Angústia. Sono confuso. Uma mulher que já não desperta nada.
Fotografo renomado e aclamado, parte para Palermo, onde fará uma sessão de fotos para uma amiga modelo que está grávida, e lá fica.
Sua angústia não se desgarra dele. É a mesma angústia de toda a história da humanidade: a morte. Esta que se veste de mil faces nos desafiando em cada momento de nossa existência. Essa incógnita que ignoramos forcosamente, pois a sabemos inevitável.
Com sua câmera fotográfica Finn faz tentativas de captar a morte, visando apenas uma coisa: ver sua face.
As várias línguas faladas pelos personagens dão uma dramaticidade e trazem uma chancela de veracidade à trama.
O universo existencial dos personagens, somado às músicas sabiamente selecionadas e inseridas no transcurso do filme estabelecem uma complementaridade impressionante.
Tendo sido rodado em 2008, é um filme recente.
Sem a pirotecnia das produções americanas, não deixa de ter um movimento, um ritmo até certo ponto denso. Nas cenas e no personagem central.
Gostei, gostei muito dos cinco minutos finas. Surpreende, mas é o inevitável.
Ficou curioso (a)?
Assista! Todos os filmes de Win Wenders trazem o que eu chamo de grife de qualidade.
Fernandes, Paulo Cesar (Keine Grenze
18/07/2009
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