quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

20140219 Noam Chomsky : Os MCM e nós

Noam Chomsky : Os MCM e nós


Antes de chegar em Chomsky quero propor questões:


Nós pensamos autonomamente ou achamos que pensamos?


Qual o potencial dos MCM sobre nós?


Quantas fontes diferentes nós consultamos para formar a nossa opinião?

Uma só é zero na construção de nossa capacidade de pensar.

SOMOS PENSADOS. AGORA CHOMSKY.


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Somos MASSA ou Público?


Noam Chomsky elaborou a lista das “10 Estratégias de Manipulação” através da mídia. Em seu livro “Armas Silenciosas para Guerras Tranqüilas”, ele faz referência
a esse escrito em seu decálogo das “Estratégias de Manipulação”.


1 – A Estratégia da Distração.


O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças que são decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
 A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, economia,
psicologia, neurobiologia ou cibernética.
“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado,
ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas Silenciosas para Guerras Tranquilas’).


2 – Criar problemas e depois oferecer soluções.


Este método também se denomina “Problema-Reação-Solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que seja este quem exija medidas que se deseja fazer com que aceitem. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar
atentados sangrentos, a fim de que o público seja quem demande leis de segurança e políticas de cerceamento da liberdade.

Ou também: criar uma crise econômica para fazer com que aceitem como males necessários o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


3 – A Estratégia da Gradualidade.


Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, com conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira as condições sócio-econômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990.

Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego massivo, salários que já não asseguram rendas decentes, tantas mudanças que provocariam uma revolução se fossem aplicadas de uma vez só.


4 – A Estratégia de Diferir.


Outra maneira de fazer com que se aceite uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato.

Primeiro porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para se acostumar com a idéia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento.


5 – Dirigir-se ao público como a criaturas de pouca idade.


A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criatura de pouca idade ou um deficiente mental.

Quanto mais se pretende enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de
uma pessoa de 12 anos ou menos (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


6 – Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão.


Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto-curcuito na análise racional, e, finalmente, no sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos.


7 – Manter o público na ignorância e na mediocridade.


Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância planejada entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser alcançada para as classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


NOTA: VIDE 62% DE ANALFABETISMO NO BRASIL. HÁ INTENCIONALIDADE NISSO.



8 – Estimular o público a ser complacente com a mediocridade.


Promover a crença do público de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.


9 – Reforçar a auto-culpabilidade.


Fazer crer ao indivíduo que somente ele é culpado por sua própria desgraça devido à insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços.

Assim, em vez de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se menospreza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição da ação do indivíduo. E sem ação não há revolução!


10 – Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem.


No decurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência geraram uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles que possuem e utilizam as elites dominantes.
Graças à biologia, à neurobiologia e a psicologia aplicada, o “sistema” desfrutou de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que este conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos sobre si mesmos.




Noam Chomsky. Filósofo, ativista, autor e analista político estadunidense. É professor emérito de Lingüística no MIT e uma das figuras mais destacadas desta ciência no século XX.

Reconhecido na comunidade científica e acadêmica por seus importantes trabalhos em teoria lingüística e ciência cognitiva.

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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma."
(Joseph Pulitzer - 1847/1911)

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Algo mais de Noam.


Caracas, 25 Ago. ABN.-


Se bem que a liberdade de expressão foi uma conquista dos estadunidenses nos anos 60, hoje está sob o controle de grandes corporações midiáticas que pertencem aos que ostentam o poder econômico.

A premissa pertence ao ensaísta e linguista norte-americano Noam Chomsky, que na segunda-feira passada ofereceu uma conferência magistral na Sala Ríos Reyna, do Teatro Teresa Carreño, em Caracas.


“Nos Estados Unidos o sistema sócio-econômico está projetado para que o controle dos meios esteja nas mãos duma minoria, dona de grandes corporações (…) e o resultado é que sob omanto da ‘liberdade de expressão’ estão sempre os interesses financeiros desses grupos”.

Destacou que as corporações midiáticas são especialistas em desviar a atenção dos grandes temas para centrar a opinião pública em questões como a moda ou o espetáculo em diversos momentos da conjuntura.

Apesar disso, ressaltu que os meios foram os responsáveis pela vitória do atual Chefe de Estado norte-americano Barack Obama, o que, a juízo de Chomsky, contribuiu para a crescente decepção que rodeia o mandatário, porque chegou à presidência sob um lema publicitário que carecia de discurso político.


“Esta decepção com Obama era previsível. Seu lema de campanha foi ‘mudança e esperança’, mas nunca especificou em que sentido e isso é o que eles sabem fazer, mercadejar os candidatos da mesma maneira que promovem um pasta de dentes”, disse o intelectual estadunidense.

Por isso, Chomsky agregou que para falar de liberdade de expressão, os Estados Unidos devem passar obrigatoriamente por permitir o uso dos meios sem que a mão dessas corporações maneje o conteúdo do discurso.

Essa postura foi respaldada pelo economista Michael Albert, que acrescentou que exercer o direito a expressar-se sem restrições nos Estados Unidos implica necessariamente a luta contra as grandes corporações midiáticas que têm o poder sobre o que transmite através da televisão, da rádio e da imprensa.


“A liberdade de expressão é um importante valor para a sociedade norte-americana (…)  Mas o que não se adverte é que os que creem exercê-la na plenitude, o fazen sob os desejos dos donos do império midiático e isso em definitivo não é liberdade”, sentenciou.

Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias

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Chomsky propõe Zona de Paz na América Latina ante pretensão militarista dos EEUU


Caracas, 24 Ago. ABN.- Ante a ameaça estadunidense de manter presença militar através de bases na Colômbia, o linguista e ensaísta político norte-americano Noam Chomsky propôs a instalação de uma Zona de Paz na América Latina.


Destacou que a participação e o apoio dos Estados Unidos nos golpes militares no continente devem preocupar as nações, situação que se agrava com a instalação de soldados e armas norte-americanos na América do Sul com a desculpa de “luta contra o narcotráfico”.


Na sala José Félix Ribas, do Teatro Teresa Carreño, em Caracas, Chomsky explicou que neste século a América do Norte já apoiou três golpes de Estado: Haiti, Venezuela e Honduras.


Indicou que a administração Obama não só apóia o regime instaurado em Honduras como continua treinando cadetes desse país na Escola das Américas. Diante disso, espera que a reunião extraordinária da União das Nações Sul-americanas (Unasur) resulte numa posição contundente.


“Deveria haver uma declaração forte opondo-se à militarização do continente e à presença estadunidense nas bases militares colombianas”, expressou Chomsky, que destacou que os Estados Unidos não toleraria as intervenções que, com a desculpa do apoio à democracia, este país faz nos outros.


Colocou a necessidade de que na reunião da Unasur se apóie uma proposta para a criação de uma  Zona de Paz como um objetivo que se pode lograr em conjunto, e revelou que estas bases militares na Colômbia, ainda que não representam um gasto significativo no orçamento estadunidense, são muito valiosas pela posição
estratégica e pela zona energética onde se localizam.


Manifestou que, além das bases e da militarização do continente, a Unasur poderá tocar em temas como o problema da dependência da exportação de produtos primários como o petróleo, e o impacto ambiental do sistema sócio-econômico que predomina na região.
“As transformações que se estão fazendo na Venezuela para criar outro modelo sócio-econômico pode ter um impacto global se esses projetos se realizam de maneira exitosa”, explicou o lingüista, e definiu o modelo estadunidense como suicida, e deste sistema disse: “Pretende impor-se como remédio para os males que o
mesmo causa”, destacou.

Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias

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Qualquer incitação das bases militares pode justificar uma guerra


Caracas, 24 Ago. ABN.- A instalação das bases militares estadunidenses na Colômbia gera um clima sumamente perigoso na América Latina, porque qualquer provocação ou incitação que ocorra através da fronteira de outros países pode desatar uma guerra.

Assim o considerou o linguista e ensaísta político Noam Chomsky durante a conferência oferecida sesta segunda-feira na Sala José Félix Ribas do Teatro Teresa Carreño, em Caracas.


Chomsky indicou que a vinculação da Colômbia com a potência armamentista é por si mesma una provocação, e enfatizou que, em situações similares de la historia, foram atritos aparentemente de escala menor os responsáveis pelas guerras.


O ensaísta norte-americano instou os países da região a fortalecer a unidade e rechaçar em bloco e de maneira contundente a localização do componente militar na Colômbia na reunião da União das Nações Sul-americanas (Unasur) que se realizará nesta sexta-feira.


Recordou que a instalação das bases na Colômbia é resultado da retirada dos componentes belicosos de Manta, no Equador, após a negativa do presidente desse país, Rafael Correa, de renovar o contrato armamentista que se manteve durante dez anos sob o pretexto da luta contra o narcotráfico.


A esse respeito, enfatizou que a luta contra o tráfico de estupefacientes era um argumento manipulado e pouco sério utilizado pelos Estados Unidos para justificar sua incursão no continente, com o objetivo de apropriar-se dos recursos naturais que já escasseiam na economia responsável pela crise financeira mundial.


Além disso, destacou que a política belicista do presidente estadunidense Barack Obama não é distinta da que implementou seu antecesor George W. Bush, questão que foi fortemente criticada pelos eleitores que apoiaram sua proposta de governo sob o lema de “Mudança e Esperança”.


“Essa decepção com Obama era previsível. Seu lema de campanha foi ‘mudança e esperança’, mas nunca especificou em que sentido, e isso é o que eles sabem fazer, mercadejar os candidatos da mesma maneira que promovem uma pasta de dentes”.


Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias

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