sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

20140228 Rebelión

Rebelión



Viento? No soy viento.
Soy remolino fuerte.
Clavando mis patas
En tu conciencia vacia
Vacia de sentir
Vacia de vivir

Y además
Vacia del pueblo




Soy de la orilla del mar
Me pongo más revuelto
Que las más revueltas olas
Sou destrucción y latigo
Soy fuerte, soy pueblo.




Traigo en el corazón la palabra NO!
De protesta es mi caminar
Soy uno y uno más
Soy niño y soy viejo.
Somos pueblos en rebelión!




Paulo Cesar Fernandes

28 02 2014

20140228 Pá de cal

Pá de cal


Nesta terra arrasada
De vergonhas acumuladas
Ficar ou fugir?
Lutar ou ser covarde?


Como lutar contra o analfabetismo?
62% é muito.
E algo mais que fazer?



Podres poderes Caetano
Podres poderes



Nos matam dia a dia
Sin oportunidad



Vergonha, vergonha total.


Paulo Cesar Fernandes

28 02 2014

20140228 Pele

Pele


Baixo da pele tenho uma cidade a me falar, pelo murmurar das ondas; nas palavras doces da fala de seu povo; uma localidade em transmutação, uma ilusão em aberto.


De meu?


Nada tenho; nada desejo; nada preciso.


Vejo além da vida e alço voo com facilidade.


Os pés, sempre no chão, no calçamento ou no asfalto não são impedimento.


São voos amplos, voos de amor, voos de cantos. Mais que poeta sou um sentidor.


Sinto a dor do mundo no fundo das entranhas.


Não me comove a morte e sim a Vida.


Na minha cidade me vejo renascer a cada dia, a cada momento, a cada recanto visitado.


Que a vida me guarde deste mundo mal amado e pleno de ódio.


Sou frágil como uma ave.


Mas minha fragilidade é a força, é dela o meu voar.


Atravesso espaços e sonhos. Assim me vou. Adiante e sempre.



Paulo Cesar Fernandes

28 02 2014

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

20140227 Menino eterno

Menino eterno



O espetáculo das aves saltando entre antenas de TV extasia meus olhos de menino eterno.


Sempre envolto e ocupado no desvendar a natureza.


Quero livres a plantas: maracujá; a bucha; a gibóia e as rendas portuguesas.


Quero livres os animais todos, assim como busco a libertação do animal homem; todos formatados para servir, ser servo dos outros, desvinculando-se da individualidade que lhe é própria. Que o constitue e anima.


Sei que é fim de tarde.


Desde menino esse momento tem um acesso privilegiado sobre meu interior. É um momento que me chama pelo nome. Apela à minha atenção. Atenta à minha sensibilidade humana.


É a hora das Aves. É a hora dos encontros. Dos abraços sinceros entre antigos amigos. É a hora das mais doces palavras no retorno ao Lar.


A própria natureza se movimenta mais quieta e respeitosa no preparo da noite.


A alma humana, quando atenta, registra tão somente o seu sentir.



Paulo Cesar Fernandes

27 02 2014

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

20140224 Di Versos Caminho

Di Versos Caminho


Um verso pode ser uma soma de palavras; mas pode conter sentidos profundos, sentidos submersos.


Significantes e significados ocultos entre as rimas. Código fechado aos neófitos das práticas do versejar.


Somos todos Signos. Afinal.


Ao nosso redor vai junto nosso pensar, nosso agir, e todos os nossos objetivos maiores de vida.


Dinheiro? Somos moedas ambulantes.


Sexo? Somos genitálias se deslocando na vida.



Afetividade? Somos os regaços acolhedores do mundo.


Palavra é pensamento e ato.


Somos o que pensamos e expressamos na mais pura sinceridade.


Embora num mundo falso todos temamos Ser. Preferimos a magia da fuga, da coisificação. Tornar-se coisa nos faz up to date com o universal atual. Pois somos recursos, somos peças de reposição apenas.


E por tudo isso me rebelo e digo NÃO!!!


