terça-feira, 28 de janeiro de 2014

20140128 Ave

Ave


Delicada e sutil pousa junto a minha janela. Seu forte canto num traz alegria anunciando um dia todo novo.

Inocente de todo não sabe a criatura do deslumbramento por ela trazido, em funçao de sua
leveza.

Mais ainda me veio a pergunta:

Por qual motivo não vivemosmais levemente a cada instante, no enfrentamento de cada nova situação?

Os embates da vida podem ser pesados, e muitas vezes o são. Mas com nossa calma os tornamos
leves. Como se fossemos bailarinos clássicos; como se fossemos colibris a voar adiante ou em recuo ante situações e pessoas.


Uma leveza assim talvez nos ajude a amar a Vida, e cada uma das criaturas ao nosso redor. Sejam elas animais ou até mesmo os humanos.


Paulo Cesar Fernandes

28  01  2014

20140128 O Tango, como o vejo e sinto

O Tango, como o vejo e sinto


Cantado ou tocado o tango tem em si a virilidade. Um latido marcado y fuerte como se fosse o bater de um coração.


Não. Nada de racional.


Pura entrega ao som e a todas as possibilidades pelo ritmo ofertadas.


Sem entrega da alma não há tango possível.



Paulo Cesar Fernandes

28 01 2014

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

20140127 Evento banal

Evento banal


_ P...., votar não é liberdade seu burro. Se fosse liberdade a gente num era obrigado, ....


Descendo o degrau da saída da padaria a frase me bateu como um chute no peito, nao só pelo volume, bem como pela sua grosseria,
um palavrão ao início e outro ao final da frase. Dita assim na rua, num bairro bem habitado me causou estranheza inicialmente.


Primeiro ímpeto: pedir ao pessoal para manerar no palavreado, afinal...


Olho mais atentamente. Vejo a mesa habitada por tres pessoas, e sobre ela um número de garrafas de cerveja capaz de me lembrar
velas de um nicho de graças dos devotos. Imensidão de velas.


Falasse qualquer coisa e punha em risco minha dentição. Embora
com problemas me atende bem.


Me afastei em silêncio e com um sorriso nos lábios, pois de imediato me veio à mente a imagem de Gaber e Luporini e sua música "La libertá":

 Vorrei essere libero,
 libero come un uomo.

 

Vorrei essere libero come un uomo.
 Come un uomo appena nato
 che ha di fronte solamente la natura,
 e cammina dentro un bosco
 con la gioia di inseguire un’avventura.
 Sempre libero e vitale,
 fa l’amore come fosse un animale,
 incosciente come un uomo compiaciuto
 della propria libertà.



 La libertà non è star sopra un albero,
 non è neanche il volo di un moscone,
 la libertà non è uno spazio libero,
 libertà è partecipazione.



 Vorrei essere libero, libero come un uomo.
 Come un uomo che ha bisogno
 di spaziare con la propria fantasia,
 e che trova questo spazio
 solamente nella sua democrazia.
 Che ha il diritto di votare
 e che passa la sua vita a delegare,
 e nel farsi comandare
 ha trovato la sua nuova libertà.



 La libertà non è star sopra un albero,
 non è neanche avere un’opinione,
 la libertà non è uno spazio libero,
 libertà è partecipazione.



 La libertà non è star sopra un albero,
 non è neanche il volo di un moscone,
 la libertà non è uno spazio libero,
 libertà è partecipazione.



 Vorrei essere libero, libero come un uomo.
 Come l’uomo più evoluto
 che si innalza con la propria intelligenza,
 e che sfida la natura
 con la forza incontrastata della scienza.
 Con addosso l’entusiasmo
 di spaziare senza limiti nel cosmo,
 e convinto che la forza del pensiero
 sia la sola libertà.



 La libertà non è star sopra un albero,
 non è neanche un gesto o un’invenzione,
 la libertà non è uno spazio libero,
 libertà è partecipazione.



 La libertà non è star sopra un albero,
 non è neanche il volo di un moscone,
 la libertà non è uno spazio libero,
 libertà è partecipazione.



===


 Queria ser livre,
 livre como um homem.

