terça-feira, 30 de outubro de 2012

Carlos Mejia Godoy Credo

Apesar de ser ateu, não consigo deixar de admirar a beleza dos versos deste poeta.
Composta esta música para um trabalho de nome "Misa campesina" (Missa camponesa) foi, ao longo de todo o momento inicial da Revolução Popular Sandinista um forte canto de fé, e usado nas diversas atividades da Igreja Católica Progressista da Nicaragua.

Devo dizer ser minoria a vertente da "Igreja Popular" ou  "Teologia da Libertação" um dos termos mais lindos que esse grupo de missionários poderia encontrar.
Vamos ao texto:


Credo
Carlos Mejia Godoy  (Cantautor nicaraguense

Creo señor firmemente
Que de tu pródiga mente
Todo este mundo nació
Que de tu mano de artista
De pintor primitivista
La belleza floreció



          Aqui temos Deus como criador da beleza.


Las estrellas y la luna
las casitas las lagunas
Los barquitos navegando
Sobre el río rumbo al mar
Los inmensos cafetales
Los blancos algodonales
Y los bosques mutilados
Por el hacha criminal
Los inmensos cafetales
Los blancos algodonales
Y los bosques mutilados
Por el hacha criminal



          A intervenção do homem detonando a beleza natural


Creo en vos
Arquitecto, ingeniero
Artesano, carpintero
Albañil y armador
Creo en voz
Constructor de pensamiento
De la música y el viento
De la paz y del amor



          Deus criou a beleza, mas Deus é operário.
          O operário também cria.
          Portanto também é um deus.
          Em seguida vai dizer que cre no Cristo Operário.


Yo creo en voz Cristo obrero
Luz de luz y verdadero
Unigénito de Dios
Que para salvar al mundo
En el vientre humilde y puro
De María se encarnó
Creo que fuiste golpeado
Con escarnio torturado
En la cruz martirizado
Siendo Pilatos pretor
El romano imperialista
Puñetero desalmado
Que lavándose las manos
Quiso borrar el error
El romano imperialista
Puñetero y desalmado
Que lavándose las manos
Quiso borrar el error




          O Romano Imperialista aqui representa os Estados Unidos que alimentavam financeiramente os "contra", grupos armados que matavam e destruiam a produção de todo o Norte do país.
          Sediados em Honduras, ao chegar a noite, e mesmo de dia faziam incursões no território nicaraguense matando e sequestrando os jovens de 13 a 15 anos que faziam a guarda das plantações de café e algodão mais especificamente.
          Podemos ler também, Cristo representando todo o povo da Nicaragua Sandinista; um povo sob o tacão das botas do imperialismo sendo sacrificado nos mais diversos aspectos da vida diária.
          Mortos, muitos mortos, dez ou mais por dia, familias inteiras dizimadas pelos "contras". Verdadeiros Cristos.

Creo en voz,
Arquitecto ingeniero
Artesano carpintero
Albañil y armador
Creo en voz contrustor de pensamiento
De la música y el viento
De la paz y del amor
Creo en voz
Arquitecto ingeniero
Artesano carpintero
Albañil y armador
Creo en voz contrustor de pensamiento
De la música y el viento
De la paz y del amor



          Apesar de tudo o poeta cre em Deus. E coloca sua arte a favor de todo um povo para que todo esse povo se ponha do lado de Deus, e do lado da Revolução Popular sandinista. Pois como diz o poeta Ernesto Cardenal não há contradição entre o cristianismo e a Revolução.


          Eu também não vejo contradição em ser verdadeiramente Revolucionário. 
          Mas hoje eu advogo a Revolução dos Neurônios. 
          A inteligência vencendo a bestialidade humana. 
          Principalmente a Bestialidade dos Donos do Mundo, as Grandes Potências opressoras dos pequenos, e dizimadoras de etnias através de guerras por elas inventadas e alimentadas.

          Uma politica por eles denominada de "higienização de territórios". Territórios limpos para que grandes empresas capitalistas comprem estes territórios,  ou os arrendem por 50 ou 100 anos (em geral de governos corruptos), na perspectiva de havendo o esgotamento das terras onde vivem possam ter outros lugares de cultivo.

          Isto tudo ocorre sob nossas barbas, e nada sabemos, nada falamos, somos em geral coniventes com esses massacres financiados pela Inglaterra; EEUU, França e Alemanha principalmente. 

          Me perdoem falar inicialmente de Deus e depois descer para a brutalidade/bestialidade humana.
          Mas tudo isto faz parte da vida, com ou sem Deus a vida é isso aí por enquanto.
          Um detalhe importante: somente de corações (Amor) e neurônios (Razão) voltados para o Bem, traremos para a Terra o Reino de Justiça prometido por Jesus de Nazaré.


Paulo Cesar Fernandes

30  10  2012

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Contra a violência no Brasil

(Reflexões em forma de diálogo.)

_ Tu me dizes que o mal existe. E eu, de peito opresso sou obrigado a concordar contigo. Afinal vejo os jornais, embora neles não acredite, pois são lesados, éticamente lesados, todos eles. Mas há neles fatos, e eu não brigo com os fatos.

_ ...
_ Os nossos se vão de balaços. Populares e policiais. Gente digna e cumpridora dos deveres. Gente em defesa de nossas vidas, de nossa

capacidade de ir e vir. De nossa liberdade.


_ Mas os toca Ninja..
_ Sim os Toca Ninja são os que matam. Matam pais de familia, filhos dedicados, maridos compridores do dever. 
Homens como tu e eu. Humanos e corretos, pois os da banda podre estão no outro lado. São do outro lado. Até usam Toca Ninja também.

