sábado, 29 de março de 2014

20140329 Das nossas mãos

Das nossas mãos


Eu quero quebrar todas as cristaleiras.

Não ficará pedra sobre pedra.

Nada do passado.


Terreno arrasado para fazer nascer tudo de novo.


Feito por nós, em forma de mutirão, construindo juntos casas populares; construindo juntos escolas de verdade, onde a premissa maior seja o respeito e a liberdade; edificando hospitais populares e grandes ambulatórios de especialidades; a gente vai estar tão junto e tão ocupado no trabalho, que ninguém vai pensar em violência, e nem querer o que é do outro, pois vai ter para todos em igual medida; e claro que vai ter o futebol e a praia no fim de cada dia.


Mas tudo vai nascer da mais pura alegria.


As palavras companheiro, camarada, irmão ganharão novas significações, pois estaremos todos em construção de algo, e em construção de nós mesmos, cada um doando a sua parte, segundo as suas possibilidades.


Não veremos a preguiça, mas apenas o fervor de reconstrução de tudo aquilo que sempre nos foi negado. Que sempre nos interditaram, por interessses tão sujos que nem vale lembrar. Esquecer o passado. Teremos arrasado tudo, e começado tudo de novo.


Como sempre, alguns ficarão pelo caminho.


Mas veremos o verde da Esperança recobrir os corações.



"Quem tem de noite a companheira
Sabe que a paz é passageira
Prá defendê-la se levanta
E grita: Eu vou..."


(Marcos e Paulo Sérgio Valle - Viola Enluarada)



Não seremos unidades, mas somatórias. E cada vez mais se somando e se somando, pois é das nossas mãos o mundo que vem nascendo.


De mais ninguém é a culpa, é toda nossa a culpa da renovação, desses prédios, dessa terra florindo e frutificando.


É tudo culpa nossa.


Nós. Nós que quebramos as cristaleiras, que derrubamos as prateleiras, que desordemanos toda a sala de jantar, cozinha e quartos. Nós que trouxemos novos hábitos matando o egoísmo e brotando em seu lugar a bela solidariedade.


É tudo culpa nossa. Pois tivemos coragem. Matamos o passado e implantamos o Novo Mundo, da Nova Era.


Eles ficaram para trás? É pena. Pois a vida de verdade deve seguir adiante sem eles.


Nada do passado. Só temos olhar de ver o futuro. O corpo cansado mas febril de sonhos, pois sempre haverá muito a fazer.


Que assim seja, e assim será !


Portal Fernandes

29 03 2014

20140329 Ensaio Geral do Gilberto Gil




Ensaio geral
Gilberto Gil



O Rancho do Novo Dia
O Cordão da Liberdade
E o Bloco da Mocidade
Vão sair no carnaval
É preciso ir à rua
Esperar pela passagem
É preciso ter coragem
E aplaudir o pessoal



O Rancho do Novo Dia
Vem com mais de mil pastoras
Todas elas detentoras
De um sorriso sem igual
O Cordão da Liberdade
Ensaiado com carinho
Pelo Zé Redemoinho
Pelo Chico Vendaval



Oh, que linda fantasia
Do Bloco da Mocidade
Colorida de ousadia
Costurada de amizade
Vai ser lindo ver o bloco
Desfilar pela cidade



Minha gente, vamos lá
Nossa turma vai sair
Nossa escola vai sambar
Vai cantar pra gente ouvir
Tá na hora, vamos lá
Carnaval é pra valer
Nossa turma é da verdade
E a verdade vai vencer



© Gege Edições Musicais ltda (Brasil e América do Sul)
Preta Music (Resto do mundo)



Outras gravações:
 "Songbook Gilberto Gil", Chico Buarque, Lumiar
 "II Festival MPB", Elis Regina, Polygram
 "Grandes compositores", Pocho e sua orquestra, RGE



===


A Arte de verdade, com A maiúsculo, caixa alta sim senhor, sempre tem outros sentidos, elementos submersos na profundeza do mar das palavras.


O artista não sai procurando os sentidos, são estes sempre o buscando para reverter a ordem das coisas.


Mas o artista. Ele diverte para reverter, ou reverte tudo para divertir?


O sentido o dá o artista ou o depreende o público?


Há sempre a dúvida, muito mais em tempos como os ditatoriais do nosso continente, tão pródigo em ditaduras e golpes de estado.


Nesses momentos. o artista mergulha e se solta. para que todos os sentidos possam lhe ter acesso. e dele fazer medianeiro de todas as coisas necessárias de ser ditas.


Quem as dirá senão o artista?


Só ele, solto no mundo. é capaz de dizer sem medo, e seguir adiante. Dentro ou fora da prisão. Com ou sem atentados. Mas cumpriu a sua missão, pois a palavra dita ecoa e sempre ecoará no céu dos corações antenados. E isto apenas os artistas podem fazer.


Pois a arte, a verdadeira arte, é a forma primeira da palavra LIBERDADE.


LIBERDADE ! ! !


