.


Então não pude seguir
Valente em lugar tenente
E dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente...


Mas nem sempre foi assim. Teve tempo de família, de filho e de mulher, a estar junto ao tempo e à hora. Dar conta da casa e das coisas de “seu povo”. “Botar filho no mundo todo imbecil bem o sabe. Fazê-lo criado e listo já é coisa só pra poucos.”
Orgulhoso dizia ao pé do filho em sua cidade.
E se deu bem nessa tarefa. Filho criado e bem postado e a mulher a vida quis prá si, morreu serena numa manhã chuvosa de domingo.


Se você não concordar
Não posso me desculpar
Não canto prá enganar
Vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado
Vou cantar noutro lugar


Nos olhos secos do filho, viu um homem bem formado apesar dos poucos 18 anos.
_ Se teu pai volta, ao mundão do deus dará, sem eia nem peia, por estradas e caminhos que inda hei de desbravar. Como fica esse meu filho?
_ No trabalho e no estudo, meu pai, no trabalho e no estudo!
Foi o primeiro abraço de Geraldo nesse filho tão amado.
_ Assim sendo sigo bem. E trabalho não nos há de faltar.
_ Pois assim seja meu pai. Para mim e pro senhor!


Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse
Por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu
Querer ir mais longe
Do que eu...


Desperta das lembranças com a respiração de Baio Branco junto de sua cabeça. Faz um afago no animal e trata de encher o cantil para que não lhe falte água boa.
Era meio de tarde e devia encontrar recanto para o descanso da noite. Para o Baio e para si.
Mas há que cuidar nos caminhos que montaria é valor certeiro. Sempre bom é estar atento ao lugar; às gentes e às falas.


Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte
Num reino que não tem rei


Em linha reta faz bom trote até que uma colina se apresenta e batendo ao pescoço de Baio afirma:
_ Devagar agora companheiro afinal já andamos bem!
Do topo da colina avista um vilarejo, e dentro dele já num grande campo gramado, uma casa ostenta uma placa: “Hotel do Joca”
Amarra o Baio e entra. E de um grito se assusta, pois do fundo do lugar, gargalhando como nunca, aparece o Velho Joca, antigo amigo de lida, de estrada e de canções, sumido fazia anos de todas as paragens.
Quando as mãos se encontram, o estalido cobre o recinto. E antes que Geraldo se refaça:
_ Sou dono disto, e esta casa é tua.
_ Pois vamos acomodar o Baio que hoje não se dorme aqui. Esta noite quem manda é o som da viola! – quase gritando Geraldo afirma exultante de alegria.

_ E depois? – pergunta o leitor
_ Depois não! Agora! – respondo eu.
_ Agora mesmo nós vamos homenagear Geraldo Vandré e João Guimarães Rosa por suas obras tão fortes, e tão cheias de brasilidade.

Um quase nada em vossa homenagem.
Cada qual em seu mistar.
Paulo Cesar – HispanoAmericano
21 de julho de 2012

Tarefa para grandes almas.

É noite. 20 de julho. A cidade quieta como quê.
E eu pensando em nossos povos. No Blog de um jornalista recebido via e-mail de um irmão matogrossense, o Guapo. Digo irmão pelo comum amor aos povos e sua cultura. Cultura dos povos e cultura  musical do Guapo. Sabe tudo e não empina o nariz. Na simplicidade admirável, vai fazendo e dizendo das suas coisas. Das coisas pantaneiras que tanto ama.

Em resposta disse a ele:

Abri a página.
Pelo jeito vou precisar de babador e lençol... rsrsrs
Gosto muito dessa cidade. Desse povo simples de São Gonçalo e seus/suas ceramistas...
Um povo que não segura sua cultura vira satélite de outro país.Obrigadão
PC
Vejam o link:
Tyrannusmelancholicus.blogspot.com
Fátima Sonoda & Lorenzo Falcão

Mas um povo que não cultiva sua cultura, acaba a perdendo e se tornando colonia no mais triste dos colonialismos, colonialismo cultural. Presente em todo canalha vende pátria de nossos paises. Em geral da burguesia, ou um sem um tostão no bolso e arrota caviar. Pelo menos assim o diz. Gente asquerosa presente da Patagônia até Santo Domingo, Haiti e o escambau.