_ Mas as instituições...
_ Não há instituições respeitáveis num Estado fraco, impotente e corrupto. Com um executivo e um legislativo podres.
Incapazes de resistir a uma séria investigação. Banda Podre da vida Nacional que o Ministério Público não ousa investigar.


_ Nem todos!!!
_ É aí que reside a diferença. Nem todos! Mas quem e quantos estão em cada lado? Não dá para saber. E nas ruas os
policiais vivem a secar o gelo. O Ministério Público não poe a mão nessas instituições.


_ Angela Calmon.
_ Coragem e fibra necessária para um pais com as nossas atuais características.



_ Até quando?
_ Até o momento em que nós ficarmos com coragem, mas muita coragem mesmo, uma coragem incomensurável e nos
juntarmos a outras vozes capazes de enfrentar esse Estado impotente, impostor, e falso. Que mantem os familiares dos governantes com toda segurança, e deixa a população ao Deus dará. Seus próprios servidores sem as condições mínimas de trabalho. Sem coletes à prova de balas, sem armamento capaz de emparelhar com o armamento dos bandidos.


_ Mas...
_ Eu estou dizendo para voltarmos às ruas, policiais, familiares de policiais e povo inseguro nesta vida insana que temos
no Brasil inteiro. Unidos numa somatória capaz de assustar todas as instituições: câmaras municipais; assembléias estaduais; câmara federal e senado federal; Supremo Tribunal Federal e Presidência da República.


_ Mas isso é Revolução!
_ Nem de longe meu amigo, nem de longe. É apenas um grande NÃO!!! Uma negativa a se fazer ouvir nos mais
distantes rincoes desse pais.


_ ...
_ Percebe?  Nós estamos sem nada. Quem domina o pais é a truculência e a desonestidade. Pois nós estamos calados.


_ ...
_ É isso mesmo! Enquanto o cão não mostra os dentes ninguém pensa que ele pode morder. Está na hora de mostrar os

dentes, rosnar bem alto, e se for o caso ir pro confronto e morder com toda força dos nossos dentes.


_ ...
_ Aí eles vão perceber com quem eles estão lidando. Somos bons, pacatos, cordatos, mas... Ninguém é cachorro manso, 
neste Brasil onde o povo é desrespeitado por todas, efetivamente todas as instituições. E por todas as pessoas que ocupam cargos eletivos. Nós, povo, somos a escória da sociedade para todos eles, assim que acaba o processo eleitoral.


_ E os Toca Ninja?
_ Eles estão entre nós, são povo como nós, e serão descobertos. Terão a sua hora e a sua vez, como sempre dizia Augusto

Matraga. Personagem magistral de João Guimarães Rosa. E tem mais. Num pais vigendo a normalidade não haverá a menor ncessidade de uso da violência.


_ Mas há um caminho. E não poderemos nos acovardar ante a premência de nossos atos. A rua chama a cada um de nós. Conclama todo um povo a se posicionar. Contra a incompetência das instituições. Contra a inépcia de todos os governantes: municipais; estaduais e federais. Comprometidos todos com o próprio umbigo, "querem que o povo se exploda" como dizia o personagem do saudoso Chico Anísio.


A rua nos pede que nos posicionemos.

Em favor da Vida.

Contra toda espécie de violência.

BASTA!!!

Paulo Cesar Fernandes

29  10  2012

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Cães soltos

Belissimo texto.
Saudades deste gênio que nos deixou a 1 de janeiro de 2003.
O mundo está menor sem a sua grandeza.

I Cani Sciolti (Giorgio Gaber / Sandro Luporini)

parlato:
O homem é um animal social, quando encontra outro que pensa como ele abana o rabinho.
(L’uomo è un’animale socievole;  quando incontra qualcuno che la pensa come lui, scodinzola.)

Sózinhos não podemos fazer nada
não é que não de valor ao individuo
mas creio que um momento coletivo
seja um desejo do homem para sentirse vivo
para crescer e aprender
é preciso estar em muitos
e não se pode contar
com os cães soltos.

(Da soli non si può far niente,
 non è che io non dia valore all’individuo,
 ma credo che un momento collettivo
 sia un bisogno dell’uomo per sentirsi vivo;
 per crescere e imparare
 bisogna essere in molti
 e non si può contare
 sui cani sciolti.)



Sozinhos não podemos fazer nada
é justo buscar o próprio pertencimento
um unir-se nas idéias e intenções
para destruir um mundo de corrupção
para poder recomeçar
com vontade outra vez
e não se pode contar
com os cães soltos.


(Da soli non si può far niente,
 è giusto trovare una propria appartenenza,
 un fondersi di idee e intenzioni
 per distruggere un mondo di corruzioni;
 per poter ricominciare
 ci voglion nuovi volti
 e non si può contare
 sui cani sciolti.)



Sozinhos não podemos fazer nada
precisa tentar alguma agregação/união
o sinto como única salvação
uma união que nos de uma segurança
que devemos retomar
para não ser abatidos
não se pode contar
com os cães soltos.


(Da soli non si può far niente
 bisogna tentare una qualche aggregazione,
 la sento come l’unica salvezza,
 un’unione che dia una sicurezza;
 ci dobbiamo ritrovare
 per non essere travolti
 e non si può contare
 sui cani sciolti.)



Mas os cães soltos
um pouco individualistas
um pouco anarcoides
são os últimos utópicos
assim não se contentam
com eleições e partidos e coalizões
já estão de saco cheio.
Não permitem representantes
se não se sentem envolvidos
são alérgicos ao poder
os cães soltos.