Paulo Cesar Fernandes

29 03 2014

quinta-feira, 27 de março de 2014

20140327 Meu debate com o TSE


Tribunal Superior Eleitoral Quem programa essas urnas, por acaso, é gente como EU. Não , somos bandidos e nem somos obrigados a fazer qualquer coisa que não concordemos. Direito constitucional e garantido pela lei. 8.112. Aqui, político não programa para urna. Aqui, o que mais tem é gente de bem, decente, tentando e fazendo o melhor possível, não para garantir a eleição dos políticos, mas o meu e o nosso direito de votar e fazer valer esse voto em quem bem entendermos. E como é difícil.

Posso te dizer e provar, que passamos a maior parte do tempo dormindo mal, vivendo mal e trabalhando excessivamente, para garantir esse direito. não só o nosso, o seu também. Mas te dou uma oportunidade: Me procure aqui no facebook, me adicione. Te adiciono de volta. O dia que você puder, combinamos te faço um tour pelas seções de desenvolvimento das eleições. Não posso tirar a dúvida de todos, mas convido você, Paulo Cesar Fernandes, para tal. quem sabe essa impressão ruim que, interesse maior de muitos políticos de "oposição", foi feita do sistema eleitoral brasileiro.



Paulo Cesar Fernandes Eu sei apenas que, quando não concordamos como eu não concordei em Santo André. E nem brigava com meus chefes e com o pessoal que fez coisas equivocadas e muito. Eu não brigava dentro da PMSA. Denunciava nas ruas. Pois sou militante. E aprendi a ser militante no PT. Esse mesmo PT que traiu o povo brasileiro e a mim pessoalmente. Mas não há ódio pois ódio nos torna fracos, vencemos pelo poder dos neurônios meu amigo. Fui demitido por colocar a nú o que ocorria dentro da PMSA junto ao povo. Verdadeiros discursos em bares e padarias.

"Voce acha que o que vc fala por aí não chega aqui no Paço?"

Uma coisa é perdoar, desconsiderar tudo isso, outra coisa é deixar de usar como elemento ilustrativo num diálogo como o nosso. Tudo isto é risível para mim hoje. Passado. Quanto ao senhor peço que compreenda, meu colega de informática, que não estou
afirmando que efetivamente isto ocorre aí. Mas. Tendo em conta o
autoritarismo do PT, e de todo partido político; estou me reservando o direito de colocar tudo em dúvida. Posso até conhecer um ministro e colocar em dúvida sua competência técnica para a área ao qual foi designado. Posso respeitar a cada um de voces como técnicos, e respeito. Mas querer elementos garantidores da lisura no decorrer do pleito. No dia da eleição. Chamo isso de "Pontos de Controle", capazes de ser colocados em qualquer sistema de informática. Assim como temos pontos de reinício nos sistemas de grande emissão de papel, podemos ter "Pontos de Controle de Lisura" para serem colocados à disposição dos
observadores internacionais e aos fiscais dos partidos.

Longe de mim desfazer ou desvalorizar o trabalho de alguém. Mas penso, conheço um pouco de Informática e apenas proponho coisas. Não seria a primeira vez que uma ideia minha é descartada, e nem porisso me fiz inimigo dos descartadores. Lanço ideias no mundo. Se as usarem muito que bem, nem autoria tenho buscado. Aos 62 anos os holofotes não me são mais necessários. Prefiro a Paz e o Retiro Pessoal. Saúde e Paz. PC

Paulo Cesar Fernandes Devo ainda agradecer a atenção que recebi de voces. Em verdade me honra.

"Aqui, o que mais tem é gente de bem, decente, tentando e fazendo o melhor possível, não para garantir a eleição dos políticos, mas o meu e o nosso direito de votar e fazer valer esse voto em quem bem entendermos. E como é difícil. Posso te dizer e provar, que passamos a maior parte do tempo dormindo mal, vivendo mal e trabalhando excessivamente, para garantir esse direito. não só o
nosso, o seu também."

Espero que toda essa turbulência passe e tudo volte a ser paz nos lares de cada um. A família sempre sofre quando estamos em um furacão. Sofre e muito. Enfim...

20140125 Brasil litoral

Brasil litoral


E o sol bate a pino
Corpos soltos nas areias
Brisa sopra do fundo do mar



É da minha terra.
Sua marca registrada:
O sol.



E seu povo feliz, apesar de tudo.
Sobrepuja as dores e segue.
Tem na própria rota o valor.
Valor de ser Santista.



Nascido entre morros e mar
Sempre caminhando ao Mar a Pé.
Sempre encontrando gentes
De todas as terras
Padrões sociais,
Ideologias...



Nada mais aberto que o mar
Das areias vejo África
Nas areias os povos dela vindos
O povo afro
E como é bom
A miscigenação
A admiração
A cortesia



Assim é minha cidade praiana.
No litoral do Brasil.



Paulo Cesar Fernandes

25  01  2014


Nota:

Marapé é um bairro de Santos cujo nome nasceu exatamente do fato de se poder "ir ao Mar a pé". Isto nos tempos muito antigos quando a cidade de Santos não tinha avançado na orla do mar, formando o que Burle Marx chamou de "A muralha dos egoístas.".


A imensidão de prédios altos impedindo aos ares do mar
chegar ao restante dos bairros da cidade.


De uma forma ou de outra a Cidade de Santos, minha cidade, é muito linda.