Caminho com o pensamento em minhas vivencias matogrossenses, e vejo entre as lembranças o Senhor Diretas, e Prefeito de Cuiabá quando lá morei. Dante de Oliveira, em sua simplicidade em jeans, camiseta e tenis. Os grandes homens não hostentam grandeza, sua grandeza emana do seu viver simples. De todo o seu ser, na concepção hegeliana de ser como espirito.

Veja Pepe Mujica do Uruguay. Quer exemplo mais forte. E tenho certeza que além da simplicidade, amor a seu povo, não faz acordos deploráveis e asquerosos, como cansamos de ver, sem o menor pudor e vergonha na cara.


Mas voltemos ao povo ribeirinho deste Brasil. Rio Cuiabá, meu Coxipó da Ponte, Rio São Francisco, o Velho Chico de tantas historias e estórias que habitam suas margens no imaginário dessa gente fertil e criativa.

Na Bolivia recolhi casos de sindicalistas, tanto bolivianos como do Peru.

Esse amálgama de encontros nos vai forjando um outro homem, e nos empurrando para aquilo definido por Amilcar Cabral como "Suicidio de Classe". Morremos como burgueses ou pequeno-burgueses. Morremos para toda a burguesia, e nos transpomos para os valores, forma de ver e de viver do nosso povo. (Amílcar Lopes Cabral (Bafatá, Guiné-Bissau, 12 de Setembro de 1924 — Conacri, 20 de janeiro de 1973) foi um político da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.). Renascemos assim numa nova condição, nova postura, nova vida. Perdemos gente que não entende. Até no seio da familia. Mas todo idealista acaba perdendo. É o processo natural da incompreensão humana que quer todo mundo pensando igual a eles em seu autoritarismo. Algumas perdas doem, outras são um alivio, e assim vai  a coisa.
Não é fácil não, até porque são valores arraigados em nossa alma, en nossa emoção, vindos do pai e da mãe, recordações de infância, através do que há de mais forte, seu amor paterno/materno.


Mas precisamos respirar. E respirar em LIBERDADE. Para, só assim, fazer nosso #Suicidio de Classe#, algo incompleto e falso, apenas colocando um bonezinho dos trabalhadores do porto no meu caso, mas muito mais forte que isso é o coompromisso interno do militante para consigo mesmo. Um pode enganar ao mundo mas jamais enganará o espelho.

Militância séria é uma decisão solitária e individual. É um perder-se do mundo para viver essa experiência. Uma experiência de valores, onde cargos e projeção estão fora de questão.
Uma espécie de sacerdócio, pautado na Razão, na vontade de mudar veramente a vida, e na escolha do povo mais simples, para aí semear a libertação e o humanismo, o amor e a solidariedade entre os povos que nos são próximos.

Mesmo que as instituições de um pais percam seu rumo no tocante à dignidade isso não nos afeta. Nosso foco não são os governos, nem para combater, e menos ainda para aderir.

Corremos por fora, distantes dos páreos oficiais.
Sentaremos no chão, sob uma mangueira qual Professor Paulo Freire, e compartiremos a vida com os povos de todos os nossos paises, chamemos de irmãos, companheiros, camaradas, senhor, senhora, amiga; isto não importa. Cada um deles lerá em nossos olhos a sinceridade de nossos propósitos e acreditará em nós.

Da mesma forma que creio em Che Guevara e não em Fidel no tocante à sinceridade; da mesma forma que admiro Giordano Bruno e não a Galileu Galilei.

Giordano Bruno jamais negou suas convicções, e por elas morreu.
Somos todos Giordanos Brunos necessários em nosso tempo, já que as religiões todas estão indo pro saco. Em que pese a ilusão do contrário. Número não é qualidade e mesmo os numeros são pura ilusão. Se um censo for mais rigido na análise das atitudes teremos mais agnóstico e ateus que qualquer outra coisa. Felizmente!


