Café
Sim os tempos áureos estão distantes de nós.
Santos porém, rescende ao seu aroma na Região Central.
Seus prédios guardam o estilo, e suas calçadas palpitam de homens e jovens carregando latinhas de amostras. Um produto ainda forte na economis
do pais.
Santos, com pedras nas ruas, seus becos e estreitas ruas, carrega sonhos de grandes negócios para quem desse grão tira o sustento.
Negro grão tão presente na vida de todo brasileiro.
Carrega marcas esta cidade. Muitas se foram com o progresso. Teimosamente, algumas resistem, e insistem em permanecer, firmadas na certeza
desta cidade ter memória; e raça; e garra.
Garra suficiente para gritar a todos os ventos dos seus valores não se restringirem ao café.
A bola que rola na rua. Na Nova Cintra, e na lisa areia da praia a cada tarde...
Diabruras numa prancha de surf; num skate; numa bike...
A Avenida Ana Costa traz e leva as gentes; as gente do pó de café.
Desse café tão Gonzaga, Boqueirão e Marapé; esse café tão sabor, por ser tão Santos.
Paulo Cesar Fernandes
13 07 1992
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