sábado, 30 de janeiro de 2016

20160131 Deserto

Deserto.
*
Nisso vivemos.
Imenso arenal....

Mil vozes e nehuma frase com sentido.
Conteúdo?
Em lugar algum.
Confiança?
Em quem?
Vejo belos corpos.
Telas, revistas, jornais.
Todos imersos na areia.
Do vazio existencial.
*
Volto ao passado.
Quando o pensamento brotava.
As palavras eram claras.
Os projetos se faziam ver.
E não é saudosismo.
Não é !
Eu quero apenas um tempo.
Para atravessar esse maldito deserto.
E sair do lado de lá.
Com a mesma força.
Com a mesma garra.
E ao abrir a mão.
Permitir um sonho:
Brasil da Eticidade.
*
Paulo Cesar Fernandes.
*
19/01/2016.

20160131 Sonho de Paz

Sonho de Paz.

A Paz sonhada para o Planeta Terra, não virá da varinha de condão de uma fada, da ação de um duende.

Será uma construção de corações. Uma construção demorada, como todas as outras duradouras da história da humanidade.


Não poderá vir de formas violentas; mas sim de processos amorosos ao Planeta e aos homens todos dele habitantes.

Será o Amor à Vida o motor de uma nova era. A Biofilia.

Pelo processo natural, vão desaparecer pouco a pouco, esses Senhores das Guerras; e seus filhos e netos já chegarão ao planeta com uma outra mentalidade. De geração em geração, de renovação em renovação iremos caminhando.

A morte natural de alguns, permitirá a Vida em Abundância para a maior parte da humanidade. E assim será!

É um sonho. É um sonho?

Mas quem, sem sonhar bem vive?


Paulo Cesar Fernandes.

22/01/2016.

20160131 Parar

    Parar.
    Pare! Voce pode e voce merece.
    Meia hora de um bom livro, de bons pensamentos, ou pensamento nenhum, o que já é um grande exercício.

    ...
    Mas tudo é uma questão de hábito.
    Um minuto sem pensar nada. BRANCO!
    Tente que vc consegue.

    Outra vez! Um minuto.
    BRANCO !

    Parar os pensamentos quando estamos em encruzilhadas nos ajuda a solucionar problemas.
    Pare! Sempre pare por um tempo qualquer. E faça disso um exercício diário.
    No transcurso do tempo virão os resultados.
    E sempre bons.

    PC - 26/01/2016.

20160131 Paz

    Paz.
    Todos a merecemos, mas para chegar até ela precisamos caminhar na sua direção.
    Um poeta espanhol, numa das suas obras disse: "Caminhante, não há caminho, o caminho o fazemos ao caminhar."
    ...
    Sempre importante dar o primeiro passo na construção do nosso caminho. E cada um de nós criará o seu caminho.
    Nesse sentido a Lei da Inércia funciona perfeitamete.
    "O objeto parado tende a ficar parado; uma vez posto em movimento sua tendência é seguir em movimento."
    Essa é nossa dinâmica interior. Quando conseguirmos ir fazendo o Bem esse Bem nos habitará e passará a ser algo natural em nós.
    Por agora, precisamos todos, de um certo esforço, para colocar em marcha o Homem Bom que todos podemos ser.
    Adiante pois!
    Paulo Cesar Fernandes - 26/01/2016.

20160131 Zoo

    ZOO.
    É necessária uma campanha a favor dos animais dos Zoos do mundo.
    Nenhum novo animal aprisionado ou adicionado ao Zoo; e paulatino desmonte dessa selvageria que é um ZOO.
    ...
    Estamos no TERCEIRO MILÊNIO.
    Este é um motivo mais que suficiente para tanto.
    O Planeta Terra precisa progredir na Escala dos Mundos.
    Zoos; Touradas; Corridas de boi; Rinha de Galos; etc.
    Tudo isso denota primitividade. E não há ascenção enquanto houver primitividade no planeta.
    Bora alçar voo!
    Paulo Cesar Fernandes.
    30/01/2016

20160131 Sementes.

    Sementes.
    Quem nunca para de desenhar/fotografar/pintar tem o que mostrar.
    Quem nunca para de amar tem um rastro de amor no trajeto.
    Quem nunca para de odiar tem uma triste história pela frente....
    Quem nunca pensa em seus semelhantes algum momento se vai ver só e desamparado.
    Quem faz da sua vida um caminhar na direção dos semelhantes vai ter um luminoso futuro.
    Quem sorri para a Vida dela só pode receber faces alegres.