Bem. Um novo mundo é possivel.

E virá apenas de gente digna, os demais já c...ram demais neste mundo, podem morrer, desaparecer, são lixo não reciclável, nada podemos fazer com eles.

A construção do futuro vira de gente compromissada com os povos HispanoAmericanos e não com os poderosos de cada localidade.
Gente que caminha sobre a macia grama do dever retamente cumprido.
Pois estes terão vida. E VIDA em abundância ! ! ! !

Tal qual nos ensinou um homem como nós, idealista, digno, dizia sim sim não não, e expulsou sem medo os mercadores do templo.
Andam mercadejando milhões de vidas humanas, dezenas de Holocaustos ocorrem sob nossas barbas.
A imprensa não pauta isto. Prostituta e lacaia tal qual é.
Filósofos e sociólogos do porte de Zygmunt Bauman e Slavoj  Zizek são as vozes (pouco ouvidas pela ignorância geral) a se contrapor a toda barbárie nascida da Globalização.

Chegou nossa hora de testemunho contra os mercadores de nossas vidas neste Planeta Terra.
Com paz no coração, e firmeza inabalável em cada um de nossos atos mudaremos o mundo.
Antes tarde do que nunca. Confie no seu taco!
Vamos nessa? Tens a coragem? Os pré-requisitos?
Bola pra frente e nada de retranca!

Paulo Cesar Fernandes
20/07/2012

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Um outro projeto

Nada representa mais meu pensar, meu sentir atual, que a imagem acima.
Uma Revolução Socialista, que una por baixo, todos os povos hispanoamericanos e os brasileiros, num único projeto de ruptura com as estruturas arcaicas de um capitalismo enlouquecedor.
Mas vou pelo chão, pelas populações ribeirinhas do Rio Lempa, Rio São Francisco; pelos povos das florestas de todos os paises; pelas periferias; pelo campesinato todo; por todos os povos originários do hispanico continente, todos estão incluidos, todos estão chamados.
É uma tarefa para gente grande. Não dinheiro. Não poder politico. Não Ego expandido.
NÃO!!!
Nada disso! Eu falo de gente grande de coração. Capaz de ensinar a ler sentado no chão, e ao mesmo tempo ensinar a pensar livremente. Isso é ser grande. Não buscar amarrar ninguém, mas ninguém mesmo, ao meu modo de pensar, ao teu modo de pensar, a um único modo de pensar. Nada disso. Somar todas as formas de pensar, respeitando cada uma delas. E, muito importante, ajudar cada pessoa a compreender como somos todos iguais nesta terra de injustiças constituida.
São 33 anos de Revolução Popular Sandinista!!!! Amanhã, 19 de julho!!!!
Talvez seja isto que me move no dia de hoje.
Mas a idéia não é de hoje. É luta para mais de uma vida.
Outros precisarão/deverão pegar o bastão e seguir na maratona de amor e justiça.
Eu morro daqui a alguns anos, mas quero que alguma coisa das minhas idéias permaneça fecundando este chão que amo; habitando mentes e corações das populações de todos os quadrantes de nossa HispanoAmerica.
Nada quero para mim. Nada mesmo.
Minha alegria e vitória será acompanhar o desenvolvimento da idéia, já sem pai nessa altura, mas se espalhando, e o idealismo continental sendo maior, bem maior que as picuinhas das divergências politico-ideológicas, coisas pequenas comparadas a uma tarefa maior.


Acima de todos nós estão nossos povos explorados! Eles vão se libertar!
Acima de todos nós está o antigo sonho de uma HispanoAmérica Unida! Ela se unirá!
Acima de todos nós está a necessidade de solidariedade! Ela nascerá!


Que acima de tudo possa emergir uma nova humanidade a partir de nosso continente.
Quem muito sofreu, muito aprendeu!
Nosso sofrido continente acumulou sabedoria, e com ela será capaz e competente, para guiar todos os povos da Terra numa nova jornada, nada messiânica, bem ao contrário.
A Razão e a Sabedoria estarão de mãos dadas conduzindo nossos povos!


