O dinheiro que eu lhe dei
Pro tamborim
Não vá gastar
depois jogar a culpa em mim
O dinheiro que eu lhe dei
Não é meu não
É da escola por favor não mete a mão
Você lembra muito bem
No outro carnaval
Você chorou porque não pode desfilar
A fantasia que eu mandei você comprar
Não ficou pronta porque o dinheiro
Que eu lhe dei pra costurar
Você, hum, hum
Eu nem vou dizer
Prá não lhe envergonhar
«««
Tristes tempos, no Brasil e no mundo, quando a coisa pública é ilegalmente privatizada. E o mais grave. Quem procura agir corretamente é tido por trouxa. Besta. E coisas piores.
No Brasil, Alemanha, Eua, França e por aí vai...
Deixemos as grandes mancadas e vamos a outro foco.
Discutia com minha irmã a questão da ética.
Ela dizia que a maioria dos brasileiros é corrupto.
Eu sustento que a maioria dos brasileiros é correta, honesta e trabalhadora.
Mesmo se considerarmos as "pequenas mancadas", as atitudes politicamente incorretas, tais como:
- jogar lixo na rua;
- furar fila, ou pedir para alguém que estaja na fila para comprar os ingressos;
- consumir algo no supermercado sem pagar;
- num evento público deixar o celular ligado;
- num coletivo bradar ao celular, sem contar palavas de baixo calão o que ja tive a infelicidade de ouvir;
- voce leitor, pode imaginar muitas coisas mais a serem adicionadas a esta lista. Eu paro por aqui.
Se a sociedade é a soma das individualidades, apenas chegaremos a uma sociedade mais sã, no processo de progresso dessas individualidades.
Para tanto, é necessária a atitude firme dos corretos. Atuando como educadores. Não precisa denunciar como erradamente eu fiz.
Em Santo André eu denunciava nas ruas, tal o ódio de ver o roubo do dinheiro do povo, daquele povo simples dos bairros, onde informatizava as Unidades Básicas de Saúde. Eu odiava aquela gente, posavam de dignos e descaradamente faziam o que faziam.
Sabia que seria demitido como realmente fui. Com a consequente dificuldade financeira. Mas passou!
Tomemos Santo André como um pequeno universo do Brasil.
Quantos ladrões terá a cidade, além dos que estavam no poder, que hoje estão em Brasília?
Cinco mil, dez mil?
O que significa isso num universo de 600.000 habitantes?
É pouca coisa.
Reafirmo minha postura que o povo brasileiro, e de resto os povos de todos os países são em sua maioria corretos e bons.
Os governos é que não prestam.
Quem fomenta as guerras?
Quem invade, ou manda invadir territórios de outros povos?
Quem mata ou manda matar seus opositores por razões eleitorais?
Ninguém do povo tem essa possibilidade. A impunidade é privilégio dos canalhas.
O povo quer trabalho, diversão e arte. Condições dignas de alimentação, moradia e saúde.
A maioria das individualidades do nosso planeta é voltada para o Bem, para sua familia, para os seus parentes.
Todos os indivíduos diferentes disto estão dentro de um quadro de patologia ética.
Dão mancada não por inocência, mas por se acreditarem espertos.
Mas um dia terão despertado seu senso moral. Mais cedo ou mais tarde.
Cedo ou tarde a Justiça porá as mãos nessas pessoas, é apenas o que desejo da vida.
Ver o ditador Videla da Argentina ser responsabilizado pelas 30.000 mortes/assassinatos praticados não me dá dó.
É o justo. É o merecido. É o buscado por este homem quando comandava o país.
Basta comparar Videla e todos os ditadores que conhecemos, de esquerda ou de direita com Pepe Mujica.
Apenas isto, para que tenhamos a real noção de valores.
Um presidente como esse revaloriza o seu povo. Lhe fornece um exemplo que reverte os valores estabelecidos pela sociedade capitalista.
Poe a nú a possibilidade de um novo mundo, aquele sonhado por todos os homens dignos da face da Terra.
E cada individualidade da Nova Sociedade Uruguaia terá mais amplas possibilidades de expressão de suas potencialidades no campo das artes, das ciências, ou qualquer outro setor de seu interesse.
Se o Uruguai pode.
Todos os paises de HispanoAmerica também o poderão um dia.
Paulo Cesar Fernandes
04 12 2012
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