    Temos todos os tipos de sementes em nossas mãos.
    Resta saber quais escolhemos para lançar no solo da Nossa Vida.
    Esta é a questão.

    PC - 30/01/2016.
    NOTA: Atire a primeira pedra o que nunca errou. Calemos nossa crítica.

20160131 Trecho de uma canção.

*
Trecho de uma canção.
*
Tage wie diese (Dias como estes - Die Toten Hosen
*
Eu espero uma semana para este dia
e danço com alegria sobre o asfalto
Como se houvesse um ritmo,
como se houvesse uma canção

O cada vez mais, me vejo pelas ruas
Saio para te encontrar, te buscar, como combinado.
Mesma hora, mesmo local, como da última vez

Em dias como estes, se deseja o Infinito
Em dias como estes, temos um tempo eterno
E eu Desejo o infinito.
*
O encontro dos amantes é sempre uma festa, uma celebração.
Os amantes não querem o tempo a passar, seja ele eterno e infinito nos momentos de presença.

A Banda alterna músicas de consciência de Solidariedade aos Refugiados Sírios e canções de amor.

É bom lembrar: solidariedade é uma forma de amor.

"Solidariedade é a ternura entre os povos."
 Augusto Cesar Sandino - Nicarágua.

Não canso de ouvir, e beber o alto astral.

Paulo Cesar - 30/01/2016.

20160131 Besteira I




Não vi momento pior para o Brasil que este ano de 2016.
Nota: Fui ao Supermercado hoje.

Eu que fui capaz de minimalizar meus gastos vou seguir mais atento ao CAIXA.


Pois minha CAIXA não tem link's com empreiteira nenhuma. É a seca e magra aposentadoria.

Mas assim mesmo eu toco o barco. Vou fazendo minhas coisinhas.
Franciscanamente falando.
Sem ele tudo seria mais difícil, e a aceitação ajuda muito.

De que serve a revolta afinal?
A observação acima não é uma revolta. Registro apenas.

PC. 31/01/2016.

Bemvindo FEVEREIRO, salvo o Carnaval.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

20160127 Antígona (Prólogo do Millor Fernandes

Antígona

Millôr Fernandes (La Insignia. Brasil, 2005.


Antígona, de Sófocles
tradução do Millôr
Para esta tradução-adaptação de Antígona escrevi este



Prólogo


Ao cidadão grego
Na platéia
O que lhe importava
Ao sentar de novo para ouvir de novo
Não era a velha lenda:
Era a palavra nova do poeta.


Colocando o cidadão de hoje
Atento aí, à espera,
Em pé de igualdade com o ateniense
De faz tantos séculos
Lhe damos um resumo da espantosa história:
Creonte, rei de Tebas,
Vinga-se de Polinices, sobrinho e inimigo.
Antígona, irmã de Polinices,
Enfrenta o rei, é condenada à morte.
Hémon, filho do rei, noivo de Antígona,
Rompe com o pai.


E assim a historia avança,
Em luta fratricida,
Ódio mortal
Violência coletiva,
Tudo pago por fim, naturalmente,
Com a escravidão do povo,
Na derrota final.


Sabemos bem
Que ninguém aprendeu muito
Com esta história de Sófocles.
Os jornais de hoje mostram
Que os próprios gregos não aprenderam.
E, cansativamente, ela se repetiu
Nos 2.400 anos que passaram:
Ânsia de Brutos, Cruz de Cristo,
Bizâncio Prostituída, Heil Hitler!,
Lumumba esquartejado, Kenya de Kenyata,
Chê nas montanhas.


