domingo, 3 de janeiro de 2016

20160103 Momentos

Momentos


Na verdade há momentos onde as palavras não cabem, tal a força da emoção brotando das profundezas da alma.


Uns chamam de momentos místicos, 
outros de "retiros espirituais" (Gil) 
e cada outro dará a esses espaços de luz interior a 
denominação a si mais interessante.


Mas o fenômeno é o mesmo. 


Venha ele da emoção de uma música bem executada; 

do sentir a presença de um Ser de outra dimensão que nos é próximo por laços sanguíneos ou ideológicos; 

outra feita é um vagabundo de Van Gogh no MASP; 

ou ainda é a emoção de ver uma Escola de Samba passar, ou simplesmente existir.


"Quando penso em folhas secas
 Caídas de uma mangueira
 Lembro da minha escola
 E dos poetas da minha
 Estação Primeira
 Nem sei quantas vezes..."   (Nelson Cavaquinho.


A Espiritualidade se diz presente de diversas maneiras, e nos mais diversos momentos. Nós, ocupados em outros pontos não a percebemos.


E ela insiste em brotar dizendo:


"Tem que se achar
 Que a vida não é só isso que se vê
 É um pouco mais
 Que os olhos não conseguem perceber
 E as mãos não ousam tocar
 E os pés recusam pisar"




Sei lá Mangueira   (Paulinho da Viola

Vista assim do alto
Mais parece um céu no chão
Sei lá,
Em Mangueira a poesia fez um mar, se alastrou
E a beleza do lugar, pra se entender
Tem que se achar
Que a vida não é só isso que se vê
É um pouco mais
Que os olhos não conseguem perceber
E as mãos não ousam tocar
E os pés recusam pisar
Sei lá não sei...
Sei lá não sei...


Não sei se toda beleza de que lhes falo
Sai tão somente do meu coração
Em Mangueira a poesia
Num sobe e desce constante
Anda descalça ensinando
Um modo novo da gente viver
De sonhar, de pensar e sofrer
Sei lá não sei, sei lá não sei não
A Mangueira é tão grande
Que nem cabe explicação


===

Não. Não tente entender. 
A Razão não dá conta de todos os fenômenos.
Deixe-se viver.
Emocione-se!
Isso basta.




Paulo Cesar Fernandes.


03/01/2016.

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