(Ma i cani sciolti
 un po’ individualisti,
 un po’ anarcoidi,
 sono gli ultimi utopisti,
 purtroppo non si accontentano
 delle elezioni e dei partiti e delle coalizioni,
 ne hanno pieni i coglioni.
 Non ce la fanno a delegare
 se non si sentono coinvolti,
 sono proprio allergici al potere
 i cani sciolti.)

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Recorda ese nombre Giorgio Gaber. Busca saber de ello.
Su arte es libertaria.
Nos hace piensar y piensar mas profundamente sobre nuestra vida.
Que hacer con nuestra vida? Nos sirve asi o cambiamosla?

Teniendo mil opciones, cual es mehor?
Mas justa, mas solidaria, mas hermosa, mas amorosa.
Vivimos para la competitividad o para el amor?
Bueno, uno tiene que hacer decisiones.
Y solo las hace se for libre, autonono.
Sin nadie a le decir cosas...

En esto esta la belleza de la vida: en la LIBERTAD!!!
Sin ella jamas llegaremos a la FELICIDAD que todos la buscan, y mas de las veces en los senderos mas equibocados, mas equibocados de todo.

TU! Hace tus elecciones existenciales.
Que temprano lleges a la FELICIDAD.

Paulo Cesar Fernandes

24  10  2012

sábado, 20 de outubro de 2012

Minha cidade, meu chão

No dia em que eu vim-me embora
Caetano Veloso


No dia em que eu vim-me embora
Minha mãe chorava em ai
Minha irmã chorava em ui
E eu nem olhava pra trás



No dia que eu vim-me embora
Não teve nada de mais
Mala de couro forrada com pano forte brim cáqui
Minha vó já quase morta



Minha mãe até a porta
Minha irmã até a rua
E até o porto meu pai
O qual não disse palavra durante todo o caminho
E quando eu me vi sozinho
Vi que não entendia nada
Nem de pro que eu ia indo
Nem dos sonhos que eu sonhava
Senti apenas que a mala de couro que eu carregava
Embora estando forrada
Fedia, cheirava mal



Afora isto ia indo, atravessando, seguindo
Nem chorando nem sorrindo
Sozinho pra Capital
Nem chorando nem sorrindo
Sozinho pra Capital
Sozinho pra Capital
Sozinho pra Capital
Sozinho pra Capital…


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Nas pequenas cidades do nordeste brasileiro, onde todos se conhecem, se amam e se odeiam, sentimentos contrastantes constantes da vida de cada um.

Neste cadinho de sonhos, ilusões e desencantos cabe ao jovem o ato. Buscar vida nova e mais fértil, num recanto mais longe, na capital do estado ou no Sul tão falado. Chega o tempo de se aprumar.

É de lei que se faça, a viagem tão sonhada por uma vida vivida, mais digna, mais variada.
Mas todo sonho tem custo. A dor da saudade corroe, desanima, maltrata.
Pois sou sempre estrangeiro, qualquer lugar que eu vá.

Nada do meu aconchego, de saber nome e destino daquele que vai mais ali.
Rostos, rostos, mais rostos....
E eu neste meio de mundo, de asfalto feito e carros, querendo me destruir. De asfalto feito e carros querendo me destruir.


Ando sem eira nem beira
Lugares que desconheço
Pessoas que desconfio
Entre pedra e mais pedra
Da calçada e dos prédios



Desanimo!
E quero de volta a sandália
areia rolando nos dedos
beira-rio e folgazão
ca filha do Zé Tião
tão arisca como bela
seu vestido na janela
lembro inda a emoção



_ Corro e pego voce!
_ Pega não, pega nada



Assim corria a tarde
Entre desafio e arremedo
Até o sol ir calando
E seu cabelo em meu rosto
E meu ombro seu apoio
Nosso jeito de se gostar



_ Sai fora capiau!!!
_ Ichh! O farol...

São seis direções as que tenho
Se numa delas me pego
Me fixo, fico firme
Faço casa e faço nome
Prá Rosinha comigo morar



Me assalta um medo agora
Quem mais não está na hora
E pos o corpo prá fora
Corre risco se demora
De ter outro em seu lugar



E mais penso
E mais me apresso
Neste outro universo
Logo trabalho encontrar



E tudo enfrento erguido
De leitura sou servido
Sorte não há de faltar.



Já trabalho
e feito um burro
até o dia anoitar

meu recanto chegar.
Por volta das nove banho
E o radio toca falar
Moído, o corpo adormece

Assim o tempo passa
O sonho de Rosa arrefece
Nova mulher aparece
Femea de bom paladar
E fácil se faz familia
Na caminhada certa
De mais familia buscar.



O tempo de pouco em pouco
Desfaz a lembrança
Da cidade da infância
Com São Francisco a banhar.



Paulo Cesar Fernandes

20  10  2012

terça-feira, 16 de outubro de 2012

LA ANARQUIA

Nayer Lopez (Uma poetisa que vive na Dinamarca
 
♥ ♥ LA ANARQUIA

Que viva la paz,
Y las relaciones libres de interés,
Y los poetas desconocidos,
Y la personalidad como incógnita,
Y la moral como meta,
Y la soledad como posibilidad,
Y el pasado sin rencor,
Y las relaciones fecundadas por la madurez,
Y los espejos como futuros adornos,
Y la comunicación como sentimiento,
Y los poemas de extraños,
Y los himnos de principiantes,
Y el diálogo entre los hombres,
Y como únicas armas el lenguaje y la pluma,
Y los caminos libres de tapujos,
Y los objetores de conciencia,
Y los pequeños políticos,
Y el desorden organizado
Y por último, que viva,
Por supuesto, LA ANARQUIA....♥ ♥
 
16/10/2012

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Adriana Vandoni Curvo - SIMPLESMENTE CORAJOSA


SIMPLESMENTE CORAJOSA

 


           Adriana Vandoni Curvo

             é professora de economia, consultora, especialista em Administração Pública pela FGV/RJ.