 

 Queria se livre como um homem.
 Como um homem recém nascido
 que tem na sua frente somente a natureza,
 e anda dentro um bosque
 com a felicidade de perseguir uma aventura.
 Sempre livre e vital,
 faz amor como se fosse um animal,
 inconsciente como um homem satisfeito
 da própria liberdade.



 A liberdade não é estar sobre uma arvore,
 não é nem o vôo de um moscão,
 a liberdade não é um espaço livre,
 liberdade é participação.



 Queria se livre, livre como um homem.
 Como um homem que precisa
 pairar com a própria fantasia,
 e que encontra este espaço
 somente na sua democracia.
 Que tem direito de votar
 e que passa a sua vida a delegar,
 e fazendo-se comandar
 encontrou a sua nova liberdade.



 A liberdade não é estar sobre uma arvore,
 não é nem ter uma opinião,
 a liberdade não é um espaço livre,
 liberdade é participação.



 A liberdade não é estar sobre uma arvore,
 não é nem o vôo de um moscão,
 a liberdade não é um espaço livre,
 liberdade é participação.



 Queria se livre, livre como um homem.
 Como o homem mais evoluído
 que eleva-se com a própria inteligência,
 e que desafia a natureza
 com a força incontestada da ciência.
 Possuidor do necessário entusiasmo
 para pairar sem limites no cosmo,
 e convencido que a força do pensamento
 seja a única liberdade.



 A liberdade não é estar sobre uma arvore,
 não é nem um gesto ou uma invenção,
 a liberdade não é um espaço livre,
 liberdade é participação.



 A liberdade não é estar sobre uma arvore,
 não é nem o vôo de um moscão,
 a liberdade não é um espaço livre,
 liberdade é participação.


===


A bem da verdade. A Liberdade é muito mais que diz a letra da música.


E para cada um de nós tem um sentido. Cada Ser, cada indivíduo faz sua trajetória para nela chegar.


Não há fórmulas, oráculos ou patuás possíveis a esse intento.


É um projeto da Razão e da determinação da Vontade.


Há um montante de perdas, sim é verdade, um montante bastante significativo. Mas há, por outro lado, um ganho indizível (impossível de ser dito).


Apenas de posse desse tanto a mais na Vida nos damos conta da diferença com relação ao passado.


Muito individual, talvez até um pouco egoístico.


Mas, em sua essência: Liberdade é Vida.


Paulo Cesar Fernandes

27 01 2014

Nota: Lembrar que em toda obra de Luporini e Gaber há uma grande dose de sarcasmo quanto a tudo, absolutamente tudo. Nada se mantém imune ante o olhar atento e ferino desses gênios da análise social.

sábado, 25 de janeiro de 2014

20140124 Santos 468 anos

Santos 468 anos


Vejo tua zona urbana maltratada em sua história. Tuas ruas estrupadas pelos batestacas, retroescavadeiras e demais equipamentos. O homem te ferra com sua sede de lucro a qualquer preço. Sem sensibilidade e sem razão.


Quero o progresso, claro, mas algo respeitoso à memória dos filhos da terra, que amam sua terra. Esse bando de urubus nada ama,
seres grotescos apenas miram o lucro.


Teus desvirginados bairros mais nada guardam das infantis lembranças, em nós que te amamos desde o berço.


Uma vingança nos resta: a tua linha do horizonte vista da praia segue sendo uma reta. Vez em quando, a silhueta dum navio a
modifica, apenas para quebrar a mesmiçe, trazendo mais graça à retidão de teu traçado.


O urbano e o mar. Que contraste!


De um lado um canteiro de obras em profusão de atividade. De outro a paz presente desde meus castelos na areia, tantos anos,
tantas décadas.


A Terra sem Males do passado degenerada pela falsidade do pré-sal. Que não fazem os políticos para ludibriar a opinião pública. Se
valem de uma falsa cientificidade e vendem tudo ao capital, evidentemente tendo sua quotaparte nisso tudo. Sim, sua propina, o
din-din na meia, na cueca, em qualquer buraco seu. Deixemos eles prá lá. Terão suas balinhas a seu tempo.


Minha Cidade de Santos é muito mais que tudo isso: a pequenez dos homens.