Não vim à Terra para viver ciscando nas esquinas da mediocridade e fazendo o que o mundo dos medíocres me mande fazer.


Nada disso! Não vim para isso.


Quero mais, muito mais lucro dessa passagem aqui pela Terra. Tirar mais seiva do tempo desta vida.


Projetos sempre antimaterialistas. Agregar sabedoria. Sabendo-se pequeno e sendo paz em trânsito pelos caminhos.


Paz emanando sempre. Isso é viver para além de si.



Paulo Cesar Fernandes

24  02  2014

domingo, 23 de fevereiro de 2014

20140223 Viver em equipe

Viver em equipe


Quando estamos imersos no espaço da arte é como se a brisa calma dos espaços andinos nos chegasse com o som da zamphoña.


Outro clima se apresenta ao nosso viver, um sentimento de completude, e alguém se aproxima com suas ideias e seus trajes ancestrais.


A paz em meu Lar. Aroma de fantasia e afetividade.


Não vejo ninguém, e sei que somos uma equipe.


Longe das ocupações do dia a dia. Longe do mal. Somos outro exército. Somos outro sentir. Somos outro viver.


Os pés se elevam do solo. Voamos em unidade.


Isto é um sonho dentro da realidade.


Assim nos encontramos em nosso viver.


Paulo Cesar Fernandes

23 02 2014

sábado, 22 de fevereiro de 2014

20140222 Vivemos mesmo um tempo de Barbárie.

Vivemos mesmo um tempo de Barbárie.


Respeito ao outro é nulo. Veja só:


1. Estacionam na minha garagem mesmo estando escrito que é GARAGEM, Favor não estacionar.


2. O vizinho dos fundos, de uma a loja de material de construção está construindo e não se impórta em deixar as coisas cair nop meu quintal, estragando o trabalho do pedreiro recem terminado. Pedi duas vezes que pusessem o telame protetor mas não adianta.


3. O bar da esquina me oubriga a colocar minha TV como se fosse casa de loucos muitas vezes. O som de seu volume é estonteante.


4. A esquina perto de casa é uma usina de acidentes. Já de algum tempo se anuncia algo fatal ali e CET embora avisada não atua modificando algo para melhorar.


São pequenos itens perto de mim, que na somatória com toda barbárie do mundo traz a ideia que vivemos um processo descivilizatório com a deseducação das novas gerações.


Cortesia? Bom dia? Por favor? Obrigado?    -   Saíram do dicionário de velhos e moços.


Para estar escrevendo tudo isso eu estou mesmo velho. Velhinho de todo. Até porque sempre foi assim, mais ou menos acentuadamente mas sempre foi isso mesmo. Mas hoje, com a avalanche de informações somos mais instados à ira diante das injustiças.


Falo aqui de quem preza a Justiça. Os demais são sempre o resto, e resto não é significante em lugar nenhum.


Grosseiro raciocínio?


Esse é o teor dos "Tempos Líquidos" do Bauman, ou da "Era do Indivíduo" do Renaut: a prevalência do egoísmo.


Se mudarmos nossos pensamentos e atos teremos feito nossa parte. E o resto fica com os demais da população da terra, já não mais capaz de ser chamada de humanidade.


Segundo Luc Ferry e Alain Reanut em "Pensamento 68" vivemos hoje o anti-humanismo, em contraposição ao Humanismo Cartesiano, de Kant, de Hegel, chegando a Nietzsche.


Um outro mundo é possível a partir de 2014.


Afinal. >>> 2014 - Ano II - Era da Justiça.


Paulo Cesar Fernandes

22 02 2014

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

20140220 Acerca da realidade

Acerca da realidade


"A realidade é uma ave."



Sim. Concordo com o que disseram Giorgio Gaber e Sandro Luporini no titulo de sua canção. Um título capaz de carregar em si toda uma mensagem e permitir avaliações.


Pois vejamos.


Sendo a realidade uma ave, que ocorre se a prendermos?


Estancamos o processo histórico. Algo impossível.