Paulo Cesar fernandes


18/07/2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

Amor, leveza e novos rebentos

Tudo é vão?
Tudo é inútil?
Tudo é vil?
Tudo é vulgar?
Tudo... Bahaa!!!...a vida não vale nada?

Salvo se o amor
Um amor forte e sincero bafejar a vida
E a admiração for o elo entre o casal
Esse produto lubrificante
Capaz de levantar o guerreiro
Deixar pronto para a batalha
Ereto, firme, resoluto...
E ele vai...

Penetra terreno já conhecido
Como se fosse a primeira vez
Luta com prazer, provoca prazer
A Luta Corporal é intensa
Berros e gemigos trincam o ar
E o guerreiro deixa sua marca
Ali permanece bom tempo mais
Desfruta o prazer, a vitória,
Mãos acariciam o corpo da companheira
E o guerreiro...
Deixa o terreno suave e docemente
Quando olhos se encontram
E no silencio mais dizente da vida
Lágrimas podem verter
E o tempo para
O espaço é perfume de corpos
De gozo...
E como é bela essa palavra...
Gozo, gozar, ejacular
Encher de líquido a vagina amada enfim.

Trêmulos corpos se abraçam
Sabendo que não bastou
O pacto do silêncio amoroso
Um café, feito a dois corações.
E corpos nus pela casa adiante
Sem pudor qualquer
Pela perna desce o gozo claro e lindo

Um banho de carícias aguarda o café
Energias se recompoe
A conversa excita
Pois tesão e admiração são aliados da vida
Corpos enredados
Palavras poucas
Carícias muitas
Novo momento
Novos jogos sexuais
Nova batalha
Não tão voraz
Mas significativa
Admiração, sinceridade e amor
Nos trazem a inenarrável força
Da perpetuação da humanidade
Transfeita e reafirmada
Na chegada de um rebento.
Ou. Nada de reprodução
O direito ao gozo imenso
Parte integrante do amor.

Paulo Cesar Fernandes
18/07/2012

Nota: Nossa vida a ser dedicada a preparar o mundo para a chegada dos milhares de rebentos
merecedores de nosso carinho, pela alegria de sua chegada, e por tudo que farão no roteiro certo da
solidariedade e amor.
Frutos do amor disseminam amor onde quer que se encontrem.
Um mundo de amor é possivel e premente, amar é viver em felicidade,
Nas remotas eras e nas eras vindouras.
"The world will welcome lovers, as time goes by".
(Do filme "Casablanca")
Mas diferentemente da década de 50, gozamos no mais alto padrão do termo.
E lutamos muito para ser livres e gozar ... gozar ... gozar ...
Nosso tributo à geração de 1968: "sexo, amor e Rock and Roll" pioneiros da vida.

Paulo Cesar - Hispanoamericano (En la busqueda de un nuevo sincero amor.
18/07/2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Valores éticos tem raiz na familia

"Cem mil reais resolvem a minha vida, mas vinte mil reais podem ajudar o Wellington se eu cair. Então eu vou ficar."Declaração de Durval o rapaz que ganhou os Cem mil reais no programa "Quem fica em pé" comandado por José Luis Datena.
Datena enfatizou a atitude do rapaz, essa coisa chamada altruísmo. Mercadoria raramente encontrada no supermercado da vida. Parabéns a Durval e seu chapéu, alguém e
ntalhado com cuidado dentro de uma familia de grandes artistas da alma, se assim não fosse não teria tal atitude.
E parabéns a toda produção do programa Quem fica em pé.
É uma grande alegria ver alguém ir vencendo etapa por etapa e chegar ao prêmio.
Mas tem cheiro de esperança quando encontramos pessoas que cultivam valores, muito além dos valores materiais.
Os valores nobres de um homem fazem a vida deste homem, e de todos os demais valer a pena de ser vivida ! ! ! !

