segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Perfectibilidade

Que coisa é essa, né?

Que palavra é essa que a gente nunca ouviu?

Ou, ouviu algumas vezes apenas, quando um padre, um filósofo, um pregador qualquer esteve na nossa escola.

Coisa estranha não?


Então. Perfectibilidade não tem no dicionário onde busquei, mas encontrei algo esclarecedor de alguma forma.


Perfectível = suscetível de perfeição, ou de aperfeiçoamento.


Dessa maneira, perfectibilidade seria a capacidade de chegarmos à perfeição; ou de nos aperfeiçoarmos.


Chegar à perfeição? Epa!

Pode nos parecer uma coisa muito distante para nossa capacidade atual. Evidentemente é.


Mas esse negócio de ir nos aperfeiçoando, isto cada um de nós tem a capacidade. Isso lá tem. É só ir se movendo no sentido daquilo desejado. Somos todos dotados de potencialidades. Aprender a desenhar. No meu caso, talvez marcenaria. Aprender uma nova língua. Por que não?


O curso de Alemão da TV da Alemanha tem um título sugestivo: Alemão. Por que não? (Deutsch. Warun nicht?).


Lembrando sempre que o uso mais intensivo de nossas capacidades neuronais, nos ajudam a combater a possibilidade de doenças neuro-degenerativas, como o Mal de Parkinson, mal de Alzeimer, etc.


Todas as coisas até agora por mim citadas se situam no que eu chamo de Espiritualidade. Significa agregar capacidades/potencialidades a nossa alma ou espírito, como queiram.


Mas, um elemento adicional a tudo isso, nos ajuda a viver melhor.


Ainda dentro desse aspecto da perfectibilidade. É a capacidade de se voltar para o Bem. Não é virar santo. Não é virar místico. Não é ficar externamente diferente. Basta deixar brotar no coração essa semente trazida à Terra faz muitos séculos, na verdade desde a mais remota Antiguidade Clássica.

O homem pensa, sente, se questiona. E ao pensar reflete acerca seu estar no mundo. Nos seus pensamentos e atos. E de todo sempre vozes sábias alertaram os homens quanto aos valores a serem cultivados, cultivo este capaz de trazer a Felicidade.


E voce vem falar dessas coisas exatamente num tempo de Materialidade como o nosso?


Claro. É o tempo certo.


Quando impera a Materialidade que fazer? Responder com a Espiritualidade. Um viver para as coisas abstratas do pensamento, e um dedicar-se a coisas que nos acrescentem elementos adicionais ao viver.


O tempo usado para a leitura de um livro instigante; para aprender uma nova língua; para fazer um Curso de Alvenaria; Desenho ou Pintura; não é um tempo perdido, mas um tempo utilizado.


E bem utilizado. Saímos do nosso Eu tão embotador, para nos abrir a outras coisas; outras possibilidades; novos conhecimentos e horizontes.


Estou certo do tempo usado nessas coisas da Espiritualidade, ser um tempo onde não há espaço para pensamentos complicados; nada de ódio; nada de rancor; pois o foco é outro.


A abstração mental, a busca do aprendizado, toma conta de nós por completo.


É evidente um fato: se nosso sair de nós for beneficiar alguma outra pessoa, ou entidade de servir, isto terá um valor maior. Mas não nos preocupemos com isso de início. Dar o primeiro passo é sempre a primeira atitude de uma grande caminhada.


Estabeleca uma meta e caminhe!


Como todos nascemos para ser feliz, uma atitude veraz e firme nesse sentido parte da decisão, e sua consequente ação.


Não sou exemplo para ninguém e não quero seguidores.


Tenho afirmado isto repetidas vezes. Apenas lanço idéias.


Aposto nas pessoas como gente livre, e se libertando cada vez mais. Libertando de tudo e de todos.
Opressões!
Instituições!
Ditaduras! E as temos de vários tipos, inclusive dentro da própria família. Cadinho de emoções conflitantes.


Como ser feliz sem ser Livre? Me diga. É possível?


Tenho feito esse caminho de Espiritualidade e Libertação.


E não pretendo mudar de rumo. Tem dado certo!


Um amigo, chamado Rafael, me disse certa vez, fazem mais de quarenta anos:
"Quando encontramos nosso caminho, este não deve ser abandonado."


Guardo com carinho essas palavras desde o tempo de juventude. A idade apenas resignificou tudo isso.


Um Abraço ao Rafael, onde esteja agora.


Paulo Cesar Fernandes

14  01  2013

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