quarta-feira, 4 de outubro de 2017

20171004 Diretriz

Diretriz.


Dizem os homens que pensam: o Ser Humano é composto de um conjunto incomensurável de paixões.


E eu tendo a concordar com os pensadores. Somos sim, compostos de paixões de todos os tipos.


Porém, ao lado desse painel grandioso de paixões, temos a Razão; e junto dela a Liberdade de Escolha, ou Livre Arbítrio (para usar um termo muito a gosto dos espíritas).


A posse dessas duas ferramentas, por si só, nos permitem definir a nossa trajetória sobre a face da terra.


Mas antes, muito antes de partir para o uso de tais ferramentas, devemos ter feito uma escolha. Difícil escolha interior, a saber: Vou viver pautado por princípios éticos e racionalmente impor limites aos reclamos das pulsões; dos desejos e de toda espécie de facilidades capazes de me trazer materiais vantagens? Ou, vou abafar os reclamos da consciência, e me permitir cair na gandaia em tudo, sem a menor preocupação com nada além do meu prazer e das minhas pessoais vantagens?



E parece incrível, mas em toda a nossa vida, desde os bancos escolares vamos nos defrontar com momentos em que essas questões estarão fortemente em pauta.


Uma prova de matemática, a terceira questão pede para demonstrar uma das qualidades do triângulo retângulo. Exatamente a aula em que não pudemos estar presente pois o trânsito na cidade estava insuportável naquela manhã.



Eu sei, meu colega da frente me ajudaria, se eu pedisse, se postando na cadeira de forma mais "amigável" digamos. Peço ou não?


Quando eu, por livre decisão interior, escolher deixar em branco o espaço da questão, Não por causa do medo da professora, não por causa de nada exterior a mim. Mas escolher não responder à questão, por achar isso indigno da minha escolha de vida. Neste momento eu estarei sendo coerente com a minha escolha maior da vida: a Ética.


Muitas oportunidades serão perdidas por ter feito essa escolha. Oportunidades de emprego. 
Oportunidades de ganhos incomensuráveis. 

Oportunidade de transar com aquela mulher sensacional do Departamento de Compras que, no elevador, estando apenas os dois, disse estar se separando do marido e precisando conversar com alguém. Você ouve. Compreende perfeitamente o sentido da coisa, e lembra dos seus filhos em casa. E decide:



_ Puxa! Para momentos difíceis como esse, eu tenho uma solução genial. A minha terapeuta trabalha com terapia breve, e poderá lhe atender perfeitamente. Estou seguro. Ambas terão prazer em conhecer uma a outra.


Venceram os princípios; os valores; a escolha; muitas vezes feita em tenra idade.



_ Não. Nessa eu não vou junto com vocês meus caros amigos. Não é, não, não é mesmo a minha praia. Numa outra atividade estaremos juntos como sempre, e seguimos amigos da mesma forma, assim espero.



Os amigos vão, fazer seja lá o que seja, e você passa a noite de sexta-feira só. Mas com uma sensação de Vitória incapaz de ser aqui descrita.


Você já percebeu, né?
A Vida com "V" em caixa alta é assim.
Sendo fiel às escolhas, sendo fiel a si mesmo.
Isso é ser verdadeiramente autêntico!



Paz nos corações!


Paulo Cesar Fernandes
04/10/2017.

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