quarta-feira, 6 de novembro de 2013

20131106 Teatro da vida

Teatro da vida



Um homem vive sua utopia para seu povo. Seu povo nem o percebe, nem o reconhece, dele nada sabe. Mas a vida de um homem é voltada para seu povo.


Sem cargo. Sem evidência. Holofotes ou destaque.


Este vive e se alimenta na e da utopia. É movido por essa utopia.


E por ser utopia esta é viável, passível de realização.


Tu, eu, ou qualquer outro, somos a utopia transposta para a carne; utopias perambulantes e vivas, capazes de dizer o sonho e saltar dele à realidade, e dentro da realidade construir novos sonhos transformadores.


Há uma dialética na vida.


E a dialética da vida é esse jogo entre o sonho utópico e a realidade sempre sonhada.


Antevista e realizada na práxis revolucionária de uma outra postura cotidiana.


Tendo apenas a própria individualidade como parâmetro.


Um transitar diferenciado no palco da existência.


Deixando marcas pelos caminhos, pensando sempre nas gerações vindouras.


Paulo Cesar Fernandes

06  11  2013

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Nota:

Texto dedicado a Flávio Rangel, diretor e revolucionário da linguagem teatral do Brasil. Junto com Gianfrancesco Guarnieri foram capazes de abandonar a antiga forma européia de fazer teatro e, na temática e na forma de a expor criar um Teatro do Brasil.


A Cultura Brasileira se ressente da ausência e da efervescência desses dois operários da arte.

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Fonte: Wikipedia

Flávio Nogueira Rangel

(Tabapuã, 6 de agosto de 1934 – São Paulo, 25 de outubro de 1988) foi um diretor teatral, cenógrafo, jornalista e tradutor brasileiro.


Biografia

Sua trajetória no teatro brasileiro começou sob influência de Nelson Rodrigues quando um amigo o levou para assistir o espetáculo "A Falecida". A partir desse dia, Rangel chegou à conclusão que sua vocação estava mesmo no teatro.


Sua grande oportunidade chegou em 1958 no Teatro Cultura Artística, quando dirigiu "Juventude sem dono" com um grande elenco encabeçado por Milton Moraes. O passo seguinte foi dirigir "Gimba", espetáculo escrito por Gianfrancesco Guarnieri, em 1959 e que chegou a representar o Brasil em festivais no exterior. Flávio perdeu o prêmio de melhor diretor para Bertolt Brecht (in memoriam) por 18 votos a 17.


De volta ao Brasil, foi contratado por Franco Zampari para dirigir o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), a mais prestigiosa das companhias de teatro brasileiras.

Até então, o TBC fora dirigido apenas por estrangeiros, como Ruggero Jacobi, Flaminio Bollini Cerri, Adolfo Celi e Maurice Vaneau. Flavio foi o primeiro brasileiro a comandá-lo.

Na seqüência de "Gimba", e em sintonia com sua geração, que buscava construir uma dramaturgia brasileira, sua primeira montagem no TBC foi "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes.

Foi para o Rio de Janeiro no início da década de 1960 e começou uma carreira vitoriosa como diretor independente.

Dedicou 30 anos ao teatro brasileiro e assinou ainda montagens importantíssimas como "Liberdade, Liberdade", "A Escada", "A Revolução dos Beatos", "Édipo Rei", "A Capital Federal", "Esperando Godot" e "Piaf".

Outras peças que dirigiu:
Édipo Rei, de Sófocles, com Paulo Autran
A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, uma vez com Dionisio Azevedo, outra com Paulo Autran
Amadeus, de Peter Shaffer, com Raul Cortez
Vargas, de Dias Gomes e Ferreira Gullar, com Paulo Gracindo
O Que o Mordomo Viu, de Joe Orton, com Sérgio Viotti
Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand, com Antonio Fagundes


No total, dirigiu mais de 80 espetáculos entre peças de teatro, shows musicais (incluindo "Faz Escuro mas Eu Canto", com Thiago de Mello e Sérgio Ricardo; "Raíces de America", com o grupo de mesmo nome; e recitais das cantoras Simone e Nara Leão), desfiles de carnaval (Vila Isabel, em 1976 e 1977) e até desfiles de moda.

Casado com a atriz Ariclê Perez, e pai de um filho, Ricardo, do primeiro casamento, com Maria Dulce Pedreira, Flavio Rangel morreu aos 54 anos vítima de câncer no pulmão.

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Meu respeito a quem tanto fez pelo Brasil.

Um comentário:

  1. Quem le de verdade deve ter opinião sobre as coisas, expressar essa opinião, não escrevo para insensatos e não pensantes, escrevo para almas racionais e de posições. Contra ou a favor tenham posições. Odeio gente que pensa pela cabeça de outras pessoas ou dos jornais, TVs e rádios. Salta fora da roda se vc for assim. Não me interessa seu "CURTIR". Pois é falso e detesto e combato gente falsa.

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