segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Bits e a dialética

Em "Diferenciação e Identidade" artigo de Francisco Soares.

Disse Lao Tsé: do Dao nasceu o seu igual. Com este igual ficaram dois.


Me valho dessa frase encontrada nesse trabalho para uma reflexão.

Num curso, que não me lembro quando, tantos foram os que assisti do mesmo Reinaldo di Lucia, disse ele: O sistema binário é o único sistema de sinais a ser compreendido em todos os mundos, das mais diferentes galáxias".

Fixei e registrei o dado.


É vero! Pois tudo nos universos se pompoe de dualidades:


presente/ausente;

certo/errado;

bem/mal;

seco/molhado; etc.


Pensando em  Tecnologia da Informação, de onde nasceu o binário como sistema numérico, temod que um bit pode estar ligado (magnetizado) ou desligado (desmagnetizado). Evidentemente isto nos primórdios da área de TI. O universo digital chegou, mas a isso não mudou. Nossos bytes continuam sendo formados de bits, e vai por aí afora.


Mas focando a frase de Lao Tsé penso que do Dao não nasceu seu igual, mas seu oposto, de vez que o universo é pleno de oposições.


A História, ela mesma, é um composto de contradições, em seus diversos processos. É do oposto que nos vem o progresso, a evolução. Me livre a Vida de estar sempre a pensar de uma única maneira. É da rica oposição de pensamentos a emergência do novo e progressivo momento de cada um de nós.


Quem pensa sempre igual está morto e não se deu conta disso. Quem não procura renovar-se, em todos os aspectos, os existenciais, também.


É do processo histórico das sociedades, e das individualidades delas inseridas a capacidade de renovar-se, de projetar-se em algo melhor, forjar um futuro mais progressista. Sociedades e pessoas estáveis são regressivas. São a expressão mais viva da estagnação.


Nem a Terra, nosso planeta está estável e estática em suas entranhas. Tudo. Absolutamente tudo, é movimento em nosso planeta e nos diversos universos ao longo do espaço.


E. Além de tudo, todo movimento é dialético. Mesmo os abalos sísmicos provocam modificações nas estruturas sociais das camadas da crosta terrestre.


A dialética, trazida à luz por Hegel, é aplicável a situações das quais ainda não temos o completo dominio ou conhecimento.


O NeoLiberalismo roubando e matando os países da Europa. Terá em contraposição um movimento mundial capaz de deslocar os rumos de muitos países mergulhados no mais feroz neoliberalismo como é o caso do Brasil.


Uma politica, de fora de nossas fronteiras, definida e seguida à
risca a receita de bolo tal qual mandam os verdadeiros donos de nosso país. E as agencias de risco, desses mesmos donos, dão notas boas ao aluno fiel a tudo isso. Tão somente por sua fidelidade.


Aluno que não se rebela, e cumpre os ditâmes leoninos, capazes de manter a miséria de todo um povo.


As esmolas do Bolsa isto, Bolsa aquilo sanam a sangria, mas não eliminam as chagas sociais de tantos anos cultivadas pelas elites brasileiras.


Apenas a desprivatização dos diversos setores, dados de presente à iniciativa privada, fazendo milionários os governantes de diversos partidos será capaz de restituir a dignidade ao nosso país.


Aí está a dialética da dignidade de uma nação. O renascimento do conceito de Pátria tão esquecido, intencionalmente esquecido, pelas mais diversas correntes ideológicas.


Pátria, é muito mais que um pedaço de terra, e um povo vivendo ali.


Pátria pressupoe dignidade acima de todas as coisas. E em todas as camadas da população.



Paulo Cesar Fernandes


25  02  2013

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