sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

INCLUSÃO

Ontem na TV do SESC uma moça de teatro fez questionamentos no que diz respeito à Inclusão.
Veja bem:
Incluir aonde? Na sociedade de consumo? Para que? Valeria a pena?
Eu vou adiante dizendo que é melhor que nada, mas...
Esses projetos de inclusão, que recebem verbas substanciais dos governos, incluem alguem no universo letrado? Com isto quero dizer, faz com que essas pessoas tenham capacidade de leitura de textos, interpretando-os condignamente?
Tal inclusão permite às pessoas o senso crítico necessário a uma análise mais acurada da sociedade em que vivemos? Ou acabam sendo seres cooptados por todo um sistema de falso progresso?
Será que para fazer parte dessas ONG's não tem que ser um bichinho domesticado que "faz tudo o que o Senhor Rei mandar", calando-se às falcatruas? Voce aposta na lisura de todas? Eu não, que não sou mais um besta.
Será que o acesso à Internet, sem a necessária orientação não é mais um brinquedinho a iludir a população? Uma ferramenta só é útil quando bem usada, quando usada por quem lhe conheça as propriedades.
Servem para algo os cursos e mais cursos voltados para a formação de professores? Quantos e quantos anos se fazem estes cursos? E a Educação segue sendo classificada entre as piores do mundo. Disto concluo a incompetência de todos os que se dedicam a isso? Não. Mas que todo esse esforço tem que estar nas salas de aula. Esses teóricos tem que voltar e sentar junto dos professores que ingressam no magistério, somando-se o tesão da juventude à experiência/vivência dos teóricos.
Vejo na Federalização da Educação proposta por Cristovão Buarque uma alternativa, viva e viável.
Tenho certeza que nenhum dos "mamadores" gostam da idéia. Por óbvios motivos.
Agora atente voce a isto:
Será que sob a mangueira, Paulo Freire não era mais inclusivo que toda essa parafernália de gente mamando nas tetas dos diversos níveis governamentais?

Ontem, ouvindo a menina, nova ainda, e trazendo acúmulo de discussões com seu grupo de teatro, algo me saltou diante dos olhos: todos querem um lugarzinho ao sol, mas poucos são os que arregaçam as mangas, e se colocam verdadeiramente no trabalho em prol da construção do conhecimento, tendo no aluno o foco maior de seu trabalho. Fazendo dele um sedento do saber.
FINALIZANDO:
Incluir é injetar na pessoa o virus do Tesão pelo Conhecimento.
Paulo Cesar Fernandes
28/09/2011

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