sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O ódio

No Gonzaga, uma manhã qualquer, um olhar de uma moça me assustou.
Algo de ameaçador naqueles olhos.
Tive medo percebesse minha atenção nela focada.
Desviei olhar.
Daí um texto, me perdoem mas um texto triste, escrito no café livraria, ainda sob o impacto.
Um café sabendo a derrota de toda uma sociedade.



São estes rostos fechados.
Semblantes pesados.
São estes, exatamente estes, a matar e a morrer pelo ódio.
Um ódio transpirando de todo seu corpo.


O ódio os alimenta.

As drogas; os desequilíbrios amorosos; brigas entre vizinhos; discussões de trânsito; essas coisas são apenas motivações ou manifestações do ódio.
Uma gente disto alimentada.
De ódio feita.


Pare e olhe.
Mas de forma discreta.
Pois o perigo ronda o corpo dessas pessoas.
Tudo lhes agride. Todos são inimigos.



Veja além do corpo.
Penetre a alma.
Veja algo além da aparência grosseira.
É assustador.



Os Meios de Comunicação de Massa (MCM) mostrando fatos, são a expressão de uma realidade mais profunda.

A competitividade engendra o ódio em nossa sociedade.
E as pessoas dele se alimentam.

O expressam das mais variadas formas.

A mulher bem posta e feroz; o irritadiço homem de terno; o carro com som alto fazendo apologia da criminalidade; o passageiro gritando com o motorista do ônibus por ter parado alguns metros adiante; são demonstrações que nossa sociedade estressa as pessoas.


Uma gente vivendo sempre no limite.
A chefia no trabalho.

O emprego incerto.
A casa não é mais um Lar.
A familia se desagregou.

Um quase nada é motivo de explosão.
Uma arma na mão... e pou!!!
Uma vida a menos.
O sangue escorrendo pelo chão...
É o fim!



Paulo Cesar Fernandes

22  11  2012

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