E será com muita dor se, algum dia, por algum motivo como a insuportabilidade do Brasil, eu tiver que deixar Santos.


O Brasil está se tornando um pais insuportável para mim.


Vários aspectos me entristecem. Talvez, vendo do Uruguai, Argentina ou Portugal a dor seja menos profunda. O punhal cravado no peito de todos os meus sonhos talvez se dissolva pelo próprio transcurso do tempo.


Vamos ver como se afigura este ano: Copa do Mundo; Eleições; Manifestações; etc.


Talvez tudo isso não passe de apenas uma tragédia a mais, se somando aos programas sensacionalistas dos Meios de Comunicação de Massas.



O Brasil é um pais onde os Bárbaros (de barbárie mesmo) e os Truculentos e Canalhas sempre tiveram e ainda tem espaço.

20140327 Eu não me sinto brasileiro

20140327 Eu não me sinto brasileiro


Escrito a partir de
"Io no me sento italiano"
Di Giorgio Gaber e Sandro Luporini






 
Eu não me sinto brasileiro


Eu PC nasci e vivo em Santos
De Pelé, Robinho e Neymar.
Eu não me sinto brasileiro
mas por sorte ou muito azar eu o sou.



Me desculpe Presidenta
não é por culpa minha
mas esta nossa Pátria
não sei que vem a ser.



Pode ser que me engane,
e que seja uma bela idéia,
mas a vejo hoje
como um poema brutal.



Me desculpe Presidenta
não sinto mais nada
com o hino nacional
nada relacionado com o pais atual.



E quanto aos jogadores,
não quero julgar ninguém,
os nossos não o sabem
e não pensam no Planalto.



Eu não me sinto brasileiro
mas por sorte ou muito azar eu o sou.



Me desculpe Presidenta
se chego à imprudência
de dizer que não sinto
pertencer a nada disso.



E fora Mariguella
e outros heróis coerentes
não vejo algum motivo
para estarmos orgulhosos.



Me desculpe Presidenta
mas tenho em mente o fanatismo
dos tempos de repressão
nos DOI-CODI do fascismo.



Do qual um belo dia nasceu
esta falsa democracia
que para nela crer
há que ter muita fantasia.



Eu não me sinto brasileiro
mas por sorte ou muito azar eu o sou.



Este belo País cheio de poesia
tem tantas pretensões
mas no nosso mundo ocidental
está além da periferia.



Me desculpe Presidenta
mas este nosso Estado
que vós representais
me parece destruído
por interesses venais.



É por demais claro
aos olhos das pessoas
tudo é superfaturado
e nada mais funciona.



Será que os brasileiros
de longa tradição
são muito apaixonados
por uma boa discussão.



E no parlamento sempre
há algo incandescente,
na troca de favores
e depois não muda nada.



Eu não me sinto brasileiro
mas por sorte ou muito azar eu o sou.



Me desculpe Presidenta
convenha comigo
dos limites que temos
discutiremos entre nós apenas.



Mas à parte o derrotismo
nós somos o que somos
e temos triste passado
não podemos esquecer.



Me desculpe Presidenta
talvez nós do Brasil
aos olhos de outros povos
somos só Carnaval, Samba, céu anil.



Assim me zango
fico bravo, olho atrás
E lhe lanço a pergunta:
O que foi Diretas-Já?



Eu não me sinto brasileiro
mas por sorte ou muito azar eu o sou.



Este País é pouco sábio,
com 62% de analfabetismo,
mas se nascesse em outro lugar
poderia ser pior.



Me desculpe Presidenta
enfim já falei demais,
uma observação a mais
que acredito importante.



A respeito dos bolivianos
nós os acreditamos menos
por não ter entendido
nossos povos como o são.



Me desculpe Presidenta
eu sei que não fica feliz
se eu grito "Vota nulo! Vota nulo!"
como pregão da Bolsa, ou estádio de futebol.



O faço para não morrer
e mais para crer em algo
39 ministérios?
me são a maior vergonha.



Eu não me sinto brasileiro
mas por sorte ou muito azar eu o sou.



Eu não me sinto brasileiro
mas por sorte ou muito azar eu o sou.



Eu que no passado oPTei.
Pensando um Brasil mais limpo
Tendo voces no poder
Entre a sorte e o azar
Já não sei por qual optar.




Paulo Cesar Fernandes

27 03 2014

sábado, 22 de março de 2014

20140323 Amores imperfeitos

Amores imperfeitos


_ Eu nunca na vida deixei de te amar. - diz Ana ao Júlio, após relação sexual, quando os olhares seguiram se tocando muito ternamente.


Uma Obra de Arte nunca perde seu prazo de validade.