Assim, a realidade é sempre cambiante: muda em si mesma a cada momento; e muda em seu voo percorrendo diferentemente os diversos locais do planeta.



Estando em constante câmbio não a podemos abarcar, ela sempre alça voo bem antes de a percebermos ou captarmos. Estamos sempre atrás (indietro) da realidade social e política do mundo.


"Todo cambia..." como nos ensinava a negra Mercedes Sosa em sua canção.


Queiramos ou não, tudo muda.


Dentre as mutantes coisas a realidade é a mais ágil em seus diversos movimentos.


Felizes os que, em diversos momentos de sua vida, se dedicam a olhar a realidade à sua volta com o único objetivo de transformá-la. Mesmo dentro dos limitantes de nossa compreensão agir na transformação. Pois só quem transforma o mundo com seus pensamentos e atos deixa na Terra as marcas de sua passagem.


Sejam as nossas pegadas luminosas como foram as tuas, meu amigo e meu irmão Giorgio Gaber.



A leitura do livro sobre ti, escrito por teu amigo Sandro me faz relembrar o quanto tua presença, e a presença de vossa arte foram definidoras do pensador que hora te homenageia. Sou devedor de tua lucidez e de teu afeto pela humanidade.


Somos muitos no mundo os Gaberianos.


Tal qual Hegel; Marx; Heidegger criastes escola meu irmão. E junto a ti vejo outros tantos irmãos muito caros a meu coração.


A todos meu grato abraço, pois é de vosso amparo a minha força e a energia me movendo. Temos todos os dias a nossa celebração.


Em boas companhias...


Auguri per tutti...


Paulo Cesar Fernandes

20  02  2014

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

20140219 Noam Chomsky : Os MCM e nós

Noam Chomsky : Os MCM e nós


Antes de chegar em Chomsky quero propor questões:


Nós pensamos autonomamente ou achamos que pensamos?


Qual o potencial dos MCM sobre nós?


Quantas fontes diferentes nós consultamos para formar a nossa opinião?

Uma só é zero na construção de nossa capacidade de pensar.

SOMOS PENSADOS. AGORA CHOMSKY.


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Somos MASSA ou Público?


Noam Chomsky elaborou a lista das “10 Estratégias de Manipulação” através da mídia. Em seu livro “Armas Silenciosas para Guerras Tranqüilas”, ele faz referência
a esse escrito em seu decálogo das “Estratégias de Manipulação”.


1 – A Estratégia da Distração.


O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças que são decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
 A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, economia,
psicologia, neurobiologia ou cibernética.
“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado,
ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas Silenciosas para Guerras Tranquilas’).


2 – Criar problemas e depois oferecer soluções.


Este método também se denomina “Problema-Reação-Solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que seja este quem exija medidas que se deseja fazer com que aceitem. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar
atentados sangrentos, a fim de que o público seja quem demande leis de segurança e políticas de cerceamento da liberdade.

Ou também: criar uma crise econômica para fazer com que aceitem como males necessários o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


3 – A Estratégia da Gradualidade.


Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, com conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira as condições sócio-econômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990.

Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego massivo, salários que já não asseguram rendas decentes, tantas mudanças que provocariam uma revolução se fossem aplicadas de uma vez só.


4 – A Estratégia de Diferir.


Outra maneira de fazer com que se aceite uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato.

Primeiro porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para se acostumar com a idéia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.


5 – Dirigir-se ao público como a criaturas de pouca idade.


A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criatura de pouca idade ou um deficiente mental.

Quanto mais se pretende enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de
uma pessoa de 12 anos ou menos (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


6 – Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão.


Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto-curcuito na análise racional, e, finalmente, no sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos.


7 – Manter o público na ignorância e na mediocridade.


Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância planejada entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser alcançada para as classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


NOTA: VIDE 62% DE ANALFABETISMO NO BRASIL. HÁ INTENCIONALIDADE NISSO.



8 – Estimular o público a ser complacente com a mediocridade.


Promover a crença do público de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.


