quarta-feira, 28 de outubro de 2015

20151028 Ciranda

20151028 Ciranda

Corria o ano de 1974. 

De férias, perambulava pela noite do Recife.

De algum lugar vinha um som que não sabia donde.

Pergunto a alguém passante por mim.

_ É o Povo da Ciranda seu moço. Conhece não? Faça assim...

Não sendo longe lá estava eu na Praça do Povo da Ciranda.

Tímido e quieto estava no meu canto, apreciando com prazer a cantiga e a dança.

_ Venha, não fique aí parado. Venha!

Um espaço estava aberto e lá fui eu o ocupar. Desajeitado como um inglês ou japonês no samba.

Já estava me integrando quando achei mais correto apreciar. 

Agradeci sorrindo e reuni as mãos a mim ofertadas.

Ainda hoje não sei se foi a dança e a música, ou se foi a atitude das pessoas o que mais me tocou.

Só e solto, na noite duma cidade desconhecida, recebo acolhimento.

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Edu Lobo

Cordão da saideira

https://www.youtube.com/watch?v=Vuf15ER5304

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E a Indústria Fonográfica nos impede de ouvir isso nas rádios deles.

Pois claro, são as rádios onde eles mandam, logo não são nossas rádios.

E ponto final. Quebramos a cara.

Paulo Cesar Fernandes

28/10/2015

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