quarta-feira, 10 de abril de 2013

20130410 Um poema solto no ar

Um poeta. Na mais pura significação do termo, não resiste.
Verdadeiramente se delicia, diante de um seio solto no ar.
Tudo dentro de certos limites de idade é obvio.


Mas é lindo, por sob a blusa, perceber um arrepio percorreu a femea, e veio bater naquele ponto.

Que o desejo se expresse e ninguém o possa, ou deva negar.


Só uma sociedade repressiva obriga as mulheres, e mesmo os homens, a esconder seus anseios.

No consumo pode. Na sexualidade não?

Lembro dos bailes na juventude, eu ficava envergonhado da mulher sentir.
Os demais da turma também. Tempos repressivos.

Nada mais belo que o casal poder se sentir.
E se olhar nos olhos, e se beijar...


Vinicius de Moraes, que não era besta nem nada, não deu mole prá vida, e me veio com um primor na primeira estrofe:


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Samba para Endrigo
Vinicius de Moraes , Toquinho



Quando eu chego ao Rio
Eu me arrepio
De ver tanta coisa linda
Solta no ar.
Eu que vim do frio,
Me delicio
A ponto de ter vontade
De não voltar.



Cada um na rua
É um rei na sua
Maneira tão popular.
Sou tão batuqueiro
Quanto qualquer
Tocador de pandeiro é.
Sou tão mandingueiro,
Tão brasileiro
Quanto um cidadão qualquer.



Mas afinal
Até que eu não sou mau de bola,
Mas não sei sambar na escola,
Nem sou bom de ginga, não.
Mas a questão para mim
É que ser sambista
É mais do que um bom passista
Bem mais do que um folião.



Direitos: Tonga Editora Musical LTDA
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Vinicius, poeta de sempre. Sua bênção.


Paulo Cesar Fernandes

10  04  2013

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