Nas tuas ruas faço minha trajetória na luta pela simplicidade e pela ética.


Admiro as pessoas e as quero bem. Todo o resto acaba batendo em minha porta pela simples bondade da Vida, ou das Leis
Naturais sempre no comando de nossa jornada.


Apesar dos erros dos homens vivo bem, sempre com os pés nas águas rasas e belas, na minha querida Cidade de Santos. Amanhã
com 468 anos.


Vida longa e livre dos político, aves de arribação. Ladrões de tua vitalidade.


És antes de tudo uma cidade feita para o amor.


Os casais de todas as idades bem podem dizer de quantos momentos de carinho em teus recantos.


Em Santos o amor sempre está no ar.


Paulo Cesar Fernandes

25 01 2014

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

20140120 Jung

Jung


Fecha a noite
Chama a cama
O sonho se mostra
Jung le, demonstra



Sonhos da noite
São verazes
Ilusões do dia
Falsas e vorazes
Roubam de nós
Calor, energia.



A noite em verdade...
... prepara o novo dia.




Paulo Cesar Fernandes

20  01  2014

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

20140122 O senso da vida

O senso da vida


A alma de tudo está no espírito das coisas. E uma série de outras coisas nonsense podem ser ditas e feitas.


Arrenego tudo que não tenha racionalidade e uma pitada de afeto por energia interior.


O Bem não tem religião e nem fronteiras. Varre do litoral aos sertões com a mesma ousadia e o mesmo cxaráter de
profundidade.


Ele é! E apenas com ele seremos nós. Todo o resto não passa de ilusão infantil.


E ilusões não trazem camisa a nenhum vivente. Vai daí cuida dos teus atos. Melhor dizendo dos pensamentos e dos atos pois
deles depende tua alegria e tua felicidade.


No mais, deixa o rio profundo da vida se abrir à tua percepção. Teu sorriso brotará no rosto como brota no rosto do infante
ao longo do sono.


Somos feitos para a Paz.


Paulo Cesar Fernandes

22 01  2014

20140122 Maria di Gaber e Luporini

Maria di Gaber e Luporini


"Quando chegamos a uma verdadeira consciência de nossa situação, a mudança se torna uma exigência, e não um fato abstrato e ideológico.


Enquanto não formos capazes de compreender a realidade de Maria, enquanto não venhamos a dar concretude ao amor e ao empenho político; os nossos esforços serão sempre abstratos e ideológicos, destituidos de sentido, palavra vazia, incapaz de mudar algo ou alguém."


Sandro Luporini  

(em seu livro "Vi racconto Gaber",
Milano (IT) : Mondadori Editore, 2013.


===


Chiedo Scusa Se Parlo Di Maria



Chiedo scusa se parlo di Maria
non del senso di un discorso, quello che mi viene
non vorrei si trattasse di una cosa mia
e nemmeno di un amore, non conviene.



Quando dico "parlare di Maria"
voglio dire di una cosa che conosco bene
certamente non é un tema appassionante
in un mondo cosi pieno di tensione
certamente siam vicini alla pazzia
ma é piú giusto che io parli di



Maria la libertá
Maria la rivoluzione
Maria il Vietnam, la Cambogia
Maria la realtá.



Non é facile parlare di Maria
ci son troppe cose che sembrano piú importanti
mi interesso di politica e sociologia
per trovare gli strumenti e andare avanti
mi interesso di qualsiasi ideologia
ma mi é difficile parlare di



Maria la libertá
Maria la rivoluzione
Maria il Vietnam, la Cambogia
Maria la realtá.



Se sapessi parlare di Maria
se sapessi davvero capire la sua esistenza
avrei capito esattamente la realtá
la paura, la tensione, la violenza
avrei capito il capitale, la borghesia
ma la mia rabbia é che non so parlare di



Maria la libertá
Maria la rivoluzione
Maria il Vietnam, la Cambogia
Maria la realtá.

Maria la libertá
Maria la rivoluzione

Maria il Vietnam, la Cambogia

Maria la realtá
Maria la realtá
Maria la realtá.



===


A mulher é a realidade.


