quinta-feira, 22 de agosto de 2013

20130821 Escrita

Escrita


Por vezes me vejo a escrever à moda portuguesa.
Outras tantas espanhola.


Que somos afinal?

Senão imenso apanhado de linguajares e sotaques.
Pedaços do Brasil não desapegam de mim no meu falar e na minha escrita.



Definitivamente meu estilo...
É a diversidade, ou o não-estilo.



A negação de tudo capaz de encadenar a ideia.

Ideias nasceram para a liberdade e nunca para cadeias.


Que escrevo eu afinal?
Ideias.
Boas ou más.
Medíocres em geral.



Mas nunca escrevo para agradar ou adular.
Nunca escamotear qualquer coisa do real.

Meu pensar e meu dizer são feitos "na lata".
Sem falsidades e sem apologias.
Se gosto, gosto.
Se odeio, critico.
Ao banal deixo-o por si mesmo.
Ele se basta, não precisa de minha opinião.



Registrador da vida. Antena do mundo.
Ser pensante.
Ora feroz, ora doce.
Mas sempre hambriento de Justicia.



Paulo Cesar Fernandes

21 08 2013

Nota:

"na lata" - coisas ditas nuas e cruas tal como a sente o emissor. Sinceridade infantil.
Um japones colega de trabalho achava que eu sempre dizia as coisas "na lata" seja com quem fosse.
Uma verdade. Mesmo lá na I.B.M. onde nem sempre a sinceridade era o padrão.
"Se não quer ouvir não pergunte." - ressaltava eu.

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