segunda-feira, 12 de novembro de 2012

19870223 - E agora?


                                   E agora ?

 

 

Matem-me.

Para que eu esteja presente

Em espírito, mais livre

Onde quer que se encontre

Alguém anseando liberdade.

 

Ponham fim no meu cérebro

Neurônios ao mar

Mas no cheiro do ar

Haverá para sempre

Vos tirando o sossego

Este meu pensamento.

 

Este corpo instrumento

Qual pluma ao vento

Se desloca no espaço

Só me serve no instante

Que me faço presente

E liberto teu braço.

 

Tu repressivo, és morto, inativo

Por seres tão preso

Mas sobrevivo, e mais luto, me afirmo

Pois acima de tudo...

Sou libertário.

 

 

                                                           Paulo Cesar Fernandes

 

                                                           23  02  1987

Nenhum comentário:

Postar um comentário