Assista ao treiler:
https://br.video.search.yahoo.com/video/play?p=amores+imperfeitos&vid=efb800c2aa3fc54a9d10b4ea511243e8&l=2%3A04&turl=http%3A%2F%2Fts2.mm.bing.net%2Fth%3Fid%3DVN.608021404735834849%26pid%3D15.1&rurl=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3Dac7Ks44d7C0&tit=Amores+Imperfeitos+Trailer&c=4&sigr=11a2svcot&sigt=10q7b34o0&back=https%3A%2F%2Fbr.search.yahoo.com%2Fsearch%3Fei%3DUTF-8%26p%3Damores%2Bimperfeitos%26pvid%3DKoh51zk4LjHxmPUkUxsdlwtOMTg5LlMt4K7_10Ao%26fr%3Daltavista&sigb=13rgrrl2t&ct=p&age=0&&tt=b

Pela segunda vez assisto o mesmo filme, e nos mesmos pontos a mesma emoção. Algumas coisas me levaram a isso:


1. O pano de fundo é a cidade de São Paulo, ela para mim tem uma significação especial. Um grande sabor de libertação. Um imóvel meu, simples, pequeno, humilde até, mas meu. Recanto amado por tudo que me trouxe. Moema estava aos meus pés. Além do mais Sampa é a dualidade do amor e ódio. Do medo em cada esquina. Mas como sinto falta dela, a cada semana são muitos os momentos em que deveria estar nela. Fotografar. Andar. Amar.
Mi manca qualcosa senza te, como dizem os italianos.
Mi manca São Paulo.


2. Todo o tempo a doçura é o elemento transbordando das imagens. Um casal passeando pelos mais lindos lugares da Cidade de São Paulo.
Dois amigos de faculdade se encontram e ele, com viagem marcada para o exterior, para trabalhar numa plataforma de petróleo, pede a Ana que passe a tarde com ele, afinal ele precisaria de algumas boas lembranças na fria Noruega.
Na maior parte da peregrinação eles não se tocam, nem mãos dadas nem nada, o tema central são as lembranças do relacionamento que tivaram no passado e a cidade de Sampa. Falam, de passagem, nos relacionamentos de cada um e pronto.



"A beleza da vida está no olhar que colocamos em cada uma das coisas.
São os olhos, ou o interior a eles o foco central da beleza.
As coisas são tão somente coisas.

Frias e sem vida.
Nossos olhos, nossas lembranças, emoções fazem tudo ganhar vida, ganhar cor.
Nós somos a vida de todas as coisas."


Paulo Cesar Fernandes - 23/03/2014



3. Na trilha sonora esta Paulinha do Kid Abelha. Isso faz o filme mais doce ainda.


4. Márcio de Lemos é um diretor, por mim desconhecido, este trabalho o apresentou. Vi nele uma maneira poética e diversa de enfocar a cidade, focar a cidade, onde esta tem a mesma representatividade dos atores. São Paulo é personagem juntamente com Ana e Júlio. Talvez apenas eu assim o veja, pelo amor dedicado a Sampa. Mas o diretor é diferenciado.


5. "Amores imperfeitos" é um grande jogo entre o amor imperfeito do casal, no tempo em que deveria ter ocorrido; e os amores imperfeitos de todos nós pela Cidade de São Paulo.
Sempre é um amor imperfeito, mas incondicional.
Quem nela viveu e disser que não a ama mente.
Mesmo com assaltos, com gente de baixo padrão mental no trânsito desvairado; por outro lado gente interessante brota a cada momento: na padaria, no mercadinho do bairro, na biblioteca, num parque qualquer.
Durante os anos que lá vivi; os aspectos positivos superaram em muito, mas em muito mesmo as ocorrêncas infelizes.



Minha primeira reação foi mudar de canal:

_ Bah! Já vi esse filme. ........ Mas deixa eu dar uma olhadinha. .....Bem, ele é mesmo legal. Sim. É uma declaração de amor à Cidade de São Paulo. Até que rever a cidade nessa ótica/poética é um bom negócio neste fim de sábado.


6. A delicadeza dos diálogos entre o casal é tocante. Geralmente relações desfeitas tem agressões: abertas ou veladas em cada diálogo. Nem isso, nem competição de uma das partes aparece em momento nenhum.
É uma redescoberta mútua. Cheia de leveza. Uma leveza merecida por todos nós.



Isto apenas ocorre em obras de arte. Repito. Assisto pela segunda vez e me devolve a mesma sensibilidade.
Me eleva e enleva. Dois posts para um filme?



Apenas Win Wenders é capaz de fazer isso comigo. Apenas ele me tem merecido tal consideração.


Por certo será uma boa noite de sono.


Paulo Cesar Fernandes

23 03 2014

20140322 Giorgio Gaber_L'Ingenuo (Prosa

Giorgio Gaber_L'Ingenuo   (Prosa






Tu sei un ingenuo.
Tu credi a tutto,
e ti butti con troppa facilità perché sei un ingenuo,
tu sei avido e vorace di conoscenza
e abbocchi a tutti i mangimi,
ma stai attento,
non c’e niente che sia meno nutriente dei mangimi.



Tu sei troppo suggestionabile,
il tuo cervello aderisce subito,
come trovi una bella idea,
ti ci butti come su un osso,
ma attenzione,
non c’e niente di meno nutriente delle idee.



Le idee sono come quei legnetti bucati,
che nelle spiagge si tirano ai cagnolini per farseli riportare.

E tutti ci corrono addietro, le mordono,
le sciupacchiano, le portano in giro scodinzolando,
e te le rimettono davanti tutte biascicate.



Tu viaggi troppo,
ma attenzione, non c’è niente di meno nutriente dei viaggi.

