segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Vencendo a morte

Tenho muito, e nada tenho.
Idéias não trazem recursos.
Do saber, e dos sabores,
Me alimento a cada dia.



Nem mentira, nem verdade,
Frouxidão ou tirania.
Carrego no coração,
Tempero de água fria.



Descida da montanha,
Não provoca distonia,
Entre saude do corpo,
E alma em harmonia.



Dos heróis vistos na vida,
Guardo a eles no peito,
São muitos, são garantia,
De mundo melhor, mais perfeito.



Tempo passa sem desânimo.
Do mesmo sonho presente.
Ter no nosso povo.
O valor do Brasil prá gente.



Santos nomes, santos homens,
Ateus em maioria,
Deixando atrás um rastro,
Heroísmo e valentia.



Um simples Carlos no nome,
Ou Lamarca ou Marighella,
Não se mostra na TV,
Nem se fala na favela.



A história é burguesa e mente,
Conta trechos nunca o todo,
Tanto faz por esconder,
Aguça o faro do povo.



Esse povo busca e lembra,
Fatos, relatos e morte,
Toda sorte de injustiças,
Covardia de grande porte.



Se tive perdida a vida,
Me seguiram as idéias,
Me alegram, me alimentam,
Mesmo depois da morte.



Sigo meu rumo sereno,
Num recanto de grande porte,
E tenho por companheiros,
Espíritos de toda sorte.



Não há queda e nem tristeza,
Se crescente e rica é a vida,
Pensamos, sonhamos, propomos,
Partilhamos o que temos.



Se aceito ou rejeitado,
Isso não causa tristeza,
Natural, pois cada qual,
Tem em si um arsenal.



Mas na batalha, na luta,
Estamos todos conformes,
Faremos mudanças profundas,
Pois já vencemos a morte!



Portal Fernandes


10  12  2012


Nota: Distonia » ausência de tonalidades sonoras. A água a descer da serra ou da montanha tem um som sempre parecido. Não apresenta variações tonais, como na música ocorre.
Evidentemente é palavra criada, pura licença poética.
O correto aqui seria: mono » um - tonia » tom.

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