           Blog
http://argumento.bigblogger.com.br/ .

 

 

PRESIDENTE, VÁ SE FODER!

                      por Adriana Vandoni Curvo

Não sei se é desespero ou ignorância. Pode ser pelo convívio com as más companhias, mas eu, com todo o respeito que a "Instituição" Presidente da República merece, digo ao senhor Luis Inácio que vá se foder. Quem é ele para dizer, pela segunda vez, que tem mais moral e ética "que qualquer um aqui neste país"? Tomou algumas doses a mais do que o habitual, presidente?

Esta semana eu conheci Seu Genésio, funcionário de um órgão público que tem infinitamente mais moral que o senhor, Luis Inácio.

Assim como o senhor, Seu Genésio é de origem humilde, só estudou o primeiro grau e sua esposa foi babá. Uma biografia muito parecida com a sua, com uma diferença, a integridade. Ao terminar um trabalho que lhe encomendei, perguntei a ele quanto eu o devia. Ele olhou nos meus olhos e disse:

- Olha doutora, esse é o meu trabalho. Eu ganho para fazer isso. Se eu cobrar alguma coisa da senhora eu vou estar subornando. Vou sentir como se estivesse recebendo o mensalão.

Está vendo senhor presidente, isso é integridade, moral, ética, princípios coesos. Não admito que o senhor desmereça o povo humilde e trabalhador com seu discurso ébrio.

Seu Genésio, com a mesma dificuldade da maioria do povo brasileiro, criou seus filhos. E aposto que ele acharia estranho se um dos quatro passassem a ostentar um patrimônio exorbitante, porque apesar tê-los feito estudar, ele tem consciência das dificuldades de se vencer. No entanto, Lula, seu filho recebeu mais de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares) de uma empresa de telefonia, a Telemar. E isso, apenas por ser seu filho, presidente! Apenas por isso e o senhor achou normal. Não é corrupção passiva? Isso é corrupção Luis Inácio! Não é ético nem moral! É imoral!

E o senhor acha isso normal? Presidente, sempre procurei criar os meus filhos dentro dos mesmos princípios éticos e morais com que fui criada. Sempre procurei passar para eles o sentido de cidadania e de respeito aos outros. Não posso admitir que o senhor, que deveria ser o exemplo de tudo isso por ser o representante máximo do Brasil, venha deturpar a educação que dou a eles. Como posso olhar nos olhos dos meus filhos e garantir que o trabalho compensa, que a vida íntegra é o caminho certo, cobrar o respeito às instituições, quando o Presidente da República está se embriagando da corrupção do seu governo e acha isso normal, ético e moral?

Desafio o senhor a provar que tem mais moral e ética que eu!

Quem sabe "vossa excelência" tenha perdido a noção do que seja ética e moralidade ao conviver com indivíduos inescrupulosos, como o gangster José Dirceu (seu ex-capitão), e outros companheiros de partido, não menos gangsteres, como Delúbio, Sílvio Pereira, Genoíno, entre outros.

Lula, eu acredito que o senhor não saiba nem o que seja honestidade, uma prova disso foi o episódio da carteira achada no aeroporto de Brasília. Alguém se lembra? Era início de 2004, Waldomiro Diniz estava em todas as manchetes de jornal quando Francisco Basílio Cavalcante, um faxineiro do aeroporto de Brasília, encontrou uma carteira contendo US$ 10 mil e devolveu ao dono, um turista suíço. Basílio foi recebido por esse senhor aí, que se tornou presidente da república. Na ocasião, Lula disse em rede nacional, que se alguém achasse uma carteira com dinheiro e ficasse com ela, não seria ato de desonestidade, afinal de contas, o dinheiro não tinha dono. Essa é a máxima de Lula: achado não é roubado.

O turista suíço quis recompensar o Seu Basílio lhe pagando uma dívida de energia elétrica de míseros 28 reais, mas as regras da Infraero, onde ele trabalha, não permitem que funcionários recebam presentes. E olha que a recompensa não chegava nem perto do valor da Land Rover que seu amigo ganhou de um outro "amigo".

Basílio e Genésio são a cara do povo brasileiro. A cara que Lula tentou forjar que era possuidor, mas não é. Na verdade Lula tinha essa máscara, mas ela caiu. Não podemos suportar ver essa farsa de homem tripudiar em cima na pureza do nosso povo. Lula não é a cara do brasileiro honesto, trabalhador e sofrido que representa a maioria. Um homem que para levar vantagem aceita se aliar a qualquer um e é benevolente com os que cometem crimes para benefício dele ou de seu grupo e ainda acha tudo normal! Tenha paciência! "Fernandinho Beira-Mar", guardando as devidas proporções, também acha seus crimes normais.

Desculpe-me, 'presidente', mas suas lágrimas apenas maculam a honestidade e integridade do povo brasileiro, um povo sofrido que vem sendo enganado, espoliado, achacado e roubado há anos. E é por esse povo que eu me permito dizer: Presidente, vá se foder!

Adriana Vandoni Curvo

 



Cuiabá / MT

Obama assassinou este homem

O homem que escreveu estas palavras foi covardemente assassinado por Barak Obama.
 
Isto nos faz ter como canalhas todos os candidatos à Presidência dos Estados Unidos. Apenas com esta característica o sistema permite sua candidatura.
 
Assassinou um homem, para ter maiores chances de reeleição.
 
Um homem que faz um texto como abaixo se verifica, longe está de ser um ditador, como a propaganda ocidental o coloca.
 
