domingo, 6 de abril de 2014

20140406 Tortura Psicológica em Santo André

Tortura Psicológica em Santo André


Como sou inocente! Sempre fui!


Acabo de assistir ao filme de Maria de Medeiros, na verdade o documentário "Repare Bem" finalizado em 2012, onde a cineasta portuguesa foca um caso da Ditadura Militar no Brasil.


Nesse filme, só nesse filme, eu me dei conta de tudo aquilo ocorrido comigo na Prefeitura de Santo André:


a minha mudança de local de trabalho, me distanciando
do Paço Municipal, me enviando ao Hospital Municipal pretensamente para o informatizar;


o sarcasmo que fui vítima por parte de meu Diretor Márcio de alguma coisa que não interessa agora;


o sarcasmo da Mirian de alguma coisa, e do pessoal da Secretaria de Administração que se valia do nome do novo companheiro da
minha ex-companheira para me fustigar (não importa se me machucava ou não, importa a intencionalidade);


o meu afastamento do Núcleo da Rede de Computadores que eu implantei e ainda tinha uma ligação emocional com tudo aquilo;


o cerceamento de minha presença nas diversas Secretarias da Municipalidade, e outras coisas de menor expressão.

Tudo isto foi um processo de Tortura Psicológica.


Não havia uma tortura física, mas uma frequente desvalorização de meu trabalho, e de mim enquanto ser humano. Fustigação constante.


Um frequente afastamento e apagamento da minha pessoa, do valor do trabalho por mim realizado, de minhas opiniões, entre o grupo que compunha a Assessoria da Diretoria de Informática da Prefeitura Municipal de Santo André.


Acho que sou forte. RESISTI!


Este filme me despertou. A Arte é imensa exatamente por isso.


Eu nunca tinha pensado nisso. Nesta sequencia de filmes sobre os 50 anos do Golpe Militar no Brasil veiculados pelo Canal Brasil, eu vi muita coisa, e muita coisa me sensibilizou. Até porque os meus ideais são os ideais dos mortos, mortos tantos nesse período.


E na somatória das coisas que vi, encontrei similitudes com o
ocorrido comigo na segunda Administração do Celso Daniel na cidade de Santo André.


Eu nunca me dera conta de tudo aquilo, justamente numa administração do PT, partido que eu ajudara a construir em Santos, subindo morros. Militando. Aliás aprendi a militar politicamente no PT. Aprendi a lidar com e amar o povo brasileiro nas ruas, em trabalhos para o PT.


Quando a Mirian mandou me chamar eu fui com alegria, pois precisava de trabalho e teria ali uma valiosa oportunidade de aprendizado. O que sempre me encanta.


E eram pessoas aos quais eu tinha e tenho carinho. Tenho certeza, mesmo eles, não se davam conta na ocasião do que faziam. De quão profundo cada ato deles me talhava a alma.


Para mim tudo aquilo não passava de uma maneira de me obrigar a pedir demissão. Se livrar de mim, pois já tinha realizado a tarefa necessária para eles, e tinha o defeito de ser ético e intransigente. Principalmente a ética os aborrecia. Não fosse assim Celso Daniel estaria vivo hoje.


Me encanta a similitude dos processos autoritários todos. Me encantam as descobertas.


Quando eu prego a Libertação do Homem. É no sentido de não se prender a instituição nenhuma. Não se submeter.


Pois em todas nas quais participei encontrei autoritarismo. Gente que é incapaz de conviver com opiniões divergentes na prática. No discurso tudo é muito belo, mas diante de uma opinião divergente o ditador a alija de sua frente. Me exilaram no Hospital Municipal uma prática terrível entendo hoje.


Assim, reafirmo com toda minha convição: Liberte-se de todas as instituições.


Apenas em voo livre somos capazes de apreciar as belezas da Vida.


E seguir adiante apesar de tudo.


Saúde e Paz a todos.


Paulo Cesar Fernandes

06 04 2014 

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