quarta-feira, 20 de julho de 2016

20150720 De todas as matrizes

De todas as matrizes.


Ao ouvir Paulo César Pinheiro, percebo que amar o Brasil não é obrigação, é algo que nasce assim do coração, como nasce o fio d'água do seio da serra.


Um amor fino e cristalino. Limpo como a alma do Anjo Gabriel. 


São como o mais são dos homens. Amor de filho e amor de pai ao mesmo tempo. Amor de pacto de corações em fibra de sonhos mais grandes que nós todos, nessa imensidão verde e amarela.


Nossa cor não é só verde e amarela; é mais meio negra e meio mulata. Marrom da cor do povo, mescla de todas as raças e de todos os povos.


Maior que nós todos é um pais nascente, a pouco e pouco, na tomada de consciência, na dor dos filhos livres ou apenados, na ira dos que buscam justiça, e nos olhos carregam o vigor do não temer mais nada.


Certezas sempre pintam na mente daqueles do sonho e da luta.


Há o Brasil Caboclo, renascendo nas massas contra ou a favor, mas posicionadas. Era esse o Brasil adormentado, atormentado de inação. Pouco a pouco se faz avante diante de sua existência, se preparando para o seu real destino. Regaço acolhedor e justo de todos os povos.


Sendo fruto da mescla, se fará mais forte é na mescla mesmo. 


Agregando esses valores todos num poema Épico e Ético. Sem mais razão para voltar atrás.


O Brasil do Amanhã não quer temerosos, quer fibrosos corações a construir o novo. Novo como uma obra de Tom Jobim, com a grandiosidade de um arranjo de Rogério Duprat. Assim, brasileiro, tropical, gaúcho e nordestino. De fala certa, pois toda fala é certa no coração do povo.


Aí vamos nós pois a certeza é esta: Assim Será!


Portal Fernandes - 20/07/2015


P.S.: Escrito com o amparo dos guardiões de Paulo César Pinheiro. Das terras de terreiro, dos Templos de Umbanda ou Centros Espíritas, dos recantos da mais forte brasilidade..

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