Admito que me faltam maiores informações, mas tenho uma certeza: não as colherei entre os vendidos meios de comunicação ocidentais. Outras vias me chegarão às mãos.
 
 
 
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¿Cómo puede la sociedad rectificar su orientación en caso de desviación de la ley?
 

“si el sistema de gobierno es dictatorial, como sucede en los regímenes políticos, en todo el mundo, en el caso de desviación con respecto a la ley de la sociedad, la sociedad no tiene otro medio de expresar y de corregir la desviación que la violencia, es decir, la revolución contra el sistema de gobierno.

La violencia o la revolución, incluso si expresan la toma de conciencia de la sociedad respecto a esta desviación, no son obra del conjunto de la sociedad. Son solamente emprendidas por aquellos que tienen posibilidad de iniciativa y la audacia de declarar la voluntad de la sociedad. Sin embargo, esta puerta conduce a la dictadura, porque esta iniciativa revolucionaria puede, por necesidad de la revolución, dar el poder a un sistema de gobierno que sustituya al pueblo, lo que significa que el sistema de gobierno sigue siendo dictatorial. Por mucho que sean consecuencias de la existencia de una situación anterior no democrática, la violencia y el cambio por la fuerza son, en sí mismas actos no democráticos.

Una sociedad que gira aún alrededor de este axioma es una sociedad retrasada.

¿cuál es, por tanto la solución?

La solución es que el pueblo llegue a ser el sistema de gobierno desde los congresos populares de base hasta el congreso general del pueblo, que se ponga fin a la administración gubernamental para ser reemplazada por los comités populares, y que el congreso general del pueblo sea un congreso nacional, en el que se agrupen los congresos populares administrativos, las uniones, los sindicatos y todas las asociaciones profesionales. Si se produce una desviación respecto a la ley de la sociedad en un sistema semejante seria una desviación colectiva que sería tratada de una manera colectiva, por la revisión democrática y no por la fuerza. La forma de revisar o tratar una desviación no es ya un proceso de elección voluntaria del modo del cambio o del trato, sino una consecuencia ineludible de la naturaleza de ese régimen democrático. En un caso semejante, no hay ningún grupo exterior contra el que pudiera ser dirigido una acción violenta o al que pudiera hacerse responsable de esta desviación.”

Muammar el-gaddafi

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Bluesman na Baixada Santista

Eu disse   na   Baixada Santista e não   da   Baixada Santista.
Embora goste de Santos...

Muita gente boa no Brasil toca Blues. Gente que eu não ponho reparo nenhum enquanto músico.
Mas ser bluesman é outra coisa. É uma visão de mundo. E quem tem essa visão de mundo no Brasil vem na Baixada Santista, no SESC, e eu ainda não tenho a data mas não faltará divulgação.

Quem é ele?

Veja a seguir: Fonte: http://www.andrechristovam.com.br/index_biografia.htm

Biografia

Considerado o principal artista do blues do Brasil,
André Christovam traz na bagagem uma história de mais de 30 anos de estrada. Foram anos de  estudos e muitas viagens tocando com diversas lendas do blues.

 

 

 

Nada mais nada menos que Buddy Guy.

Define seu futuro musical quando, em 1974, ganha uma aposta que fez com o fotógrafo, Sérgio Amaral. O pagamento foi o disco "The London Howlin' Wolf Session", que tinha a participação de Eric Clapton. Mas foi o guitarrista Hubert Sumlin, que também fazia parte deste disco, quem o  fez seguir o caminho do blues.

Com doze anos de carreira musical, em 1988, André Christovam grava o álbum "Mandinga", seu primeiro disco pela gravadora Eldorado, e por suas letras em português, torna-se um marco da discografia do blues nacional.

Quando lança seu disco "A Touch of Glass", André Christovam apresenta suas composições em inglês e mostra-se um exímio "slide guitarist". Com bottleneck no dedo, realiza 70 shows em seis meses, culminando com apresentações deste trabalho nos Estados Unidos, no Tobbaco Road, em Miami, lotando a casa por duas noites. Menos de um ano depois, têm início as gravações de um álbum que foi um verdadeiro divisor de águas na história do blues no Brasil. André Christovam, B.B. Odon e a cozinha de Buddy Guy, composta por Jerry Porter (bateria) e J. W. Williams (baixo e vocal) registraram em 80 horas de gravação, o que viria a ser o terceiro disco de André Christovam, "The 2120 sessions".

Ainda em 1991, André decide agrupar em torno de sua guitarra e voz o que denomina "sua formação ideal". Nasce então o André Christovam Trio, por onde já passaram os músicos: Paulo Zinner, Athos Costa, Mario Fabre, Guimo Migoya, Izal de Oliveira, Fabio Zaganin e Maurício Uzeda.

Em 96, André Christovam tem participação em duas músicas do lendário guitarrista Carlos Santana durante sua turnê pelo Brasil. E no ano seguinte entra no estúdio de novo e tira das cordas de sua guitarra, o que ele denomina catarse - a purificação ou limpeza figurativa das emoções de tocar blues por 20 anos no Brasil. O CD gravado recebe o título de "Catharsis" e é considerado o começo de novas aventuras do band-leader e o fim de uma etapa de sua carreira.

A descoberta da compatibilidade dos elementos brasileiros com sua maneira "blues" de tocar, indicam novos caminhos para sua música. Do resultado deste novo experimento, surge o CD "Banzo", o quinto disco de sua carreira, lançado em 2002. "Banzo", vai desconcertar os que vêem o blues como uma música repetitiva, aprisionada em doze compassos e acorrentada aos clichês dos mestres do passado. "Banzo" faz a comunhão do blues com o samba, a world music, a MPB.

