domingo, 16 de dezembro de 2012

Relações


" Tudo é questão de manter
   A mente quieta
   A espinha ereta
   E o coração tranquilo."


Valter Franco dá a fórmula.
Algo fácil para os despojados.
Impossível aos presidiários do "Tenho que".



Nada nos prejudica a saúde como as obrigações desagradáveis a serem executadas.

Sejam estas impostas pelas circunstâncias, sejam pela própria pessoa.


Liberte-se do seu "SuperEgo". Isso, aquele todo tempo a te cobrar coisas a fazer. Qual o mais severo juiz, ou pior, capataz. Afinal não somos escravos e não nos devemos deixar escravizar por nada e por ninguém.


Lembre: sua única tarefa na vida é aprender a ser feliz.

Bonito isso. Mas não fui eu quem disse, mas Aristóteles, muitos e muitos anos atrás num país de tradições filosóficas: Grécia.


Importa mesmo é a tua felicidade, o teu bem estar real. A beleza interior, e o saber-se amado(a). Evidentemente ser amado é a consequencia natural do fato de amar.


Amar provoca outro viver.

Obriga o homem a sair de si. Do ensimesmamento. Aquele esquema de concha, sempre fechado em si.

Cuidar do ser amado é uma atividade especial. É um entregar-se incondicional e não mercantil. Sem qualquer busca de retorno, de troca ou troco.


Nada disso. A felicidade do amante é o amor habitando seu coração. Ser ou não ser correspondido é um detalhe apenas, a ser trabalhado em seu devido tempo.


Quem somos nós?
Seres feitos para o amor, ou comerciantes dos sentimentos?
Esqueça o retorno e ame com equilíbrio e doação. Nada mais natural.


Quando um casal entra na fase PDR (Precisamos Discutir a Relação), a relação já se foi faz tempo, e nenhuma das partes o percebeu. Por muito tempo o olhar do outro não mais importava. Não dizia coisas a serem percebidas. Sequer era foco de atenção.


Em tempos normais o olhar do outro é um foco constante de preocupação e interesse. A busca de saber o pensamento atrás do olhar. Pois o outro, e seu bem estar, tem muito a ver comigo e com meu bem estar.


Cuidar. Isto só se dá onde o amor se faz presente.


Fazer coisas não é cuidar. É dar contas à consciência. Cuidar é fazer um nada. É sentar-se ao lado e transpirar solidariedade. Isto é forte num casal. Mas pode se ampliar ao mundo.


Afinal, pensando bem, isso é o amor.

Tem a base no núcleo familial. Aprendemos. E vamos amadurecendo.

E quando maduros amamos a toda a Humanidade.


Paulo Cesar Fernandes

11  12  2012

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