Ti basta un paese nuovo,
e il cuore ti si emoziona,
la testa ti gira,
un infinito si apre nuovo per te,
un ridicolo, piccolo infinito.

E tu ci caschi dentro.



Il viaggio è la ricerca di questo nulla,
di questa piccola vertigine per ingenui.



===


Tu és um igênuo
Acreditas em tudo
em tudo com tanta facilidade pois és um ingênuo
és ávido e voraz pelo conhecimento
abocanhamos tudo e comemos
mas fica atento
não ha nada menos nutriente que o que comemos



És muito sugestionável
teu cérebro adere fácilmente
como aceita uma nova ideia

e se fixa como a um osso
mas atenção
nada é menos nutriente que uma ideia.



As ideias são como pedaços de madeira,
atirados aos cães para que os tragam de volta

Trazem de volta, mas mordidos
e babados, mas com o rabo abanado
arrastam tudo à tua frente.



Tu viajas muito
mas atenção não há nada menos nutriente que uma viagem

Te basta um pais novo,
e o coração se emociona
a cabeça gira
um infinito novo se abre para ti
um ridículo e pequeno infinito

E tu te colocas dentro



A viagem é a busca desse nada
Dessa pequena vertigem para os ingênuos.



===

Somos todos como cães que se aferram ao osso, nos aferramos às ideias. E mais ainda às ilusões, a viagem é apenas um exemplo dado pelo gênio para nos mostrar de quantas ilusões nesta vida nos alimentamos.


Eu sou o maior de todos os ingênuos nesta vida. Sempre acreditei nas coisas e nas pessoas. As porradas da vida nunca foram leves. As pessoas das instituições percebiam essa minha fragilidade/inocência e me usavam como bom operário, servidor fiel e burro. Me roubavam ideias inclusive.

Um dia acordei disso tudo.

Falei muito e feri a quem achava que não prestava. Certo ou errado assim foi.

Depois de muito ter apanhado: Bati. Bati duro. E o vazio se fez ao meu redor.

Sou mais feliz hoje.



Pois na verdade não é nada disso que nos sustenta.

Somos muito mais que pedaços de carne ambulantes.

Temos muito mais a oferecer e a receber.

Basta estar atento. E viver! E voar!



Paulo Cesar Fernandes

22 03 2014

P.S.: Estar com Gaber e suas obras é sempre estar em boa companhia. Obrigado!

20140322 Final de um espetáculo de Giorgio Gaber e Sandro Luporini

Final de um espetáculo de
Giorgio Gaber e Sandro Luporini





Ler o livro de Luporini, sobre seu trabalho com Gaber, é como
te-los ao nosso redor, numa conversa na sala de estar, como antigamente o havia nas casas.


Hoje não mais temos salas de estar, pois as pessoas não mais estão.
Autômatos imantados a uma tela que lhes dita a vida.


Mas fiquemos com Gaber.

===


Finale


Nella penombra della scena l’attore prosegue,
senza intaccare minimamente l’ordine prestabilito.



Avrebbe voglia di rovesciare tutto,
di introdurre un’inversione, uno sfasamento,
una confusione, una curvatura.



Ma anche negli atti più insoliti,
la sua vita è un meccanismo perfettamente oleato.



Qualche rara volta
sembra che si riesca veramente a romperlo,
una specie di magia.



Per un istante il meccanismo regolato della scena si interrompe,
a metà di una frase l’attore si arresta,
la sa a memoria questa parte che recita ogni giorno,
ma forse questa sera si rifiuta di andare avanti,
gli altri personaggi si irrigidiscono col braccio alzato.



La misura che l’orchestra aveva cominciato si prolunga indefinitamente, bisognerebbe ora fare ualcosa. 

                               
Dire una parola, una parola qualunque, che non sia scritta nel copione….


===
Na penumbra da cena o ator prossegue
Sem mudar nada da ordem estabelecida



Tinha vontade de bagunçar tudo
fazer uma inversão, um deslocamento
uma confusão, uma mudança de rumo



Mas mesmo nos atos mais insólitos
A sua vida é um mecanismo perfeitamente ajustado



Qualquer mudança
parece correr o risco de ruptura
uma espécie de magia.



Por um instante o andamento da cena se interrompe
ao meio de uma frase o ator estanca
foge da memória o texto que recita todo dia
mas esta noite talvez se recuse a avançar
os outros personagens param de braços levantados



A nota que iniciara a orquestra se prolonga indefinidamente
era necessário fazer qualquer coisa agora



Dizer uma palavra, uma palavra qualquer, não escrita no roteiro.

===


Conta Luporini, que naquele instante de 1978 e 1979, ele e Gaber já haviam se distanciado dos movimentos institucionais dos partidos e das instituições.


A morte de Aldo Moro, pelas Brigadas Vermelhas, era algo forte. Repercutia fortemente na Itália e no mundo. E o trabalho deles sempre tratara da atualidade, mas não poderia tocar no tema, seria grotesco, dado o impacto de tudo aquilo no mundo.


Um impacto semelhante à queda das torres gemeas.


Estavam numa encruzilhada: algo já não era mais, a matéria prima do trabalho não podia ser usada, e tinham algo a dizer; a necessidade de mudança ainda era um imperativo. Não podiam abrir mão desse trunfo. O texto acima reflete algo dessa angústia.


