terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Lost?

Don´t follow me. I´m already lost.
Bob Dylan ao dizer esta frase usou de todo seu sarcasmo quanto aos que buscam líderes. Não queria ser lider de nada e a imprensa burra norteamericana insistia no assunto.
Mas eu, aqui e agora, sem o menor sarcasmo, assim vejo pais e professores.
Perdidos.
Procurando caminhos, e pedindo à sorte que não sejam seguidos, em seus incertos passos.
Educam e orientam sem certeza.
Temem reprimir os filhos, em alguns casos temem os próprios filhos.
Ouvem especialistas, buscam livros, discutem sobre a necessidade de estabelecer limites. Confundem definição de regras de ação, com repressão.
Muitos optam pelo silêncio, no lugar da firme orientação. Votam nulo, na eleição de projeto familiar.
Por certo existem jovens difíceis, existem ambientes inadequados, e propícios a todas sorte de desvios às novas gerações.
Pais e mestres são faróis a iluminar os caminhos, desde que o mundo é mundo. Por que temer justo agora, quando facilidades de toda sorte se apresentam através da tecnologia ampliando as possibilidades de escolha; escolhas acertadas, bem como equivocadas.
Nesse ponto o clima geral da família definirá rumos de orientação a crianças e adolescentes.
Uma casa apenas ou um lar?
Numa casa se sobrevive: come; dorme; banha; ...
Num lar vivemos. Com toda a riqueza e expressividade do verbo viver. Nele retiramos e fornecemos segurança; confiança; afetividade; enfim, plenitude espiritual.
Se na casa é cada um por si; diferentemente no lar todos são para a vida em família.
A vida em família.
Mas por que falar disso agora?
Não sei.
Ouvia “Over the border” com Eric Burdon and The animals. Fala em fronteiras. Limites, fronteiras. Talvez sejam as fronteiras que muitos jovens devam ou não devam ultrapassar. Talvez até, alguns jovens estejam ensinando novos caminhos  a seus pais. E juntos acabem por ultrapassar as fronteiras do isolamento de parte a parte.

Fernandes, Pauilo Cesar (Keine Grenze

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