9 – Reforçar a auto-culpabilidade.


Fazer crer ao indivíduo que somente ele é culpado por sua própria desgraça devido à insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços.

Assim, em vez de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se menospreza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição da ação do indivíduo. E sem ação não há revolução!


10 – Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem.


No decurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência geraram uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles que possuem e utilizam as elites dominantes.
Graças à biologia, à neurobiologia e a psicologia aplicada, o “sistema” desfrutou de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que este conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos sobre si mesmos.




Noam Chomsky. Filósofo, ativista, autor e analista político estadunidense. É professor emérito de Lingüística no MIT e uma das figuras mais destacadas desta ciência no século XX.

Reconhecido na comunidade científica e acadêmica por seus importantes trabalhos em teoria lingüística e ciência cognitiva.

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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma."
(Joseph Pulitzer - 1847/1911)

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Algo mais de Noam.


Caracas, 25 Ago. ABN.-


Se bem que a liberdade de expressão foi uma conquista dos estadunidenses nos anos 60, hoje está sob o controle de grandes corporações midiáticas que pertencem aos que ostentam o poder econômico.

A premissa pertence ao ensaísta e linguista norte-americano Noam Chomsky, que na segunda-feira passada ofereceu uma conferência magistral na Sala Ríos Reyna, do Teatro Teresa Carreño, em Caracas.


“Nos Estados Unidos o sistema sócio-econômico está projetado para que o controle dos meios esteja nas mãos duma minoria, dona de grandes corporações (…) e o resultado é que sob omanto da ‘liberdade de expressão’ estão sempre os interesses financeiros desses grupos”.

Destacou que as corporações midiáticas são especialistas em desviar a atenção dos grandes temas para centrar a opinião pública em questões como a moda ou o espetáculo em diversos momentos da conjuntura.

Apesar disso, ressaltu que os meios foram os responsáveis pela vitória do atual Chefe de Estado norte-americano Barack Obama, o que, a juízo de Chomsky, contribuiu para a crescente decepção que rodeia o mandatário, porque chegou à presidência sob um lema publicitário que carecia de discurso político.


“Esta decepção com Obama era previsível. Seu lema de campanha foi ‘mudança e esperança’, mas nunca especificou em que sentido e isso é o que eles sabem fazer, mercadejar os candidatos da mesma maneira que promovem um pasta de dentes”, disse o intelectual estadunidense.

Por isso, Chomsky agregou que para falar de liberdade de expressão, os Estados Unidos devem passar obrigatoriamente por permitir o uso dos meios sem que a mão dessas corporações maneje o conteúdo do discurso.

Essa postura foi respaldada pelo economista Michael Albert, que acrescentou que exercer o direito a expressar-se sem restrições nos Estados Unidos implica necessariamente a luta contra as grandes corporações midiáticas que têm o poder sobre o que transmite através da televisão, da rádio e da imprensa.


“A liberdade de expressão é um importante valor para a sociedade norte-americana (…)  Mas o que não se adverte é que os que creem exercê-la na plenitude, o fazen sob os desejos dos donos do império midiático e isso em definitivo não é liberdade”, sentenciou.

Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias

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Chomsky propõe Zona de Paz na América Latina ante pretensão militarista dos EEUU


Caracas, 24 Ago. ABN.- Ante a ameaça estadunidense de manter presença militar através de bases na Colômbia, o linguista e ensaísta político norte-americano Noam Chomsky propôs a instalação de uma Zona de Paz na América Latina.


Destacou que a participação e o apoio dos Estados Unidos nos golpes militares no continente devem preocupar as nações, situação que se agrava com a instalação de soldados e armas norte-americanos na América do Sul com a desculpa de “luta contra o narcotráfico”.


Na sala José Félix Ribas, do Teatro Teresa Carreño, em Caracas, Chomsky explicou que neste século a América do Norte já apoiou três golpes de Estado: Haiti, Venezuela e Honduras.