Se percebermos atentamente o palco cênico representa a sociedade; o ator rebelde é a representação de cada um de nós. E o texto intencionalmente mistura o palco e a vida.


Tenho dito aos alunos da UNESP quando tenho oportunidade que, aos 62 anos me encontro na coxia do palco da vida. O centro desse palco é deles. Que tomem o poder, que façam a revolução, pois os velhos falhamos todos na construção de um pais melhor, de um mundo melhor. Cabe a eles, com todo o idealismo, fazer o
trabalho não feito por nós: por incompetência; por covardia; por comodidade; por crenças irreais;etc.


Cada um de nós teve sua motivação para deixar o mundo tal
qual chegou.


Muitos encontramos forças contrárias muito fortes. Fomos alijados de nossas possibilidades. Dos possíveis espaços. Até hoje venceram os torpes e os sem idealismo e sem ética. "Vence na vida quem diz sim", não é Chico Buarque?


Mas o texto do Gaber é para todos nós.


Exatamente nós. Não mudamos um fio de cabelo do nosso penteado, somos sempre iguais e previsíveis em tudo.


Pequenos autômatos, a nos deslocar no mundo, a rapetir pensamentos e gestos tal qual Carlitos em Tempos Modernos.


Nossos corpos e nossas mentes foram formatados, para viver e se sentir bem apenas na mesmiçe. O novo nos apavora, e levantamos os braços como se estivessemos sendo raptados de nosso Habitat Natural.


Nada temos de Fernão Capelo Gaivota, nada aprendemos da mensagem de Richard Bach. A mediocridade da nossa Zona de Conforto é mais segura.


Nem todos somos assim, alguém dirá. E isto é verdade.


Mas cada um deve saber de si. Se fizer sincera análise se descobrirá.



Paulo Cesar Fernandes

22 03 2014

20140322 Infância

Infância


Como pode um homem esquecer de sua infância?


Como pode esquecer, os pequenos espaços de terra onde jogava fubeca, ou bolas de gude, como o queiram; como pode esquecer das celas de pião, dos rachas no pião do outro?


Como esquecer do Seu Costa, o comerciante que na esquina da Luis de Faria e da Rua Bahia nos vendia essas maravilhas todas?


Não. Nossa cidade é muito mais que um ponto no mapa. Entranha dentro de nossa alma, se apega com todas as forças, trazendo emoções capazes de nos colocar água aos olhos.


Do jogo de taco que não pode parar. Nem chamado materno, nem banho, nada era importante. As duplas se formavam e o campeonato estava dado. O tempo voava mais que as mais belas tacadas, onde a bola ia longe, nos permitindo 10 a 12 pontos. Numa partida de 30 isso era significativo.


_ Cortou!

_ Cortou nada! E foram 10 nessa tacada.


E o pessoal, sempre mais de 6, sentado no muro do 67 na Pasteur fazia o trabalho de juiz.


Como pode um homem esquecer de sua infância?


Das chuvas de verão, onde na correnteza das águas tudo servia de barco, para chegar ao bueiro da esquina. Era caixa de fósforos; palito de sorteve; graveto; etc.


Cada qual escolhia o seu, mas não valia empurrar ou tocar no barco depois de solto; depois do JÁ da largada era de quem tivesse escolhido melhor. Talvez o mais leve, penso hoje.


Das corridas do vigia da Sorocabana, onde se roubava para nossas químicas cacos de enxofre; carvão. E algumas frutas como é de praxe.


Dos jogos contra a Paraguai ou a Manuel Vitorino. A Paraguai era páreo duro pois tinha o Nenê (Pasteur; Santos F. C.; um time do México). Mas a gente tinha o Mazinho que batia uma bola e o Duda da Luis de Faria que davam uma equilibrada.


Nos sábados de tarde tinha um Jazz que saia do 73 com piano, baixo e bateria. Piano do Flávio, baixo do Luis e bateria do Grijó. Enquanto isso o futebol corria solto e sonoro no asfalto.


Da iluminação precária de noite, com lâmpadas incandescentes de 200W. É claro que a bola do taco só no dia seguinte.


Dos violões do José Roberto e do Cabeto nas músicas do Milton Nascimento e Chico Buarque. Afinal viviamos a época dos Festivais da Record.


Como pode um homem esquecer de sua infância?


A infância e a nossa cidade, no meu caso a Cidade de Santos, são as coisas mais fortes transportadas por nossa alma.


Sempre saltam, a nos convocar, espaços da cidade ou eventos da infância,  nos fazendo mais humanos.


Paulo Cesar Fernandes

22 03 2014

sexta-feira, 21 de março de 2014

20140321 Rita Ferro (Portugal

Rita Ferro   (Portugal


Falamos a mesma língua. Vivemos os mesmos dramas em paises distantes, mas com realidades muito próximas. Ambos vítimas do neoliberalismo atual.

Na entrevista à SIC esta mulher me impressionou. Injustiçada venceu apesar de tudo. É disto que precisa o mundo. Gente de talento e de garra.