Essas coisas, e não o PIB fazem a grandeza de um pais, qualquer pais. E o Brasil será grande apesar das aves de rapina de Brasilia.
Um dia a grandeza deste povo marcará a humanidade.
Apenas questão de tempo e seriedade no Ministério da Educação.
Anisio Teixeira; Darcy Ribeiro; Paulo Freire; ou voces voltam e tomam o comando ou toma o corpo do tonto que tá lá e faz a coisa do jeito que tem que ser.
E mais, todo o Brasil sente saudades de voces.
Tô certo ô num tô Mario Sergio Cortella ? ? ?

PC - Santos - SP - Brasil

Entranhas brasileiras

Bom gosto tem nomes.
BOCA LIVRE é um desses nomes.
E "Quem tem a viola" foi a musica mais cantada enquanto descia o rio são francisco com a lua deitando luz sobre as cabeças das pessoas no meio desse brazilzão de dar cabo em pneu de carro, de caminhão e de encher o coração da gente de lembranças e saudades, e vontade de mais um pouco de brasil, pois tudo isso é muito bom, tudo isso tem um jeito qualquer de fazer a gente sorrir, de fazer a gente cantar, como se fosse um passarinho que mesmo nos tempos da maior gaiola que o pais já teve: a Ditadura Militar a gente cantava, de raiva ou de sonho, mas cantava, não deixava a peteca cair não, reunia em grupo no chão da rua, no meio da rua, e cantava, e cantava milton, e cantava chico, e cantava taiguara, e cantava feito um sabiá alegre a comer mamão nas manhãs de cuiabá, e o sabiá não sabia da lágrima que rolava na beleza quente da manhã cuiabana....muitas vezes não sabemos nada e achamos que sabemos tudo e quanto mais sabemos mais descobrimos a nossa desconhecensa, e vamos seguindo assim, pela vida matreira que só... e deixando o barco percorrendo as águas do rio sem medo, e sem desgosto, pois dá gosto de viver no brasil, esse brasil litorâneo, esse brasil central, esse franciscano brasil de sento sé, pilão arcado, e do forró que ia até meia noite, e o navio saiu mais tarde duas horas pro povo poder ir no forro... tem coisa que só no brasil pode, e pode pois assim que deve ser, mesmo sem muita regra, sem muita confusão, e tudo se resolve e tem jeito .... esse jeito .... esse jeitinho brasileiro de viver. PC

sexta-feira, 13 de julho de 2012

MAIS POBRE (E HONESTO) DO MUNDO

PEPE MUJICA - O PRESIDENTE MAIS POBRE (E HONESTO) DO MUNDO

Como prometido antes da eleição, o presidente do Uruguai José Pepe Mujica ainda mora em sua pequena fazenda em Rincón del Cerro, nos arredores de Montevidéu. A moradia não poderia deixar de ser modesta, já que o dirigente acaba de ser apontado como o presidente mais pobre do mundo.
Pepe recebe 12.500 dólares mensais por seu trabalho à frente do país, mas doa 90% de seu salário, ou seja, vive com 1.250 dólares ou 2.538 reais ou ainda 25.824 pesos uruguaios. O restante do dinheiro é distribuído entre pequenas empresas e ONGs que trabalham com habitação.
"Este dinheiro me basta, e tem que bastar porque há outros uruguaios que vivem com menos", diz o presidente.

Aos 77 anos, Mujica vive de forma simples, usando as mesmas roupas e desfrutando a companhia dos mesmos amigos de antes de chegar ao poder.

Além de sua casa, seu único patrimônio é um velho Volkswagen, cor celeste, avaliado em pouco mais de mil dólares. Como transporte oficial, usa apenas um Chevrolet Corsa. Sua esposa, a senadora Lucía Topolansky também doa a maior parte de seus rendimentos.
Sem contas bancárias ou dívidas, Mujica disse ao jornal El Mundo, da Espanha, que espera concluir seu mandato para descansar sossegado em Rincón del Cerro.
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Mujica oferece residência oficial para abrigar moradores de rua.
O presidente do Uruguai, José Mujica, ofereceu nesta quinta-feira (31 de maio) sua residência oficial para abrigar moradores de rua durante o próximo inverno caso faltem vagas em abrigos oficiais do governo.

