terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

20160206 Opostos

Opostos


A morte e a vida.
São contingências do aqui estar.
Muitos não chegaram a tanto.
No meio da jornada uma bala.
Overdose ou desistência fatal.
Pararam o processo.


E a perda é sempre geral.
De todos nós.
Pois nada sabemos.
Dos planos ocultos.
Em cada pensar vigentes.
Ou não! Um só vazio.


Sem planos, sem sonhos não há vida.
Esta se manifesta no projetar, no se lançar.
Tirar de si algum futuro.
Um algo a realizar.
Batalhas a travar.


Ganhar ou perder não importa.
No lutar está o Viver.


Quem não sonha morto está.
Massa de carne a se deslocar.
Um vazio incomensurável.
Respira, come e defeca.
E o olhar opaco.
Simboliza o Thanatos.
Habitando o interior.


Joga tudo fora.
Arrebanha sonhos e projetos.
Banha teus dias de algo.
O Nada leva a lugar nenhum.


Vê a vida ao teu redor.
A ave, o cão, o rato.
Girassóis e colibris.
Admira o maracujá como age.
Se faz diferente a cada dia.
Maior e mais forte.
Na busca do novo lugar.
Para ser capaz de gerar frutos.


Paulo Cesar Fernandes.

06/02/2016



Nenhum comentário:

Postar um comentário