Indicou que a administração Obama não só apóia o regime instaurado em Honduras como continua treinando cadetes desse país na Escola das Américas. Diante disso, espera que a reunião extraordinária da União das Nações Sul-americanas (Unasur) resulte numa posição contundente.


“Deveria haver uma declaração forte opondo-se à militarização do continente e à presença estadunidense nas bases militares colombianas”, expressou Chomsky, que destacou que os Estados Unidos não toleraria as intervenções que, com a desculpa do apoio à democracia, este país faz nos outros.


Colocou a necessidade de que na reunião da Unasur se apóie uma proposta para a criação de uma  Zona de Paz como um objetivo que se pode lograr em conjunto, e revelou que estas bases militares na Colômbia, ainda que não representam um gasto significativo no orçamento estadunidense, são muito valiosas pela posição
estratégica e pela zona energética onde se localizam.


Manifestou que, além das bases e da militarização do continente, a Unasur poderá tocar em temas como o problema da dependência da exportação de produtos primários como o petróleo, e o impacto ambiental do sistema sócio-econômico que predomina na região.
“As transformações que se estão fazendo na Venezuela para criar outro modelo sócio-econômico pode ter um impacto global se esses projetos se realizam de maneira exitosa”, explicou o lingüista, e definiu o modelo estadunidense como suicida, e deste sistema disse: “Pretende impor-se como remédio para os males que o
mesmo causa”, destacou.

Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias

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Qualquer incitação das bases militares pode justificar uma guerra


Caracas, 24 Ago. ABN.- A instalação das bases militares estadunidenses na Colômbia gera um clima sumamente perigoso na América Latina, porque qualquer provocação ou incitação que ocorra através da fronteira de outros países pode desatar uma guerra.

Assim o considerou o linguista e ensaísta político Noam Chomsky durante a conferência oferecida sesta segunda-feira na Sala José Félix Ribas do Teatro Teresa Carreño, em Caracas.


Chomsky indicou que a vinculação da Colômbia com a potência armamentista é por si mesma una provocação, e enfatizou que, em situações similares de la historia, foram atritos aparentemente de escala menor os responsáveis pelas guerras.


O ensaísta norte-americano instou os países da região a fortalecer a unidade e rechaçar em bloco e de maneira contundente a localização do componente militar na Colômbia na reunião da União das Nações Sul-americanas (Unasur) que se realizará nesta sexta-feira.


Recordou que a instalação das bases na Colômbia é resultado da retirada dos componentes belicosos de Manta, no Equador, após a negativa do presidente desse país, Rafael Correa, de renovar o contrato armamentista que se manteve durante dez anos sob o pretexto da luta contra o narcotráfico.


A esse respeito, enfatizou que a luta contra o tráfico de estupefacientes era um argumento manipulado e pouco sério utilizado pelos Estados Unidos para justificar sua incursão no continente, com o objetivo de apropriar-se dos recursos naturais que já escasseiam na economia responsável pela crise financeira mundial.


Além disso, destacou que a política belicista do presidente estadunidense Barack Obama não é distinta da que implementou seu antecesor George W. Bush, questão que foi fortemente criticada pelos eleitores que apoiaram sua proposta de governo sob o lema de “Mudança e Esperança”.


“Essa decepção com Obama era previsível. Seu lema de campanha foi ‘mudança e esperança’, mas nunca especificou em que sentido, e isso é o que eles sabem fazer, mercadejar os candidatos da mesma maneira que promovem uma pasta de dentes”.


Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias

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sábado, 15 de fevereiro de 2014

20140215 Chico, Ricardo e eu

Chico, Ricardo e eu


Quando peguei como minha a vida de Francisco de Assis, como modelo meu, nada mais fiz além de permitir ao filósofo e ao poeta que sempre me habitaram uma força maior dentro de meu caminho.


Quando chegou perto de mim Ricardo Vilca teve todo eco possível. Ele, músico e professor de música numa escola simples da Província de Jujuy na Argentina. Eu, algumas vezes poeta. Tinhamos e temos tudo a ver.