Heresia? Lá fora, quem desbrava novos caminhos para esse gênero centenário é considerado ousado e até visionário. O blues já soube fundir-se a gêneros tão diversos como jazz, rock, tecno, reggae, hip hop, música árabe e africana, por que recusar a influência da música brasileira, uma das mais ricas do mundo? "Era uma evolução lógica", afirma André.

Seria mais fácil fazer um bom disco de covers, tocando clássicos que os fãs de blues conhecem e apreciam, sem correr riscos, sem precisar queimar a  pestana. "Banzo", ao contrário, é um disco autoral, com as qualidades e defeitos de quem não se acomoda, pesquisando e experimentando incansavelmente.

As composições, todas de autoria de André, trazem de volta a verve poética que fez de canções como "Genuíno Pedaço do Cristo, Confortável",  Dados Chumbados e "So Long Boemia" (faixas de "Mandinga") alguns dos maiores clássicos do blues nacional.

Graças a um convite de Débora Teixeira do SESC Pinheiros, André foi incumbido de preparar um evento que uniria todas as vertentes do blues brasileiro. O show se transformou num evento de alto luxo e num maravilhoso especial da TV Cultura que foi exibido em quatro capítulos na passagem de ano de 2008 para 2009: O Blues no País do Samba e contou com a participação do mestre Heraldo do Monte, Flavio Guimarães, Greg Wilson, Álvaro Assmar, Carlão Gaertner entre inúmeros outros jovens artistas dos quatro cantos do nosso país!

O ano de 2009 trouxe a turnê de celebração dos 20 anos do disco Mandinga e cortou o país com uma série memorável de shows que além do AC Trio trouxe a contribuição do pianista Adriano Grineberg. "Um outro projeto saiu dos meus sonhos" ele diz. "Ir para a estrada e tocar com o mais importante guitarrista da historio do Brasil: Heraldo do Monte! Após nossa aproximação nas gravações de O Blues No País do Samba, tive a chance de conviver com ele e com Dª Lurdes e fizemos algumas apresentações inesquecíveis. Acreditem, esse projeto vai durar enquanto ele não me puser pra fora da casa dele. Cada encontro é uma aula e para absorvê-la vou levar o resto da minha vida. Heraldo é Jóia Maior da Coroa da Guitarra Brasileira"!

No entanto nuvens escuras rondavam o horizonte: Baixas de grandes proporções vieram para fechar o ano. Após dez juntos o baixista Fabio Zaganin e o baterista Mario Fabre deixaram o trio e seguem suas jornada com nossa torcida! Uma nova formação do trio então foi formada com dois músicos que migram da cena musical de Salvador - Bahia - Maurício Uzeda no contrabaixo e o argentino Guimo Migoya na bateria. Essa versão do AC Trio passou boa parte de 2010 na estrada, foram vistos nos Festivais de Brasília e de Rio das Ostras e ainda juntaram-se a Luis Carlini e Álvaro Assmar para abrirem os shows de Johnny Winter no Canecão do Rio de Janeiro e no Via Funchal em São Paulo, percebam a opinião dele a respeito desse episódio: -“Patético, trazer artistas de tamanha relevância mundial ao nosso país quando estão nos estertores de sua carreira e nem sombra de sua grandeza chega a ser projetada é uma vergonha. Fazer parte disso me deixou vexado e muito triste”.

Em Setembro de 2010 o maior dos baques, Dª. Cida, mãe, maior conselheira e amiga vem a falecer após um acidente doméstico menos de um mês após completar 90 anos. –“A perda é enorme e não há reparo que conserte o vazio. Mas, uma vida como a dela é razão para celebramos em todas as instâncias. O baile lá em cima ficou mais animado e agora é meu pai que ficará com os cabelos em pé para controlar tanta energia!” Após esse acidente André tirou o resto do ano para curtir o silêncio dessa nova etapa e com a ida de Guimo para Argentina a nova formação do AC Trio se desfez.

E para 2011, como se faz para celebrar 35 anos de uma jornada tão especial? O ano começou com a oportunidade de tocar os arranjos do amigo trombonista Bocato com a Orquestra Sinfônica Municipal no Aniversário de São Paulo.

Regidos pelo Maestro inglês Nelson Wong e ao lado dos músicos Andréas Kisser (Sepultura), Mingau (Ultraje) e Japinha (CPM22) formaram o núcleo musical que acompanhou Kid Vinil, Paulão (Velhas Virgens), Badaui, Supla, Paulo Ricardo, DH, Zeider,Tony Campello, Clemente, Malu Magalhães e os irmãos Vecchione (Made in Brazil) além dos rappers Rappin Hood, Thayde e DJ Hum num evento portentoso de mais de 2 horas de duração e mais de 10 mil pessoas assistindo em plena Praça da República!

 “É, foi um bom começo de ano, aprendi muito com a vitalidade, dedicação e musicalidade de todos os envolvidos, principalmente do Japa, do Mingau e do Alemão (Andreas Kisser), uma aula de humildade e amor à música. Nenhuma atitude presunçosa, nada de egocentrismo, extrema pontualidade... Uma vibe maravilhosa! Inesquecível pena que foi uma vez só! Mas, no mais estou avesso a celebração e mais interessado em estudar guitarra, dividir meus novos conhecimentos com alguns alunos que já são parte da família e passear com meus filhos e meu cachorro... Nada muito grandioso. Mas, um germe teima em cutucar essa tranqüilidade... Há a idéia de reunir-me com o Mario e o Fabio para comemorar esses “35 anos de loucura” em junho e nos encontramos para possíveis gravações, já conversamos e está tudo encaminhado, mas sem afobação porque com a falência do selo Eldorado e a infinita re-organização do sistema de divulgação e venda de música nos tempos atuais, ainda estou absorvendo opções e estudando alternativas. Devagar... Bem devagar... Se existe uma verdade a ser dividida é que ainda amo compor e gravar. E mais ainda quando esses dois senhores estão envolvidos no projeto”.

