terça-feira, 3 de março de 2015

20150223 Esperança

Esperança


Quais esperanças alimentaram a Humanidade no transcurso dos tempos?


E não vou tão longe. Salto Antiguidade e Idade Média, paro nas Grandes Navegações.


Quais aspirações impeliam adiante aqueles homens embrutecidos?

Ouro, prata, poder, e todas as coisas permitidas pela posse dessas riquezas, a saber: luxúria; desregramento irresponsável;
desconsideração pelos sentimentos e pela dor dos semelhantes.

Eram feras dominadas pelos instintos mais brutais e abjetos.


Não sou moralista, longe disso. Apenas sei qualificar os fatos do passado.


Apesar da evolução dos tempos, tivemos algo muito diverso na Revolução Francesa?

Nas intrigas dentro das cortes de França e Inglaterra?


Mesmo o Iluminismo. Trouxe requinte aos sentimentos, na mesma medida em que sutilizou a Fera Razão?


A Revolução Russa de Outubro de 1917, teve ilibada trajetória no sentido do estabelecimento do Reino da Justiça sobre a face da
Terra?

Ou foi tão somente a tomada do poder, por uma turba cujo único projeto era o Poder pelo Poder; e o desfrute das benesses dele
provenientes?


Neste mesmo raciocínio tu encontrarás centenas de milhares de outros exemplos. Basta a busca sensata e sensível para tanto.


A questão restante na minha mão é: Que fazer da Esperança?


Essa mesma, companheira desde os mais tenros anos, onde o pensar já se pronunciava como um diferencial, sem com isso perder o contato e o convívio com os demais moleques.


Como manter a maldita Esperança, diante das mortes avassaladoras das mais distintas populações; das mais diversas línguas e culturas?



A Humanidade ainda não nasceu! Por favor entenda o que pretendo dizer com isso.



Todos os discursos até hoje proferidos não passam de palavras vazias de real significação.

São tão somente cenas de péssimo gosto, de uma peça teatral da mais baixa categoria, neste destroçado palco da vida.


Não me peçam para ter esperança!

Hoje, ela não passa de uma palavra. Cuja significação se esvai pouco a pouco, no transcurso do tempo.



Tudo é morto! Preste atenção!

A Terra é uma somatória de repetitivos escombros. Sabe por que?


A Humanidade ainda não nasceu!


Paulo Cesar Fernandes

23/02/2015

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