sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

20150116 Primitivos educadores

Primitivos educadores



É isso que somos.


Colocar crianças represadas em salas de aula é de uma primitividade sem par. Conter tanta energia por quatro ou oito horas é medieval. É brutal, é burrice demais.


Por que não estar livres num amplo espaço recebendo valores de solidariedade e colaboracionismo?


Por que motivo não despertar a sensibilidade humana através de Jogos Lúdicos?


A resposta está clara: as escolas e os professores apenas formam "mecanismos", "entes", "coisas" para o mercado de trabalho.


O Humano está longe de todas escolas do Brasil, e talvez do mundo.



Basta ver o debate em curso no Brasil da "falta de mão de obra especializada". Não é nada disso. A especialização da Mão-de-
Obra é o ponto final do processo educacional.



Nós precisamos é de seres humanos. Primeiro ensinamos a sentir. Depois os ensinamos a pensar, e em seguida, dadas essas duas
premissas fica fácil formar um profissional altamente gabaritado.


Não há Pedagogia possível sem o sentimento e sem a razão.



E eles vão para Cuba a cada dois anos com suas mentes fechadas a discutir mais do mesmo. E cheios de vaidades vãs e de luta
pelo poder.


Por aí vem o "Pedagogia 2015". Que será uma droga sem sombra de dúvidas. Essa gente não sabe pensar de uma outra maneira a
relação professor/aluno. É sempre pensada de forma autoritária pois formata o corpo discente como HD de um PC.



E o pior é a visão ideológica atrasada. O Império da Ortodoxia.


Na cabeça dos professores não chegou a "Era do Indivíduo" de Alain Renaut. E são tão incapazes que acham a liberdade da
individualidade uma forma de egoísmo. E não querem sequer discutir outras formas de ensino.



Na verdade, todos eles temem é a Liberdade. São autoritários na sua essência. Assim não fosse não iriam sempre a Cuba,
haveria rodízio de países.



Enquanto não tivermos o foco no aluno. O respeito à sua individualidade, e ao seu tempo de aprendizado não chegaremos a ponto nenhum relevante no quesito aprendizado.



Ou respeitamos as crianças e os adolescentes em sua inteligência, e em suas capacidades de aprendizado de cada momento; ou
teremos a eterna guerra entre alunos e professores.



Precisamos acabar com as classes de aulas para recuperar nas crianças e adolescentes o prazer de ir para a escola. Um local
onde algo novo pode ocorrer a cada dia. Uma surpresa saltar de repente no meio do pátio e todo o dia se transformar numa
imensa festa. Mas uma festa que deixa como produto alguma coisa nova de conhecimento e renova a energia de afetividade na
comunidade escolar.



Sem criatividade não há nada que preste neste mundo.


Paulo Cesar Fernandes

16/01/2015

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