Peter Handke "A tarde de um escritor"
Peter num momento escreve: "...A bem da verdade..."
Me pergunto:
Como um homem sem Verdade/verdade como eu, pode ter alguma certeza?
Não, nenhuma.
A somatória de dúvidas é muito mais fértil que qualquer outra coisa.
Me move apenas a dúvida.
As dúvidas.
Milhões de incertezas. Como incerto é nosso tempo.
Nada mais é fixo e previsível, nem a morte, nem a vida é previsível, aliás ela mais que tudo é o cúmulo da imprevisibilidade.
Um susto em cada esquina.
"A bem da verdade..." disse Handke.
Tudo bem, em 1987 quando Peter escreveu o livro, eu ainda via verdade em algum lugar.
Mas seguir assim?
Depois de tantos textos?
O que resta?
Nihil!
Paulo Cesar Fernandes
13/08/2012
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