Uma pergunta a nos fazer é por que motivo a TV brasileira não mostra nada de Portugal, ou de qualquer outro pais que não seja os EEUU.




Rita Maria Roquette de Quadros Ferro, conhecida como Rita Ferro (Lisboa, 26 de fevereiro de 1955), é uma escritora portuguesa1 .

Biografia

Estudou design e foi professora de Publicidade. Começou a publicar em 1990 tendo também colaboração dispersa na imprensa, nomeadamente na revista Ler e nos jornais Diário de Notícias e A Capital. Participou em diversas conferências e colóquios e publicou mais de 20 romances.

Publicou, entre outras obras, Uma Mulher Não Chora, Os filhos da mãe, A menina é filha de quem?. Miguel Real colocou Rita Ferro na categoria de Realismo Urbano Total, distinguindo-a da famigerada Literatura Light. A sua obra está publicada em Espanha, no Brasil e na Croácia.

Durante 11 anos exerceu o cargo de redactora de publicidade nas Selecções do Readers Digest. Iniciou a sua carreira literária, em 1990, com a publicação do romance O Nó na Garganta.

Seguiram-se os livros O Vestido de Lantejoulas (1991) e O Vento e a Lua (1992).

Em 1994 apresentou, conjuntamente com Mário Zambujal, o programa "Quem conta um conto" na RTP2. Está representada em algumas antologias, nomeadamente em O Mistério de Lisboa, selecção de textos de autores portugueses sobre Lisboa, (Editora Relógio d’Água, 1994).

Em 2000 estreou em Valongo (Porto), a peça "O Menino dos Olhos Grandes", de Júnior Sampaio, a partir de crónicas de sua autoria. O romance Uma Mulher não Chora foi editado em 2002. Com a sua filha Marta lança o livro "Desculpe lá, Mãe". Em conjunto com a sua irmã, Mafalda Ferro, elaborou a fotobiografia "Retrato de Uma Família: Fernanda de Castro, António Ferro e António Quadros".
Em 2011 publicou o seu primeiro romance autobiográfico: A menina é filha de quem?, distinguido com o Prémio Pen Clube Português de Narrativa 2012. Integra o Conselho Consultivo da Fundação António Quadros.

Actualmente é convidada habitual do programa Conversa de Raparigas na Antena 3.

 

 

Obras

Romances

  • O Nó na garganta (Dom Quixote, 1990)
  • O Vestido de Lantejoulas (Dom Quixote, 1991)
  • O Vento e a Lua (Dom Quixote, 1992)
  • Por Instinto (Editorial Notícias, 2000)
  • Os Filhos da Mãe (Dom Quixote, 2000)
  • A Menina Dança? (Dom Quixote, 2002)
  • Uma Mulher não Chora (Dom Quixote, 2002)
  • És Meu! (Dom Quixote, 2003)
  • Não Me Contes o Fim (Dom Quixote, 2005)
  • As Caras da Mãe (Dom Quixote, 2006)
  • Responde se és Homem (Dom Quixote, 2007)
  • 13 Gotas ao Deitar (Oficina do Livro, 2009)
  • 4 & 1 Quarto (Dom Quixote, 2009)
  • Chocolate, (2010)
  • A menina é filha de quem?, (Dom Quixote, 2011)

Crónicas

  • Por Tudo e Por Nada (Dom Quixote, 2002)
  • Os Cromos de Rita Ferro (Dom Quixote, 2003)
  • Sexo na Desportiva (Dom Quixote, 2007)

Outras publicações

Retrato de uma Família, com Mafalda Ferro (1999)

terça-feira, 18 de março de 2014

20140317 Sonho de Unidade

Sonho de Unidade



Não há um homem de verdade
Desta América Latina
Que tivesse pensado seu pais
Desconectado
Dos demais países
Latinoamericanos.



De tempos imemoriais
De povos ancestrais
Vem uma unidade racial
Perpassando fronteiras
Derrubando limites estabelecidos
Por conquistadores



Somos sós e somos unos.
Povos de mesma intensidade
Nações espalhadas por nossas terras
Sofrida história sonhada Unidade
Nomes. Muitos nomes há
Mas apenas um a todos representará:


TUPAC AMARU.


Portal Fernandes

17 03 2014

segunda-feira, 17 de março de 2014

20140317 Caçada

Caçada

Caçador de Mim
Milton Nascimento



Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim



Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim



Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim


===

A busca eterna da compreensão de si mesmo, como Ser existencial e incompleto, num constante processo de completude.


Uma "pedra rolante" arrojada na existência para, como Buda, se fazer senhor/senhora de todas as emoções e sensações.


Fazer do corpo escravo nesse sentido.


E soberanamente aberto ao novo, ao presente e ao futuro que se construirá no mundo, com ou sem as nossas mãos.


Somos sim, responsáveis, mas por vezes as forças contrárias são mais poderosas, e nos isolamos na mais alta montanha, para poder melhor traçar estratégias de luta.


Muito provavelmente da luta interior, a mais feroz dentre todas. Afinal...


"Vitorioso é o que vence a si mesmo." não é assim Gandhi?



Paulo Cesar Fernandes

17 03 2014

domingo, 16 de março de 2014

20140314 O amante

O amante



"Eva ainda não nasceu."
                Giorgio Gaber e Sandro Luporini






O macho não fala de amor fora do ato.

