Hoje pela manhã tive um tempo vazio. Esperava a plotagem de algumas imagens. Ali, na banca de jornais da Minha Praça da Independência, uma praça tão igual a tantas, e tão diferente para alguns, um painel de corpos me despertou a atenção na banca.
Variadas belezas expostas, frases chamativas. Sensualidade explicita. E havia beleza ali.
Mas a Praça. A Minha Praça. A Praça da Independência roubou a cena das onze da manhã. Inundada de sol, tinha mais luminosidade que todos os corpos da banca de jornais.
Os corpos semoventes na calçada, tinham graça e beleza, uma beleza cativante, um caminhar tão típico de minha terra: sereno, manso, desangustiado.
Embevecido, fiz o giro do olhar por 360 graus, e percebi ser este o meu mundo. Algumas coisas ali tem meu cheiro, tem pedaços de minha vida, carregam momentos de emoção, carregam também tristes lembranças, como não poderia deixar de ser numa vida multipla e profunda como a minha.
Hiatos de solidão. Trechos de gratificante presença.
O Café da Praça com mais de quarenta anos.
A Livraria da Praça, que além de livraria é editora.
Tive o tempo da Sorveteria Yara na infância.
Um chão sagrado para o verdadeiro santista, o caiçara de Santos; aquele emocionado a cada retorno à cidade.
Para tantos é apenas uma praça, como o Largo de Moema; Largo Santa Cecília; Largo da Matriz de mil cidades; ou mesmo a Praça Mauá em nossa Santos.
Mas essa não. Essa é a Minha Praça.
Nos olhamos e nos amamos a cada encontro. Sem ela o Gonzaga não seria o mesmo.
Ela é a Minha Praça da Independência. Linda! Radiante! Luminosa! Símbolo forte de vitórias tantas!
E, acima de tudo: Duplamente Santista.
Do Santos que amo!
Da Santos. Cidade que eu amo, e sempre amarei!
Paulo Cesar Fernandes
23 11 2012
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