segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Um grito na madrugada.

3:30 madrugada de Domingo.

Um grito incompreensível.
Sequência de palavras, grunhidos.
Por certo ainda está no sábado.

Busca novo ponto, para seguir trajetória, consumo de algo.


A noite sempre esconde as dores, todas as dores.


Mas, por outro lado, aconchega de bom grado a vida boêmia; a poesia; e a paixão dos amantes.


Os amantes são os mais vulneráveis.
Não mais portam a razão.
São tesão puro.
Respiração crescentemente ofegante.

Quem nunca passou por isso?
As mãos a percorrer e pesquisar espaços macios e agradáveis ao tato.
Emergem arrepios; surdos gemidos; taquicardia...

... e o gozo emfim, pleno de vigor, prazer, da mais pura alegria.


Corpos já soltos. Bate a racionalidade.

Tomamos precauções?
Fizemos os devidos exames?
OK estão os corpos?
Teu período é de fertilidade?


_ Depois a gente pensa. Chega mais perto. Preciso de mais.


Nos recantos da cidade.
Nos lencóis aromatizados.
Nas areias da praia.



A vida sempre se perpetua, no sabor natural do instinto.


Queiramos ou não.
Humanos tem cio.
E nessa fase, à medida de seu progresso, decresce a racionalidade; e a vulnerabilidade bate pontos exponenciais.



Mas assim é!

Somos racionais, mas/mais animais em grande medida.
Ao bater do cio nos embelezamos.
Nos cuidamos melhor.
O foco é mais claro a cada dia: o ato sexual o devir mais sonhado.



Natural este fato.
E bela é a jornada.


Conservadores criticam.
Mas que importa? São conservadores afinal.
Criticam muitas outras coisas legais: legais de dentro da lei, e legais de boas e prazeirozas.



Importa, afinal que a vida pulsa, e vence.


A vida sempre vence.


Paulo Cesar Fernandes

09  12  2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário