sábado, 14 de janeiro de 2017

20170114 Cidade

Cidade.


A cidade está no homem.
Dentro do homem.


A cada passo do homem pela cidade, esta se fixa mais profundo nele. Deita raizes e se expande dentro dele. Toma mais espaço. O homem não pousa na cidade, ele a absorve a cada dia no seu viver intenso dentro dela.


A casa reformada na Pompéia tem um outro sentido para o Homem da Minha Cidade de Santos. Não é apenas uma casa com outra roupa, mas algo se foi dos tempos do IT Clube no Canal 2. A nova roupa nos fala disso com frieza.


Cada alteração na cidade mata o homem nas suas memórias.
Memórias são referenciais.


O edifício da Rua Manoel Vitorino matou a casa da Rita e a minha. A minha casa onde aprendi a ver as horas no relógio do segundo andar.


Viu?
A cidade habita o homem.


E Ferreira Gullar não mente.
Mil anos atrás; numa entrevista para o Pasquim, Gullar já falava do poste da nossa cidade.


E quem não se lembra do poste em frente a casa do Jorge?
Era de ferro e fazia barulho quando a gente atirava pedras nele.
Um poste é um poste.
Mas tem poste que é lembrança.


Um rio é um rio. Mas o Rio Coxipó lá de Cuiabá é mais lembrança que realidade. Pois a minha cidade não é mais Cuiabá.
No meu eterno voo pousei por um ano naqueles recantos, e desfrutei de uma outra realidade.


Real mesmo é Minha Cidade de Santos.
AQUI e AGORA ! ! !


Já disse mais de uma vez: "Eu e Santos somos um só corpo."


E ISSO É O BOM DA VIDA !


Paulo Cesar Fernandes.
14/01/2017.

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