quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

20140209 Arte no tempo

Arte no tempo
 
 


Um escritor, um músico, um artista qualquer não pode nada deixar passar.


A menina que passa ao lado. O som do vento, nos amplos campos do Planalto Central ou no cerrado. O som do rio e o crepitar do fogo.


Tudo serve. Tudo é tema, tudo é mote de inspiração.



A pena é sempre nervosa. A mente? Em processo de turbilhão. Ao fim nada é mais temperamental que uma ideia. Veloz ela te foge da mão.


Somos antenas do mundo, a informar nosso tempo, a desvendar nossa sociedade.


A arte escreve e descreve a vida nas suas mais diversas formas: diversas formas de arte e diversas formas de vida. Em ambas a força motriz do novo a desabrochar.


Nada é proibido ao escritor e ao artista. Abrir a alma é vital e pode causar medo, pois de alma aberta nos vemos vulneráveis, mas essa mesma vulnerabilidade é a marca de nossa coragem e de nossa força.


Na arte jogamos a vida, e nossa vida se joga em nossa própria arte.





Ser sério num tempo leviano e sarcástico é como permitir a espada sempre pendente sobre nossas cabeças.


A maldade joga forte aos sérios do mundo; pois a vida e a morte são faces de uma únca moeda. Os grandes nomes da História são as provas mais evidentes dessa triste realidade.


Mas só é arte se verdadeira, posto que falsa não é arte, tendendo mais à farsa, à mais barata e esdrúxula mistificação.


Somos os artistas da Hora. Do tempo presente, tempos da indidualidade sufocante.


Somos os artistas da Razão.


Nada temos fora disso, nosso caminho não é outro, nele pisamos nossa coragem, e não usamos atalhos de fuga.




Somos sérios em nosso trabalho. Somos artistas da Vida e do Amor.


Não mentimos ou enganamos; somos o que somos, nem mais e nem menos.


Fazemos furor e ódio.


Fazemos o mundo girar para muito além da mentalidade Século XX ou XXI. Longe, looonge vai...


Apesar de tudo e de todos os fatos: Somos o Futuro.



Paulo Cesar Fernandes

09 02 2014

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