domingo, 1 de março de 2015

20150222 Obra de arte

Obra de arte




Escrever é um Rio Coxipó, quando este rio bravio e caldaloso está.




O tempo passa pelas palavras empurrando o célere relógio.




Há magia nisso, bem o sei. Vai além da minha percepção.




A estória se monta segundo sua vontade e fluxo, tal qual o rio. Indomável, se diz per si sem interferência qualquer.




Ela se diz. Ela se basta.




A trama é soberana. Não a comanda o autor ou qualquer dos personagens. Ela se faz comandar por si mesma.




O autor? É mera peça de execução, sem importância maior.




Quando a trama se diz e se faz obra, o trabalho se complete.




O autor apenas lhe põe seu nome.




Paulo Cesar Fernandes


22/02/2015


P.S.: Vermelho. Sempre vermelho, como deve ser quem mira o futuro.

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