domingo, 24 de maio de 2015

20150524 Foco da alma

Foco da alma


Primeira vez me ocorreu numa aula de Linguagem Arquitetônica. Me assustou demais. E só me dei conta ao voltar.


Estava de tal forma envolto na atividade, o meu corpo não era. Eu era a atividade em questão. Um desenho do Morro do São Bento na minha cidade de Santos.


Quando percebi ter passado grande hiato de tempo, sem nada sentir, e ter foco apenas no trabalho foi uma descoberta para mim. Braços, pernas, mãos, todos ausentes em que pese eu desenhasse.


Tenho certeza, muitos de nós termos passado por tal experiência. O nãoEu desaparece e somos todo EU. Desenvolvendo alguma atividade.


Depois daquela aula, muitas outras vezes me vi em semelhante situação; quando trabalhava na Prefeitura de Santo André, onde além do cargo de Gerência, tinha muitas atividades técnicas sob minha responsabilidade. Em muitas ocasiões o fenômeno se repetiu. O tempo simplesmente não existe. Somos totalmente a atividade na qual trabalhamos. Não fome. Não sede. Nada.


O EU, Ser, Espirito ou alma se contrai, faz sua energia toda se deslocar para o objeto em questão. Mecanicamente, sem a racionalidade no comando.


Muitas oportunidades, nas meditações de fim de dia, quando alguns livros me prendem atenção, assim me vejo. Sou todo abstração. Saio do corpo, e sou apenas a leitura em foco.


E são essas coisas, os elementos capazes de nos elevar até Forças da Natureza superiores a nós. Nos projetamos para o Bem. E uma capa protetora nos guarda de todo mal.


Estes momento nos fazem mais fortes diante das dificuldades da vida. Estejamos certos, das dificuldades não escapamos, mas se fortalecidos, elas se nos apresentam de uma dimensão insignificante.


Sem religião, sem instituições, sem nada a nos comandar. Criamos um clima mental favorável, e abrimos as portas da alma ao Bem. 


Todo o resto ocorre pela Lei de Afinidade. O Bem chama o Bem. Assim como o Mal chama o Mal.


Simples assim é a Vida real. Nós temos a capacidade de complicar todas as coisas.

Viver Bem é saber se projetar no universo da abstração, do conhecimento. Acredite. Para isso nascemos.


Paulo Cesar Fernandes

24/05/2015

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