segunda-feira, 23 de julho de 2012

Corporeidade e Vida

Como pode caber o Bem, onde habitam soberanos: o orgulho e a vaidade?
Como pode o altruismo ter espaço numa sociedade que tem no egoismo, na soberania do individualismo seu ponto basilar?
Como pode florescer a Espiritualidade numa mente totalmente voltada para a corporeidade?
Como pode por os pés no chão um ser humano capaz de buscar os valores do espirito, a ponto de esquecer de bem cuidar do corpo que o acolhe, permitindo sua práxis neste mundo?


Em tudo o equilibrio é necessário.
As mais belas edificações não o seriam se o arquiteto não tivesse em si a preocupação do equilíbrio estético.


Estamos todos vivendo num mundo multifacetado, onde os conflitos de toda espécie são tidos como naturais na existência das pessoas e das nações. Onde a felicidade é objeto de desejo de todas as pessoas, mas essa felicidade sempre é vista pelas pessoas como algo fora de si mesmo, e nunca como um elemento a ser conquistado partindo de valores internos, a serem calmamente cultivados como a temporança, a simplicidade, o altruismo e tantos outros capazes de, se unidos, construir a paz interior, necessária à Felicidade, bem como a Liberdade, condição inicial de tudo.

Viver é muito mais que sobreviver!
Poucos vivem!
Poucos colocam seu  coração a cada pequeno ato seu. Ao conversar com alguém, ao lidar com os animais e com as plantas; na hora do banho, o prestar atenção ao próprio corpo.
Poucos desejam "Bom dia" na profundidade de seus coração.
Impera o reino das aparências!
Não é de estranhar que impere a dor, filha dileta da falsidade! Da incompreensão.


Tudo que é verdadeiro e sincero nos eleva e nos alivia. Não agrega peso a nossa existência; sendo ao contrário é situação de tormenta certeira.
Que nosso corpo e nosso tempo nos sirvam de valiosos instrumentos.
E nossos pensamentos estejam impregnados dos valores imorredouros do coração.


Se um outro mundo é possível na Terra. E é sem duvidas!
Uma outra forma de conduzir nossa existência também o é.


Valores reais são os perenes no tempo: amor; sinceridade; fidelidade; racionalidade, e tantos outros que nos garantem o sono mais sereno e restaurador.

Assim teremos vida, e vida em abundância.

Paulo Cesar Fernandes
23/07/2012

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