Enquanto o homem não aprender a dar igualdade de valor à mulher que está amando no momento e à sua devoção, estará manco de uma das pernas.


Apenas andamos bem quando, de forma natural, cobrimos de afeto a mulher amada.


E ao mesmo tempo dedicamos algo de nós a nossas posturas filosóficas ou políticas.


Nosso coração apenas se preenche amando sinceramente ao tempo em que a razão busca novos horizontes.


Somos todos feitos de emoção e racionalidade. Malgrado tudo. Queiramos ou não.


Os pés fincados no chão e os sonhos singrando os ares num voo de águia.


Sonhos de Justiça, Saúde e Paz.


Paulo Cesar Fernandes

22  01  2014

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

20140121 Falas

Falas


Sento Sé.
Beira Rio São Francisco.
Apesar de receber imagens das redes nacionais tem a sua fala regional preservada.
Uma fala herdada dos ancestrais.



São Paulo, bairro da Moóca, perto do Juventus. Rua Cassandóca, Rua dos Trilhos...
O português mesclado do italiano: "Ô meu cê num vê?"
Só se for dali. Da comunidade parlante, comunidade linguística e barrial.
Um sabore de ancestralidade.



São Gonçalo, comunidade ceramista do Estado de Mato Grosso.
Um português amiscigenado com muitas expressões trazidas do guarani fazem um amálgama do "ch" ou do "xi" com uma

sonoridade já ouvida na ancestralidade dos antropólogos e etnólogos do passado. Algo muito caro a Darcy Ribeiro.
O sorriso e o linguajar das etnias dos povos originários. Uma fala valiosa.




Minha Santos, com suas tribos surfistas, trazem todo um linguajar mesclado de americanismos, mas que na boca de nossas
meninas e meninos ganham uma dimensão muito, mas muito santisssta. Aqui se mescla a ancestralidade Ibérica e Itálica com a Invasão Cultura dos EEUU. Mas é outra língua, cheia de beleza e maneirismos específicos. Belíssimos.


Depois de assistir o filme "A Hora e a Vez de Augusto Matraga" com Leonardo Vilar protagonista, partindo do conto de João
Guimarães Rosa, me dei conta da força dos inúmeros brasis imersos en cada recanto de nosso território. A riqueza das falas
dos personagens tem toda uma valoração existencial, não nossa fala atual, mas a vigorante nos dois séculos últimos no brasilzão
bem adentro do litoral, o Brasil Profundo como dizem alguns adeptos do Professor Guimarães Rosa.


Homem aberto a todas as religiões e todos os cultos, capaz de abarcar esse amálgama de credos que nada mais é que o
retrato mais fiel das crenças e crendiçes de nossa raça. Cadinho de etnias no imenso calderão.


Temos centenas de falas, mas queiramos ou não é o sertão, Sertão Profundo, ele habita dentro de cada um de nós brasileiros.


Tomando Jung, diria sermos fruto do "inconsciente coletivo" de nossa brasilidade, para nossa sorte.


E devemos isso aos escritores regionalistas, mas sobretudo a João Guimarães Rosa, homem culto e de mente ampla, capaz de deixar uma obra de grande profundidade. Profundidade psicológica de cada personagem, e ademais, desveladora das profundezas do Brasil não mostrado pelos Meios de Comunicação de Massa de matriz internacional, a maioria enfim.


É no papel, no livro, mais que qualquer outro meio o envolvimento entre o escritor e o leitor. Somos reféns de suas palavras e
de força de suas expressões tão brasileiras.


Para escrever em brasileiro não é possível fazê-lo sem passar pelas obras do Professor Guimarães Rosa.


Uma vez mais me sinto devedor. E busco ser aluno fiel.

Sim. Grato, muito grato.


Paulo Cesar Fernandes

21  01  2014


P.S.: Navegar nas margens do Rio São Francisco é sentir um outro Brasil a bataer em nossa sensibilidade. Rosa sabia muito mais disso, e usava sem cerimônia.

domingo, 19 de janeiro de 2014

20140119 Um quadro caro, mas de valor

Um quadro caro, mas de valor


Numa vernissage de grande pintor em galeria famosa em Nova Iorque, este se pos a pintar frenéticamente um novo quadro.


