quinta-feira, 19 de novembro de 2015

20151119 Sá & Guarabyra Nunca 1974

Sá & Guarabyra
Nunca
1974




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Label:  Odeon ‎– SMOFB-3831, 
        Odeon ‎– SMOFB 3831 
Format: Vinyl, LP, Album 
Country: Brazil  
Released: 1974  
Genre: MPB; Rock Rural 

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*** Trilhas
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01 As canções que eu faço (03.31
02 Segunda canção da estrada (02.56
03 Justo momento (02.33
04 São Nicolau (02.29
05 Verão do cometa (01.57
06 Esses cabides vazios (02.41
07 Nuvens d'água (02.12
08 Divina decadência (01.50
09 Voar é como passarinho (03.07
10 Apreciando a cidade (02.23
11 Terras do Sul (02.22
12 Coisa à toa (03.00
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*** Duração total:31:01
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*** Letras
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01 As canções que eu faço

Se voce quer me conhecer, finja que toca comigo.
E faz comigo essas canções que eu faço.
E tem tanta coisa por dentro pra dizer.
Coisas que nao podem ser ditas de uma vez só
E sinta a solidão.
Que eu tenho quando canto uma canção bem alto
A solidao que eu tenho quando abro o coração e canto
Se voce quiser me entender 
Ouça aquilo que eu nao digo
Nas entrelinhas das canções que eu faço.
Porque é que eu me guardo do mundo assim escondido
É coisa que só pode explicar quem vive o que eu vivo
E sinta a solidão, que eu tenho quando canto uma canção bem alto
A solidão que eu tenho quando abro o coração e canto.
Aaaaah.....nanah nanah nanah naanaaaah... aaaahh ...nanana...aahhh
E sinta a solidão que eu tenho quando canto uma canção bem alto.
A solidão que eu tenho quando abro o coração e canto
Tchutchuru, tchuru..ru, uahhhhh, uahhh, uahhaaaaaa.....aaahhhh...
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02 Segunda canção da estrada

Quero ir prá casa, 
Não vejo minhas coisas, 
Desde o começo de abril. 
Um relógio velho me espera, parado,
Desde o começo de abril.
Tenho uma menina
Que eu encontrei na estrada,
Dizendo que volta comigo,
Prá descansar um pouco da vida 
Que a gente escolheu.

Thururu hei, areia na varanda,
E contas de vidro na mão, Thururu hei, comida na mesa,
Lençol, travesseiro e colchão, um colçhão.

Já chegou prá mim
O dia em que você levanta,
E acha que fez,
A primeira parte de tudo o que queria,
E agora chegou sua vez,
De plantar raízes na terra de onde veio,
Tirando vida nova do chão,
E logo depois voçê volta prá estrada,
Prá ver o que ainda não viu.

Thururu hei, areia na varanda,
E contas de vidro na mão,
Thururu hei, comida na mesa,
Lençol, travesseiro e colchão, um colchão.
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03 Justo momento

Todas as pessoas tristes que a gente não vê 
Andam procurando alguém que mate a solidão 
Você percebe que elas vão em frente bem devagar 
Com medo de sair sem nada de seu 
Sem nada onde se lembrar na hora do adeus 
Não custa querer tirar a escuridão do sol 
É fácil tentar tirar o sol da escuridão 
Um clarão no pensamento de todos os homens 
Nesse momento 
Nesse lindo exato e justo momento 
Nesse lindo exato e justo momento 
Não custa querer tirar a escuridão do sol
É fácil tentar tirar o sol da escuridão 
Um clarão no pensamento de todos os homens 
Nesse momento 
Nesse lindo exato e justo momento 
Nesse lindo exato e justo momento
*
04 São Nicolau

Dia de São Nicolau acordo cedo.
Saio de casa e me estendo pelo sol.
As nuvens passam depressa.
Vão Correndo.
Procurar o seu caminho.
No meio daquele azul.

Dia de São Nicolau.
Meu olho ardendo.
Quase doendo de tanto.
Olhar pro céu.
Logo que passa o balão dos viajantes.
Mudo meu nome.
Vou pra longe.
Até achar tudo meu.

Dia de São Nicolau acordo cedo.
Saio de casa e me estendo pelo sol.
As nuvens passam depressa.
Vão Correndo.
Procurar o seu caminho.
No meio daquele azul.