Uma novidade, no entanto, nos deixa curiosos: Ao lado do amigo e ex-aluno Gabriel Nascimento prepara-se para colocar no mercado uma produtora com a intenção de atuarem no ramo de shows internacionais. A Main Stage SP, mais sobre o assunto em breve!
 
-"Tocar sempre, estudar todos os dias, amar o que faz e agradecer a Deus pelo privilégio de nos dias de hoje, nos ser permitido viver exclusivamente da arte que divisamos dentro de nossas almas! É o que, além da minha família, faz com que eu levante todos os dias com o coração leve e muita disposição" diz André.

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Algo sobre o Blues:


Eric Clapton afirmou que de todos os gupos do qual ele se desvinculou, só ocorreu pois estes queriam fazer um trabalho mais pop. Mais comercial, deixando o Blues de lado. Nessa hora ele pulava fora. E sentenciou:

"Compreendi, em determinado momento, que meu compromisso nesta vida era com o Blues. E sigo fiel a esse compromisso até hoje."

Isto num documentário sobre Blues de Martin Scorcese.
Nesse mesmo documentário B. B. King afirma com a maior humildade:
"Não fossem os ingleses terem se interessado pelo Blues, todos nós estariamos morrendo de fome".
E os inglêses que ele se refere, além de Eric Clapton, é claro; eram os Rolling Stones; Eric Burdon and The Animals; só prá citar os que me ocorrem agora.

Nascido das canções de trabalho dos algodoais do  sul dos EEUU, e do trabalho nos portos da Costa Leste do mesmo pais, o Blues é uma visão de mundo. É uma ótica, a meu ver algo ideológica.
O verdadeiro Blues jamais perde a marca de sua origem negra e sofrida: é um lamento.

ATENTOS! O único Bluesman do Brasil estará em Santos.
Fiquem ligados!

Paulo Cesar Fernandes
12/10/2012

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Filosofia e Direitos Humanos - Aula 02


FAyA05_02

Filosofia Aqui y Ahora – Temporada 05 - Filosofia e Direitos Humanos

02 Satanás e os Direitos Humanos

02.1 O pecado na Idade Média (I.M.)

02.2 As Confissões de Santo Agostinho

02.3 A desobediência e o inicio da História Humana

02.4 O Poder e os Absolutos

 

02.1 O pecado na Idade Média (I.M.)

Idade Média – Que era o pecado?

 
Satanás foi o criador do pecado de Adão e Eva. Que ao descumprir com as determinações de Deus tiveram como castigo o trabalho: ganhar o pão com o suor do rosto.


Não posso concordar com a concepção do trabalho como um castigo. O tenho como um grande criador de oportunidades de aprendizado. Sem o trabalho na história da humanidade não teria havido o progresso

Paulo Cesar Fernandes

 
Essa desobediência proposta por Eva deu início à História da Humanidade. Exatamente no momento em que Eva questiona a ordem do Paraíso, e diz não, eu quero provar desse fruto chamado conhecimento.

Lembrar que essa concepção de mundo durou ao longo de 13 séculos. Tendo Deus como fonte da verdade e o homem à espera do Reino dos Céus; submetido que stava através da fé e do medo. Imposto este pelo poder eclesial/da igreja sempre em comunhão com os poderes temporais. Na I.M. com os senhores feudais.

Era tal a dominação que ninguém perguntava onde estava o Mal. Todos aceitavam que o pecado levava o homem a Satanás.

 

02.2As Confissões de Santo Agostinho

Nessas Confissões Santo Agostinho se coloca entre duas fortes paixões:

  1. Deus;
  2. A carne (sexo, os desejos, etc.

Sua pulsão sexual é tal que chega a afirmar:

“Deus, se me proibistes de pecar, por que pusestes tanto desejo em mim?”

Está presente neste homem a contradição. A proposta divina e o desejo presente em todos os homens. Veja bem que ele tem vontade de pecar, e essa própria vontade de pecar já é em si pecaminosa.

Imaginemos o conflito interior desse homem sincero, capaz inclusive de declarar seus pendores e seus desejos.

Mas, para a Igreja, o chamado da carne era o chamado de Satanás, destinando o homem ao inferno.

Torquemada, o inquisidor, queimava os pecadores. E todos os que se opunham ao Poder Eclesial e dos Senhores Feudais.


02.3 Desobediência: o inicio da História Humana

Na Idade Média (IM) não haviam direitos para o homem. Os direitos eram de Deus e só de Deus.

E os Direitos Humanos só podem se estabelecer onde haja a Liberdade. E a instituição do Pecado mata a Liberdade possível ao homem. Este homem não passa de mais um na grande manada da humanidade.

Satanas instiga Eva e se faz o pecado com a expulsão do paraíso:

Mulher (Eva)  »» proibição »» pecado »» carne »»»» Expulsão do paraíso.

Uma Desobediência que dá inicio à História da Humanidade, tendo a maça (árvore do conhecimento) como motor dessa expulsão.

Mas esse conhecimento é que traz ao Homem o discernimento entre o bem e o Mal. Através de sua Livre Decisão este Homem faz as suas escolhas existenciais.

    Paulo Cesar Fernandes

 

Qual o quadro na Idade Média?

·        Verdade   »»      Deus

·        Saber/Conhecimento      »»        fonte de dor; obriga o homem a ganhar o pão com o suor de seu rosto, dando uma conotação negativa ao trabalho; por outro lado o homem se torna dono de seu destino.

