segunda-feira, 20 de julho de 2015

20150720 Chamada geral

20150720 Chamada geral


Mas. Afinal, onde está o corpo do Amarildo?

Que negócio é esse de matar um nego e finar na boa? 
Amarildo era ajudante de pedreiro e não bandido.

Onde estão os bandidos?
Que farda os encobre?

Que silêncio é esse dos malditos Meios de comunicação de Massas?

Quanto recebem do Governo Federal para lhe dar apoio irrestrito como é o caso da Time-Life-Globo. E a Band. E a CBN. E o escambau junto.

Os imbecis não percebem o quanto essa empresa é ponta de lança desse governo de ladrões e canalhas.

Quantos negros/pobres morrem ao dia sob a pecha de "traficante"?
Estamos próximos de um genocídio de jovens entre 15 e 30 anos.

Não. Não há tantos traficantes assim. Nem no Rio de Janeiro onde a coisa é mais complexa.

Mas São Paulo, o Estado, não lhe fica atrás. Diadema; Paraisópolis; Jardim Ângela; Guarulhos; Osasco; Pirituba; todos os dias tem uma ocorrência acabando mal. Acabar mal é ter um ou mais jovens mortos.

A introdução é para mostrar o trabalho de dois artistas que me assusta.
Como sabemos todos os artistas de verdade vem o futuro muito antes de nós. 
Se lançam fora da normalidade e se projetam no porvir.

Desta vez é um trabalho de Paulo Cesar Pinheiro e Wilson das Neves.

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Paulo Cesar Pinheiro tradicional parceiro de Eduardo Gudin; desta vez se une a Wilson das Neves  prevendo algo.

Quem é Wilson das Neves? (via Wikipédia

Wilson das Neves (Rio de Janeiro, 14 de junho de 1936) é um baterista, cantor e compositor brasileiro.
Estudou música com Joaquim Naegele e logo depois com Darci Barbosa.1 Aos 14 anos, através do ritmista Edgar Nunes Rocca, o "Bituca", tocou na Escola Flor do Ritmo, no bairro do Méier. Anos mais tarde, deu começo à sua carreira de baterista na orquestra de Permínio Gonçalves.
Entre 1957 e 1968, Wilson das Neves acompanhou a pianista Carolina Cardoso de Menezes, foi membro do Conjunto de Ubirajara Silva, estreou como músico de estúdio na Copacabana Discos, se integrou em conjuntos como o de Steve Bernard e o de Ed Lincoln. Tocou com o flautista Copinha, com o pianista Eumir Deodato no conjunto "Os Catedráticos", e com Eumir e Durval Ferreira, no grupo "Os Gatos". Fez parte da orquestra de Astor Silva, da orquestra da TV Globo e da orquestra da TV Tupi de São Paulo, liderada pelo maestro Cipó.1 Além disso, gravou com Elza Soares, o disco "Elza Soares - Baterista:Wilson das Neves" e formou seu conjunto, registrando o LP: "Juventude 2000".

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Que está acontecendo no Brasil?

Uma pacífica transformação social nas ruas. E os políticos de todos os níveis não percebem isso. Usam remédios tópicos, um esparadrapo, para um homem que recebeu uma facada na barriga. Segue o sangue a escorrer pelas ruas.

Sessenta mortes/dia não é uma estatística louvável. E não é só bandidagem. 

Morrem crianças no jardim da própria casa, donas de casa em seu quarto, e tantos outros não relatados nas estatísticas oficiais. 

E a mídia finge que nada ocorre. Relata alguns casos, mas omite a massa de casos onde as Polícias Militares atiram para depois perguntar. E somem com o corpo como no caso do Amarildo.


Por que o crescente número de desaparecidos no Brasil segundo dados dos órgãos internacionais?  Está rolando um massacre, genocídio, ou algo assim. Policiais despreparados vão para as ruas e na adrenalina da ação "se defendem" matando. 


Na política. Somos usurpados todos os dias, não há partido em que se possa confiar. O STF é uma farsa. O Executivo nem se fala. 

Que dizem os artistas? Um grande alerta. 

Lembre. O arsenal dos bairros é melhor e mais amplo que o dos policiais. Leia como quiser, eu vejo como um alerta a ser considerado.

O dia em que o morro descer e não for Carnaval.
Compositores: Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro


O dia em que o morro descer e não for carnaval 
ninguém vai ficar pra assistir o desfile final 
na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu 
vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil 
(é a guerra civil)

No dia em que o morro descer e não for carnaval 
não vai nem dar tempo de ter o ensaio geral 
e cada uma ala da escola será uma quadrilha 
a evolução já vai ser de guerrilha 
e a alegoria um tremendo arsenal 
o tema do enredo vai ser a cidade partida 
no dia em que o couro comer na avenida 
se o morro descer e não for carnaval

O povo virá de cortiço, alagado e favela 
mostrando a miséria sobre a passarela 
sem a fantasia que sai no jornal 
vai ser uma única escola, uma só bateria 
quem vai ser jurado? Ninguém gostaria 
que desfile assim não vai ter nada igual

Não tem órgão oficial, nem governo, nem Liga 
nem autoridade que compre essa briga 
ninguém sabe a força desse pessoal 
melhor é o Poder devolver à esse povo a alegria 
senão todo mundo vai sambar no dia 
em que o morro descer e não for carnaval.


https://www.youtube.com/watch?v=mr0ZUETRnJk



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Há que se cuidar mais e melhor do nosso pais.

Ele merece outro futuro.


Paulo Cesar Fernandes.

20/07/2005

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