sexta-feira, 28 de novembro de 2014

20141123 Vamos indo

No lento caminhar para meus 64 anos lembro de "When I'm 64" dos Beatles. Lá na juventude tudo isso me parecia tão longe, algo
quase inimaginável. Mas aqui estamos. Ou quase lá.



E a cada passo uma dúvida me assalta: se o transeunte vindo em minha direção vai tirar a minha vida, ou se saio ileso de mais
este encontro.


Viver é sempre na corda bamba, neste Brasil atual. São mais de 51.000 assassinatos ao ano. Nos sete anos da Maldita Ditadura
Militar Argentina foram 30.000 mortos e desaparecidos. O Brasil mata mais a cada ano que aquela horrenda Ditadura Militar. É
um horror o que se passa no Brasil. É desumano.


A dúvida me segue a cada passo.


Dúvida de minha vida; dúvida de minha cidade; dúvida de meu país.


Tantas certezas na juventude e hoje isto. Jung a chama de Idade dos Contrários. Vazio de certezas, sou niilista.


Sem certezas, mas pleno de sonhos: o que se apresenta no Brasil e no mundo cairá pela força mesma das coisas. A força natural
do destino das nações.



O vento, na Carvalho de Mendonça bate em meu rosto. Renova meus pensamentos. Abre sulcos para novos sonhos, e neles me pauto para grandes voos, singrar os ares da imaginação e da criatividade.


Afinal sigo sendo uma Revolução, apesar dos meus 64 anos. Trago comigo um tempo fortemente vivido. A ousadia em alta em cada
etapa.


Não vou me render agora! Avante sigo!

Há muito por que lutar, tirar o Estado do seu lugar de conforto.


Não restará pedra sobre pedra, se formos todos um TSUNAMI.


Paulo Cesar Fernandes

23/11/2014


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