 

A Necessidade da carne  em contraposição ao Pecado proposto pela Igreja. Uma vida sem valor na Terra, sendo esta um “Vale de Lágrimas” apenas superado no futuro, pelo Reino de Deus a ser vivenciado após a morte.

Todo o sofrimento tem sua justificativa na medida em que é o único caminho capaz de levar o homem ao Reino dos Céus.

Nesse aspecto, as Bem Aventuranças do Sermão da Montanha, apesar de um belo poema, vão na mesma linha de raciocínio de diminuição do Homem. Propondo o Reino dos Céus apenas ao Zé ninguém estabelecido por Wilhelm Reich em “Escuta, Zé Ninguém”. Nada nem ninguém pode diminuir o valor do Homem. Tudo aquilo que tente isso busca dominar o homem e fazer dele um joguete nas mãos de alguma entidade autoritária e dominadora, aos quais devemos combater com todas as nossas energias.

Paulo Cesar Fernandes

 
02.4 O Poder e os Absolutos

I.M. foi um tempo de terror.

Todos os que desafiavam a ordem estabelecida (Igreja e Senhores Feudais) estariam em pecado. O Poder Feudal se une/liga à Idreja para propor/impor ao homem a promessa do Reino dos Céus. Mantendo assim sua dominação.

Na prática a Igreja nega Jesus  de Nazaré e queima Giordano Bruno; obriga Galileu Galilei a negar suas ideias.

A essência dos Direitos Humanos é a Liberdade, sendo a Igreja naquele momento histórico a personificação do autoritarismo. Vejamos:

Autoritário = Uno; Idéia única.

AntiAutoritário = Multiplo; possibilidade de contraposição de concepções ideológicas.

O Poder Autoritário se estabelece em todos os tempos como o Único Possivel. E todos aqueles que o neguem são tidos como inimigos desse poder.

Os Direitos Humanos fazem ruir a existência de Poderes Absolutos/Absolutistas ou Autoritários e são uma conquista importante da Sociedade Civil.

Se a Idade Média funcionou dentro do contexto do Absoluto da ideia de Deus.

Com o avanço da História nasce o Estado Democrático de Direito, tendo este por parâmetro uma Lei consensual definida no contexto da Sociedade. Em geral a partir de documentos qu expressem tais leis: Carta de João sem Terra de 1215 na Inglaterra; Common Laws Britanicas; Constituições dos diversos países; etc.

Finalizando:

1)      As Organizações da Sociedade Civil nascem para defender o cidadão dos poderes do Estado;

2)      A democracia tem por principio harmonizar as diferntes vertentes da sociedade e harmonizá-las entre si. Reforçando a alteridade e a compreensão entre as pessoas.
 
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Fim da aula 02 de FAyA V - Filosofia y Derechos Humanos
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domingo, 7 de outubro de 2012

Jose Pablo Feinmann - La astucia de la razón


Jose Pablo Feinmann

La astucia de la razón

Sinópsis

Una intervención quirúrgica en noviembre de 1975 y el golpe de estado de marzo de 1976 marcan definitivamente el destino de Pablo Epstein. La contiguidad temporal de estos hechos deviene en una neurosis que impone al protagonista una compulsión discursiva en la cual su conciencia se va desintegrando progresivamente. O al revés: la conciencia de la desintegración de su conciencia provoca una neurosis que le permitirá rearticular su vida y sus más íntimas conviciones políticas.
Así, Pablo Epstein revisa toda la filosofía de la historia, de Hegel a Sartre, de Marx a la izquierda peronista, para descubrir que se ha resquebrajado todo su puesto metafísico y sustento inmodificable o absoluto que pueda ordenar la totalidad de la realidad y dar sentido a la experiencia, al dolor y a la arbitrariedad.
¿El drama de cómo narrar esta experiencia trágica será el hilo que permita componer? ¿Al modo de una orquesta sinfónica? Esta monumental novela, a partir de una voz que se deshilacha y una escritura esquizofrénica que a falta de sujeto lo repone obsesivamente a cada paso.


 
Feinmann é um desses monstros intelectuais: transita desde o conhecimento musical (amante da obra de George Gershwin), a filosofía e o cinema sendo um dos grandes cineastas da Argentina.

Professor na UBA (Universidade de Buenos Aires), tem dois programas de rádio na Radio Continental de Buenos Aires emitidos na madrugada. Um focado na Música e outro focado na Literatura. Ambos ideológicamente posicionados, com clareza e precisão.

Apresenta uma série fenomenal na TV do Governo Argentino  chamada “Filosofia Aquí e Agora”. Está em sua quinta temporada tendo nesta o tema “Filosofia e Direitos Humanos”.

Eu que tinha naquele que foi meu orientador na Universidade de São Paulo, na ECA (Escola de Comunicações e Artes) um expoente da intelectualidade. Nestes últimos anos, em meu mergulho na Filosofia como modo de vida, venho descobrindo iintelectuais de verdade, o que relativiza muito, muito mesmo o valor do meu amigo da ECA.

A nomes como Antonio Negri; Gianni Vatimmo; Richard Hardt; Michel Onfray; e outros podemos e debemos como hispanoamericanos somar o nome de Jose Pablo Feinmann. Estariamos apenas fazendo justiça a um dos muitos intelectuais importantes de nossos povos. Pois cada país tem o seu, e o tempo me ha de permitir desvendá-los pouco a pouco, tendo como foco uma de suas obras.

Saiba mais de Feinmann:

http://www.jpfeinmann.com/
 
 
 
 
Paulo Cesar Fernandes

07/10/2012