Ao cabo de 15 minutos.

Exausto. Se larga numa poltrona distante do quadro para poder bem apreciá-lo.


Em pouco tempo não pode mais ve-lo, os presentes se puseram ao redor apreciando e comentando.


Uma senhora muito bem vestida e perfumada se aproxima e pergunta:


_ Qual o valor do quadro pois quero comprá-lo?


_ Dois milhões de dólares. - secamente.


A senhora se empertigou toda.


_ Que absurdo! O senhor pintou o quadro em quinze minutos que eu sei.


_ Não, não minha senhora. Foram 57 anos e quinze minutos.


O público ao redor riu muito da mulher e entendeu o recado do artista.

===


Na verdade as pessoas de pouca sensibilidade, ou de baixo padrão intelectual nunca valorizam o esforço dos músicos, artistas e intelectuais.


Toda atividade intelectual é trabalho e tem valor. Valor intelectual impensável para quem não o fez, e valor monetário.


Dessa forma, quando estivermos em contato com um músico, um pintor, ou um intelectual saibamos dar valor ao trabalho dessa pessoa. Um trabalho artístico ou intelectual é de inestimável valor para quem o realiza. Não tem preço.


Apuremos nossa sensibilidade. Respeitemos o trabalho do outro.


Ao usar a ideia de algum autor cite a fonte. Peça ajuda a um
intelectual mas nunca peça o fruto de anos de seu esforço na consecução de um trabalho.


RESPEITE O OUTRO!!!


Paulo Cesar Fernandes

19 01 2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

20140117 Que somos

Que somos?


Que somos nós afinal?

Somos a imagem de nossos atos.


Palavras carregam os ventos, mas um bom ato, uma ação digna marca a ferro e fogo nossa passagem por este planeta. E não precisa ser nada grandioso capaz de nos trazer holofotes e reportagens.


Não. Nada disso.


Tudo se resume na maneira pela qual fazemos nossas tarefas, mesmo as menores, mesmo as mais simples: cortar o alho e a cebola no preparo das refeições; a maneira como arrumamos o quarto após uma noite de repouso; como preparamos a mesa para o desjejum; etc.


Pequenos atos...


São eles que, bem feitos, feitos com carinho, demonstram nosso valor, malgrado a opinião do resto do mundo.


Afinal o resto do mundo nada tem a ver conosco, com nossa identidade íntima, nossa individualidade.
Até porque somos nós os nossos mais severos ou mais complacentes juizes. E quanto mais complacentes melhor.


O tempo do pecado acabou.


Nosso tempo é da alegria e de cantos de gratidão à Vida, essa vida a correr em nossas veias e a irrigar nosso cérebro de ideias e propostas positivas, num processo de criatividade sem par. Pois quando a individualidade é livre, acaba brotando a criatividade, pois a alma está de bem com a Vida, está perfeitamente integrada às Leis Naturais gerente das coisas da natureza, bem como das coisas da ética. Todo homem verdadeiramente livre só pode ser ético. Não há outra alternativa.


E assim caminhamos. Com ou sem tropeços, mas algo melhor hoje, melhor ainda amanhã, num processo sempre dialético.


Dos pequenos aos grandes atos, construimos nosso diálogo já não com a Vida apenas, mas com a Existência a se espraiar no tempo e no espaço imemoriais.


Paulo Cesar Fernandes

17  01  2014

domingo, 12 de janeiro de 2014

20140112 Araquém

Araquém Alcântara


Araquém Alcântara deixa Santa Catarina chegando a Santos, minha cidade, aos 5 anos de idade.


Foram os recantos e encantos desta terra, espremida entre o céu, o mar e a Mata Atlântica as fontes de inspiração na captação de tantas e tantas imagens.


Hoje, consagrado no mundo como um fotógrato das matas brasileiras, seus livros não estão mais ao alcançe de nossas possibilidades econômicas.


De qualquer modo, sempre é muito honroso ter e saber da sensibilidade artística nascida no asfalto e nos paralelepípedos de minha cidade natal. Esses mesmos pisos tão presentes sob meus pés, ao longo desta minha vida.


Paulo Cesar Fernandes

12  01  2014