O macho não se preosupa em conhecer o corpo da mulher, Quais das práticas lhe dá mais prazer, lhe faz mais feliz, faz sexo e isso lhe basta.

O macho não manda bombons ou flores mais.

O macho não lembra datas, não lhe importam, principalmente as mais importantes para a sensibilidade de sua femea.

O macho nunca percebe ou se refere ao novo vestido ou ao novo penteado da mulher.

O amante, por sua vez, cobre todos esses espaços, todas essas lacunas. Faz da mulher amante seu foco de vida.

Os olhos brilhantes da mulher dizem ao mundo todo de sua nova felicidade: estar amando novamente.

Só o machão não percebe. E perde.


Paulo Cesar Fernandes

14  03  2014

sábado, 15 de março de 2014

20140315 Alexandre Garcia_Comentário

Alexandre Garcia e as manifestações de Junho de 2013

Amigos e pessoas ligadas aos partidos, se liguem!

Quando digo que a Time-Life do Brazil (Globo) está em campanha para o PSDB eu não minto.

Ouçam o comentário do Alexandre Garcia feito em 24 de março de 2013.

Como não tenho rabo preso com ninguém, e quero que todos eles (PT, PSDB, PQP e o escambau) vão pro saco o mais rápido possível, tenho toda liberdade de postar o que me dá na telha, e hoje posto o vídeo se segue:

https://www.youtube.com/watch?v=ryZWzq6c8do


Notem bem que este é um comentário de 24 de junho de 2013. Feito no calor das manifestações que abalaram o país, manifestações que deixaram todos esses imbecis que trabalham na Globo sem parâmetros para uma análise serena e equilibrada dos fatos. Isso deverá ser usado pelo pessoal do PSDB até o limite de nossa paciência, mas eles estão escondendo a data. Como sempre, e em todos os paises a extrema direita tem as mesmas táticas.

Agem como se o Governo do PT fosse de esquerda, não percebem que são farinha de um mesmo saco. Um saco cheio de ratazanas petistas e psdbistas. Sempre se unem nas votações de interesse comum. Gatunos!


Essa imagem é muito significativa.
Muito real!


Mas isso já passou e tem coisa mais importante ocorrendo no mundo:

1. Michelle Bachelet tomou posse no Chile com promessa de mudanças estruturais naquele pais;

2. Salvador Ceren ganhou as eleições em El Salvador. Pela segunda vez consecutiva a FMLN (Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional) ganha as eleições. Primeiro foi com Mauricio Funes, jornalista e militante político, cuja esposa é uma brasileira Vanda Pignati da cidade de São Paulo. Formada em Direito. Companheira da Solidariedade à Nicarágua Sandinista e a El Salvador. A tal ponto El Salvador tocou seu coração que foi embora de vez.

Voltando ao Brasil.

O Brasil de hoje realmente está complicado.
Quando a Presidente não sabe que o termo Presidente é um termo "comum de dois"; assim como a palavra Jací que pode seu usado para o Senhor Jací e para a Senhora Jací. Assim como a palavra Gerente. Não existe Gerenta e Gerento, mas sim O Gerente e A Gerente. O Presidente e A Presidente.

Quando temos uma presidente que desconhece o vernáculo de sua pátria todo o seu ministério fica desacreditado.

Mas o que mais desacredita o Ministério tanto do Senhor Lula como de Dona Dilma é sua incompetência.

Por essa incompetência e seu descompromisso com o povo brasileiro eu vou lutar o que puder para não permitir que esses condenados fiquem no poder.

Peço a todos que antes de votar pensem na possibilidade de anular o voto. Pelo menos não teremos passado cheque em branco para ser roubado no Senado, na Câmara e no Executivo.

O Estado Brasileiro faliu; mas não economicamente apenas; faliu moralmente.

A falência das instituições requisita a refundação do Estado, esta em novas bases onde o povo tenha vez e voz não apenas na hora do voto, mas em cada decisão a ele concernente.

Por um Brasil plebiscitário JÁ!


Paulo Cesar Fernandes

15 03 2014

Nota: Comum de dois gêneros são os substantivos que, de uma só forma, têm o artigo que os acompanha flexionado de acordo com o sexo que se quer indicar: artista, pianista, economista etc.

terça-feira, 11 de março de 2014

20140311 Palavras existenciais

Palavras existenciais


A loucura do passado. Loucura forte, verdadeiramente insana. Me deixou nas mãos uma leve inclinação a sentir o sabor da vida.


Afinal vida e morte são apenas dois lados de uma só moeda que chamo Existência.


Vinda antes do berço, a existência prossegue bem e muito após o momento do túmulo.


Mas por que motivo falar disso agora?


Por ouvir uma música muito linda capaz de me mostrar como cada momento, segundo, instante do vivido é forte, capaz de nos forjar uma alma mais intrépida diante de todos os percalços da vida.


Não importa que acabe. Ela está por inteiro nos acordes desse tango que agora ouço.


Viver é ouvir boas músicas e ler bons livros.


Depois de ter amado sinceramente a mulher ao nosso lado.


Paulo Cesar Fernandes

11 03 2014