Da mesma forma capaz de grosserias, sou capaz de versos leves como plumas ao vento. Afinal não sou dono de nada, eles passam por mim tendo como meta a humanidade mais ampla. Sou apenas caixa de passagem, como as caixas de passagem de água nas refinarias de petróleo, cuja única função é fazer baixar o fluxo
d'água. O verso baixa a pressão interna do pensar.


Desse encontro de Francisco de Assis, Ricardo Vilca e eu acabei mudando meu modo de ver a vida. Não busco outro modo de ver, pensar e sentir.


Não preciso de nada afinal.


Tudo me basta, de lo que tiengo.

E assim caminho, ao lado dos meus amigos, e buscando dar-lhes pouco trabalho.


Simplesmente vivendo.


Sem sonhos ou ilusões pesoais. Sonho apenas o melhor para nossos povos latinoamericanos, e para todos os povos marginalizados do mundo.


Uma música francesa fala um pouco dessas coisas:



19 Et Moi Et Moi Et Moi  (03:59
Lyrics: J Lanzmann
Music: J Dutronc



Sept cent millions de chinois  
(700 milhões de chineses
Et moi, et moi, et moi
Avec ma vie, mon petit chez-moi
Mon mal de tête, mon point au foie
J'y pense et puis j'oublie
C'est la vie, c'est la vie



Quatre-vingt millions d'indonésiens  
(80 milhões de indonésios
Et moi, et moi, et moi
Avec ma voiture et mon chien
Son Canigou quand il aboie
J'y pense et puis j'oublie
C'est la vie, c'est la vie



Trois ou quatre cent millions de noirs  
(300 ou 400 milhões de negros
Et moi, et moi, et moi
Qui vais au brunissoir
Au sauna pour perdre du poids
J'y pense et puis j'oublie
C'est la vie, c'est la vie



Trois cent millions de soviétiques  
(300 milhões de soviéticos
Et moi, et moi, et moi
Avec mes manies et mes tics
Dans mon petit lit en plume d'oie
J'y pense et puis j'oublie
C'est la vie, c'est la vie



Cinquante millions de gens imparfaits  
(50 milhões de imperfeições genéticas
Et moi, et moi, et moi
Qui regarde Catherine Langeais
A la télévision chez moi
J'y pense et puis j'oublie
C'est la vie, c'est la vie



Neuf cent millions de crève-la-faim  
(900 milhões com fome profunda
Et moi, et moi, et moi
Avec mon régime végétarien
Et tout le whisky que je m'envoie
J'y pense et puis j'oublie
C'est la vie, c'est la vie



Cinq cent millions de sud-américains  
(500 milhões de sulamericanos
Et moi, et moi, et moi
Je suis tout nu dans mon bain
Avec une fille qui me nettoie
J'y pense et puis j'oublie
C'est la vie, c'est la vie



Cinquante millions de vietnamiens  
(50 milhões de vietnamitas
Et moi, et moi, et moi
Le dimanche à la chasse au lapin
Avec mon fusil, je suis le roi
J'y pense et puis j'oublie
C'est la vie, c'est la vie



Cinq cent milliards de petits martiens  
(500 mil pequenos marcianos

   (talvez se referindo aos drogados do mundo
Et moi, et moi, et moi
Comme un con de parisien
J'attends mon chèque de fin de mois
J'y pense et puis j'oublie
C'est la vie, c'est la vie




Lanzmann muito mais que eu atento aos problemas do mundo nos ensina a pensar solidariamente.

Questiona duramente sua posição diante do mundo.

A isso chamamos Arte Engajada.

Foi muito presente quando havia ideologia no mundo.

Nestes "Tempos Líquidos"; nesta "Era do indivíduo"; tudo se "diluiu no ar" como previu Karl Marx.


Paulo Cesar Fernandes

15 02 2014

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

20140209 Arte no tempo

Arte no tempo
 
 


Um escritor, um músico, um artista qualquer não pode nada deixar passar.


A menina que passa ao lado. O som do vento, nos amplos campos do Planalto Central ou no cerrado. O som do rio e o crepitar do fogo.