Há sempre duas faces na mesma moeda
Cara: um herói.
Coroa: um tirano.
Algo mudou, bem sei;
A ambição mudou de traje,
A guerra, de veículo,
O poder, de método.
O mundo girou muito
Mas o homem mudou pouco.


Porém repetir uma história
É nossa profissão, e nossa forma de luta.
Assim, vamos contar de novo
De maneira bem clara
E eis nossa razão:
Ainda não acreditamos que no final
O bem sempre triunfa.
Mas já começamos a crer, emocionados,
Que, no fim, o mal nem sempre vence.
O mais difícil da luta
É descobrir o lado em que lutar.

===

Paulo Cesar Fernandes.

27/01/2016.

domingo, 10 de janeiro de 2016

10/01/2016 Relendo


Disparada 

Compositor: Geraldo Vandré   e   Theo de Barros


Foto: Araquém Alcantara: Iluminuras 

Publicada no Facebook em 10/01/2016

Inspiração do texto a foto. 

E a lembrança de Guimarães Rosa.



Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar


=
Com as agruras da vida acostumado 
não fala o sertanejo de coisas tronchas 
ou falas sem sentido.
Tudo nele tem um motivo, 
uma razão profunda
 e um querer lá dentro esgarçado 
de vontade de dizer. 
Mas não diz.
Quer não ferir ninguém.
Sabe ser a palavra de corte profundo e cala. 
De bom grado se faz silente. 
Observa tudo detalhe a detalhe, 
e prefere ser solicitado a opinar.
=

Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu


=
A morte e a vida, 
nos embrenhados do Brasil que ninguém vai
 é coisa do dia a dia.
Já nem tem no rádio ou televisão. 
Tão comum que já é.
Falar prá que?
Bora viver, é bem melhor!
=

Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei


=
De menino? 
Inocente como o anjo do Padre Eutáquio. 
Nada de mal via no mundo. 
E acho inda hoje, nem tinha mesmo. 
Sei não mais.

Mas de tanto ver sangue na terra, 
regando as planta da estrada eu fui ficano ladino.
E não olho mais sem desconfiança. 
E prá ninguém. 
Não condeno e não absolvo. 
Isso é lá com outro povo, não com meu povo.
Das coisas que vejo nada me passa sem atinar.
Cada sorriso falso, cada ato mentiroso farejo como cão de caça.
Assim somos os sertanejos verdadeiros. 
Tonto? 
Nenhum, e ninguém se faz de esperto.
Espera o tempo, o caminho e a hora.
E, se for o caso, vai à forra:
Aí fica desgraçado!
=

Então não pude seguir valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto prá enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar


=
Mas o tempo muda a gente.
Chove o branco nos cabelo.
A raiva desvanece.
E o coração fica mole de novo.
Tal como criança foi.
Não raiva. 
Não briga. 
Não façanha.
A rede, a conversa das lembrança; 
e o rio, cantando ali longe.
É tempo de descanso.
=

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu


=
Cumpanherada na varanda.
Caso verdade e caso mentira.
E ansi o tempo vai.
No anoitece que amanhece.
No sem parar da vida.
=

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei

===



Escrevi como pude, algumas coisas vividas, olhadas e sentidas; desse Brasil profundo que apenas poucos conhecem.

E quem conheçe moço, aprende a amar seu povo, com irmandade tamanha, tão grande como Padre Eustáquio dizendo:

_ Vai com Deus filho meu!


===

Pequena homenagem a Theo de Barros e Geraldo Vandré pela música ontem escutada na TV Cultura.

Com a imagem mineira do santista Araquém Alcântara, a quem também homenageio, algo brotou em mim de pura sertanejia.

Peço vossa licença para me valer da vossa obra como mote inspiracional.

