quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Tempo de morte

Tempo de morte ante a vida  
(Reportero do Brasil)



Nada mais sou.
Um escrevente do vento.
Registro em breve tempo,
O que me diz a cidade.



Puberdades, fertilidade,
Sexo, natalidade,
Bem quista,
Desprezada,
Fruto do tempo livre,
Liberado, libertino,
Sincero ao limite,
Sem juizo de valor.
Se tesão, se amor...
Deixar-se levar.



Condenar? Jamais.


Um pais com crimes fatais,
Apossando a bolsa do povo,
Hospitais não tem,
Habitação? Anda sem.



Mas não falo. Denuncio.
Noticia vem no vento,
Por dentro dos bairros,
Corpos mortos,
Inocentes e culpados,
Massa inerte.



Balas cravam os justos.
E outros tantos,
De merecidas mortes.
Tempo sem rumo, sem norte.



Cautela nos resguarda.
Cala a fala! Sou silêncio.
Mas a palavra é forte.
E ecoa diante da morte.



Paulo Cesar Fernandes

01  01  2013

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