Ele pediu que fosse feito um relatório listando os edifícios públicos disponíveis para serem utilizados pelos desabrigados e, após os resultados, avaliará se há a necessidade da concessão da sede da Presidência. De acordo com a revista semanal Búsqueda, Mujica disponibilizou ainda o Palácio de Suarez y Reyes, prédio inabitado onde ocorrem apenas reuniões de governo.

No último dia 24 de maio, uma moradora de rua e seu filho foram instalados na residência presidencial por sugestão de Mujica ao Ministério de Desenvolvimento Social. Logo após o convite, contudo, encontraram outro local para se alojar.

O presidente não mora em sua residência oficial, pois escolheu viver em seu sítio, localizado em uma área de classe média nas redondezas de Montevidéu. Nem mesmo seu antecessor, o ex-presidente Tabaré Vázquez (2005-2010), ocupou o palácio durante seu mandato. Ambos representam os dois primeiros governos marcadamente progressistas da história do Uruguai.

No inverno do ano passado, pelo menos cinco moradores de rua morreram por hipotermia. O fato causou uma crise no governo e acarretou na destituição da ministra de Desenvolvimento Social, Ana Vignoli.

Moradias populares

Em julho de 2011, Mujica assinou a venda da residência presidencial de veraneio, localizada em Punta del Este, principal balneário turístico do país, para o banco estatal República. A operação rendeu ao governo 2,7 milhões de dólares e abrirá espaço para escritórios e um espaço cultural.
A venda dessa residência estava nos planos de Mujica desde que assumiu a Presidência em março de 2010. Com os fundos amealhados, será incrementado o orçamento do Plano Juntos de Moradias. Também é planejado o financiamento de uma escola agrária na região, onde jovens de baixa renda poderão ter acesso a cursos técnicos.
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Não deveria ser noticia. Todos os governantes deveriam ter uma vida simples. A simplicidade é mesmo uma conquista da alma. E traz felicidade como dizia Seu Edmundo um amigo que por anos não vejo.
_ Precisa pouco prá ser feliz. Esta casinha de praia me basta.
Na verdade o pouco basta, quando bem administrado, e o muito, mais das vezes destroe a pessoa psiquica e fisicamente. Viver franciscanamente muda tudo.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Pós PósModernidade

Um texto de Slavoj Zizek que li recentemente denuncia que as multinacionais estão comprando imensos territórios nos paises mais miseráveis do mundo, para num futuro, aí colocarem suas "plantations". Zizek é um comunista declarado, mas numa linha de pensamento de hoje. Quero dizer com isso que pensa o que alguns autores estão chamando de Pós PósModernidade.

Os problemas que se apresentaram ao mundo nos últimos 10 anos (ou menos ainda), requisitam dos pensadores sociologicos e filosóficos de nossos dias uma nova maneira de pensar, que suplante inclusive o que foi exposto por Toni & Hardt em seu livro "Império". Um livro que já ficou obsoleto dada a dinâmica das estruturas economico-sociais, cambiantes a cada 5 anos ou menos.

Nada mais dinâmico e autoreprodutor que o capitalismo. Renasce das cinzas após cada dificuldade como a Fênix. Mas só renasce, pois os governos burgueses do mundo sempre saem em defesa do capitalismo, mesmo sabendo que milhares e milhares de seres humanos deixarão de viver em função dessas suas atitudes.

Para os "donos do mundo" essa gente é apenas um inevitável detalhe da estrutura mundial. Segundo sua lógica: "as coisas são assim mesmo".

Discordo e luto!

Paulo Cesar Fernandes
09/07/2012
Em nove de julho o pensamento libertador, democrático e constitucionalista do Estado de São Paulo (não o jornal) foi massacrado vergonhosamente pela ditadura de Getúlio Vargas.