Paulo Cesar Fernandes.

10/01/2016.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

20160105 Pais, filhos e mundo

Pais, filhos e mundo


Os pais são os heróis dos filhos. Ver os pais discutir; brigar ou se separar tem forte impacto na psique infantil.

Como uma criança pode entender isso?

Como pode entender que seus amiguinhos tenham pai e mãe e eles não?

Nesse sentido as verdadeiras escolas, para crianças e adolescentes devem estar sempre atentas ao núcleo familial dos alunos.

Ao primeiro sinal encaminhar para um profissional capaz de ajudar na superação.

E, de repente, a menina de bom rendimento reverte o quadro. OPA! Para tudo e vamos ver o que ocorre. E nem sempre são problemas familiares. Problemas de toda ordem surgem em determinadas faixas etárias. E cabe sim à escola, cuidar das almas colocadas em seu caminho.

Não para dar a educação cuja responsabilidade é do LAR. Mas para conseguir construir seres humanos capazes de melhor lidar com todos os contratempos da vida.

E cada vez a nossa sociedade propõe mais e mais desafios aos jovens e mesmo aos adultos.

Feroz é a competição. Vaidade. Narcisismo. Sempre tem um tapete sob nossos pés, e todo o grupo de trabalho ao nosso redor anda sempre buscando achar uma beirada para dar um belo puxão.

É nesse sentido a preparação dos nossos jovens: preparação para as perdas.

A tendência de hoje, tende a se acentuar no futuro. E pessoas desde cedo acostumadas a lidar com as perdas, terão menor dificuldade diante do universo competitivo do mercado de trabalho.

Mesmo pais cuja vida tenha sido harmônica, e segue sendo assim, estes devem também preparar os filhos para as perdas. 

A Vida é feita de perdas: é o cãozinho que se foi; é o jogo de futebol quando nosso time da rua perdeu feio; o cargo tão desejado ocupado pelo colega; etc.

Um amigo de trabalho, Décio, ia sempre para reuniões importantes, com a possibilidade de derrota claramente posta. 

Dessa maneira, se ocorresse a derrota, tinha menor impacto. No caso de uma vitória, a alegria era sempre redobrada. 

Quando saíamos, ele sempre tinha claro o que vinha pela frente. Em geral vencia, foi o melhor profissional de marketing que conheci nesta vida. 

_ Viu só PC? Ele bateu de lá, com toda aquela gana. O que fez o papai aqui? Matou a bola no peito, deu um tempo para criar 
expectativa, depois, com tranquilidade, fechou a conta. Vendemos! Vencemos PC! Pelo menos desta vez. 

No mercado de trabalho; na família; na escola; em todos os lugares estamos expostos a perdas. E vitórias também.

Onde nasce a força para superação de todas as barreiras?

Da família. E não basta uma casa; é vital que tenhamos um LAR.

Casa protege da chuva e do vento.

O LAR, santificado seja, nos protege exatamente dessas outras tantas dificuldades apresentadas pelo mundo.

O mundo melhor, nascerá de lares equilibradamente conduzidos.

Cuide do que é seu. Sua família é seu TUDO!


Portal Fernandes.

05/01/2016.

domingo, 3 de janeiro de 2016

20160103 Momentos

Momentos


Na verdade há momentos onde as palavras não cabem, tal a força da emoção brotando das profundezas da alma.


Uns chamam de momentos místicos, 
outros de "retiros espirituais" (Gil) 
e cada outro dará a esses espaços de luz interior a 
denominação a si mais interessante.


Mas o fenômeno é o mesmo. 


Venha ele da emoção de uma música bem executada; 

do sentir a presença de um Ser de outra dimensão que nos é próximo por laços sanguíneos ou ideológicos; 

outra feita é um vagabundo de Van Gogh no MASP; 

ou ainda é a emoção de ver uma Escola de Samba passar, ou simplesmente existir.