Dia de São Nicolau faz muito vento.
Saio de casa e me deixo carregar.
Quando passar o balão dos viajantes.
Calço a bota.
Pego a mala.
E vou pra qualquer lugar.
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05 Verão do cometa

O que passou, passou
Más a coisa ficou preta
Quase que o mundo acabou, meu amor
Desse verão do cometa

Tem gente que viu
Tem gente que não
Tem gente que assistiu pela televisão
Más o cometa passou, meu amor
E quase me levou a cabeça

Alô rapaz, considere esse gás pra sempre
Alô rapaz, considere esse gás pra sempre
Gás, pra sempre
Gás, gás.....

Ele chegou, falou
Sua língua de cometa
Abriu a boca e reclamou do calor
Numa conversa careta

Tem gente que ouviu
Tem gente que não
Tem gente que escutou o barulho de explosão
Más o cometa dançou, meu amor
E quase me levou a cabeça

Alô rapaz, considere esse gás pra sempre
Alô rapaz, considere esse gás pra sempre
Gás, pra sempre
Gás, gás.....
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06 Esses cabides vazios

O cabo da vassoura cai
A casa não se varre mais
Eu só queria saber ó morena
Porque você me abandonou
Porque você me abandonou

Hoje o cabo da vassoura, onde bateu ficou
A gola da camisa 
Ninguém costurou
Não, eu não poderia 
Eu não suportaria 
Viver sem este amor

Más as coisas acontecem como devem ser
Tem umas que vem pra bem 
Outras que faz doer
Nada alem do meu dia
Alem da casa vazia
Poeira e solidão

Vejo nos móveis e pertences tem pena de mim
Pois quando eu fecho os meus olhos
Estando tudo ali
Nada fica em silencio
Cada estalido é seu passo
Chegando junto a mim

Eu não sei porque que eu deixo a mesma arrumação
Fico olhando a mesa suja
De café e pão
Tudo do mesmo jeitinho
Más esses cabides vazios
Não quero ver mais não

O cabo da vassoura cai
A casa não se varre mais
Eu só queria saber ó morena
Porque você me abandonou
Porque você me abandonou
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07 Nuvens d'água

Quando esse tempo muda
e eu me sinto assim confuso
é perigoso chegar na janela 
pra olhar o asfalto secando
e quando as nuvens da agua no asfalto
são figuras mudando na tela
é perigoso chegar a janela ainda mais
quando se está tão longe

e a tela muda de imagem
e mostra a minha cidade
é um canteiro, uma pedra,
uma frase da moita de capim
e a tela muda de imagem
e mostra a minha estrada
o tabuleiro uma cerca
um gosto de gergelim
é tudo bem, muito bem, está tudo bem, tudo bem

Mas quando as nuvens da agua no asfalto
são figuras mudando na tela
é perigoso chegar a janela ainda mais
quando se está tão longe
*
08 Divina decadência


09 Voar é como passarinho


10 Apreciando a cidade

Duvida que o mundo tenha tanto pra esconder?
Muito que o mundo esconde, tenho tempo de aprender;
Não há estradas que eu não queira percorrer,
Nem madrugadas que eu não possa atravessar.

Apreciando a cidade, brincando com meu pensamento.
Passando no céu.

Não há estradas que eu não queira percorrer,
Nem madrugadas que eu não possa atravessar.
Tchu,tchu,tchu,tchu,tchu,tchurá
Tchururu ru tchu tchurá (2x)

Não há estradas que eu não queira percorrer,
Nem madrugadas que eu não possa atravessar.
*
11 Terras do Sul

Dance comigo, dance comigo
Dance uma dança das terras do sul 
Dance comigo, dance comigo
Dance uma dança das terras do sul
Passe uma perna por cima da moça de azul

Cante comigo cante comigo
Uma canção lá das terras do sul
Fale comigo, fale comigo
Fale das coisas das terras do sul
Diga o que falta no rosto da moça de azul

Nos pés da mesa o rapaz do balcão
Com coração e cabeça no céu
Céu da cerveja nos campos de trigo
Trigo amarelo com gosto de mel

Pensa naquilo em que nunca pensou
Fala daquilo em que nunca falou
Olha escondido por dentro do espelho
Que passa nos olhos da moça de azul
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12 Coisa à toa

Não lembro bem se foi recado ou um aviso
Não lembro onde que escutei alguém falar
Mas não se dê nenhum trabalho a me ajudar nessa lembrança
Seja o que for, não te pode interessar

Se foi na rua, ou na casa de um amigo
Em qual cidade que eu passei pra receber
Essa palavra ou essa frase desse barulho de viagem
Túnel de trem, roda de carro, asa de avião

É coisa à toa, eu não vou te dizer, eu não
É coisa à toa, eu não vou te dizer, não

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