sábado, 19 de maio de 2012

Saca a mão do ladrão!

Seca e saca a mão do ladrão!

Entra ano e sai ano e a seca não desgruda.
É como ir no cinema e só ver a cena muda.
Este Brasil tá seco a pedido do doutor
Resolvido estivesse seria nenhum favor


Desde minha infância a seca assola o nordeste do pais. Entra governo e sai governo e nada de ação no sentido de dignamente, sem superfaturamento resolver a questão assassina das gentes do Brasil.

Cheguei ao poder e nada me atinge.
Posso tudo.
Tenho a Garantia Federal aliás sou ministro afinal.
Perco o cargo mas não o ExtraSalário que roubei enquanto era o destacado do Ministério.
Perco o cargo e não a grana.

E atrás de mim vem outro sacana.
De sacana em sacana vamos indo os brasileiros, com pão e circo na frente, se fodendo o ano inteiro.
Verso feio. Verso fraco. Verso frouxo. Verso vil.
Esse é o verso que merece o Governo do Brasil.

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Esse tipo de verso caracteriza o versejar de minha vida nas decadas de 60 e 70.
Este especificamente com certo gosto nordestino. Cordeleiro.
O vejo pendurado num arame numa feira cheia de aromas e gritos e peixes suando gelo...
Camisa regata e suor na pele, grito mais forte pra vender meu verso
Vento forte bate e leva o berro feira adentro é bem o que quero
"Vamu chegá! tem verso novo, falando da vida do povo, e ninguém pode renegá o que é verdade meu xará, o que é verdade"


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Uma vez mais devo ao Gil algum verso algum escrito algo enfim...
Gilberto Gil; Ferreira Gullar e Eduardo Galeano são os magos a trazer à tona meu veio poético.
Se é que ele existe! Qualquer maneira....
A bênção dos treis.


Paulo Cesar - LatinoAmerica

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