Tudo serve. Tudo é tema, tudo é mote de inspiração.



A pena é sempre nervosa. A mente? Em processo de turbilhão. Ao fim nada é mais temperamental que uma ideia. Veloz ela te foge da mão.


Somos antenas do mundo, a informar nosso tempo, a desvendar nossa sociedade.


A arte escreve e descreve a vida nas suas mais diversas formas: diversas formas de arte e diversas formas de vida. Em ambas a força motriz do novo a desabrochar.


Nada é proibido ao escritor e ao artista. Abrir a alma é vital e pode causar medo, pois de alma aberta nos vemos vulneráveis, mas essa mesma vulnerabilidade é a marca de nossa coragem e de nossa força.


Na arte jogamos a vida, e nossa vida se joga em nossa própria arte.





Ser sério num tempo leviano e sarcástico é como permitir a espada sempre pendente sobre nossas cabeças.


A maldade joga forte aos sérios do mundo; pois a vida e a morte são faces de uma únca moeda. Os grandes nomes da História são as provas mais evidentes dessa triste realidade.


Mas só é arte se verdadeira, posto que falsa não é arte, tendendo mais à farsa, à mais barata e esdrúxula mistificação.


Somos os artistas da Hora. Do tempo presente, tempos da indidualidade sufocante.


Somos os artistas da Razão.


Nada temos fora disso, nosso caminho não é outro, nele pisamos nossa coragem, e não usamos atalhos de fuga.




Somos sérios em nosso trabalho. Somos artistas da Vida e do Amor.


Não mentimos ou enganamos; somos o que somos, nem mais e nem menos.


Fazemos furor e ódio.


Fazemos o mundo girar para muito além da mentalidade Século XX ou XXI. Longe, looonge vai...


Apesar de tudo e de todos os fatos: Somos o Futuro.



Paulo Cesar Fernandes

09 02 2014

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

20140212 Fecho com Violeta Parra

Fecho com Violeta Parra
 
 
Uma foto do camponês Martin Heidegger
que buscava refúgio na simplicidade do
seu chalé dentro da Floresta Negra.
Floresta Negra de tantos contos infantis.


E a Vida vem, fagueira e fogosa, faz estrepolias em nossa frente; dá cambalhotas e nos provoca como a mais vulgar das mulheres.


E isso apenas porque pensa que estamos tristes.


Quando percebe seu erro, ainda assim, uma vez mais insiste e nos arranca um sorriso, seguindo seu rumo.


Nada mais belo que a vida bem vivida, na simplicidade e no afeto.


Eu tenho tudo, nada preciso.


Tenho família, tenho um teto, tenho sonhos a tocar.


E não sonho só prá mim, a vida entendeu que meus sonhos são para o mundo, e nesse doar-se constante não cabe tempo ao egoísmo.


Quando abrimos as janelas para o mundo a nossa casa se areja e tudo de ruim se vai, levado por renovadas lufadas de vento. Um sentir-se limpo.


É como piso recém lavado, nada melhor para ficar sentado nestes tempos de verão santista.


Assim é a vida, que por vezes a digo Vida por toda a grandeza dela recebida.


Fecho com Violeta e digo: "Gracias a la Vida".



Paulo Cesar Fernandes

11 02 2014

20140212 Vient pas au Brésil

Vient pas au Brésil

 

Pas de presence
Pas d'ausence
VIDE! VIDE! VIDE!
C'est mon pais

 
Insecurité et mort
Pas du responsabilité
Pas du sensibilité
Pas du presence
Sole peur pour les rues

 
Chez moi?
Insecurité
Chez toi?
Pas du confidence
Enemies partout

 
Persone pour parler livrement
Sur l'art, sur bonheur, sur la vie
Vivants sus la dictadure du sarcasme
Pas du Government
Pas du droits
Les chemins sont dangereux
VIDE! VIDE! VIDE!

