Rebento
Como um rebento, um texto nasce lentamente, escorrega pelos dedos escritores preenchendo de vida o papel outrora cálido e quieto.
Como um rebento, rebenta no texto o coração do poeta.
E brota com fortes emoções, pois apenas o poeta se emociona ao ver do nada nascer um verso, um texto, de uma mão a correr em frenesi.
Tal sentir fluido, forte, só o poeta pode.
Ninguém há de sentir daquela forma, daquela maneira.
Pois ali jaz, toda a solidão do poeta.
Paulo Cesar Fernandes
06 09 1991
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