"Quando penso em folhas secas
 Caídas de uma mangueira
 Lembro da minha escola
 E dos poetas da minha
 Estação Primeira
 Nem sei quantas vezes..."   (Nelson Cavaquinho.


A Espiritualidade se diz presente de diversas maneiras, e nos mais diversos momentos. Nós, ocupados em outros pontos não a percebemos.


E ela insiste em brotar dizendo:


"Tem que se achar
 Que a vida não é só isso que se vê
 É um pouco mais
 Que os olhos não conseguem perceber
 E as mãos não ousam tocar
 E os pés recusam pisar"




Sei lá Mangueira   (Paulinho da Viola

Vista assim do alto
Mais parece um céu no chão
Sei lá,
Em Mangueira a poesia fez um mar, se alastrou
E a beleza do lugar, pra se entender
Tem que se achar
Que a vida não é só isso que se vê
É um pouco mais
Que os olhos não conseguem perceber
E as mãos não ousam tocar
E os pés recusam pisar
Sei lá não sei...
Sei lá não sei...


Não sei se toda beleza de que lhes falo
Sai tão somente do meu coração
Em Mangueira a poesia
Num sobe e desce constante
Anda descalça ensinando
Um modo novo da gente viver
De sonhar, de pensar e sofrer
Sei lá não sei, sei lá não sei não
A Mangueira é tão grande
Que nem cabe explicação


===

Não. Não tente entender. 
A Razão não dá conta de todos os fenômenos.
Deixe-se viver.
Emocione-se!
Isso basta.




Paulo Cesar Fernandes.


03/01/2016.

20160103 Poético Chile

Poético Chile





Que tem o Chile que gera poetas?
Uma faixa estreita entre os montes e o mar?
O tempo frio gera reflexões?


Que fez de Neruda um Pablo así distincto?
Y no un Pablo cualquiera ecribidor?


Que tem o Chile que me assombra e me ensombra?
Quando verte a poesia como a chuva que agora ouço.



Paulo Cesar Fernandes.

03/01/2016.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

20160101 Nick 16 anos

Nick 16 anos







Era a passagem de 1999 para 2000.

Uma cadela da borracharia da esquina do Canal 2 com a Francisco Glicério deu à luz uma ninhada de seis filhotes.

O fruto de sua relação com múltiplos cães. Dessa forma a ninhada era composta de pelos curtos; pelos longos; fêmeas e machinhos de todas as características.

Trinta e cinco dias depois. Voltando de fazer a feira de sábado, me deparo com uma bolinha peluda que cabia na minha mão.

Nick gostava de olhar a rua 
através dos detalhes da varanda.



O sofá preferido do cão,
tinha ciúmes do sofá.



Que é? Qual é?
MEU sofá sim!



Depois de uma soneca?
Só podia estar com essa carinha.





De tão pequeno não conseguia subir um único degrau de escada.

Lhe dei o nome de NICK.

Evidente alusão ao NICKNAME, usado por mim para contato com o mundo, por um aplicativo cujo nome não lembro, mas isso não importa. Vale sempre lembrar que o Nick chegou neste meu LAR.


Um gênio mais forte que o meu; uma esperteza maior que a minha; e uma beleza revelada no transcurso do tempo.

Nunca pude te-lo junto a mim na parte superior da casa. Mijava em tudo. Nato demarcador de território.

Não tive coragem de castrá-lo. Era interferir demais em sua natureza. Não consegui uma namorada para ele, eu gostaria de 
ter um filhote dele junto a mim. Um filhote do meu mijão.

Sempre disse ser ele uma bexiga ambulante. Não tinha outros órgãos, era apenas uma bexiga.

Saudosa bexiga; saudosa bolinha de pelos. Nenhum outro cão ou cadela te substituirá NICK, nenhum.

Que neste dia possas junto com a Niña; a Laika e a Naná deixar o céu canino e visitar nosso Lar.

Abração "baixote".

Paulo - 01/01/2016