domingo, 27 de setembro de 2015

20150927 Dylan na mesa






O almoço de hoje foi pautado por pensamentos. 



Me questionava como pode um camarada encontrar tantas joias e somar todas elas num CD. Sei que NÃO É um camarada qualquer. É um GURU


No Brasil Tenho Gilberto Gil; Ferreira Gullar e Darcy Ribeiro num ALTAR. O mundo pos Bob Dylan num ALTAR. Merecidamente diga-se de passagem. 


Tinha eu "Nashville Skyline" como sua Obra Prima. E continuo achando.


Mas este trabalho toca em algo fora do Tempo e do Espaço. Me tira do corpo como muitas vezes ocorreu em apresentações ao vivo do Gilberto Gil.


Quando estou muito concentrado em algo, mas muito mesmo, não me dou conta de mais nada. Sou eu e o trabalho em questão. E só me dou conta quando retorno (ao corpo) e volto a sentir as mãos, os pés e me sentir no corpo mesmo afinal.


Alguns trabalhos musicais tem o condão de me remeter a um Universo da Fantasia. Nesse outro espaço/tempo as ideias são mais ágeis e fluem muito, muito mesmo, nascendo aos borbotões. É quando as registro de imediato para não as perder.


Quando ando pela minha Cidade de Santos algumas vezes ocorre igual fenômeno, me obrigo a andar com uma pequena prancheta para o registro de alguma ideia. Um poema, uma crônica, um embrião de texto; nada se pode perder nesse universo.


Criativo como é. Dylan é um indutor de criatividade. Muitas vezes, após o êxtase do encantamento com uma música vem uma ideia, ou uma string (corrente) de ideias atreladas umas nas outras.


Esse disco soma criatividade e nostalgia num só momento. 


Dylan é o permanente espanto, a constante novidade. E será sempre.



Paulo Cesar Fernandes.

27/09/2015

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