 

Silence dans le coeur
Parce que la vie est interdite
Sous terror d'état somme tous nous
Nous prenent la parole les mass media
Sommes silentes pour peur
La verité est dans la Tv ou dans le radio
Le pouvoir est une sole
Govermnent du pais et Medias
Notre peuple est malinformé
Analfabetisme du 62%

 
Voulons pas le violence
Violence d'État et violence des vivant sens future
Justice c'est le chemin du paix
Et plus que tout faire naitre l'amour
Chez Brésil et chez le monde.

 
Portal Fernandes   (Via Paulo Cesar

12 02 2014

 
Como o texto em francês me saiu de um jato e não tenho confiança nos meus conhecimentos da língua eu traduzo. Descarga de consciência.

 

Não venham ao Brasil

 
Não há presença
Não há ausência
VAZIO! VAZIO! VAZIO!
É o meu pais.

 
Insegurança e morte.
Falta de responsabilidade
Falta de sensibilidade
Ausência total
Apenas o medo pelas ruas.

 
Minha casa?
Insegurança.
Tua casa?
Não é confiável.
Inimigos por toda parte.

 
Ninguém para conversar livremente.
Sobre arte, sobre felicidade, sobre a vida.
Seres sob a ditadura do sarcasmo.
Sem Governo.
Sem direitos.
Os caminhos são perigosos.
VAZIO! VAZIO! VAZIO!

 
Silencio no coração
Pois a vida é proibida
Estamos todos sob o terror de Estado
Tomam-nos a palavra os Meios de Comunicação
Calamos por medo
A « verdade » está dentro da TV e dentro do rádio
O Poder é um só
Governo e Mass Medias
Nosso povo é mal informado.
Analfabetismo de 62%

 
Não queremos mais a violência.
Violência de Estado e violência dos seres sem futuro
Justiça é o caminho da paz.
E mais que tudo faz nascer o amor.
No Brasil e no mundo.

Portal Fernandes   (Via Paulo Cesar

12 02 2014
 
 
Nota: Não sei porque mas a morte de Santiago Andrade me tirou um dia da agenda. Todos morremos um pouco no dia 12 de fevereiro de 2014.

 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

20140209 Rubia

Rubia
 
 
No me hagas sufrir
Soy loco por las cosas
Que de ti podrán venír
Besos palabras o encantos
A tocar mi corazón.
 
 
 

Suenos desde lejos
Tenidos en el silencio
Miedo de decir palabras
De la verdad y del amor
 
 
 

Eso no cambia el tiempo
Acá dentro mio
Solo hace que tenga
Más dulcura en mi voz.
 
 
 

Paulo Cesar Fernandes
09  02  2014

sábado, 8 de fevereiro de 2014

20140208 Fandermole Canto versos

Jorge Fandermole
 



06 Canto versos

Si pienso en algo para decir,
si pienso en alguien por quien vivir,
si casi nada se tiene en pie
y este segundo ya se nos fue;
si en la mirada dura un fulgor
atravesando tanto dolor
yo canto versos de mi sentir
y los condeno a sobrevivir.



Donde parece el sol no alumbrar,
donde se muere de soledad,
en lo más hondo de esta quietud,
donde ocultó la sangre la luz;
donde agoniza un ángel guardián
y se nos pudre el agua y el pan
yo canto versos del corazón
y los enciendo en una canción.



Canto, canto;
tan débil soy que cantar es mi mano alzada.
Y fuerte canto, canto;
no sé más qué hacer en esta tierra incendiada
sino cantar.



En lo invisible de la ciudad,
donde se ocultan odio y verdad,
donde las bocas de un niño gris
corren sonámbulas tras de mí;
la infortunada noche que un Dios
arrepentido nos olvidó
yo canto versos de furia y fe
pa' que me ayuden a estar de pie.



Canto, canto;
tan débil soy que cantar es mi mano alzada.
Y fuerte canto, canto;
no sé más qué hacer en esta tierra incendiada
sino cantar.



Canto, canto;
tan débil soy que cantar es mi mano alzada.
Y fuerte canto, canto;
qué más hacer con palabras deshabitadas
sino cantar.